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História Lumière - O melhor da França são os franceses


Escrita por: lunevile

Notas do Autor


oi gente :)
desculpa pela demora, ok? acabei não seguindo o cronograma porque a minha internet anda muito ruim ultimamente e meu braço ainda não está totalmente recuperado, mas posso dizer com certeza que tem um cap no proximo sabado (ou domingo) e ai a fic termina no dia 10/04, meu aniversário.


Obrigada por tudo, o carinho que recebo a cada dia por conta de Lumière é incrivel.

boa leitura!

Capítulo 25 - O melhor da França são os franceses


Fanfic / Fanfiction Lumière - O melhor da França são os franceses

“Que a felicidade que procura,

você a encontre aí,

 e que todos os dias,

 assim ela comece,

de dentro pra fora,

de um para todos

de você pro mundo.”

 

Eu acho que a exibição do Lumière foi um dos dias mais intensos da minha vida, sério. Eu e Chanyeol observávamos tudo intensamente enquanto o filme era exibido no telão. O filme consistia basicamente em imagens alternadas a entrevistas, onde os expectadores podiam ter acesso ao que move aqueles que estavam aparecendo na tela. Ou seja, víamos ali a realização daquilo que sonhamos fazer desde o início: ao assistir o documentário, aqueles que estavam sentados nas cadeiras do auditório também acabavam pensando no que os movia.

E as respostas nunca eram previsíveis e muito menos idênticas. A família, o amor, a fé, o namoro, fazer o bem, os filhos, o trabalho, o dinheiro, o futebol, a vontade de ir além... Várias formas podiam ser vistas, mas o objetivo era sempre o mesmo: buscar a felicidade.  E isso era bonito de ver. Era, e a cada dia ainda é bonito ver que mesmo que a gente viva em um mundo cada vez mais violento e egoísta como se diz, as pessoas ainda tinham – e tem - esperança, e ainda se colocam disponíveis a dar a esperança de felicidade a outras pessoas.

Era bonito ver que ao mesmo tempo em que parecia a coisa mais complexa do mundo, por ser freneticamente almejada por todos e por todas, sem que haja uma receita de bolo para encontrá-la, a felicidade estava ali o tempo todo nas coisas mais simples, como na reposta da garotinha que disse que felicidade era a casa de seus avós, ou na resposta daquela senhora já idosa, que chamou de felicidade o que ela sente quando seu marido a chama para dançar, e eles dançam sozinhos em casa relembrando os velhos tempos. 

No vídeo havia os rostos conhecidos, como o de Jongin que disse que era movido pela dança e pela arte e mostrou imagens de um projeto de dança que ministrava para crianças carentes. Era aquilo mesmo que o movia porque felicidade era aquele brilho que conseguíamos ver em seus olhos enquanto ele ajudava as crianças.

Vimos também a felicidade em sua forma radical, aqueles que chamaram de felicidade a adrenalina, corredores, saltadores e praticantes de esportes radicais. Nessa parte do filme apareceram também as imagens dos lobos do asfalto. Jongdae falou bonito quando disse algumas palavras sobre liberdade, liberdade de sentir o vento no rosto em alta velocidade e também aquela liberdade de ser quem você é, porque ele era sim o chefe do moto clube, mas também era um ótimo médico que faria e faz qualquer coisa para salvar uma vida.

Quase no fim, a tela se tornou escura e tudo que ouvimos novamente foram as notas do piano tocaram a melodia que eu e Chanyeol havíamos construído juntos em minha casa. Então Chanyeol apareceu e disse que a musica o movia, e falou de paixão, de amor e de afeto. Suas palavras naquele vídeo me inspiraram e por isso eu nunca me esquecerei delas. Chanyeol falou que o que o movia era a paixão que ele colocava em tudo que fazia, e aquilo era verdade. Chanyeol nunca foi o melhor dos dançarinos, mas eu tenho certeza que se alguém o pedisse para dançar ele colocaria toda a sua paixão naquilo, ele o faria com amor. Antes de o conhecer eu via nele apenas um jovem empolgado sempre com olhos arregalados, sempre falante e com um sorriso de orelha a orelha e eu até julgava isso falso, mas hoje o conhecendo e sendo apaixonado por ele eu sei: Chanyeol é uma pessoa apaixonada. E foi exatamente isso que ele disse no vídeo, deu um sorriso largo para a câmera e falou:

O que me move é a paixão que sinto, é ser apaixonado por todas as coisas que eu faço, não importa o que eu esteja fazendo, eu sempre vou colocar tudo de mim naquilo, para que as pessoas possam ver a diferença em mim, para que talvez eu possa inspirar ou tocar alguém com o meu trabalho. Sabe aquela sensação de acordar cedo feliz? Eu busco isso! Se é uma música que eu vou escrever, cada acorde tem um pouco de mim, só assim eu serei capaz de tocar alguém.”

Eu chorei vendo ele falar isso no vídeo, chorei igual a um bebê, fazendo jus a fama de manteiga derretida que eu tinha. Chanyeol, que estava ao meu lado, apenas riu quando percebeu que eu chorava. Eu deitei minha cabeça em seu ombro e deixei que as lágrimas caíssem, me sentindo muito besta, óbvio.

E então eu apareci no vídeo e gelei. Não sei se de vergonha por ver a minha cabeça tão grande ao ser refletida na tela. Senti vontade de esconder a cabeça no peito de Chanyeol, mas me mantive forte, eu já conhecia a minha própria resposta e aquele era o meu projeto, eu devia me orgulhar dele.

O que me move? Você sabe, eu sempre gostei de ser o sabe tudo né, a minha veia de comensal da morte não me deixa mentir, sempre gostei de ter todas as respostas. E aí, quando eu e Chanyeol pensamos em fazer essa pergunta eu simplesmente não sabia o que responder... Quer dizer eu sempre tive minha família me apoiando, e sempre tive meus amigos, mas se você me pedisse por uma motivação mais profunda mesmo, eu não saberia te responder. Então, eu comecei a fazer o filme, a ir atrás das pessoas para saber as suas respostas ao mesmo tempo em que tentava descobrir em mim mesmo aonde estava a minha. O que me move? Foi então que eu me dei conta de quanto esse projeto estava revitalizando a minha vida, estava me ensinando a ser feliz, a estar feliz. Porque não vamos ser ingênuos aqui e dizer que uma vida feliz é aquela onde nunca há tristeza, porque não é isso, não somos bonecos, não somos obrigados a sorrir sempre... Ser feliz, é estar feliz e mesmo depois de momentos tristes, mesmo depois de passar por coisas que acreditamos ser o fim da linha, saber que a gente pode sempre se reinventar e encontrar novas formas de ser feliz sabe? Eu fui aprendendo a me enxergar na vida dos outros e através da empatia, ajudá-los a superar problemas para então juntos encontrar respostas, encontrar o que as move... Então se você me pergunta hoje o que me move eu te digo que é isso, é ajudar os outros nessa busca, é mostrar pra elas que a vida pode sim ser maravilhosa apesar dos pesares, que há sempre uma outra forma, um outro ângulo de enxergar as coisas, a ver que mesmo quando tudo for difícil e escuro, em todo fim há um novo começo, a gente só precisa se lembrar de acender a luz.”

Em todo fim há um novo começo, a gente só precisa se lembrar de acender a luz. A tela se apagou completamente enquanto a minha voz repetia aquela frase e eu sentado ao lado de Chanyeol, como mero expectador da minha própria obra, repetia. Várias imagens sortidas apareceram em flashes, várias pessoas que nos ajudaram na confecção daquele trabalho e depois todos os seus rostos se tornaram pontos pequenos no vídeo e a música se elevou, fazendo com que todos os presentes naquele auditório se levantassem e começassem a aplaudir mesmo antes do fim do vídeo. A tela então finalmente se tornou negra e o título – Lumière: o que te move? - apareceu em letras desenhadas. A música se tornou ainda mais forte e os créditos começaram a aparecer enquanto os aplausos se tornavam mais e mais fortes.

Eu estava chorando. E Chanyeol também.

Quando as luzes finalmente se acenderam nós fomos capazes de ver todos de pé aplaudindo nosso trabalho e as nossas famílias sacudiam cartazes, assoviavam e sopravam cornetas barulhentas em comemoração. Aí eu soube que era aquilo que eu queria para mim, foi ali que eu me lembrei da real razão pela qual eu havia um dia escolhido cursar cinema, meu sonho sempre foi fazer algo que tocasse as pessoas. E com o Lumière eu havia conseguido aquilo.

Aí veio a prova de fogo. Meu professor veio até aquele palco e fez um aceno de cabeça para que os presentes se sentassem, e lançou um olhar amistoso a mim e à Chanyeol, indicando que fossemos até ele. Essa era a hora que os diretores do filme deveriam falar brevemente sobre o trabalho. E eu sabendo disso, já olhei pra Chanyeol totalmente apreensivo, porque sempre morria de vergonha de falar em público.

Quando chegamos ao centro do palco, o professor nos apresentou como as mentes brilhantes por trás daquele belíssimo trabalho, e todos nos aplaudiram novamente. Nosso mentor explicou que naquele momento nós falaríamos um pouco sobre o feitio do trabalho e entregou o microfone a Chanyeol.

Park Chanyeol era um gênio das palavras e do entretenimento com certeza, ele parecia nunca se sentir inseguro ou envergonhado ao contrário de mim que a essa altura estava tão nervoso que mal consegui ouvir qual foi a piada que Chanyeol fez, mas ele disse algo que fez todas as pessoas no auditório rirem. Ele disse mais algumas palavras e estendeu o microfone para mim e eu entendi que era a minha vez de falar.

Tremi de cima a baixo e quase fiquei louco de nervosismo naquela fração de segundo em que cogitei as possibilidades para mim: pegar o microfone e dizer algumas palavras ou fugir correndo dali e nunca mais voltar. Mas eu escolhi dizer alguma coisa, porque eu sabia que precisava dizer. Na graduação a gente faz muitos trabalhos e lê muitas coisas, mas nunca um trabalho havia mexido tanto comigo e me transformado tanto. Por isso eu escolhi falar, porque queria que as pessoas soubessem disso.

Então eu respirei fundo e comecei a dizer alguma coisa.

- Uma vez eu li uma coisa, não lembro se foi em algum livro, ou revista, ou em um blog qualquer na internet, era uma frase que para sempre ficou na minha mente e dizia exatamente assim: não durma sem fazer ao menos uma pessoa feliz, comece por você mesmo. – Respirei mais uma vez bem funda, fazendo um barulho forte de sopro no microfone, ai que vergonha – Eu acho que esse filme nos faz pensar sobre isso, sobre procurar a nossa felicidade seja ela qual for, e prestar mais atenção em nós mesmos, cuidar mais de si mesmos, porque na maioria das vezes a felicidade está bem debaixo dos nossos olhos. – Olhei pra Chanyeol automaticamente.

Descemos do pequeno palco assim que o professor indicou que haveria um pequeno intervalo para preparação do próximo filme a ser exibido. Eu e Chanyeol saudamos a próxima dupla, e assim que pudemos, escapamos para o pátio externo da faculdade. Eu estava tão eufórico que queria gritar ou correr ou fazer qualquer outra coisa para descarregar toda aquela energia, então quando meu parceiro de trabalho chegou mais perto de mim nós apenas pulamos sem parar, felizes como nunca.

Logo as nossas famílias já estavam perto de nós participando também daquela comemoração. Nós não havíamos ganhado nada, aquela não era uma data comemorativa, mas todos nós compartilhávamos de uma felicidade genuína, daquelas que se deseja compartilhar com os outros, daquelas que a gente quer que dure por bastante tempo.

Minha mãe e meu pai já chegaram me apertando e me dando beijos no rosto como se eu fosse um bebê e é claro que a princípio eu morri de vergonha, mas depois percebi que aquilo devia ser algo de pais orgulhosos porque a família de Chanyeol fazia exatamente a mesma coisa com ele. Demorou um tempinho para sermos capazes de nos libertar de todo aquele afeto familiar, mas então foi o momento de nossos amigos comentarem o vídeo.

- Ah Baek, você ficou tão bem no vídeo, seu cabelo ficou tão brilhante, amigo! – Junmyeon já chegou passando a mão no meu cabelo e apertando minhas bochechas também. – Acho que o que te move é a hidratação capilar hein, tá tão bonito esse cabelo... O Chanyeol estava bem! Eu também estava lindo, é claro. Eu sou lindo. – Junmyeon até falaria mais porque elogiar a si mesmo era o seu maior talento, mas Kyungsoo o parou.

- E não é que vocês realmente fizeram um ótimo trabalho? – Kyungsoo passou uma de suas mãos pelo ombro de Chanyeol, e repousou a outra no meu ombro como um meio abraço. – Jongin está envergonhado... – Kyungsoo apontou para Jongin que nos abraçou visivelmente tímido por suas imagens terem sido exibidas para todos.

- Quem diria hein, Baek! Você, pagando de galã! – Pela terceira vez na noite tive minhas bochechas esmagadas, dessa vez pelas mãos de Sehun.

- Vocês têm um agente? – Luhan perguntou com um olhar suspeito e eu e Chanyeol nos encaramos com curiosidade antes de olhar pra ele novamente – Em nome do jornal em que eu trabalho, eu gostaria de marcar uma entrevista com os senhores – O chinês usou um tom exageradamente cordial.

- Você ta falando sério? – Chanyeol perguntou eufórico.

- Sim, eu estou. Mesmo, de verdade! Por favor, me digam quando as novas celebridades do momento estiverem livres! – Luhan deu tapinhas de leve nos meus ombros e repetiu o ato com Chanyeol. – Parabéns, pessoal! O trabalho ficou muito bom mesmo!

- Tenho orgulho de vocês como lobos da minha matilha, ok? – Jongdae bagunçou o meu cabelo e cumprimentou Chanyeol de uma maneira máscula.

- Com licença, eu poderia ter um minutinho da atenção de vocês meninos? – Todos nós nos viramos, e eu percebi que a voz era a do senhor Choi, que estava acompanhado de um senhor alto magro e grisalho que definitivamente não era coreano.

Nós nos entreolhamos e depois lançamos um olhar solícito a nossa família e amigos antes de deixá-los para seguir em direção aos dois homens bastante elegantes.

- Meninos esse é o professor Yves Beaumont, ele está aqui representando a La Femis e ele acabou de assistir o filme de vocês...

Não sei Chanyeol, mas a minha mente parou quando ouviu o nome da universidade. Aquela era simplesmente uma das maiores e melhores instituições do mundo para se estudar cinema. E aquele cara não possuía um rosto conhecido para mim, mas o nome, esse já tinha escutado diversas vezes. Ele havia viajado o mundo com seus documentários e há alguns anos havia se casado e por isso estabelecido residência quase fixa na Coréia, vivia a base de viagens entre a Asia e a Europa. Eu e Chanyeol fizemos uma reverência um tanto demorada ao homem, que nos sorriu gentilmente.

- Primeiro, eu gostaria de parabenizar os dois jovens pelo belíssimo trabalho – O francês começou a dizer com um sotaque bem carregado – e segundo: gostaria muito de poder conversar com vocês sobre o projeto Lumière. Acho que o nome do projeto não podia ser mais adequado, se tudo correr bem, acho que a vida de vocês vai se encher de luz daqui pra frente.

- Como assim, senhor? – Chanyeol perguntou, desconfiado assim como eu.

- Vocês dois por algum acaso teriam interesse em pleitear bolsas na nossa universidade?

Nós olhamos quase que em uma felicidade sincronizada.

- Mas... Mas é claro, mas é claro que queremos, não é, Chanyeol? – Chanyeol passou um de seus braços pela minha cintura e me abraçou como se já fossemos campeões de alguma competição.

- Calma meninos, calma. – O senhor Choi ria conosco e estava visivelmente feliz também, mesmo que pedisse por calma.

- Os senhores poderiam vir aqui na faculdade na manhã do sábado da próxima semana pra conversar comigo? – O francês ergueu uma de suas sobrancelhas – Será que dão conta de falar em francês? Vocês devem gostar do idioma, dado que o nome do projeto de vocês é Lumière não é mesmo?

Gelei.

- Bien sur monsieur! – Chanyeol esbanjou seu francês que me pareceu corretíssimo.

- Oui! – Foi só o que eu disse quando todos eles me encararam.

- Então está feito, quero que os dois me tragam um projeto escrito em duas vias em francês sobre o documentário que foi exibido. Vocês sabem, façam como se fosse um pré projeto, o básico, uma introdução, com o embasamento de vocês, um texto de desenvolvimento com as metas, os objetivos e uma conclusão. E me escrevam também cada um, um texto de uma página, também em francês do porque querem estudar na nossa instituição. E, como eu disse antes, venham preparados para trocar umas palavrinhas em francês.

 

Pronto, aquilo ficou encafifado na minha cabeça e eu não conseguia mais pensar em nada. Assistimos a mais alguns outros trabalhos de nossa turma e depois nossas famílias – e os agregados, claro - decidiram que deveríamos ir a um restaurante conversar sobre o sucesso que havia sido o nosso trabalho, mas eu não conseguia me concentrar em nada do que diziam, e por alguma razão independente de qualquer que fosse a pergunta que me fizessem naquela noite eu sempre respondia com um oui desesperado. 

Escolhemos um restaurante francês – ideia minha e de Chanyeol para exercitar o idioma que ele já havia estudado por anos e que eu apenas conhecia um pouco graças ao cinema francês que sempre me fascinou. O lugar escolhido era um bistrô francês chamado La Dèlice (que eu consegui traduzir sozinho por sinal) no centro de Seul, muitíssimo bem recomendado por Junma e pela família de Chanyeol, coisa de rico.

E era coisa fina mesmo, viu? Primeiro nos deliciamos com as entradas que estavam maravilhosas. Tínhamos a nossa disposição terrines e patês e também o tradicional Foie grãs servido com torradas e saladas. A cada mordida, Chanyeol me dizia uma nova palavra em francês e eu tentava manter com ele uma conversa naquela língua. E eu até arrisquei um ‘c'est incroyable’ para ele depois que nos deliciamos com as entradas que estavam realmente incríveis.

Nosso prato principal foi nada mais nada menos do que um o canard à l’orange, que é um pato cozido no caldo de laranja, tão saboroso quanto chic. Incrível como qualquer coisa fica chic se tiver um nome francês. Vou dizer a verdade, logo que a comida chegou eu olhei para meus pais e meus amigos, nós compartilhamos aquele olhar de ‘to com medo de comer esse negócio’ mas o gosto acabou sendo maravilhoso. Magnifique!

Na hora da sobremesa eu me senti praticamente um rei tamanha era a variedade de coisas gostosas. A nossa disposição tínhamos o melhor da culinária francesa o que fazia eu me sentir quase como um francês de verdade. Nós podíamos escolher nos deliciar com Baba au Rum que era um bolinho coberto com um xarope de Rum acompanhado de frutas e chantilly, ou um Crème Brulée aquele creme de baunilha tradicional, com aquela casquinha de açúcar que eu particularmente adorei ficar partindo. Por último fomos servidos com alguns macarrons que assim encerraram nossa noite da maneira mais doce possível.

Ao fim deixamos o restaurante e todos nos despedimos, minha família voltaria naquela noite mesmo para casa. Meu irmão sumiu junto com a irmã de Chanyeol (ela não estava namorando?) e Kyungsoo me entregou as chaves do apartamento, pois passaria a noite fora na companhia de Jongin.

O que mais eu poderia querer? Não precisei dizer nada, apenas um olhar foi suficiente para que Chanyeol soubesse que aquilo era um convite e que eu adoraria tê-lo comigo por mais aquela noite.

 

Já em casa, nos fizemos uma breve comemoração só nossa em razão do sucesso de nosso trabalho.

Só nossa.

Era sempre assim, eu me sentia tão completo e pleno ao lado de Park Chanyeol que mesmo que houvesse centenas de pessoas ao nosso redor, sempre havia um fio de sentimento que nos fazia felizes um com o outro, mas quando estávamos só nós dois era simplesmente mágico.

Não sei se me entendem... Quer dizer, sexo era algo que fazíamos com frequência, e Chanyeol meus queridos, era muito bom naquilo, inclusive, mas o que fazíamos era um ato de cumplicidade entre nós dois mas havia muito mais para além disso. Eu gostava de ouvir Chanyeol conversando sobre qualquer coisa, sobre suas fotos ou sua música ou até mesmo uma coleção de miniaturas que ele havia começado a fazer. E eu sabia que era recíproco porque ele sempre me direcionava um olhar de afeto e cuidado, e eu via em seus olhos tantas coisas...

Chanyeol era como um livro, em cada pedacinho dele eu podia ler coisas, em suas mãos eu lia cuidado comigo e com nosso relacionamento, em seu sorriso eu lia a vontade e disponibilidade que ele tinha de lutar por nós a cada dia e continuar prezando pela nossa felicidade. Nos seus beijos e toques eu lia a paixão que ele sentia por mim e nos olhos alegres dele eu lia a promessa silenciosa de que ele estava ali por mim, e nunca me deixaria só.

Naquela noite em especial estávamos tão felizes com a apresentação e com a possibilidade de estarmos juntos em outro país que nosso amor se deu feito brincadeira. Chanyeol me pegou no colo e quando me colocou sobre a cama, ele cambaleou e caiu em cima de mim, seus cabelos me fizeram cócegas e nós rimos feito dois idiotas que nós realmente éramos. Ele ficou rindo quando eu não consegui desabotoar o botão na minha camisa e eu também ri dele quando as suas meias não saiam de seus pés.

Chanyeol me deu mordidas e eu também o mordi. Ele me fez cócegas e eu revidei fazendo a mesma coisa com ele. Eu senti arrepios quando suas mãos e boca percorreram meu corpo, como se aquela fosse a primeira vez. Sempre parecia a primeira vez. Nós rimos, e nos amamos da maneira mais divertida aquela noite.

Depois Chanyeol resolveu que conversaríamos apenas em francês para exercitar, e mesmo ali deitado em seus braços nos lençóis da minha cama, nós começamos a conversar sobre as possibilidades de vida em Paris, cidade que Chanyeol já conhecia. Ele me falou dos pontos turísticos, dos lugares e de como aquele lugar seria um ótimo palco para o nosso amor até que dormimos.

E eu sonhei com Paris, la ville Lumière pela primeira vez.

 

***

 

O filme de Junmyeon foi exibido no dia seguinte ao meu, e também foi bastante elogiado. Eles falaram de moda, música e cultura popular coreana em geral. O trabalho tinha muita cor e música e isso logo chamou a atenção. Ao fim do trabalho nosso professor elogiou muito a proposta e disse que nós precisamos valorizar a nossa cultura e é claro que Junmyeon inflou de alegria né? Eu fiquei super feliz por ele, mesmo. Fiquei ainda mais feliz quando, após a exibição do filme ele foi convidado a dizer algumas palavras.

Eu imaginei, do fundo do meu coração, que Junmyeon daria o jeito e passaria vergonha, mas eu quebrei  a cara, queimei a língua, porque ele falou e falou muitíssimo bem. Ele vestia uma roupa social e seus cabelos estavam arrumados com gel de uma forma que quando falou, ele parecia alguém muito importante.

Sua fala não foi meramente explicativa de seu trabalho, ela foi bastante política também. Ele ressaltou que devemos sempre valorizar nossas raízes e acreditar no trabalho que é feito em nosso país. Enquanto ele falava, eu fiquei com um pouco de inveja, mas uma invejinha boa da sua pele de pêssego e sua beleza ofensiva. Sim, Junmyeon podia ser uma metralhadora de micões em tempo quase integral, mas quando estava parado e falando sério, sua beleza ficava ainda mais evidente.

E no fim, eu morri de orgulho dele.

 

Depois da apresentação de Junma, estávamos oficialmente de férias e meu foco voltou a ser o francês. Eu tinha apenas uma semana para redigir aquele texto que o representante da universidade francesa havia pedido e também para aprender francês o suficiente para conseguir falar com ele. Por isso, eu e Chanyeol resolvemos que só falaríamos em francês e que faríamos naquela semana uma maratona de filmes e séries francesas.

Nós assistimos à Piaf, Les Untochables e Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain foram apenas alguns dos títulos franceses que nós assistimos naquela semana, e não vou negar, aprendi bastante naqueles dias. Também assistimos a uma série francesa chamada Les Revenants, que, aliás, é muito boa e indico para todos. Todo o conhecimento que eu tinha já se devia aos filmes e séries, mas aquela semana eu assisti tanta coisa e ouvi tanta música francesa que devo ter aprendido umas dez mil palavras.

Sobre o texto que deveríamos fazer, nós decidimos pensar sobre ele juntos e mesmo que fossem versões diferentes, uma para cada um, elas acabaram sendo bastante parecidas. Falamos os dois de como aquele projeto havia nos transformado como pessoas e como ele podia ser um grande instrumento de mudança na vida de outras pessoas.

Estávamos tão imersos em todo esse processo que antes que pudéssemos nos dar conta, o dia de nossa entrevista tinha chegado.

 

A faculdade estava sem aluno nenhum, pois estávamos todos de férias de verão, por isso quando cheguei em frente aquele portão o lugar parecia completamente diferente sem o barulho e movimentações habituais dos estudantes. Havíamos recebido um email do próprio professor Yves avisando que a nossa “reunião” ocorreria às nove da manhã, mas eu sempre fui muito ansioso e cheguei lá com meia hora de antecedência, e não teria percebido que estava sendo observado se o stalker não se anunciasse.

- Baek, sua cara não está nada boa, parece que você caiu da cama... de cara no chão! – Chanyeol riu, mas eu não achei graça.

Quando me virei para seguir sua voz, percebi que ele estava um pouco distante de mim, escorado em sua moto vestindo uma calça jeans escura e uma de suas jaquetas de couro. Aquela cena me deixou bastante nostálgico e eu fui rapidamente até ele e colei nossos lábios por uma fração de segundo.

- Isso me lembra da primeira vez em que montei na Labareda... – Eu falei passando os dedos pelos detalhes da moto.

- Ela sente sua falta, sabia? – Chanyeol acariciou a própria moto como se ela fosse um bebê e eu ri.

- Preparado?

- Vamos! – Ele segurou forte a minha mão e eu fiquei instantaneamente nervoso, mas ao mesmo tempo calmo por tê-lo ali comigo.

Nós entramos juntos pelos portões desejando que fosse assim pelo resto de nossas vidas.

 

***

 

O local onde faríamos as entrevistas era no mesmo prédio onde tínhamos aulas e aquilo me ajudou, por ser um lugar que eu já conhecia eu acabei por ficar mais calmo. Quando chegamos à sala indicada, que era a sala de um dos nossos professores, o professor Yves já estava a nossa espera e nos convidou para entrar e nos sentar na mesa a sua frente.

- Bonjour, meninos!

- Bonjour, professeur! – Falei orgulhoso do meu francês.

Os outros dois riram e eu me perguntei se teria dito algo errado.

- Très bien, Baekhyun! – O professor emendou em seu francês rápido - Vous voulez parler français? (Você quer falar francês?) Mais vous pouvez parler coréen maintenant... (Mas você pode falar coreano agora...)

- Ah, ok então.

O professor nos pediu o projeto e os textos escritos em francês, conversou conosco sobre a proposta que tínhamos e nos contou das pesquisas e dos trabalhos que eram feitos em sua faculdade com aquela mesma temática. Ele nos disse sobre os planos da universidade e de como funcionavam as bolsas para estrangeiros e de tudo que ele disse, sobre moradia e ajuda de custo, uma coisa nos chamou atenção.

- Essa bolsa que vocês dois estão pleiteando, é uma bolsa especial por produção de destaque, geralmente é complicado que sejam cedidas duas bolsas para um único projeto, mas faremos o possível. Se vocês forem aceitos, os emails com as informações para a admissão chegarão até o dia 12 no máximo, daqui a uma semana.

O que ele queria dizer era que talvez, na pior das hipóteses só um de nós iria para a França.

Depois daquilo ele disse que faria uma conversa individual com cada um de nós e eu fui escolhido para ser o primeiro. Chanyeol deixou a sala depois de me desejar sorte – em francês – e em um instante eu já comecei a tremer de nervoso. O homem pareceu perceber que eu estava apreensivo e sorriu para mim, e ao invés de se sentar a minha frente, atrás de sua mesa, ele colocou sua cadeira ao meu lado.

- Eu só quero que você me responda a uma pergunta, Byun Baekhyun. – Ele me lançou um olhar tão solícito e empático que de repente eu senti meu nervosismo ir embora - Pourquoi votre documentaire est appelé Lumière?

Pisquei uma ou duas vezes enquanto refletia sobre aquela pergunta. Por que o meu trabalho se chamava Lumiere? Pensei na primeira vez em que havia escutado aquela palavra dita por Chanyeol, pensei em todas as coisas que tinham acontecido, pensei em Paris que era a cidade Lumière e respondi:

- Parce que nous voulions apporter la vie et la lumière à la vie des gens ... Nous voulions utiliser notre art de toucher chacun d'entre eux, de sorte qu'aucun d'entre eux perdent espoir dans la vie. (Porque nós queríamos levar vida e luz para a vida das pessoas... Queríamos usar nossa arte para tocar cada uma delas, para que nenhuma delas perdesse a esperança na vida.)

- Ok! Muito bem! – Disse o homem voltando ao seu lugar atrás da mesa depois de apertar a minha mão – Boa sorte Baekhyun, pode pedir para entrar o Chanyeol.

Eu saí da sala totalmente atordoado e nem consegui responder a Chanyeol quando ele me perguntou como tinha sido. Ele entrou e eu fiquei ali fora meio perdido, me deixei cair sobre uma cadeira qualquer do corredor e só ai a minha ficha caiu.

- Baekhyun seu burro, você estudou um monte de palavras para no fim usar só umas dez... – Falei a mim mesmo enquanto me dava uns murros.

Vi o sonho de ir para a França ir embora diante dos meus olhos e só tive mais certeza de que eu não iria quando Chanyeol ficou lá dentro conversando com o professor por uns vinte minutos. Ele devia estar falando muitas palavras. Ele iria para Paris e eu não, ele merecia isso.

Quando finalmente saiu, Chanyeol me abraçou e eu quase comecei a chorar.

- Como vou ficar sem você quando você for pra Paris?

- Mas Baek, pare de ser negativo! Você pode ir também! Podemos ir os dois...

- Mas e se for só um de nós? – Perguntei fazendo biquinho para ele.

- O outro tem que prometer fidelidade eterna! – Ele riu – Não quero que os franceses fiquem de olhos gordos em você Baek. – Depois sua expressão ficou mais serena e ele continuou – Você tem que prometer, não importa o que aconteça, se apenas um de nós for escolhido, estará realizando o nosso sonho, o sonho dos dois.

Eu apenas fiz que sim com a cabeça e me preparei para festejar e estar feliz com a admissão de Chanyeol, porque eu tinha certeza que ele passaria.

***

 

As semanas que sucederam a entrevistas passaram bastante devagar. Como estávamos de férias não havia muita coisa a se fazer, sempre que possível íamos até a casa de meus pais (fomos uma ou duas vezes) ou íamos todos até a casa de Chanyeol para tomar banho de piscina e fazer umas músicas.

Foram dias sem conseguir dormir a espera daquele email, mas ele não chegava para nenhum de nós dois e começamos a desanimar um pouco com a possibilidade de ir Paris. Tanto que no dia 12, o ultimo dia do prazo, que era um sábado, todos nós – lê-se Eu, Chanyeol, Kyungsoo, Jongin, Junmyeon, Jongdae, Sehun e Luhan – estávamos espelhados pela sala lá de casa, comendo uns petiscos preparados por Kyungsoo.

- Será que o email ainda vai chegar? – Junma perguntou inquieto – Eu ainda não desisti Baek. Você e Chanyeol estarão em terras francesas em breve, eu tenho certeza.

- Eu já desisti – Falei colocando um pedaço quadrado de queijo na boca – O que Paris tem que Seul não tem?

- Franceses gatos.  O melhor da frança são os franceses. – Junmyeon nem se importou com o olhar cortante que Jongdae direcionou a ele naquele instante.

- Franceses são feios! – Luhan falou com a boca cheia.

- Eles são feios, mas o Baek não é! – Chanyeol começou a dizer - Eles vão cair matando em cima dele.

- Quem vai ficar soltinho na França e você, Park Chanyeol, eu tenho quase certeza! – E eu tinha mesmo.

Mas então o meu celular vibrou com uma notificação, e eu soltei um gritinho que fez todos os outros saberem do que se tratava mesmo que eu não tivesse dito palavra alguma.

Era o email.

- O EMAIL CHEGOU! O EMAIL! – Comecei a gritar feito um louco – Eu e Chanyeol vamos para Paris.

Aí veio o choque de realidade, o lembrete de que a vida nem sempre é como a gente planeja.

- Só você vai, Baekhyun. Eu não recebi email nenhum.

 

 

Ficamos por horas esperando por um email na caixa de entrada de Chanyeol, mas ele não veio. Os meninos não comemoraram em respeito à Chanyeol, apesar dele pedir enfaticamente para estarmos felizes com a minha conquista.

A noite ficou meio estranha depois disso, os meninos foram embora, mas Chanyeol ficou e dormiu comigo. Antes que dormíssemos, quando estávamos só nós dois em meu quarto nós tivemos uma conversa decisiva.

- Acho que não vou. – Comecei a falar, quando estávamos deitados lado a lado.

- Baekhyun, o professor Yves me disse que é muito difícil mesmo que duas pessoas sejam escolhidas pra bolsa com o mesmo trabalho... – Chanyeol suspirou e emoldurou meu rosto com suas mãos gigantes – Se eles te escolheram é porque você é bom.

- Sem você eu não vou, Chanie! É o nosso sonho... Não faz sentido vivê-lo sem você! Seria injusto com você, se for assim eu não quero.

- Baek, olha pra mim! Você vai sim pra Paris, vai lá realizar o nosso sonho. Eu não serei egoísta a ponto de impedir de agarrar uma oportunidade como essa.

- Eu não vou sem você, isso está fora de cogitação.

- Sim você vai. Você vai porque tem que aprender a se colocar como prioridade da sua própria vida. Eu te amo, vou morrer de saudade, mas não posso ser egoísta a ponto de te deixar perder essa chance. Você vai, faça isso por você e por mais ninguém. Faça por você.

            Senti uma vontade enorme de chorar e quando Chanyeol começou a cantarolar a nossa música, aquela música que havíamos composto juntos em meu piano velho, eu comecei a chorar muito. Me sentia feliz sim, pela possibilidade de ir estudar fora, mas parte de mim estava triste por não estar com meu amor nessa jornada. Ele pareceu entender isso e enquanto eu chorava ficou apenas acariciando meus cabelos e eu finalmente dormi.

Quando acordei já era cedo, o relógio ao lado da minha cama indicava que já eram sete da manhã de domingo. Senti que havia algo na minha testa e quando passei a mão na região percebi que era um post-it colado ali. Era a caligrafia de Chanyeol que dizia: “O dia já virou na França também e eu não recebi nenhum email, mas agora você vai lá e vai mostrar para eles do que é capaz. Eu te amo.”

            Aquilo fez meu coração apertar. De repente desejei estar em qualquer lugar, por isso vesti um moletom qualquer e saí. Precisava pensar.

 

            Caminhei meio sem rumo e fui parar onde sempre parava: sentado no mesmo banquinho de sempre daquele parque perto de casa.

A chegada daquele email me fez perceber duas coisas: eu estava prestes a realizar um grande sonho, pelo qual esperei durante toda a minha vida, mas faria isso sem Chanyeol. E dessa forma eu definitivamente não queria. Pra mim, a principio, parecia muita falta de consideração usar um trabalho que pertencia a nós dois (trabalho esse que havia servido para que nos aproximássemos), mas a palavras de Chanyeol ainda ecoavam em minha mente, ele tinha razão em dizer que aquela era uma grande chance para ser desperdiçada, e se eu estivesse lá estaria carregando comigo um pouco dos anseios e sonhos de todos aqueles que haviam participado do documentário, eu estaria carregando um pouco dos sonhos de Chanyeol também.

Mas houve um fator decisivo, um trecho enfático da fala Chanyeol que me fez apostar as fichas nessa viagem. Eu nunca havia me colocado como prioridade na minha própria vida, e talvez esse fosse o momento.

Ali sentado naquele banquinho eu comecei a me sentir nostálgico sobre várias coisas, e deixei que minha mente refizesse todo o meu percurso de vida, até o ponto atual. Eu podia ir além, podia ir longe com o meu trabalho, e a França realmente podia me ajudar com aquilo… Se eu fosse, estaria sozinho em um lugar completamente novo, em outra cultura, sem meus amigos e sem qualquer um capaz de falar o meu idioma e isso me deixava muito inseguro. Será que eu com toda essa minha vontade de mudar o mundo daria conta de estar em outro país sem ninguém por perto, se eu fosse, o que seria do meu relacionamento?

Me lembrei de Kyungsoo, e de sua felicidade após o recebimento daquele email, pensei em como a minha família também ficaria feliz e por fim recordei que Chanyeol havia ficado feliz também, e eu sabia que sua felicidade era sincera porque eu via verdade em seus olhos, eles nunca mentiam. Acabei por concluir que a vida é muito curta para se pensar muito sobre as coisas dessa forma. Eu estava em uma daquelas situações decisivas da vida, onde arriscar ou não arriscar definiria o meu futuro completamente, afinal aquela era uma chance única.

A decisão que me parecia correta já estava ali rondando os meus pensamentos, e mesmo que não admitisse isso antes a resposta estava ali o tempo todo. Tudo que eu precisava fazer era ser fiel a mim mesmo, e me jogar naquela que parecia ser a maior queda livre de toda a minha história.

Gargalhei baixinho das reviravoltas da vida e me levantei dali disposto a voltar para minha casa onde Chanyeol provavelmente ainda dormia, ele precisava ser o primeiro a saber de minha decisão, afinal havia sido dele o pontapé inicial, e aquele seria um sonho dele também. Entrei bem devagarzinho ali, fui até meu quarto e por alguns instantes apenas me permiti observar o outro enquanto dormia.

- Chanyeol! – Chamei mesmo que ele estivesse bastante sonolento, e passei uma de minhas mãos sobre os fios de seu cabelo o que pareceu deixá-lo ainda mais lento. – Eu vou para Paris.

Eu ouvi sua gargalhada sonolenta quando ele abriu um dos melhores sorrisos e piscou os olhos em razão da luminosidade e aquilo me tranquilizou, eu sabia que ele estava mesmo feliz.

- Wow! – Ele falou, apertando a minha mão com força, me dando uma súbita injeção de confiança - Eu sabia que faria a escolha certa! Estou muito orgulhoso de você, Byun Baekhyun.


Notas Finais


a fic esta na reta final e isso deixa meu coração apertado :( só faltam dois capitulos e vai ser díficil me despedir dessa fic </3

O QUE VOCÊS ACHAM QUE VAI SER DE CHANBAEK!
mas calma que muita coisa ainda vai rolar nesses dois capitulos restantes!

bjs, qualquer coisa estou na ask e no twitter @baekonda


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