Mabel On:
Acordei eram 8:00 da manhã, estava mais cansada de que quando fui dormir. Eu queria que, o que eu vi essa madrugada fosse apenas um sonho. Não queria acreditar que Bill ainda estava vivo, mas pelo menos eles está mais.. bonitinho e vulnerável...?
Percebi que Dipper já havia levantado, pois não estava em sua cama. Me levantei e fui para o banheiro fazer minhas higienes. Voltei para o quarto de toalha, peguei minha mala que estava perto do armário e a coloquei em cima cama. Fiquei pensando que roupa eu poderia colocar para esconder as marcas espalhadas pelo meu corpo. Pensei em colocar meu suéter rosa, uma saia roxa e uma meia-calça branca. Comecei a me vestir, coloquei uma regata branca e por cima, meu suéter, em seguida, minha saia que ia até o meio da coxa e coloquei minha meia-calça, e depois calcei meu All Star. Fiquei com um pouco de calor com essa roupa.
Depois desci para tomar café.
Dipper percebeu que eu estava na cozinha e me encarou, estranhando minha roupa.
-Caramba Mabel, não ta com calor, não? Sei que você sempre usa suéter...mas essas meias são novidades. –Dipper me olha bebendo um pouco de suco.
-É que.. ta frio hoje, sabe? Ta muito frio.. hehe –dei uma risada meio sem graça e logo Soos parou de comer e me olhou surpreso, dizendo:
-O que?! Mas estamos com 38 graus hoje, como pode estar frio? –ele disse olhando para a janela e depois para mim.
-Calado, Soos. –disse me sentando na mesa e fazendo cara feia, ele apenas deu de ombros. –Opa! Panqueca em forma de dinossauro! "Eu vou devorar você Dipper. Deixa eu devorar você." – comei a brincar com a comida e Dipper me olhou como se eu tivesse algum problema. Ambos rimos.
-Então gente, eu tenho que ir abrir a loja agora. –Soos se levantou e foi para a loja. Eu e Dipper apenas assentimos com a cabeça.
-Ei Dipper, quero te fazer uma pergunta. – Falei encarando-o.
-Ta, qual? –Perguntou ele tomando um gole de suco.
-Você sonhou com a Wendy esta noite não foi? Você dormia igual a um bebê. –Falei fazendo uma cara de malicia. Na mesma hora, ele caiu da cadeira e se engasgou com a comida. Eu apenas dava altas risadas, minha barriga até doía.
-O-O-O que?! Claro que... –ele foi ficando corado, se levantando e se sentando novamente. Ficou pensando no que falar. –E você?! Aonde estava nessa madrugada? –ele falou me encarando, em um tom sério e desconfiado. Parei de rir no mesmo instante. Lembrei de Bill, de que eles está vivo, e do que ele tinha feito. Quando Dipper me fez essa pergunta, eu não sabia nem o que responder. -Mabel? Ta tudo bem?
- O que?! Ta tudo ótimo.. eu só.. não conseguia dormir, então fui dar uma caminhada na floresta, fiquei vendo as estrelas e..-não consegui termina de falar, algo me impedia. De repente, senti um arrepio em todo meu corpo e senti uma presença desconfortante me observando. Olho para a janela e vejo ele, entre as árvores e os arbustos, com uma expressão séria, franzindo os olhos.. olho, na verdade. Parecia querer dizer “Se você falar.. já sabe, né?”
-E... ? –Dipper me tirou dos meus pensamentos. Percebi que ele iria olhar para o lugar de onde eu estava encarando e logo gritei.
-E VI UM ESQUILO MUITO FOFO! Ele era tão fofo Dipper, me lembrava você quando era bebê. – Ele olhou para mim rapidamente, desconfiado e logo tentei mudar o assunto. – Pois é, acho que vou terminar de tomar meu café da manhã lá no quintal, até mais tarde, Dipper. –Peguei meu prato cheio de panquecas e fui correndo para o quintal (a parte de trás da cabana), chegando lá, me sentei naquele sofá velho e fedorento que havia ali. E fiquei lá, pensando no nada por uns minutos.
-Acho melhor comer meu café da manhã. – Disse olhando para as panquecas.
-E eu também acho melhor você tomar mais cuidado com essa boca. –Bill estava ali, eu só não sabia onde, olhei para todos os lugares tentando acha-lo. Olhei mais á frente e podia vê-lo. Ele estava encostado em uma árvore com as mãos no bolso da calça, olhando pra cima. Ele usava a mesma roupa de quando eu o encontrei horas atrás.
-Bill?! Oque esta fazendo aqui? –disse, me levantando com o prato de panquecas na mão.
-Não, é a Fada do Dente, não ta vendo as asas? –ironizou ele, misturado com um tom sarcástico e debochado. Ele se afastou da árvore e ficou de frente para mim, me encarando de longe mesmo. –Estou aqui me certificando de que, não irá abrir sua boca para contar o que não deve. Por isso eu queria lhe propor um a- Ele próprio interrompeu o que ia dizer, porque bem... um barulho enorme o pode-se ouvir, do seu estômago... ele estava com fome. Eu me segurei para não rir, mas não deu –Está rindo do que?! – ele colocou a mão na barriga.
-Nada. Ta com fome?... Quer panqueca? – Brinquei enquanto ria de sua situação. Bill ficou encarando o prato que estava em minhas mãos, desejando aquilo mais que tudo na vida. Logo ele se recompôs.
-Não..- ele virou a cabeça em um tom orgulhoso. Mas olhava o prato pelo canto do olho esquerdo. – Ta eu quero.. apenas um pedaço.
- Tudo bem, vem aqui.
- E correr o risco de ser visto por alguém ? Não, obrigado. Trás aqui. –ele falava como se fosse a pessoas mais importante do mundo.
-Só se você pedir “Por favor”- Pedi sorrindo. Ele me olhou de cara feia, como se quisesse dizer “Nem ferrando”. -Tudo bem, vou entrar então, tchau.
-Não, não. Esperai, esperai. Ta eu falo.... P-Por favor.. Mabel. –fui em direção a ele e estendi o prato que tinha apenas duas panquecas, ele pegou uma e comeu desesperadamente, eu peguei a outra e comi como uma pessoa civilizada. Ele se recompôs e ficou me encarando. –Então, como eu ia dizendo...- eu o interrompo.
-Espera, tem uma sujeirinha aqui no canto da sua boca...- eu o avisei, limpando sua boca com o polegar, ele então me encara, admirado. Quando me dei conta do que estava fazendo, me afastei rapidamente e corei um pouco. –E-e-então... o que ia dizer?- Falei meio sem jeito. Ele se virou pra trás, para eu não ver o seu rosto.
-Arham... Como eu ia dizendo, eu queria propor um acordo. -Prosseguiu ele- Assim: você fica de bico calado e eu não encosto em nenhum fio de cabelo dos seus amigos, e eu te deixo em paz. –disse ele se virando, dando aquele sorrisinho malicioso e malvado. –O que me diz?
-Nem se o Waddles virasse humano! Você não confiável!- disse me afastando dele e franzindo a cara.
-Ah, ora vamos, eu dou a minha palavra. – ele ainda sorria, e se curvou ainda me olhando.
-Sua palavra vale menos que merda!- o encarei me afastando um pouco. Ele se recompôs de novo e disse:
-Então, nessa forma que eu estou incapacitado de quebrar qualquer acordo que eu fizer, graças aquele maldito do B- Ele falava com fúria nos olhos e com uma certa sede de vingança, porém logo parou de falar, como se estivesse... falando mais do que devia.
-Sei... – falei com um ar de desconfiança.
Claro que eu não iria acreditar nele de primeira, né. Então ele começa a olhar pra mim já impaciente.
- Ora vamos, facilite as coisas. Só tem que apertar minha mão. –insistiu, estendendo a mão para mim, e em sua mão saia uma chama azul.
-Por que quer fazer esse acordo agora? Eu não contei nada pra ningué- fui interrompida.
-Ah, mas você ia. Você quase ia contando para seu irmão, não é? Eu vi, eu vejo tudo, Mabel. Não se esqueça.- ele ainda estava com sua mão estendida. Ele estava certo eu quase ia falando para Dipper sobre essa madrugada, eu não podia deixar a vida de nenhum dos meus amigos em risco, resolvi aceitar o acordo.
-Tudo bem, eu aceito. Eu não conto nada e você não fere nenhum dos meus amigos. É isso né?
- Isso mesmo. Acordo feito ? –ele disse com aquele sorriso malicio e sádico.
- Feito.
Mabel Of
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