História Mais que desejo - Só deixa eu cuidar de você.

A família Charming se encontrava na loja de penhores do Sr.Gold, com exceção de Henry que ainda não sabia de nada sobre o ocorrido. Todos estavam falando ao mesmo tempo e consequentemente ninguém entendia nada.

Rumple se locomove para a parte principal da loja e vendo toda aquela bagunça bufa em irritação; ele bate a bengala no chão, fazendo um barulho irritante, chamando a atenção das pessoas naquela sala.

—Acho que agora podemos começar. — David se pronuncia.

Rumple encara os presentes e hesita em começar a falar, algo que ninguém exceto Emma percebe. Ela prefere deixar pra pensar sobre isso após ouvir o que o feiticeiro tinha a dizer.

—Bom, como todos sabem a Alma Negra está atrás do herdeiro da família Charming-Mills-Swan; Alias vocês precisam abreviar isso— Gold comenta revirando os olhos.

—Gold, vá direto ao ponto!— Emma fala sem paciência.

Regina estava sentada em um banco e Emma estava atrás da morena. Depois de tudo o que aconteceu, Regina sentia que Emma estava um pouco mais protetora. Por mais que tenham se passado apenas algumas horas, os pequenos gestos de Emma mostravam que aquilo era mais que um instinto de proteção, principalmente depois de todo o ocorrido naquela mesma manhã.

Algumas horas mais cedo...

 Regina POV

Era 7 da manhã e Emma já estava acordada, algo completamente incomum pra quem acorda no mínimo as 10 da manhã em um domingo. Eu abri os meus olhos e acabei pegando Emma velando o meu sono. Ela me olhava com uma adoração que eu não tinha visto antes nela.

—Bom dia, prefeita dorminhoca. — Ela fala com sua voz ainda rouca.

Ah... Como eu amava acordar ao seu lado e poder ouvir a sua voz assim.

 Ela me diz que eu tenho uma voz sexy e que quando estamos brigando, ela não sabe se fica nervosa ou se deixa a excitação falar mais alto. — O que contribui para que nossas brigas sempre terminem na cama. — Mas o que ela não sabe, é que a sua voz de manhã poderia me convencer a fazer as maiores loucuras, como por exemplo, tomar banho naquela banheira minúscula que ela tem no banheiro do seu quarto.

—O que eu não faço por você? Loira atrevida!— Eu disse após ela me convidar “elegantemente” a se juntar a ela na banheira.

— Se demorar a água vai esfriar, prefeita. — Ela fala cínica após retirar a camiseta enorme do capitão américa, deixando seu corpo totalmente desnudo. Emma poderia usar um saco de batatas no corpo, ela sempre seria a mulher mais sexy que eu já conheci.

Eu entrei no banheiro e aquele demônio loiro estava sentado na beira da minúscula banheira, com o cabelo arrumado num coque frouxo, preso sem nenhuma presilha. Ela estava testando a temperatura da água e assim que me vê, entra na banheira e me chama para ficar lá com ela. Eu entro na banheira e me acomodo em sua frente e ela mantém as pernas abertas para que eu me encaixe no seu corpo. E então ela me abraça forte por trás e suspira.

 Nós ficamos paradas assim por uns cinco minutos. Não sei ao certo pois a hora parece passar mais rápido quando Emma está comigo, como se o ditado de “Tudo que é bom dura pouco” se aplicasse quando estamos juntas e eu nem percebo a hora passar. Quando vejo, já tenho que me despedir.

  Eu sinto meu ombro molhar, e algo me diz que não é a água da banheira.

— Emma?— Eu tento me mover, mas ela me aperta um pouco mais em seus braços.

—Só... só deixa eu cuidar de você— Ela me pede com a voz fragilizada.

Como eu poderia negar algo para aquela mulher? Eu não fazia ideia do que fazer, eu nunca à tinha visto tão frágil daquela forma.

Emma faz eu encostar a cabeça em seu ombro e começa a passar a mão em meus cabelos. Ela alcança um pequeno recipiente e o enche de água, em seguida molhando os meus cabelos; repete o processo até eles estarem completamente encharcados. Minha xerife então me empurra um pouco para frente. Ela despeja um liquido na qual eu presumo ser shampo e segundos depois confirmo minha teoria.

— Eu amo o cheiro desse shampo. — comento com ela.

Ela beija minhas costas em reposta e em seguida passa a massagear meu cabelo na intenção de espalhar o produto por todo ele.  Momentos depois de espalhar o liquido por todo o meu cabelo, fazendo uma pequena espuma, sinto ela fazendo movimentos duvidosos em minha cabeça e logo concluo que ela tenta fazer um penteado em mim.

— O que está aprontando, senhorita Swan?— Eu pergunto para ela e me viro para olhar sua arte, no espelho que tem atrás da banheira.

— Estou apenas ajeitando seu cabelo, senhora prefeita. — Ela responde fingindo inocência.

Eu me olho no espelho, vejo que ela arrepiou todo o meu cabelo e não consigo controlar minha risada.

—Se nada der certo, você pode virar cabeleireira de astros do Rock, senhorita Swan. — Eu comento, dando os últimos retoques no meu cabelo, como se eu realmente estivesse pensando em sair com aquilo em público.

Ela cai na gargalhada pelo tom que eu uso e eu admiro o seu lindo sorriso. A forma com que seus olhos se fecham quando ela sorri com vontade, as covinhas que se formam em suas bochechas e seus dentes de baixo tortinhos. Tudo tão adorávelmente diabólico e angelical. Mas se eu for parar para pensar, Lúcifer era um anjo, certo?

Eu pousei minhas mãos sobre as suas que agora estavam em minha cintura e fiz uma leve pressão, indicando para que ela me segurasse firme e assim ela fez. Eu desci o meu corpo lentamente para trás, até meus cabelos encostarem na água da banheira e então os enxaguei. Os penteei para trás com a ajuda da agua e em seguida levantei meu corpo novamente, com ajuda da minha Xerife.

— Você realmente vai me matar um dia.— Ela fala em um tom rouco.

Seus olhos estavam escuros e o sorriso que outrora estava a beira de ultrapassar a linha do angelical, deu um salto para o outro lado, trazendo uma feição completamente maliciosa e diabólica. No bom sentido, é claro.

— Espero que não seja no sentido literal, mas se for, espero que seja de tanto prazer. — Eu respondo encarando seus olhos verdes, que no momento estavam num tom mais escuro.

Ela se aproxima de mim e me beija e eu sinto seus lábios brincarem com os meus de uma forma que só esse demônio loiro se atrevia fazer. Céus como eu amo essa mulher!

Emma quebra o beijo com um selinho e alcança o condicionador que está na prateleira do lado da banheira. Ela despeja um pouco na mão sob meu olhar atento e em seguida leva as mãos para os meus cabelos novamente. Sinto suas mãos massagearem a minha cabeça e fecho os olhos em prazer.

Emma tinha um lado completamente angelical e outro completamente diabólico. Ela me dizia que era oito ou oitenta e que ninguém conseguiu presenciar os dois lados simultaneamente, exceto eu. E realmente era verdade. Num segundo, Emma estava brincando com a minha cara e no outro, estava fazendo isso do jeito mais malicioso que posso imaginar. Definitivamente essa era uma das coisas que eu mais amava nela.

Sinto Emma deitar o meu corpo da banheira. Ela me fez prender as pernas ao redor da sua cintura e com um pequeno impulso ela colocou meus cabelos dentro da agua e os enxaguou. Eu olhava para ela fixamente e aqueles olhos maliciosos me passavam tanta segurança. Eram os dois lados agindo simultaneamente de novo.

Emma me sentou do outro lado da banheira e voltou para o outro lado, apenas para alcançar o sabonete líquido. Ela me olhou e soltou um sorriso de canto que me fez imaginar tantas obscenidades. Emma sabia como fazer eu esquecer os problemas e todo o mundo lá fora.

Minha xerife despejou um pouco do liquido em sua mão e esfregou uma mão na outra fazendo certa espuma. Ela pegou meu pé direto e passou as mãos por ele, massageando e lavando ao mesmo tempo; subiu as mão para minha panturrilha fazendo os mesmos movimentos e fez isso em minha coxa, chegando perto de minha intimidade, o que fez eu contrair meu sexo. Ela estava num jogo delicioso de sedução e eu pretendia aguentar a tortura até que ela terminasse, sem me jogar em seus braços. Até que ela terminasse.

Emma mergulhou minha perna de uma forma mais profunda na água e passou a mão por cima tirando todo o sabão da mesma. O cheiro de Menta e hortelã estava impregnado no banheiro e isso era tão relaxante. Minha xerife fez o mesmo com a outra perna e eu tive as mesmas reações, talvez um pouco mais explicitas, o que arrancou um sorriso da minha loira.

Emma se sentou no meio da banheira me puxou lentamente pelos pés, depois me sentou em seu colo novamente. Ela despejou um pouco mais de sabonete em sua mão e em seguida começou a passar as mãos pelos meus braços. Ela fez isso nas partes internas e externas; ela subiu suas mãos pelo meu pescoço, espalhando toda a espuma por lá. Minha loira desceu suas mãos para os meus seios e passou a massagear-los, me fazendo enfiar minha unhas curtas em sua coxa, pois eu tinha minhas mãos apoiadas nas mesmas. Ela mordeu levemente o meu queixo e depois depositou um beijo no local. Emma desceu as mãos para o meu ventre e massageou o local, depois colocou as mãos em minhas costas, espalhando a espuma por lá também.

Emma alcançou o recipiente que outrora tinha usado para encharcar o meu cabelo, para capturar agua da banheira e em seguida jogar em meu corpo, retirando todo o sabão. De repente Emma pegou apertou um pouco minha cintura e estendeu umas de suas mãos me pedindo uma das minhas também. Ela beijou a minha mão e depois virou a palma para cima, despejando um pouco do sabonete líquido. Eu sabia o que ela queria que eu fizesse então eu lentamente desci a minha mão até o meu sexo. Passei lentamente minha mão por lá sob o olhar atento de Emma.

Depois de terminar o meu “serviço”, tirei todo o sabão do local e subi novamente minha mão, pousando sob os ombros de Emma. Ela me agarrou e num beijo eu senti que eu não era a única excitada demais naquele lugar. Emma arrastou o corpo até a borda da banheira, ficando um pouco inclinada. Eu me posicionei em cima de seu sexo e era incrível como nossos corpos se encaixam perfeitamente.  Eu voltei a beija-la. Desta vez era um beijo calmo, mas não menos excitante.

Passou se alguns minutos e nossos beijos ficavam cada vez mais intensos e cada vez mais, pressionávamos nossos corpos um no outro. Eu comecei a rebolar em cima de Emma e minha loira apertava firmemente minha cintura mostrando que estava adorando o movimento.

Eu soltava pequenos gemidos, porque o atrito do meu sexo com o de Emma mais a textura da água estavam me deixando completamente fora de mim. Eu estava tentando fortemente não fazer barulho, pois não estávamos sozinhas naquela casa. Emma soltou um gemido um pouco agudo, mas não daqueles altos e sim daqueles que parece que te falta um pouco de ar e o tom da voz sai um tanto aveludado. Eu definitivamente não sei explicar o quão maravilhoso é esse som.

 Eu começo a me movimentar mais rápido, conforme a necessidade se mostra e Emma fecha os olhos de prazer. Eu inclino um pouco meu corpo e poio minhas mãos na borda da banheira atrás de Emma. Minha boca está perto da sua, hora ou outra elas se encostam, mas devido à falta de folego nós não nos beijamos, apenas permanecemos assim, com as testas coladas bocas abertas, respirações descompassadas e em um frenético ritmado movimento de corpos que acabam atingindo o orgasmo juntos.

Emma morde meu ombro para não fazer barulho e eu agarro seus cabelos, estragando seu penteado.

 Flashback Off

— Bem, eu vou começar e espero que ninguém me interrompa porque é algo um pouco complexo de entender. — Gold diz e espera a confirmação de todos para continuar.

Todos os presentes acenam para que o feiticeiro continue e ele o faz.

— Como vocês sabem, existem vários mundos — ele faz uma pausa e os presentes  acenam para ele continuar. —  E além desses variados mundos, existem também muitos universos, na qual existe uma versão diferente de cada mundo que se encontra nesse universo.

—Oi?— Emma diz demonstrando sua confusão.

— O que ele quer dizer é que em cada um dos outros universos, existem um mundo parecido com o nosso, assim como existem outros mundos parecidos com a floresta encantada por exemplo. — Bela explica.

— E em cada um desses mundos. — Gold continua. — há outras versões de nós. — Ele faz um movimento com o dedo indicador apontando para todos os presentes.

— Assim como quando eu e Regina voltamos no tempo e tinham duas Reginas..— Concluí Emma.

— Algo assim. — Rumple a responde. — Enfim, para você acessar essas dimensões não se pode ir sozinho e também não pode ir com qualquer pessoa. Você e a pessoa que forem “visitar”— ele faz aspas com os dedos. — tem que ter uma ligação muito forte para que dê certo.

—Ok, entendemos isso, mas se não se importa, gostaríamos de saber o que isso tudo tem a ver com a alma negra.— Snow pergunta.

— Bem, para Emma e Regina conseguirem “fazer“ essa criança, elas tinham que ter uma ligação muito forte e além disso, possuírem o amor verdadeiro, na qual ultrapassa barreiras e quebra todas as maldições e até mesmo dar a vida a tipos de magias e feitiços na qual não temos muito conhecimento.

Nesse momento Regina acaricia a mão de Emma que permanece em seu ombro.

— A magia que elas usaram para fazer essa criança, é a mesma que vai ser usada para criar uma espécie de feitiço de proteção, para o caso da primeira tentativa de matar a Alma Negra dê errado, porém...— ele respira fundo— Emma e Regina, daqui deste universo não podem liberar essa magia novamente; é como se existisse um estoque para a quantidade de vezes que esse tipo de magia é usada, ou seja, elas não farão outra criança da mesma forma que essa foi feita.

— Quer dizer que mesmo que essa magia seja originada do amor verdadeiro, ela tem uma quantidade de vezes limitada na qual pode ser usada?— Pergunta Regina, se pronunciando pela primeira vez no assunto.

— Exato! — ele olha para todos de forma mais séria, algo que no momento achava-se que não era possível. —  E é ai que entra a parte mais complexa de toda essa história...

os presentes o olham espantados, pois tudo já estava sério ruim o bastante, mas pelo visto, ainda dava para piorar.

— Há uma grande possibilidade de que Emma e Regina sejam as últimas Emma e Regina juntas em todos os universos.

—Espera, você quer dizer que independente de qualquer universo eu e Regina devemos ficar juntas? —  Pergunta Emma um tanto espantada.

— Foi exatamente isso que ele disse, por algum acaso você está pensando em ter outras parceiras em outros universos, senhorita Swan? — Pergunta Regina arqueando uma sobrancelha.

— Senhoritas, Foco!— Rumple as adverte. — A real questão é, para conseguirmos essa espécie de segunda chance caso algo de errado de primeira, precisamos juntar uma Emma e uma Regina e precisamos que elas se amem, assim como vocês se amam, para poder dar certo.

—Então basicamente precisamos fazer duas pessoas se apaixonarem? Ok, se tratando de mim e da Regina é necessário que elas apenas se conheçam e passem um tempo juntas e as circunstâncias se encaminham do resto. 

— Você se esqueceu que você e Regina são as últimas juntas e que há um motivo pra isso, afinal da mesma forma que o destino ajudou vocês a se encontrarem como amantes, ele provavelmente fez o mesmo com as outras de outros universos. Só que se  eu estiver certo e vocês serem as últimas juntas, algo aconteceu para que isso e eu temo que  isso seja algo que atrapalhe significativamente na questão de fazer as outras versões de vocês se apaixonarem novamente.

— Mas eu sei o quanto amo a Regina, e não foi necessário muito para eu me apaixonar por ela, é diferente quando é entre nós, isso, esses tipos de sentimento. — Emma argumenta.

— Mas é diferente porque essa é a única Regina que você conhece, independente da volta ao passado, afinal essa Regina que está com a gente hoje, também era aquela Regina do passado. Mas experimenta pensar que algo aconteça com ela e de repente apareça alguém com a mesma fisionomia que ela, porém com uma personalidade completamente diferente. É disso que estou falando! Depois de tudo que você tivesse passado, você abriria seu coração novamente para uma outra Regina que não é a sua?

Emma começa a pensar a respeito e de repente seu coração se aperta com a possibilidade. Ela se lembra de quando quase foi para a cama com Evil queen e de como sentiu que não era a mesma coisa, pois aquela, apesar de tudo, não era a sua Regina. Com as outras Emma’s não seria diferente, na verdade, seria uma realidade mais dura, por não ser uma Regina no passado e sim, literalmente outra Regina.

— Ok, mas deixando tudo isso de lado, qual é o seu plano?— Regina pergunta.

— Você e Emma terão que viajar para outras dimensões e convencer suas outras versões a virem para Storybrook. Basicamente vocês terão que pegar uma Emma de um mundo na qual a sua Regina não exista mais e juntar com uma Regina de um mundo na qual a sua Emma não exista mais e tudo isso em uma outra dimensão.