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História Man soll den Tag nicht vor dem Abend loben. - Ende gut, alles gut.


Escrita por: ohmystress

Notas do Autor


eu invento cada couple ruim...

Man soll den Tag nicht vor dem Abend loben. (Não se deve louvar o dia antes que chegue a noite)

Ende gut, alles gut. (Tudo fica bem, quando acaba bem.)

valeu google translate.
um dia eu corrijo os erros.

Capítulo 1 - Ende gut, alles gut.


E você a observa. Penas. Saia. Brilho. Tinta por todo o rosto. Olhos dissimulados e frios. Um fio de cabelo escapando do penteado. Rosto pendendo para o chão, para baixo. Baixo. 

Ela te lembra os Alpes Julianos. Imponente, fria, bela, de alma e espírito imóvel e solitário. Então ela levanta o rosto, olha para o teto gigantesco, cor de um céu escuro, é sisuda e talvez você goste disso. Parece concentrada, mexe os dedos minimamente, meio involuntariamente. E você continuamente a observa, encolhido dentro de um grande casaco, sentado na sexta fileira.

As pontas dos dedos enrolando-se nas penas da saia (assim como costumavam se enrolar nos seus cabelos em dias muito quentes), enquanto mal escondida pelas cortinas ela espera sua hora chegar. Ela não sorri e não costuma sorrir muito mesmo, pelo menos você não consegue se lembrar de nem um sorriso vindo do rosto bonito e bem marcado da pequena bailarina. Bem, você não se lembra de muita coisa, e nem faz tanto tempo assim, dois meses, talvez?

Mas não, ela realmente nunca sorria, nem depois que te beijava e nem com suas piadas ingênuas e esforçadas. Sorria só um pouquinho. Só um pouquinho. Só um pouquinho. Ou não, porque ela é bonita assim, não é?

E é o grande show. Lá está ela. Mesmo assim, nem um simples movimento para cima, uma simples curvatura, nada disso.

Ela não sorri, será que você ainda não aprendeu, imbecil?

Ainda assim, com olhos atentos e respiração pesada você constata que a felicidade lhe estava escondida dentro do corpo do magro, estourando lá dentro como bolhas de sabão, colorindo todo o interior com cores quentes e vivas de um verão da alma. Você sabe, não sabe?

E a música toca, uma sinfonia qualquer que te soa como a trilha sonora de um final triste.

Na ponta dos pés ela caminha para frente.

Um. Dois. Três.

Você conta. Sempre contou. 

Contou quantos nós havia no seu cadarço, quando ela te pediu, dentro do metrô, para ler junto com você seu livro recém-adquirido (Humilhados e Ofendidos. Soava como uma piada de mal gosto, criada pelo caríssimo Senhor Destino. Ela gostava do livro e você não o entendia. Idioma russo, você deveria tê-la avisado. Mas pensando bem, naquele dia ela esboçou algo parecido com um sorriso). Um. Dois.

Contou quantas vezes prendeu os cabelos sentada no sofá de sua casa, bebendo chá preto e ouvindo discos velhos em frente ao ventilador (em silêncio, após descer na mesma estação que você e te acompanhar até em casa como aquela velha amiga, a silenciosa e fiel Solidão). Seis. Sete. 

Contou as dedilhadas que ela dedicou às suas bochechas, antes de te olhar com alma e coração pendendo e te beijar, beijar você, o novo conhecido. Doze. Treze. 

Contou quantas vezes ela apareceu na sala de sua casa, de repente, com filmes franceses alugados e o rosto sem maquiagem, por meses e meses e meses. Tão natural que te soava certo. Trinta. Trinta e um.

Contou quantas vezes ela te chamou de meu em noites onde o sono trazia delírio (teria sido real?). Quarenta e seis. Quarenta e sete.

Contou quantas vezes ela te chamou de imbecil nas brigas que não tardaram a começar. Dez. Onze.

Contou os passos dados enquanto se aproximava para te ferir com as unhas o rosto, o pescoço, o coração. Dá um pouco de medo lembrar, mas também é meio engraçado, certo? Não. Seis. Sete.

Contou os passos pesados da sala até o quarto. Dezessete. Dezoito. Dezenove.

Contou os passos irônicos e leves até a porta. Vinte e sete. Vinte e oito.

Contou as sílabas de um adeus ou um até logo que ela nem pronunciara. Zero. Dor.

Os braços se esticam, propositalmente tortuosos, imitam um movimento qualquer, como se capturassem os ventos de outono. A postura é reta, os dedos movem-se delicados, os pés são de uma firmeza absoluta. Ela gira. Ela salta. Torce-se em arte e bravura.

Ela é aplaudida. 

Então quando você acha que seu coração não é mais capaz de suportar tanta beleza e que sua alma fora criada exatamente para esse momento a luz é acessa sobre ela, colorindo-a de um amarelo (se bem que um branco lunar combinaria muito mais) que revela todo seu talento e formosura, revela que tudo ali fora planejado para ela em tempos remotos e eternos.

Pois finalmente ela é para o mundo a estrela que sempre foi para você. Cintilante, única, fascinante.

E como atos criados, pintados, planejados por um ser maior que todos os outros, como um daqueles momentos que acontecem uma só vez na vida (os quais recordamos em dias de nostalgia e profundidade descabida), ela encontra os teus olhos. Ela sorri, talvez não para você, mas... Uma curvatura perfeita que te lembra infância e esperança.

Ah, ela sorri.

Na volta para casa (solitária como todas as outras, como quando existia só o eu e também como quando já existia o nós) sob o céu noturno de um inverno rigoroso, enquanto observa a fumaça se desprendendo de suas narinas e pisa sobre a neve fofa, você, Yixing, você ri. E você se pergunta se já foi algum dia tão feliz em um momento assim... Em um momento tão triste, em um regresso.   


Notas Finais


confuso, né?
toma hyukoh bem triste na cara
https://m.soundcloud.com/hyukoh/project-72-1-exhibition-music


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