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História Lumière - Esqueceram de mim


Escrita por: lunevile

Notas do Autor


Boa noite amores!
Aqui estou eu algumas horinhas atrasadas porque houveram alguns probleminhas.
Bem, esse capítulo está um pouco maior, eu até pensei em dividi-lo em dois mas achei que seria muita crueldade com vocês fieis leitores amados.
Tem muita informação nesse capítulo!

PS: tem uma parte em que Baek e Chanyeol estão na sala do ap, la no final e uma musica começa a tocar, essa musica é o instumental da musica Turning Page - Sleeping at Last. Escrevi todo o resto da cena com ela e seria legais se voces a ouvissem ou pelo menos a tivessem em mente no momento da leitura!

Obrigada pelo carinho! beijo!

Capítulo 9 - Esqueceram de mim


Fanfic / Fanfiction Lumière - Esqueceram de mim

Dormi.

Dormi aninhado ao abraço de Chanyeol, que cantarolava apenas uma palavra em meus ouvidos: uljimayo.

Não lembro se em algum momento minhas lágrimas cessaram, mas lembro de acordar já no começo de noite com Chanyeol ainda ao meu lado.

 

***

 

Os dias rapidamente se tornavam semanas preenchidas de trabalho árduo visando um projeto muito bom. Nossa idéia havia tomado uma proporção maior do que pensávamos, pois haviam postagens em redes sociais respondendo a nossa pergunta, e o simples disparar de uma questão havia criado uma rede. Uma ampla rede de pessoas se propondo a pensar sobre o que as move. Enquanto isso, seguíamos produzindo vídeos e entrevistando pessoas. Cada pessoa entrevistada indicava mais três amigos, ou então nos indicava alguma ação que achasse ser motivadora, seja ela um grupo, uma ONG, um projeto social...

Dessa forma, havíamos conhecido alguns trabalhos legais e inspiradores nesse curto espaço de tempo: Jongin, havia nos falado de algumas pequenas ONGs nas quais era voluntario. A primeira se chamava Amigos dos Animais, e os voluntários resgatavam e cuidavam de todo tipo de animal. A segunda tinha como principal proposta levar arte e vida a crianças de periferia. Eu e Chanyeol fomos até o local e nos surpreendemos com a força e ao mesmo tempo leveza que os voluntários levavam às crianças através da arte e que os pequenos devolviam em forma de sorriso. Ajudar os outros, fazer a diferença na vida de alguém é algo que sempre tive como objetivo comigo e, ver isso acontecendo ali tão perto de mim me fez ter a vontade de querer ajudar também. Vontade essa que também pareceu florescer em Chanyeol, pois poucos minutos bastaram para que nós dois nos comprometêssemos à ministrar para aquelas crianças uma oficina de fotografia.

Sabe quando você se vê totalmente imerso em um projeto que tem tudo para dar super certo, e se anima tanto a ponto das semanas passarem voando? Foi exatamente isso que aconteceu. Em um piscar de olhos o mês de maio chegou trazendo com ele o lembrete de que eu estava ficando mais velho. Não é sempre que se faz 22 anos né?

No fatídico e fabuloso dia, na sexta feira de meu aniversário acordei às oito da manhã, um pouco tarde, perderia a primeira aula, mas eu merecia isso, então não me preocupei. Me levantei e tomei um belo banho torcendo para que o dia fosse maravilhoso. Só o fato de ser uma sexta-feira já me fazia pular de alegria. Ao andar pelo apartamento em busca de um bom e reforçado café da manhã, vi que Kyungsoo não estava em casa, mas havia deixado um papel sob a mesinha do centro de nossa sala. Pensei: “Ah, que fofo, meu amigo me deixou um recado de feliz aniversário”. Fui até o pequeno papel com delicadeza quase chorando de emoção pelo pequeno mimo dele, mas quando o desvirei, a única mensagem escrita dizia: você não lavou a louça de ontem, é por sua conta!

Ótimo.

Fui depressa até meu celular talvez as mensagens e felicitações estivessem nele. Eu não ligava muito pra isso e nunca parabenizava ninguém nas redes sociais, mas me sentia popular quando as pessoas me mandavam os parabéns.

Vários conhecidos me davam as felicitações. Mas ninguém que eu realmente esperava havia me deixado um recadinho. Nem mensagem. Ninguém. Nem Chanyeol. Nem Kyungsoo. Nem Junmyeon. Aonde o mundo vai parar? Nem meus amigos se lembram do meu aniversário. Chamar Chanyeol de amigo, mesmo que em pensamento era estranho, quer dizer nós éramos mais que amigos agora né? Amigos não se beijam, amigos não trocam toques impróprios no meio da aula de fotografia...

Meu telefone tocou alto indicando uma ligação e eu ao ver que era minha mãe quem ligava atendi feliz. Estava morrendo de saudade.

- Parabéns pra você nessa data querida! – a voz de minha mãe cantarolou do outro lado da linha.

- ÊEEE! – comemorei, fingindo entusiasmo.

- Parabéns bebê, tudo de bom pra você, toda a felicidade do mundo, mamãe e papai não podem estar aí, mas saiba que nós te amamos muito viu? Temos muito orgulho de você batatinha.

Batatinha era meu apelido de infância e eu costumava odiar, mas agora se comparado com Baconzitos eu até prefiro.

- Mãe!

Meus olhos se encheram de lágrimas com as simples palavras da minha mãe. Viver na cidade grande era um sonho que idealizei por muitos anos, mas era um desafio diário e por vezes eu me sentia muito só, precisando de um colo. Se não fosse por Kyungsoo ao meu lado sempre, eu já teria desistido.

Um suspiro.

- Baekhyun, você está chorando? Se você chorar eu vou chorar também.

Pelos soluços que eram audíveis através do telefone, eu não duvidava que minha mãe já estivesse chorando mesmo, ela sempre fora muito emotiva e chorava fácil. Senti meu coração apertar, imerso em uma vontade de correr pra casa e contar para ela tudo que estava acontecendo ultimamente, contar sobre o projeto e sobre Chanyeol.

- Obrigado mãe, to com saudade.

- To com saudade também, meu amor! Como está o Kyungsoo?

Minha família e a família de Kyungsoo viviam em propriedades vizinhas há muitos anos e essa proximidade contribuiu para que todos nós nos tornássemos como uma grande família. Meus pais eram agrônomos e cuidavam de nossa propriedade onde cultivavam batatas e outras leguminosas, os pais de Kyungsoo eram ambos veterinários. O meu irmão mais velho e o irmão mais velho de Kyungsoo trilharam suas carreiras profissionais baseadas nos interesses de nossas famílias, meu irmão seguiu no ramo da agronomia e o irmão mais velho de Kyungsoo se formou em veterinária, ambos ainda viviam nas propriedades rurais, de modo que foi uma grande surpresa quando eu e Kyungsoo decidimos que viríamos para a capital estudar coisas que aparentemente em nada se relacionavam com a vida no campo.

- Kyungsoo tá bem mãe, logo logo faremos uma visita.

De fato, às vezes pensávamos em fazer visitas às nossas famílias porque estar no campo nos lembrava a infância feliz que tivemos e a vida agitada da cidade grande às vezes se tornava muito estressante e tudo que mais queríamos era a calmaria que sentíamos ao estar em casa. A tranqüilidade da vida pacata na roça era capaz de silenciar os pensamentos mais gritantes e conturbados que tínhamos.

- Seu pai quer te dar os parabéns... – minha mãe disse, transmitindo o telefone de mãos e logo eu pude ouvir a voz grave e serena de meu pai.

- Oi meu filho, parabéns viu! Toda a felicidade desse mundo pra você. Quando você vier nos ver, lhe daremos seu presente.

Eu não era muito fã de presentes, sabe? Geralmente ao ser presenteado eu me sentia bem desconfortável porque não sabia bem como reagir a eles. Tudo que eu dizia era um tímido ‘obrigado’.

- Não precisa papai!

- É claro que precisa, você é um filho maravilhoso... Parece que foi ontem que vi seu rostinho pela primeira vez. Aquela pequena batatinha...

Ouvi meu pai fungar de leve.

Ele estava chorando.

E eu aos prantos, mas tentando me manter firme.

- Não chora pai!

Percebi que alguém havia tomado o telefone das mãos de meu pai e depois de alguns segundos foi a vez de meu irmão me felicitar. Meu irmão era mais velho que eu por uma diferença de oito anos, na infância brigávamos muito, mas hoje em dia ele era alguém que eu admirava muito e fonte de muitos conselhos.

- Fala, pequeno! Parabéns Baek!

- Obrigado! Cuide de papai e mamãe por mim ta?

- Como estão os estudos?

- Tudo bem... agora tenho que ir pra aula, pode passar para a mamãe?

- Te amo, irmãozinho.

Meu irmão prontamente transferiu o telefone para minha mãe e eu ouvi a sua voz doce perguntar novamente:

- O que foi bebê?

- Mãe, o que te move? – perguntei de uma vez.

- Como assim?

- O que te faz feliz?

- Você me faz feliz, seu irmão me faz feliz, seu pai também. Porquê?

- Por nada mãe, é para um trabalho. Até mais. Te amo.

- Também te amo.

 

***

 

Fui até a faculdade andando bem devagar e pensando em tudo que havia acontecido no meu ultimo ano e mais precisamente no ultimo mês. As coisas haviam ganhado outro rumo com a chegada de Chanyeol... Chanyeol me devia respostas, suas palavras eram sempre carregadas de mistérios e cada vez que ele parecia me dar uma pista mais questões surgiam em minha mente.

Há quanto tempo, Chanyeol?” “Há muito tempo”

Nosso pequeno diálogo ecoava em minha mente e eu o assistia centenas de vezes em minha cabeça tentando encontrar algum vestígio de resposta, alguma pista, mas nada. Chanyeol era escorregadio em suas respostas e em todas as vezes que eu o pedi para ser mais claro, ele fugia. Então eu ainda não sabia há quanto tempo Chanyeol me observava antes de nos conhecermos formalmente e também não fazia idéia se o sentimento que ele nutria por mim já era antigo.

Enquanto eu andava, meu celular vibrou. Uma mensagem de Chen.

“Parabéns meu queridão, tudo de bom na sua vida”

Que fofo ele! Ainda que poucas e simples suas palavras, eram mais do que qualquer outro amigo meu havia mandado. Fiquei feliz por em tão pouco tempo de amizade ele lembrar de meu aniversário. Eu digitei alguma coisinha pra ele em agradecimento:

“Obrigada, Chen! Tudo em dobro pra você”

Coloquei o celular novamente no bolso da calça ainda feliz com aquela sensação boa de ser lembrado por alguém que gostamos, aí meu celular vibrou novamente, com outra mensagem de Chen, dessa vez ele perguntava:

“Que horas é a festinha?”

Pobrezinho, se dependesse de mim e das minhas condições precárias, não haveriam festinhas pelos próximos cinco anos. Eu não respondi esperando que ele entendesse que não haveria festa nenhuma.

Cheguei à faculdade e esperei ate um dos intervalos para entrar em minha sala. Chanyeol e Junmyeon iriam ver só! Eu daria um gelo neles até se tocarem de que era meu aniversário, mas para minha surpresa nenhum deles estava naquela aula, e também não apareceram nas aulas seguintes.

Comecei a me sentir muito solitário.

Lá pela terceira aula do dia comecei a me sentir meio triste e entediado e comecei a rabiscar alguns desenhos aleatórios em meu caderno. O professor da matéria em questão havia nos dado o tempo livre para estudar e revisar o matéria e algumas pessoas se juntaram em duplas ou trios para fixar o conteúdo e fazer um estudo dirigido.

Olhei quase que automaticamente para as cadeiras ao meu lado, que normalmente eram ocupadas por Chanyeol e Junmyeon e ao vê-las vazias fui tomado por um sentimento ainda maior de solidão e comecei a me perguntar onde estariam os dois.

Voltei a desenhar em meu caderno aleatoriamente, desenhei algumas formas abstratas e sem que percebesse comecei a escrever algumas palavras. A primeira, desenhada em caligrafia elegante foi Lumière, que nos últimos dias era eu, mas também era Chanyeol. De fato eu precisava de luz em minha vida.

Depois, descompromissadas, minhas mãos começaram a escrever no caderno uma frase aleatória, mas que combinava bastante com o momento deprê que eu estava vivendo: my turn to cry...

- Olá – a voz feminina e irritante me puxou para a realidade.

Ainda sentado, levantei a cabeça com preguiça e me deparei com Kim Taeyeon sorrindo pra mim de maneira exagerada, me preparei para destilar todo o meu veneno com ela, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela falou.

- Parabéns, Baekhyun.

- Ah! O-obrigado! – eu disse sem jeito, surpreso por ela saber que era meu aniversário.

- Estou sem dupla, posso me juntar a você?

Assenti com a cabeça, mesmo que algo em minha mente me alertasse para o potencial perigo que ela representava, o fato dela ter sido a única a se lembrar do meu aniversário havia amolecido meu coração e eu resolvi dar uma chance. Burro! A minha imagem de comensal estava indo pelo ralo sem que eu percebesse.

Taeyeon se mostrou mais prestativa do que pensei e em nada implicante como eu esperava, ao fim acabou sendo bom tê-la como dupla, porque o trabalho ao ser dividido se tornou mais leve e eu parei de pensar que havia sido abandonado por meus amigos.

Assim que a aula terminou, a raivinha de meus amigos se apossou de mim mais uma vez e eu, movido pelo ódio mortal decidi que mandaria então uma mensagem para Kyungsoo. Debati em minha mente o que eu poderia escrever para expressar meu descontentamento, mas acabei decidindo ignorar seu esquecimento e apenas ser gentil. Seria bom almoçarmos juntos para comemorar, então apenas escrevi:

“Vamos almoçar juntos? Pensei em almoçarmos fora do campus para comemorar”

Não obtive resposta nenhuma e dessa vez fiquei realmente nervoso. Meus dedos rapidamente digitaram uma segunda mensagem antes que ele pudesse responder à primeira. Eu detestava parecer carente ou desesperado mais Kyungsoo havia ultrapassado os limites. Que cara de pau a dele esquecer meu aniversário e ainda por cima me ignorar. Ele ia ouvir umas poucas e boas!

“Obrigada por esquecer do meu aniversário e me abandonar justo no meu dia”

Rapidamente obtive uma resposta dele.

“Eu não esqueci, ta legal? Só estou ocupado com umas coisas hoje!”

Decidi que não responderia.

Outra mensagem dele chegou, dessa vez dizia:

“Parabéns! Tudo bem?”

Droga! Eu sabia que para não ter me parabenizado devidamente pela manhã, ele devia estar realmente muito ocupado. Kyungsoo apesar de seu jeito sério era muito cuidadoso e bom comigo. Alguma coisa devia estar acontecendo. Então escrevi para ele:

“Está tudo bem?”

E ele imediatamente respondeu:

“Está sim, não se preocupe”

Logo depois, pensei se por acaso receberia uma mensagem de Chanyeol, afinal eu sabia que estávamos nos estágios iniciais de um relacionamento e em minha opinião lembrar-se do meu aniversário era algo importante que demonstrava cuidado e atenção. Então, como se ele fosse capaz de ler meus pensamentos onde quer que estivesse, Chanyeol me enviou uma mensagem:

“Parabéns meu amor, não posso estar aí agora, mas prometo te recompensar.”

 

***

 

Acabei almoçando sozinho mesmo, nem prestei muita atenção na comida porque almoçar sem companhia era algo que eu odiava. Juro que não me importaria de ter Junmyeon ou Chanyeol ali ao meu lado mesmo que eles tivessem a mania de falar sem parar durante todo o almoço o que às vezes me irritava um pouco.

Por onde eles andavam?

Saí do restaurante universitário ainda sem rumo me perguntando sobre os possíveis paradeiros de meus amigos... Será que estariam comprando um presente para mim? Talvez...

- Baekhyun – ouvi a voz inconfundível de Junmyeon chamar, um pouco atrás de mim.

- Onde você esteve, animal?

- Ah, eu tava... – ele tentou se justificar.

- Poupe-me! Nem quero saber de suas desculpas para me abandonar justo hoje.- eu disse, firme.

- Desculpa nada, Baek! Eu tava com dor de barriga, não saía do banheiro! Seu insensível.

- Tanto faz, seu nojento.

- Vem comigo. Vamos comemorar seu aniversário. – ele disse, gesticulando para que eu o seguisse até o estacionamento.

- Não vou, estou de mal. – cruzei os braços e virei os olhos.

- Mas eu ia te dar o seu presente... – Junmyeon fez biquinho.

- Sou difícil, não vou ceder.

- Mesmo se fosse o a nova edição de colecionador do box com os sete volumes de Harry Potter que você vivia pedindo?

Não consegui resistir.

- Onde está seu carro? A que horas vamos? Agora né?

Junmyeon me levou em seu carro luxuoso ao shopping da cidade, e nós acabamos nos divertindo bastante lá durante toda a tarde. Além de me comprar o tão sonhado box, ele ainda me deixou fazer a festa na praça de alimentação e pedir os lanches mais caros. Nós andamos feito malucos pelas lojas e surtamos com todos os produtos relacionados a cultura geek que encontramos pelo caminho.

Ao fim de nosso passeio, quase às seis da noite, Junma me levou até a minha casa, com uma música da Britney Spears tocando no ultimo volume do som de seu carro. Ele era doido, mas era meu amigo. Quando ele estacionou em frente ao prédio, olhei a janela do apartamento e percebi que não havia sinal de luzes acesas e imediatamente fui invadido por uma preocupação imensa com Kyungsoo. Onde ele estava que ainda não havia chegado em casa? Tentei convencer Junma a dar meia volta no carro e sair a procura dele, mas o outro acabou me convencendo de que a melhor opção no momento era subir, guardar os presentes, pensar um pouco e depois decidir o que faríamos em relação ao sumiço.

Chanyeol também estava sumido, e eu estava começando a sentir muita raiva dele, mas tentei não me concentrar nisso quando subia os lances de escada até chegar a porta do meu querido apartamento. Estava cansado, preocupado, ansioso...

Girei a maçaneta, com Junma logo atrás de mim.

Foi um dos maiores sustos de toda a minha vida.

Confetes na minha cara.

Balões.

Música.

E gritos.

Kyungsoo, Jongin, Jongdae-Chen e Chanyeol e suas orelhas me saudavam com euforia. Chanyeol me recepcionou com um beijo e eu pude notar que estava mesmo com saudade dele, porque mesmo que ainda processando a surpresa puxei Chanyeol com força pra perto de mim deixando minhas sacolas caírem no chão. Meu beijo se tornou rapidamente urgente e Chanyeol correspondeu me beijando com vontade.

Foi Chen que nós interrompeu batendo nas costas de Chanyeol, dizendo:

- É hoje que o bacon vai torrar, hein!

Pensei em responder a gracinha de Chen, mas meus olhos se concentraram no que repousava sobre a nossa mesa: ladeado de salgadinhos e docinhos estava um bolo. Mas não era um bolo qualquer, era o bolo mais perfeito que eu já havia visto em minha vida. Porque, parte do bolo era o castelo de Hogwarts, acreditem. O bolo imitava o castelo, em suas laterais havia pequenas portinhas, e bonequinhos que representavam os personagens da série repousavam aleatoriamente posicionados pelas camadas do bolo.

- Que maravilha! É mesmo de comer? – perguntei mesmo sabendo que independente do sabor que tivesse, aquele era o melhor bolo de aniversário de toda a minha vida.

- Gostou? Eu e Kyungsoo fomos até Hanam para conseguir esse bolo... – Chanyeol falou, com um olhar orgulhoso sobre o tal bolo.

- Sem falar no trabalho que foi trazê-lo pra cá... – Kyungsoo complementou cansado.

- Obrigada pessoal, mesmo. Eu fiquei achando que tinham me esquecido...

- Ah, Hyung! É claro que não. Eu e Jongdae ficamos a tarde toda decorando tudo. –Jongin disse, mostrando a decoração com gestos exagerados.

- Chega de choro! Vamos festejar os vinte e dois anos do menino Byun – Jongdae disse, distribuindo copos a todos nós.

- Ah, só uma coisa: como souberam que estávamos chegando? – perguntei.

- A música da Britney Spears. Dava pra ouvir vocês quando viraram a esquina. – Jongin respondeu.

A noite prometia.

 

***

 

Mais ou menos uma hora e meia depois de iniciada a festinha nós já havíamos comido parte do bolo (eu não comi pois aquilo era uma obra de arte, que Kyungsoo quis partir e comer porque havia custado caro) todos os doces e salgados. Todos nós bebíamos bebidas ou então umas batidas loucas que Jongin preparava usando frutas e doses generosas de álcool. Ele jurava que não eram fortes e de fato todos nós estávamos bem, menos Junma.

Junmyeon já estava bem louco quando eles decidiram que era a hora de me entregar os presentes. Lembram o que eu falei sobre presentes antes? Pois é, eu nunca sabia ao certo como reagir.

O primeiro a me dar seu presente foi Chen, que a cada palavra que dizia era interrompido por um Junmyeon bêbado cheio de cantadas e declarações toscas.

- Baekhyun, meu querido... – ele começou dizendo.

- Jongdae você é meu querido, meu homem - Junmeyon falou em uma voz afetada pelo álcool.

Todo mundo ignorou.

- Eu te trouxe esse livro aqui pra você e Chanyeol se divertirem – Chen disse, e antes que eu fosse capaz de ver a capa do pequeno livro, Chanyeol caiu na risada.

O livro que agora estava em minhas mãos era vermelho e possuía adornos dourados nas bordas, além de um desenho de traços indianos em sua capa. Só ao ler o nome estampado no livro com letras grandes e chamativas foi que me dei conta do que tinha em mãos.

Kama Sutra: o livro do amor.

Ouvi risinhos quando li em voz alta o título, mas eu estava muito curioso e acabei por abrir o pequeno livro em uma página aleatória e ler o primeiro trecho em que meus olhos repousaram, que dizia:

"Foi dito por alguém que não há ordem ou momento exatos entre o abraço, o beijo e as pressões ou arranhões com as unhas ou dedos, mas que todas essas coisas devem ser feitas, de um modo geral, antes que a união sexual se concretize, ao passo que as pancadas e a emissão dos vários sons devem ocorrer durante a união. Vatsyayana, entretanto, pensa que qualquer coisa pode ocorrer em qualquer momento, pois o amor não se incomoda com o tempo ou ordem."

Silêncio total.

Eu queria sentir o abraço, o beijo, as pressões e os arranhões de Chanyeol o quanto antes.

- Jongdae, meu bem – Junma chamou, totalmente lesado pela bebida.

- O que foi Myeonmyeonzinho? – Chen perguntou e depois deu um beijinho leve nos lábios do outro.

- Se você fosse um sanduíche, seria o X-Daelícia.

- Sério Junmyeon para de beber agora. – o outro falou sério como eu nunca havia visto antes, tentando tirar o copo de bebida das mãos do nerd.

- Cheeeeen, vem me dar pancadas e emitir vários sons comigo. Por favor não te pedi nada.

- Ele ta mal hein – Kyungsoo falou.

- Posso fazer um chazinho, gente. – Jongin sugeriu, mas todo mundo pareceu ignorar.

- Kim Junmyeon, pare de beber agora! Eu não estou pedindo isso como seu namorado, estou pedindo como seu amigo e mais ainda como seu médico. Você passou a manhã toda com uma diarréia fortíssima e enjôos fortes. Seu estômago ainda esta ruim, eu te disse que você precisa se hidratar e não se afundar na bebida. – Jongdae estava muito nervoso.

Médico.

Médico?!

Jongdae era um jovem médico recém formado e isso pegou de surpresa aqueles componentes do clube de seis que ainda não sabiam deste fato. Ele começou a realizar alguns procedimentos bem básicos com o Junmyeon, primeiro pressionou o pulso do outro, procurando por sua pressão e depois, retirou de uma pequena bolsa que trazia consigo um pequeno medicamento que fez Junmyeon tomar e descansar um pouco.

Dentro do livro dado por Jongdae, encontrei um cartão de felicitações delicado onde ele havia escrito algumas palavras, me desejando coisas boas nessa data. Junto ao cartão, havia um vale compras da minha livraria preferida em um valor consideravelmente alto. Me senti feliz.

Kyungsoo me presenteou com um livro de relatos sobre a revolução francesa. Ok, legal, a capa era bonita e eu podia até tentar ler, mas sei que no final ele acabaria ficando com o livro para si próprio. O presente de Jongin eu adorei, apesar de achar curioso. Ele me deu um livro de gravuras para colorir, que disse ser muito terapêutico. O livro veio acompanhado de uma caixinha de lápis de cor e lá no fundo eu me senti como uma criança animada para colorir cada desenho.

O ultimo a me presentear foi Chanyeol, justo ele que havia me presenteado com sua presença em minha vida no ultimo mês. Ele não precisava me dar nada, mas eu acabei aceitando quando ele me fez sair de casa me dizendo que meu presente não estava ali. Enquanto descíamos, eu o perguntei se a labareda estava preparada para mim e ele, para minha surpresa disse que desta vez não estaríamos de moto e sim de carro. O seu carro.

O carro de Chanyeol era um jipe renegade vermelho, era alto e prepotente assim como ele, do tipo que chamava atenção. Às vezes eu esquecia que Chanyeol tinha dinheiro por isso essas surpresas dele ainda me assustavam um pouco. Entrei em seu carro, ainda receoso e meio sem jeito sem saber para onde ele estaria me levando. Ele se recusava a me responder quando perguntei sobre nosso destino dizendo apenas que estaríamos indo de encontro a parte de meu presente de aniversário.

Enquanto o carro andava pelas ruas da vizinhança fui tentando descobrir para onde Chanyeol estava me levando, mas foi só quando ele virou em uma esquina que eu conhecia bastante que eu percebi que estávamos indo para o parque que eu havia visitado naquela vez em que estava confuso, pensando em como pedir desculpas a ele.

Talvez por obra do destino Chanyeol me levou exatamente ao ponto em que, há semanas atrás eu havia parado para pensar nele. Naquele dia cheguei a me deitar na graminha baixa e fria do parque e recitar versos de Shakespeare, que me lembravam a labareda. Enquanto Chanyeol retirava alguma coisa grande de dentro da parte traseira de seu jipe, me sentei no banco e fiquei olhando o movimento do parque à sexta noite.

Chanyeol apareceu em minha frente enquanto meu pensamento ainda estava longe. Ele trazia consigo um médio equipamento preto que a principio pensei sem um canhão, pelo cano esférico que fazia parte de sua estrutura. O outro posicionou o grande objeto em uma parte mais regular do gramado enquanto eu o observava atentamente. Ao fim ele olhou orgulhoso para seu trabalho e depois me olhou sorrindo.

- Você gosta de olhar as estrelas, Baekhyun?

Foi então que me lembrei de ter visto aquele equipamento no quarto de Chanyeol e como eu havia mesmo suspeitado naquela ocasião sua função era realmente auxiliar na observação de estrelas. O telescópio de Chanyeol definitivamente não era simples de forma que se alguém olhasse dificilmente veria logo de cara que se tratava de um telescópio.

Chanyeol estendeu sua mão para mim e eu fui até ele curioso. Ele fez algumas regulagens em seu aparelho e depois o posicionou mais a minha frente para que eu pudesse observar o céu.

Eu nunca entendi muito sobre estrelas apesar de amar observá-las. Com o telescópio elas pareciam mais próximas e instintivamente, ainda com os olhos no aparelho, ergui minhas mãos no ar em uma tentativa vã de alcançá-las.

Chanyeol riu.

- Esse é meu lugar preferido no mundo, Baek. Eu costumo vir aqui para pensar e olhar as estrelas ...

- Obrigada por compartilhá-lo comigo, Chanyeol.

Ele não disse nada, e percebi que retirava uma pequena caixinha do bolso.

- Eu costumava vir aqui também...

- É, eu sei... eu o vi aqui uma vez, deitado na grama recitando Shakespeare e...

- Ah, Chanyeol. – Completei me lembrando de quando sussurrei seu nome deitado naquele gramado.

Sorrimos.

- Sabe Baek, eu gosto de ver as estrelas e observar o brilho delas, mas nenhuma estrela que eu já tenha visto é mais brilhante do que você.

Antes que eu pudesse ao menos beijá-lo como forma de agradecimento, ele retirou da pequena caixa em seu colo duas correntinhas e dois anéis. Eu não disse nada, fiquei observando ele pegar primeiro um anel e uma corrente, e passar a corrente pelo o orifício do anel, como se o anel fosse um pingente na corrente de prata. Depois, ele realizou o mesmo procedimento com o segundo anel e a segunda corrente. Ele me estendeu uma corrente, e segurou a outra consigo.

- Baekhyun, essa corrente e esse anel...

- São lindas, Chanyeol.

- São como fios que nos mantém ligados, como um.

Ele fechou a própria corrente no pescoço e depois repetiu o procedimento em meu pescoço, fechando a corrente com delicadeza, me dando beijos no pescoço enquanto o fazia, me fazendo arrepiar um pouco.

- Eu achei que éramos descolados demais para usar anéis, sabe?

Concordei com a cabeça, emocionado demais para responder. Olhei o pequeno anel que pendia da corrente em meu pescoço e o seguirei nas mãos percebendo que havia uma frase escrita em seu interior. Aproximei o anel de meus olhos para ler a frase escrita em uma caligrafia elegante porém miúda. Comecei a ler a frase, em voz alta e Chanyeol me acompanhou.

“Je suis la lampe, tu est ma lumière”

- Você é a minha luz, Baekhyun. Nenhuma estrela brilha como você.

Eu o beijei apaixonadamente como agradecimento pelo lindo e delicado presente que eu agora usaria para sempre, como um lembrete do nosso amor, que era minha luz, meu guia, meu porto seguro, meu norte.

Depois de terminar o beijo eu fiquei olhando para ele, brincando com seu cabelo e ele com os olhos fechados se remexeu um pouco em busca de carinho e depois beijou a palma de minha mão que ainda estava na lateral de seu rosto.

- Vamos? – ele perguntou.

- Onde? – devolvi a pergunta.

- Seu aniversário ainda não terminou.

Rapidamente voltamos ao seu carro e guardamos seu telescópio antes de darmos partida, fazendo o caminho de volta para minha casa. Durante o percurso Chanyeol mantinha uma de suas mãos guiando o volante do carro e a outra repousava em uma de minhas coxas. O que Chanyeol havia reservado para mim? Os vidros do apartamento refletiam uma luz fraca, mas as lâmpadas permaneciam apagadas. Onde estariam os outros?

Chanyeol segurava minha mão enquanto subíamos de vagar as escadas, eu estava bastante apreensivo, mas sabia que podia confiar nele.

 

 

***

 

Quando Chanyeol abriu a porta, tive mais uma grande surpresa! As comidas e bebidas que antes ocupavam a mesa não estavam lá e a propósito não havia sinal de mesa alguma. Quanto tempo eu e Chanyeol havíamos ficado fora? Tempo suficiente para que os outros transformassem o apartamento antes bagunçado pela festinha em um local aconchegante e com clima de um encontro para dois. O apartamento todo sucumbia em uma luz baixa e intimista, de fios transparentes pendurados ao teto pendiam fotos e alguns recados, à altura de nossas cabeças. No chão, haviam algumas velas pequenas, e percebi que a única iluminação do local era proveniente delas. Olhei para Chanyeol maravilhado com tudo aquilo e ele me olhava com um sorriso doce que me fez corar.

- Feliz Aniversário! – ele disse, fazendo uma mesura com as mãos indicando que eu entrasse mais pra dentro do apartamento.

Sorri para ele em agradecimento, e segui para a foto que pendia mais perto de mim. Uma foto minha sorrindo, que eu não fazia idéia de onde havia sido tirada e atrás da fotografia um recado: “Obrigada por ser minha família, meu amigo e às vezes até meu saco de pancadas. Te amo, seu amigo, Soo.

Em uma foto mais adiante eu estava abraçado com Junma e nós ríamos. Me lembro do dia em que ele havia tirado essa foto com seu celular que havia ganhado aquela semana. Sorri, virei a foto e atrás dela havia o seguinte recado: ‘Um nerd reconhece o outro né? Parabéns Baek.’

Em uma outra foto onde eu aparecia sozinho, havia apenas uma frase pequena no verso dizia: Parabéns! Hoje a jiripoca vai piar! Com carinho, Jongdae. Eu ri ao imaginar o chefe dos motoqueiros dizendo isso.

Uma outra foto pendia, mostrando eu ladeado por Kyungsoo e Jongin, nós três sorríamos felizes. Eu lembrava daquela foto, eu mesmo havia tirado pela câmera do meu celular, no ultimo aniversário de Kyungsoo. No verso da foto revelada, outro recadinho, desta vez de Jongin. “Parabéns Hyung! Obrigada por cuidar bem do Soo!

Haviam outras fotos. Muitas fotos pendiam por todo o apartamento e ao passear entre elas, percebi que algumas me eram conhecidas e traziam à memória o momento em que foram capturadas. Já outras, eu não fazia ideia de sua origem e presumi que faziam parte do acervo pessoal de Chanyeol, pois na maioria delas eu aparecia sozinho.

Todos os meus amigos haviam preparado aquela outra surpresa pra mim, e eu me sentia tocado ao ver todo o trabalho que tiveram. As pequenas velas que estavam em vários pontos do chão do apartamento, as fotos... tudo era simples, mas pensar que haviam se preocupado em fazer aquilo pra mim me deixava feliz e honrado.

Uma música encheu o local, um instrumental belíssimo que me deixou com vontade de dançar, coisa que eu não costumava fazer com freqüência, mas que perto de Chanyeol eu parecia tentado a fazer. Chanyeol mais uma vez provou estar conectado comigo de alguma forma porque assim que comecei a me remexer aleatoriamente no ritmo da música, ele segurou a minha mão e me puxou para mais perto de seu corpo me guiado em passos lentos através da música.

Se minha vida era um filme, Chanyeol era a minha trilha sonora. A música que era capaz de me incitar, provocar, mas também de me acalentar e embalar minha vida. Chanyeol era a musica. Eu, com todo o meu drama e minha maneira teatral de fazer as coisas, era o filme. E ele, com sua fluidez, era a música.

Por alguns minutos nós dançamos como se não houvesse amanhã, ríamos quando pisávamos no pé um do outro, ou quando trombávamos sem jeito na parede.

Houve um momento em que nossos olhares se encontraram e eu soube que ele podia ver através de mim naquele momento porque seu olhar compenetrado e escuro me tomava e eu me afogava nele. Um selar rápido de lábios foi a minha forma de dizer que naquele momento eu era dele.

Chanyeol pareceu entender a mensagem por trás de meu ato porque me olhou novamente, sorrindo, para desta vez apenas dizer:

- Confia em mim?

Assenti com a cabeça.

Ele então segurou a minha mão, ao mesmo que levava os lábios até a minha testa, eu sabia que devia confiar nele. Chanyeol me guiou devagar até o meu quarto, o curto caminho que nos levaria até lá, pude perceber, estava decorado com pequenas velas e algumas pétalas de rosas.

Eu estava apreensivo sim, mas sabia que Chanyeol havia cuidado para que tudo fosse perfeito e especial então eu jurei a mim mesmo que confiaria mesmo nele como havia prometido. Olhei para ele, esperando que meus olhos também o transmitissem confiança, para que assim ele soubesse que eu estava ali para ele, disponível em todos os aspectos.

Não consegui dizer nada quando ele, em um movimento rápido me segurou em seu colo, e me deu um beijo intenso, sedento e demorado. Senti meu corpo inteiro tremer em seu colo e quando nossos lábios se distanciaram, hesitei em abrir meus olhos em uma tentativa desesperada de gravar na memória cada segundo do que havia acontecido. Quando finalmente abri os olhos ele me olhava, e eu emoldurei seu rosto em minhas mãos completamente maravilhado pela visão. Chanyeol então traçou uma linha em minhas bochechas e posteriormente levou seu dígito até meus lábios, os traçando de maneira excitante e ainda assim romântica.

Eu já o amava.

Eu queria ser dele.

Só dele.

Chanyeol me levou até a minha cama onde me deixou cuidadosamente ainda sentado, enquanto ele continuava sorrindo e me devorando com os olhos. Eu ousava dizer que ele era meu e aquela era a melhor sensação do mundo. Meu coração acelerava cada vez mais, mas eu ainda assim fui capaz de levar minhas mãos ao seu pescoço, para então o beijar mais uma vez, dessa vez desejando que meu beijo deixasse transpassar a ele todo o meu desejo. A língua de Chanyeol invadiu a minha boca de forma áspera e urgente, o sinal que eu precisava para aprofundar as coisas e acelerar o ritmo. Seus braços que antes repousavam tranqüilos nas laterais de seu corpo agora faziam suas mãos passearem por toda a extensão de minhas costas, toques que eu devolvia de maneira nada sutil apertando suas coxas e virilha.

Chanyeol sorriu em meio aos beijos e quando se afastou de mim para poder se livrar de sua camiseta, eu pude ver o seu estado. Seus cabelos, graças à mim, agora estavam totalmente desgrenhados e seus olhos que sempre que transmitiam doçura agora estavam estreitos e sedentos como os de um caçador. E eu era a presa. Quando ele retirou a camiseta eu pude ver o seu abdome, Chanyeol era largo e haviam resquícios dos contornos de seus músculos, aquilo era tão sensual... Meu corpo inteiro pulsava por ele e meus pensamentos eram rápidos e instintivos como flashs de luz. Sem pestanejar acompanhei seus movimentos para me livrar também de minhas roupas, o que fiz rapidamente. Ele a minha frente, estava quase nu, a única faixa de tecido que eu via sobre seu copo era aquele que cobria o membro já ereto. Eu então fiz como ele, me despi de toda a minha roupa e mantive apenas minha cueca box preta. O encarei e ele continuava sentado á minha frente, me encarando ao morder os lábios desenhados.

Voltamos a nos beijar e eu ousei me aproximando dele, a princípio passando minhas unhas por sua pele de leve, e ao ver que meu gesto simples o fazia arrepiar, continuei, dando beijos quentes por toda a extensão de seu pescoço. Senti vontade de aumentar o nosso contato, e em um movimento rápido me sentei no vão de suas pernas, passando as minhas em volta da sua cintura, o abraçando com elas de maneira a roçar nossos membros ainda presos por tecidos.

Foi a vez de Chanyeol maltratar a minha pele com sua língua quente. Primeiro ele a fez dançar sobre meu peito enquanto eu arfava, excitado demais para qualquer movimento, depois ele iniciou uma série de chupões e mordidas sobre a pele alva de meu pescoço. Meus gemidos se tornavam mais fortes e mais altos que se misturavam aos dele em um som que exprimia total prazer.

Ainda beijando meu pescoço com vontade, Chanyeol levou às mãos até minhas coxas, afundando suas unhas baixas em minha pele, me fazendo gemer mais alto de prazer e arquear todo o meu corpo.

Sorrateiramente levei minha mão até o volume que Chanyeol escondia, mas que já era visível através de sua cueca, massageei a região e ao simples toque senti ele se arrepiar enquanto um tremor percorria todo o seu corpo sendo perceptível através do beijo que ele me dava. Não me demorei muito com as mãos sobre o tecido e deixei meus dígitos descuidados e inseguros invadirem a intimidade de Chanyeol explorando a região de seu corpo ainda protegida por tecido.

Boca, pescoço, ombros, peito, umbigo, virilha, coxas. Chanyeol explorara cada centímetro de meu corpo com sua língua, me marcando como seu e eu sucumbia em um prazer indescritível. Eu nunca me cansaria disso, eu nunca me cansaria dele.

Chanyeol ria e me beijava o tempo todo com carinho indicando que eu podia tentar coisas. Ele seria paciente e aprenderíamos juntos.

Trocamos mais algumas caricias e antes de despir totalmente – de tecidos, pudores e medos, ele beijou minha testa e eu cuidadoso sussurrei em seu ouvido:

- Eu te amo muito, e confio em você.

Dito isso, Chanyeol também se despiu, e me entreguei a ele em um ato que traspassava os limites de puro prazer e excitação, habitando campos de amor, companheirismo, entrega e confiança.

Chanyeol me preparou de forma carinhosa, com beijos delicados nos intervalos de seus atos. O mero e simples toque de Chanyeol era quente sobre minha pele e isso já me fazia derreter. A sensação de sua respiração ofegante e o choque de sua pele na minha eram indescritíveis e me faziam sentir como se eu fosse a pessoa mais especial do mundo apenas por tê-lo ali. Comigo.

Chegamos ao ápice juntos, ao mesmo tempo em que ele me jurava seu amor em suspiros ao pé do ouvido. O que senti foi único, a certa medida o que no início era incomodo e doloroso, se tornou o ato mais intenso e apaixonado de toda a minha vida. Chanyeol havia tornado o momento ainda mais inesquecível.

Momentos que se expandem e parecem infinitos dada a sua importância, delicadeza e magnitude.

Fragmentos de uma história que contaríamos para o resto de uma vida.

Byun Baekhyun foi de Park Chanyeol.

E Park Chanyeol foi de Byun Baekhyun

 

***

 

Acordei no meio da noite me perguntando se tudo que havíamos vivenciado não se passava de um sonho, mas ao abrir meus olhos pude ver o rosto de Chanyeol repousando tranqüilo ao meu lado tive a certeza que era tudo real. Ele parecia ainda mais belo assim dormindo. Vaguei com meus olhos sobre seu rosto e depois sobre seu peitoral que permanecia nu. A única coisa que podia ser vista sobre a pele de Chanyeol naquele momento era a pequena correntinha e o anel que pendia dela. Instintivamente levei minha mão até o pingente gêmeo que eu agora levava também em meu peito.

Chanyeol sorriu dorminhoco e eu sabia que ele estava acordado.

- Eu te disse que te faria pagar a sua língua afiada, Baconzitos. – ele disse sorrindo e por mais que aquilo me deixasse nervoso não pude deixar de admirar seu sorriso fácil e seus olhinhos quase fechados.

Apertei minha mão ainda sobre anel que ele carregava como pingente.

Aquele era um lembrete e uma certeza. Ou duas.

Eu era dele.

E Park Chanyeol pertencia a mim.


Notas Finais


NÃO ME MATEM, PELO AMMOR DE DEUS!
JURO QUE ME ESFORCEI

Como é a primeira vez do Baekhyun tentei transmitir o medo, a insegurança, a entrega e a singeleza que o momento pedia, por isso saiu tão poético e intenso, talvez menos chanbaek asjfhasjfh

Por favor, comentem! Eu adoro saber o que acham, o que esperam e etc!

>>> ESTA FANFIC É FLUFFY TÁ? <<<

AQUI ALGUNS LINKS UTEIS:
O BOLO: http://images.mentalfloss.com/sites/default/files/styles/insert_main_wide_image/public/tumblr_m7m88igred1r4gymco1_500.jpg

O CARRO DO CHANYEOL: http://3.bp.blogspot.com/-QYGsXDStCbQ/VRDFHqMjP_I/AAAAAAACEeM/2oFcEpfC1oI/s1600/Jeep-Renegade-Trailhawk-1.jpg

A MUSICA: https://www.youtube.com/watch?v=nMLiBVMvTh8

Um beijo, até semana que vem!
comentem aqui e me chamem no twitter
lut @baekonda


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