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História MADE - I'm Loser - Hate!


Escrita por: Milly_Tavares

Notas do Autor


Oi, meninas.
Quero me desculpar porque nessa fanfic não vai ter hentai, não sei escrever e perdi o contato com a pessoa que escrevia para mim.
Espero que entendam.
Boa leitura!

Capítulo 6 - Hate!


Sentia seus olhos sobre mim, era notável o peso em meus sentidos, tentei focar em diversas situações que acontecia embaixo, pessoas bêbadas, discussões, ou até mesmo pequenas apostas, mas nada era de fato tão interessante além dele. Meu corpo parecia ter vontade própria, e eu continuava lutando para que eu não pudesse olhá-lo, a curiosidade era maior, a vontade era maior, nem eu mesma entendia de onde vinha todas essas sensações confusas. E eu devia correr atrás dessas respostas?

Não! Eu tinha medo, sim medo!

E por que, sentir medo em algo que parece ser tão simples?

Se parece ser simples, não sei porque vejo com um bicho de sete cabeça. Meus músculos sentia-se retraídos, meu peito ardia, minhas mãos suavam, e esses sintomas apareciam justamente quando estava com ele.

O que eu tenho que fazer para que eu não me case com esse homem?

Eu tinha que pensar seriamente em armar algum plano, poderia usar T.O.P, Kiji, HyunA, quem fosse para pode me afastar dele, dessa cidade, desse país. Ninguém entendia a raiva que sentia além de mim, todos esses anos fui como uma arma na mão de muitos, e até quando serei? Até quando meu pai ainda vai aceitar demandas de regras do passado?

Fechei os olhos com força respirando fundo, era um bom tranquilizante para meus problemas mentais.

As pessoas ainda me olhavam com estranheza, passavam por mim encarando-me com desdém, retribuía com a mesma intensidade fazendo com que os mesmos tirassem essa ideia de por os olhos sobre os meus.

- Não vá ter um surto psicótico e matar todos presentes aqui! - falou Choi despertando-me dos devaneios.

- Será uma má ideia para você?

Ele ficou olhando para mim atentamente, ficou calado e não esbouçou quaisquer tipo de reação, as luzes que brilhavam ao redor dava de encontro no contorno de seu rosto, seus olhos pareciam brilhar cada vez que fixava seu olhar em minha direção. Me senti cada vez mais estranha, não sabia que era normal ser encarada desse jeito na Ásia.

Por fim, ele desviou o olhar, virou o rosto para direção oposta de onde me encontrava sentando no capô do carro com elegância ao meu lado, elevou a pequena taça de vinho até a boca que havia pegado minutos atrás de um garçom qualquer.

- Talvez eu tenha um lado que poucos conhecem, e pode muito bem agradá-la! - se pronunciou sem olhar-me.

- E por quê acha isso?

- Não existe ninguém que lhe conheça melhor do que à mim, Haruna! - falou descontraído enquanto eu o encarava atentamente.

Choi mais uma vez ingeriu aquela bebida, além de ser formal, era provocador, me intrigava com suas palavras, e demonstrava conhecer sobre toda minha vida em particular, até mesmo das corridas clandestinas que fiz anos atrás, da minha incansável busca pelo assassino de minha mãe. A única coisa que parecia não saber, era sobre meu casamento ser apenas tudo um mero contrato da associação.

- Você não me conhece…

- Ninguém consegue ver o quando seu corpo e mente relaxa ao ouvir ópera, o quanto seu paladar é rígido em relação a comidas, apenas sabem seu peculiar “problema” com sangue, e a vejam como uma arma. Mas, dentro de você há alguém com medo, com gostos, com desejos. As noites em que sempre olha para o céu e contempla as estrelas, como se perde em pesamentos, se desliga desse mundo e se prende em outro criado somente para você. Reclama de como a vida foi tão baixa e cruel com você, e o mais bonito é quando você se perde ao se descontrolar. Aos 18 anos venceu sua primeira corrida, aos 15 matou pela primeira vez. Nunca fora rebelde com os ensinamentos que recebeu, sempre se manteve calada e deixava ser manipulada por seu pai, porque ele é a única coisa que ainda lhe resta, e daria sua vida para protegê-lo. E o que falar da sua busca? Matar 99, ou melhor 100 homens que fazem serviços para a associação é bem delicado, se isso cair nos ouvidos dos superiores, você está sujeita a uma expulsão ou execução. - falou tudo sem me olhar, seu os olhos reversava entre as pessoas e sua taça.

Eu não sabia o que responder, nem mesmo HyunA e Kiji chegaram a tal ponto de relatar esse pequeno detalhe sobre mim, Choi nem ao menos conviveu comigo, então como ele sabe de tantas coisas?

Diversas coisas passavam em minha mente, até mesmo um suposto espião perto dos Voltolini.

Levantei do capô virando para ficar de frente com o ele, comecei a preparar inúmeras perguntas elevando minha mão para trás da cintura com o intuito de pegar minha arma e ameaçá-lo, era fácil demais me tirarem do sério, e seja por isso que sempre me escolhem como uma última opção para alguma operação. Comigo era por mal ou por pior.

De repente,  sinto meu pulso ser segurado antes que fizesse tal cena em meio de tanta gente.

- Haruna!? - eu conhecia aquela voz, e fazia dias que não a escutava.

Meus olhos estavam vidrados nos de Choi que ainda parecia perdido em pensamentos, não esbouçou quaisquer reação sobre meus atos, assistia tudo atentamente.

- Será pior tentar fazer isso, sei que notou a quantidade exata de superiores aqui! - continuou.

- Por que, você sempre aparece em momentos como esse, Kiji? - disse entre dentes com reprovação. Era de se esperar por ele, aliás sempre aparecia em cenas como essa.

- Porque, adoro irritar você! - ouvi seu riso abafado próximo ao meu ouvido.

E isso soava tão sincero e verdadeiro, sempre que suas palavras saiam de sua boca eram precisas e firmes. Com ele não se brincava, ele não brincava, e quem fizesse isso com ele estaria morto e isso me admirava.

- E o que está fazendo aqui?

- Tenho que vigiar você, hm? - elevou uma de suas mão para o alto mostrando-me um copo quase seco de bebida.

- Não há coisa melhor para se fazer?

- A melhor coisa é ver você tão descontrolada, e o modo como desconcerto você apenas com um toque.

- Irritante! - sussurrei baixo.

- Também amo você, querida! - vi ele ir embora calmamente, encarou-me sério ainda sorrindo de lado. Fuzilou Choi friamente, ambos se comunicaram através de olhares, pareciam não gostar da companhia um do outro. Era irritante só de observar essa cena.

Ainda atenta no caminho que percorria, meus olhos chegaram até HyunA que segurava um celular nas mãos reversando seus olhares entre mim e Choi.

Ambos deram de me seguir?

Eu havia ordenado que ficassem de vigia no hospital onde meu pai ainda se encontrava em coma, eu sei que também estava errando ao deixá-lo lá para me aventurar em pistas de corridas, mas eu sentia que agora eu iria conseguir chegar ao meu objetivo ao lado de T.O.P.

Se com ele fui capaz de pelo menos conseguir chegar até certas conclusos em relação ao assassinato de minha mãe, eu poderia chegar perto do culpado pelo atentando contra meu pai. Olhei para Choi que parecia tentar me ignorar enquanto ainda bebericava sua bebida.

- Você me deve respostas…

- Eu sei!

- Então, não minta para mim. Se me conheces tão bem como diz, sabe do que sou capaz! - soei tão fria que vi ele estremecer.

Um barulho estridente ecoou pelo local, a sirene anunciava os preparativos para a corrida. A multidão gritava freneticamente pareciam não se importar com ações dos policiais se caso encontrasse esse lugar, se esses tipos de corridas eram proibidos em demais países, então na Coréia não seria diferente. E estava ai essa sessação de prazer, a adrenalina de ser pego deixa todos anestesiados.

Seu corpo se levantou do capô com preguiça, passou as mãos entre suas roupas, parecia totalmente diferente do modo como o encontrei na frente do meu apartamento: provocador, formal.

Kiji e sua pessoa não se davam tão bem assim?

- Prometeu à mim um jantar, então não me decepcione! A pessoa com quem irá competir é tão boa quando você.

- E quem é minha oponente?

Ele evitou gastar seu tempo tentando me explicar sobre o competidor, apenas olhou novamente na mesma direção onde Ji Yong se encontrava. Temi em ter a ideia de que o próprio Kwon seria meu adversário, e se isso fosse verdade, teria que encarar de cabeça erguida, mas dentro de mim o que mais desejava era ficar longe de tudo que envolvesse ele, e quando tentava concretizar isso na minha vida, sempre havia algo que me puxava para perto dele. Não havia opções.

Hesitante olhei para a mesma direção que ele vendo uma cena nada agradável…

… Uma mulher loira se posicionou ao seu lado, gesticulando algo em seu ouvido. Suas vestimentas eram invejáveis, poderia causar inveja em qualquer mulher, - extravagante como sempre -.Avistei sua mão enlaçar a mulher pela sua cintura e puxá-la para mais perto, depositando um misto beijo cheiro de luxúria.

Senti meu corpo borbulhar de raivas de Ji Yong e CL, era um imenso desrespeito contra mim. Como tiveram coragem de me envergonhar dessa forma?

O que Choi pensaria de mim?

Não era para me surpreender com esse ato, creio que fizeram coisas piores, coisas que não quero imaginar. Nada era melhor do que uma bela imagem e demorei para conseguir a minha, e nem CL e nem Ji Yong irá tirar isso de mim, me difamar. Quantas pessoas importantes há neste lugar, e eles foram tão baixos assim!

Rapidamente desviei meu olhar para encarar SeungRi, que ainda sorria para mim, logo depois um homem que possuía um moicano falou algo em seu ouvido e encarou-me seriamente.

TaeYang era o seu nome, Daesung está também nesse mesmo lugar. A formação Bang parecia comandar essas corridas, estava óbvio isso. Por isso que Choi teve essa facilidade toda para me pôr na competição na última hora.

Não o culpava, por causa disso acabei descobrindo mais coisas de Ji Yong. E por mais que isso fosse desconfortável, poderia usar contra o contrato do casamento. Isso parecia ridículo, os membros da associação não se importam se há sentimentos incluídos ou não, querem apenas saber o que favorece somente à eles, seria um tiro no escuro, mas não custava tentar.

Abaixei o olhar para a multidão ao meu redor, logo encontrando o olhar de Choi que encarava meu comportamento. Seus lábios estavam semicerrados em fúria, franzi o cenho tentando entender o que lhe atormentava.

- Pensei que o odiasse! - comentou ele.

- Você não sabe o que diz!

- Você não sabe o que sente, está óbvio de mais! - Choi pegou uma carteira do seu bolso, tirando um cigarro e colocando entre os lábios acendo-o logo em seguida.

Eu odiava cigarros!

Levemente irritada andei até ele tirando o cigarro de sua boca, jogando ao chão pisoteando para que o mesmo apagasse.

De repente, senti meu pulso ser segurado com força fazendo com o que meu corpo impulsionasse para frente. Senti meu corpo se chocar contra o dele com força, nossas respirações estavam tão mesclada que era difícil sentir seu hálito banhado de bebida. Nossos olhos não se desgrudaram, era a primeira vez que chegamos tão perto um do outro e eu nem ao menos o afastei.

Seu cheiro era forte e viciante. Era perturbador!

Seus olhos contornaram mais uma vez o meu rosto, parecia querer desvendar, arrancar algo de minhas expressões.

- Diga-me o que sente por ele, Haruna! - soou frio e cortante.

- Raiva… Muita raiva!

- Por que? Só pelo fato de CL está se agarrando à ele?

Espantei-me com sua pergunta, Choi não entendia a raiva que sentia desde do último momento em que o vi, e Simplesmente não era pelo fato de estar com qualquer uma. Esse era seu forte, não conseguia ser domado por nenhuma, e isso não me afetava.

Aliás, por que me afetaria?

- Já que diz me conhecer melhor que ninguém, então você mesmo procure a resposta!

Afastei-me dele com prudência, puxei meu braço com força para que me soltasse. E esperava que nunca mais fizesse isso.

- Eu sei muito bem a resposta… - ele sorriu frio. - Como eu esperava!

Tentei ignorar, iria evitar perguntar diversas coisas, queria apenas que essa corrida acabasse e eu pudesse ir para casa. Isso não era pedir demais.

Olhei novamente ao para o camarote dos magnatas avistando CL descendo as escadas com a maior elegância que possuía, todos recuavam dando espaço para a mesma passar. Revirei os olhos, aquilo realmente era ridículo. Odiava pessoas que se achavam superior à outras!

Mas, tirando essas baboseiras que corredores fazem para suas entradas, a corrida seria interessante. Parece que CL é a melhor corredora dentre as mulheres da Ásia, aliás para disputar comigo teria que ser alguém de alto poste, fama e experiência na pista.

Seu sapato extremamente algo e sua curta roupa deixava claro sua origem e profissão, mulheres daquele tipo não se encaixava em mim. Eu fora criada rigorosamente, e me dou respeito acima de tudo. A maioria que estavam ali, não tinham outras alternativas além de seguir esse rumo de vida. Era lastimável.

- Seja bem vinda... Haruna Voltolini - disse CL com desprezo.

- Olá, para você também CL. - respondi desinteressada.

- Cuidado para não entrar em meu caminho. - aproximou seu rosto ao meu. - Eu não terei pena ao passar por cima!

CL passou por mim e Choi, e não hesitou em piscar para ele. Rebolava a cada passo que dava, avistei seu carro mais adiante pronto para a corrida. Eu não costumava me intimidar com ameaças, meu foco seria a pista e vencer a qualquer custo. Sei muito bem persistir, herdei isso de meu pai e não é hoje que irei falhar.

Eu precisava me posicionar na partida, não daria esse gostinho de atraso para ninguém. Aliás, eu era a principal, deveria dar o bom exemplo.

- Acho que está na hora da corrida! - afirmei suspirando.

- Boa sorte! - disse Choi. - Não esqueça de vencer, hm?

- Obrigada pelo incentivo! - expressei irônica.

CL e eu dirigimos até a linha de partida, as instruções foram dadas. Pessoas começaram a se aglomerar ao nosso redor, tinha também os fãs clubes de minha adversária. Gritavam seu nome freneticamente, mas isso não chegava a me rebaixar, já que todos aqui presentes estavam apostando em mim. Sobre o vidro do carro senti o olhar de CL cair sobre mim, não me atrevi a retribuir a provocação.

Já perdeu uma vez para mim, e perderá novamente.

A bandeira foi levantada, a voz irritante da comandante da partida se fez presente, alarmando a contagem para a partida. Acelerei o motor aquecendo o mesmo, respirei fundo me preparando para qualquer movimento. Não queria ficar de trás.

10...9...8...7...6...5...4...3...2...1

A bandeira foi descida ata abaixo do joelho da mulher indicando a partida, saindo um "Já" dos seus lábios pintados em vermelho sangue.

Acelerei o máximo que pude, causando um barulho que tanto amava na pista, avistei a fumaça sair dos pneus entrando em contanto com o atrito do asfalto. A corrida estava bastante disputada, a trajetória ligava algumas ruas de Seoul com as proximidades das estradas que ligavam a cidade nas outras, tirando as passagens secretas e perigosas. O pior de tudo seria o fato de não ser pego pela polícia se caso nós vissem em alta velocidade, vagando por aí.

CL era ágil e bastante experiente, mas suas imprudências lhe condenava loucamente. Não havia estratégia em sua cabeça, somente a vontade de vencer, de ultrapassar meu carro. Minha distância dela e de seu carro era mínima, confesso que estava pouco me fodendo com o fato de estar atrás da mesma, mas esse ato me fez ter a plena certeza do quão imatura CL é nas pistas.

As ruas de Seoul estavam vazias, raros carros passavam por ali, deixando a disputa mais fácil. As curvas eram perigosas, qualquer erro seria fatal. Pensando nisso, Choi veio em minha mente. Por ele, eu não estaria nesse momento aqui e muito menos evoluído na minha missão, e o agradeceria vencendo por bem ou por mal.

As pistas escolhidas pelo Ji Yong eram estreitas e outras largas e extremamente perigosas, onde teríamos que ultrapassar carros e caminhões. A estrada estava deserta, as entradas clandestinas eram escuras, impedido que você vice poucas coisas adiante. Você não sabia o que lhe esperava em sua frente. CL estava cega pela obsessão, seu carro se curvava quase capotando pela sua impaciência de querer ganhar e terminar com essa corrida, e sujar meu nome nas pistas. Mal sabe que jamais darei esse gostinho à ela.

Acelerei o máximo que pude quando cheguei na pista principal que dava acesso ao local de onde partimos, a corrida já estava acabando e esse era o momento que estava esperando para surpreendê-la. Passei pela mesma com dificuldade, cada milímetro de distância era cerrada. Vi a fúria nos olhos de CL, pouco me importava pela sua reputação de prostituta. O centro da atenção de Kown Ji Yong seria eu e mais ninguém.

Manobrei o carro para ficar na frente de minha adversária,  verificando que suas hipóteses de ultrapassar o meu seriam zero. Avistava pelo retrovisor seu desejo imenso de vencer transbordar de seus olhos, a fúria era perceptível em sua face descontraída. Ela sabia que não teria mais chance, e estava certa.

Logo adiante avistei o aglomerado de gente esperando a vencedora, a imensa luz iluminava todo o local. As casas abandonadas no beco começaram a se formarem em minha visão. Faltava alguns metros para completar a missão. Acelerei mais ainda fazendo com que as imagens ao meu redor não passasse de apenas borrões, eu amava aquilo. Era minha vida, meu tudo. E vencer era melhor ainda, completava minha felicidade.

Por fim, cheguei na linha de chegada pisando nos freios com cuidado, causando fumaça na pista. Minha chegada foi triunfal. Eu ouvia gritos, aplausos, assobios.

Eu havia vencido!

Sai do carro com elegância, pessoas se foram ao meu redor. Recebi vários elogios, e reverências de boas vindas e também por vencer a melhor da Ásia. De repente um barulho estridente se fez presente assustando as pessoas, olhei para o lado e vi o carro de CL parar bem próximo de mim quase atropelando os demais que corriam se afastado da minha presença. Seu corpo saiu enfurecido de sua Ferrari branca, bateu a porta com força, caminhou em passos largos até mim empurrando-me com provação. Dei dois passos para trás sem revidar as provocações, mas meus olhos não se desviavam dos dela por nenhum milésimo de segundo.

- Você trapaceou! - berra CL.

- Pensei que se conformava em perder. - provoquei. - Não precisava inventar coisas para se manter em cima, de mim nunca iria vencer, CL.

- Sua filha de uma puta! - disse entre dentes.

Não hesitei em dar-lhe apenas um soco preciso, acumulei toda a força que tinha deixando bem claro o erro de ter me xingado. CL deu 2 passos para trás caindo de costa no capô de seu carro, notei o sangue sair pelo seu nariz descontroladamente.

Escarlate…

Balancei a cabeça voltandos aos meus sentidos...

- A única puta aqui é você, CL. - dei os ombros. - Você não tem honra, e não merecia esse título de melhor da Ásia, pois não há respeito implantado em você. Uma verdadeira corredora tem que exercer muitas coisas, ao contrário de você que só serve para satisfazer homens na cama.

- Cala a boca! - vi ela avançar para cima de mim com a mão em seu nariz. Mesmo antes de chegar perto de mim, uma voz extremamente sexy fez o seu corpo estancar no lugar.

- CL!? - olhei para o lado avistando Choi. - Aceite sua derrota!

- Vá se foder, T.O.P! - revidou enraivecida indo embora.

T.O.P não pareceu ligar, mas seu olhar imortal direcionada a ela fez meu corpo estremecer. As pessoas ao redor se afastaram por medo, uma música contagiante e alta começou a ecoar pelo local. Todos começaram a agir como se nada estivesse acontecido, o que me intrigou. Não movi um músculo se quer do lugar, estava gostando de conhecer cada membro dos Bangs.

- Acho que é desonroso desrespeitar a  convidada. - disse sério olhando para mim com admiração. - Parabéns pela corrida, fez um ótimo trabalho.

- Obrigada.

Sem querer meus olhos voltaram para onde os Bangs estavam e vi Ji Yong descer pelas escadas, as pessoas davam a ampla liberdade para andar confortavelmente, saia do caminho, se mantinha o máximo possível longe, olhavam para ele e logo em seguida abaixavam a cabeça em reverência. Seus olhos estavam fixos aos meus, vidrados, não se desgrudavam por nada. Ignorei totalmente Choi, e percebi seus suspiros de reprovação.

De repente, as cenas veio em cheio em minha mente, estava tão anestesiada com CL que as ocorrências anteriores se apagaram em minha mente por completo. Ao chegar perto, Ji Yong começou a bater palmas para mim, continuei séria, não embolsei qualquer tipo de sentimentos.

- Meus parabéns, Haruna. Como sempre tão espetacular. - riu em deboche. - Agradeço por ter me proporcionado milhões.

Me mantive calada, minha mão coçava em ansiedade, porém preferi esperar o momento certo, pelo que o conhecia não veio aqui somente para se manter em “paz” e sim para provocar, esse seria um ótimo motivo para minhas ações.

- Isso é maneira de agradecer a convidada? - disse Choi me defendendo.

- É para isso que ela serviu, me proporcionou dinheiro e já basta. -  falou com desprezo.

- Não sou CL para lhe proporcionar coisas… - rebati.

- Mas, deveria ser!

Não pensei duas vezes antes de dar-lhe um belo e preciso soco em seu nariz, - mais uma vez – devido ao seu comportamento. Ji Yong acha que iria me domar, me humilhar como bem entendesse, e seria um erro muito grande de sua parte, eu não sou como as mulheres com que ele estava acostumado, não iria me rebaixar, queria deixar bem claro que nem mesmo seu poder iria me intimidar.

Era incrível como as pessoas fingiam agir como se nada disso importasse, o medo era presente de uma forma intensa e o respeito era dado acima de tudo.

Eu nem entendia ao certo por que fiz isso, mas como CL foi meu estímulo para provocação, não custou nada marcar ambos no mesmo lugar com esse ato. Era para aprenderem a nunca mais brincarem como Haruna.

- Não importa quantos socos terei que lhe dar para que seja digno de algum respeito, pois você não se dá o mesmo!

Ele me olhava perplexo, segura o nariz para que o sangue não sujasse suas vestimentas, desviei o olhar, seria pior que ficasse vendo aquela cena. Quando estou com raiva sempre sou imprudente. De repente, ouvi ele rir abafado.

- Tudo por causa da cena com CL?

- Não, Ji Yong, pelo simples fato de tudo ser apenas um teatro, hm?- olhei para ele enquanto falava, vi seu semblante se tornar sério rapidamente. - Mas, já que isso não está sendo levado ao pé da letra como supôs, tenho a livre e espontânea liberdade de fazer tudo o que bem entender como já conversamos uma vez. Espero que consiga lidar com sua reputação de agora em diante!

Foquei no máximo para não me perder ao analisar seu estado, minha boca salivava, eu estava quase perdendo os sentidos. E por muita luta consegui finalmente dar passos adiante, passei por ele fazendo com que nossos ombros se tocasse e uma corrente elétrica passar por mim. Tentei não ligar, ignorando sua presença, porém senti meu pulso ser segurado, impedindo que eu pudesse prosseguir para o meu destino.

Choi se manteve ao meu lado, ficou atento a qualquer movimento perigoso do seu amigo, mas não se atreveu a falar, muito menos a fazer algo que pudesse atrapalhar o momento tenso entre eu e Ji Yong. Esse era um assunto particular, seria um erro ele se atrever a fazer algo.

- O que vai fazer, Haruna? - vi que sua mão não escondia mais seu nariz, e era visível o sangue escorrer e cair em sua camisa.

A raiva transbordava de seus olhos, apertava meu pulso com tanta força que se alguém fraco estivesse em meu lugar não suportaria a dor.

Aquilo era muito tentador, por segundos fiquei perdida, mas logo voltei a si voltando meus olhos para os seus.

- Logo logo você irá ver, Kwon Ji Yong!

Puxei meu braço com força para que ele soltasse e acompanhei Choi até seu carro, era muito bom ver o gostinho da adrenalina no meu corpo, hoje foi uma noite e tanto e não iria reclamar, agradecia mentalmente por T.O.P ter me proporcionado essas sensações incríveis, e me mostra cada vez mais o tipo de homem com quem iria traçar todo dia.

Sentei na cadeira colocando o sinto de segurança, suspirei forte recebendo um olhar preocupado, dirigir a visão adiante avistando ele ainda me encarando, seu punho cerrou e seus lábios foram mordidos com força. Essa foi a melhor visão que tive essa noite.

- Ótima forma de agradecimento ao Kwon!

- Se não calar a boca você será o próximo! - Choi riu e segui junto com suas risadas, ele tinha um senso de humor muito raro.

T.O.P deu a rá e procurou sair do local sem bater nas demais pessoas que saiam do caminho, sem querer meus olhos encararam dos Kiji que segura um copo próximo a sua boca, não duvidava que havia visto tudo o que fiz, e o agradecia da mesma força por não ter me atrapalhado como sempre. Seus cabelos pareciam estar levemente molhados, as luzes brilhantes brilhava em seu rosto e braços a cada momento que as mesmas encontravam seu corpo, suas tatuagens se destacavam cada vez mais.

Bonito… era isso que senti vontade de falar!

A visão começou a ficar escassa e de relance o vi pôr o cigarro entre os lábios e virar de costas para mim provocando-me.

O caminho até meu apartamento foi em silêncio o que me agradou muito, me fez pensar em cada detalhe da minha “vingança”, Ji Yong iria me se arrepender por me fazer tal vergonha, por mais que ainda poucas pessoas soubessem do nosso suposto casamento, as coisas se tornariam piores quando a mídia saber. Passarei por vergonha, e serei mal falada por ter um marido tão infiel e galanteador, e para que isso não se torne um bicho de sete cabeças terei que cortar esse mal pela raiz e o mais rápido possível.

Era pela minha reputação e não por Ji Yong!

De repente, senti o carro parar, perdida em pensamentos não havia notado que já tinha chegado no meu destino. O percurso foi rápido, parecia que segundos atrás eu ainda estava naquele local. Choi me avaliava, observava o meu comportamento.

- Espero ser bem recebido amanhã… - brincou.

- Se você valer a pena…

- Você irá se surpreender! - senti suas mãos tocarem as minhas que estavam em cima do meu colo.

Choi agarrou uma delas elevando até sua boca depositando um beijo cálido na mesma, eu me sentia curiosa sobre ele, sobre suas fontes, sobre esse seu jeito misterioso, e isso aguçava meus sentidos.

Eu sorri com os meus pensamentos, e em troca recebi o mais belo sorriso dele. Seus dentes eram alinhados, brancos, seus lábios finos eram convidativos, provocantes, novamente me senti estranha sendo pega por ele encarando sua boca.

- Gosta do que vê?

- O que você acha?

- Quero ouvir de você, Haruna! - seus olhos brilharam intensamente.

- Amanhã… - sorri perversa saindo do carro deixando-o para trás.

Olhei para trás enquanto me dirigia para o estacionamento, e o vi ainda sorri, e aquilo me desconcertou. Virei o meu rosto para frente e continuei para o meu destino ficando séria rapidamente, o que estava realmente acontecendo?

Balancei a cabeça livrando todos os pensamentos incompreendidos por mim, seria pior me manter firme tentando responder para tantas perguntas que eu mesma me fazia, e para sensações que sentia.

Ao chegar no elevador agradeci por estar vazio, apertei o botão do último andar. Comecei a sentir o cansaço tomar meu corpo, como se um peso estivesse sido colocando sobre mim de repente. A porta finalmente abriu e fui diretamente para o meu apartamento, digitei a senha e simplesmente entrei sem tomar qualquer precaução.

Está leve demais!

Ao fechar a porta sinto um cheiro familiar adentrar minhas narinas, eu reconhecia aquele perfume em qualquer lugar, e sabia muito bem que ele seria capaz de fazer isso.

Sem pressa tirei os saltos, e por último a jaqueta, entrei no clima, parece que a noite ainda não acabou, a diversão ainda continuava. Andei calmamente até meu escritório, passava a mão na parede sentindo o frio, o chão estava da mesma forma, havia chovido e o frio se instalou na cidade. As cenas da corrida, de Choi, de CL, de Ji Yong, de Kiji tomaram minha mente, mordi os lábios contendo os risos. Foi simplesmente perfeito!

Ao chegar perto da porta toquei a maçaneta girando calmamente torturando quem estava ansioso me esperando, a luz ainda continuava ligada, o perfume se tornou mais forte, o que me agradou mais ainda.

Fique parada na porta observando suas ações… como sempre usando preto!

- Vejo que se divertiu muito essa noite… - soou sério enquanto mexia nos arquivos que ainda estavam em cima da minha mesa.

- E o que há de errado isso?

- O errado é Choi… - olhou para mim.

- Por que, ele?

- Por ele ter se aproximado de você. - comecei a andar até a pequena mesa que tinha próximo da janela, onde se encontrava minhas bebidas favoritas.

Peguei uma garrafa e whisky e um copo colocando uma pequena quantidade de álcool dentro, quando virei-me para respondê-lo senti meu corpo ser prensado contra o seu fazendo o meu copo se esparramar ao chão. Senti o liquido quente molhar meus pés.

- Isso me desagrada tanto… - ele parecia sereno tentando controlar sua raiva.

- Não me importo com suas opiniões.

- Deveria se importar, elas são as melhores para você!

- E o que é melhor para mim, Kiji? Me manter longe de todos?

- Sim, não quero que ninguém lhe toque, isso me enfurece. - senti uma de suas mãos tocar levemente meu rosto, seus olhos percorriam meu rosto. Eu já o vi dessa forma uma vez e não foi tão agradável assim. - Como pode confiar em alguém que não conhece?

- Eu não confio nele.

- Então, por que ficar tão segura com ele?

- É preciso fingir para conseguir algo, esqueceu dos ensinamentos do meu pai? - a verdade era que não precisei fingir para algo, simplesmente me deixei elevar pelo momento, só que nunca imaginei que seria tão óbvio assim meu comportamento.

- Eu observei cada movimento seu, parecia tão diferente, até mesmo sorriu. - tocou os meus lábios com o dedo indicador. - Isso é tão frustrante!

- Deixa ser possessivo, Kiji!

Tentei-me afastar empurrando seu corpo através de seu peito, mas sinto minha nuca ser segurada com força fazendo com que ainda continuasse mais próximos do que antes. Nossas respirações se mesclaram com mais perfeição, ouvi ao longe o barulho dos cacos de vidro serem esmigalhados enquanto senti ser meu corpo ser empurrado para trás, até que eu batesse contra a parede com força. Kiji pôs sua testa junto a minha,  ele estava ofegante parecia travar uma luta dentro de si, e era divertido eu ser a causadora de tanta frustração dentro dele. Longos segundos depois curvou seu rosto até a curva do meu pescoço deixando beijos como rastros nas mesmas, fechei os olhos sentindo arrepios tomar conta do meu corpo.

Ele estava conseguindo me provocar, ele sempre conseguia!

- Não quero imaginar eles tocando você dessa forma… - sua voz saia embasada. Ele olhou para mim com os olhos banhados de ternura antes de pronunciar as demais palavras. - Apenas, eu posso fazer isso…

Senti seus lábios tocarem os meus com carinho e de uma forma intensa que me fez ficar sem reação, nunca havia chegado a tal ponto, mas agora parecia ser tudo diferente, ele nunca se atreveu a passar dos limites, eu queria empurrá-lo, mas não encontrava forças. Meus lábios eram guiados pelos movimentos dos seus, doces e macios, estávamos passando dos limites, eu sei, mas era impossível resistir.

De repente, senti meu corpo pegar impulso para cima, minhas pernas entre entrelaçaram a cintura de kiji, em curto período o vi andar até a enorme mesa, jogou todos os documentos no chão presentes ali com brutalidade, pôs meu corpo em cima da mesma com cuidado para que eu não me machucasse, e não pensou duas vezes ao voltar em me beijar. Nunca imaginei que isso seria tão bom, e nunca imaginei que faria isso com ele, estava longe dos meus pensamentos.

Comecei a suar, ficar ofegante assim como ele, eu estava ciente das minhas ações, mas a maior parte de mim não queria parar, apenas queria senti cada vez mais ele me tocar com mais precisão e intensidade. Porém, todas essas sensações acabaram rapidamente, uma leve irritação se fez presente, era incrível como ele tinha esse poder sobre mim. Céus se soubesse do que estávamos fazendo, geraria uma discussão longa. Mas, por que eu estava me preocupando com isso? Meu futuro noite podia, então por que eu não?

Vi de relance ele levantar, e fazer movimentos estranhos, de repente senti algo gélido tocar minha testa, abrir os olhos com mais clareza e vi sua arma sendo pressionada diretamente no centro da mesma. Isso só podia ser brincadeira. Kiji segurava com força a arma, e mantinha todo cuidado para não deixar marca na minha pele por mais que seus instintos dissessem o contrário.

- Não imagina a vontade que sinto em atirar em você!

- Então, atira! - provoquei.

- Se pelo menos eu pudesse

Quando eu movi os lábios para respondê-lo, ouvi meu nome ecoar por toda a extremidade do escritório. Virei meu rosto em direção a porta me deparando com alguém nada agradável…

- Haruna…?!


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Obrigada
Prometi que não ia demorar, e cumpri.
❤💕


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