História Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 10

CAPÍTULO 10 

Vou apressado até o escritório de Seokjin. Não queria perder tempo, já avisaria rapidamente para meu chefe que, a partir de hoje, irei começar "consultas" com Kim Taehyung, portanto iria precisar de mais tempo no manicômio. E também aproveitaria para descobrir mais coisas sobre ________. 

Cumprimento a senhora secretária de Seokjin e entro na sala dele, correndo e o assustando um pouco. 

— Bom dia, senhor Park... Por que está tão apressado? - Ele pergunta com a mão por cima do peito e os olhos arregalados. 

— Por conta do trabalho. Eu só passei aqui para avisar que conversei com Taehyung e irei começar a ser o psiquiatra dele. - Seokjin arregala os olhos ainda mais, se isso é possível. - Sim, consegui convencer ele... 

— Estou impressionado... - Ele relaxa um pouco os ombros e arruma sua postura. - Então, nós deveríamos conversar sobre seu salário ou... - Eu estava com tanta pressa que neguei com a cabeça e sai pela porta, antes reverenciando para meu chefe. 

Eu realmente precisa administrar meu tempo. Tanto ele quanto as informações de Taehyung são as coisas mais preciosas que tenho atualmente... Tudo por conta de ________. 

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— Park... Pensei que não viria mais. - Taehyung diz com um sorriso irônico e ao mesmo tempo forçado. Apenas suspiro e entro em seu quarto, me sentando na cadeira e o encarando de braços cruzados. - Na verdade, eu tinha certeza que você iria aparecer, completamente desesperado. Pra mim você parece bem calmo pra quem descobriu que a amante era abusada pelo próprio pai... - Ele diz com escárnio e ergo uma sobrancelha, o desafiando. - Tudo bem, eu paro com as piadinhas. - Ele cruza os braços e se senta na minha frente. - Trocou o horário de ________? - Afirmo com a cabeça. - O que um homem não faz para salvar uma mulher... - Ele diz negando e reviro os olhos, me jogando na cama com as mãos entrelaçadas. 

— Poderia me explicar um pouco mais sobre esse constrangimento da minha paciente? - Digo num tom diferente às últimas palavras e ele parece segurar um sorriso, se espreguiçando um pouco. - Sabe, seria muito bom saber como você sabe de alguma coisa do gênero... - Ele sorri de canto e estala a língua. 

— Eu apenas consegui as coisas de ________ com sexo. - Arregalo os olhos. - Ela fica completamente pensativa depois de dar, faz algumas filosofias interessantes e faz perguntas sobre a vida. Ah, e ela aceita responder algumas coisinhas também... - Ele passa a língua pelos lábios enquanto o encaro firme e seriamente. - Simples assim. - Ele joga os braços para o ar. 

— E você só conseguiu isso? - Pergunto erguendo mais uma sobrancelha e ele sorri. 

— Sabe, Park, acho que já está fazendo perguntas demais... - Ele se aproxima, me encarando competitivo. - Deveria se perguntar se a melhor forma de ajudar sua paciente seria me fazendo perguntas demais e sem nexo... - Ele fecha a cara e une as sobrancelhas. - Feche um pouco a boca e pense mais de uma vez se a sua pergunta seria algo que eu responderia e do jeito que você quer. - Ele se joga no encosto da cadeira e me encara, desafiando-me. 

— Acontece, Taehyung – Arrasto minha cadeira para mais perto dele. - que você precisa lembrar que eu também estou no seu joguinho. - Ele ergue as duas sobrancelhas, sem parar de me encarar. - Do mesmo jeito que eu faço as perguntas, você tem que contribuir as respondendo. - Estralo o pescoço. - Então pare com esse seu fogo e essa sua vontade de se sentir o poderoso, que no caso você não é, e veja se me responde logo. - Ele engole em seco. - Agora que Seokjin está a par de que estou te consultando, posso simplesmente dizer a ele que você não tem jeito e posso te jogar no fundo do poço. - Digo as últimas palavras pausadamente. - Vai me responder? - Cruzo os braços com mais força ainda e ele engole em seco de novo. 

— Tudo bem, acho que eu estava pegando pesado demais... - Ele diz num sussurro e se arruma na cadeira. - Bom, descobri muitas outras coisas. Simplesmente fiz as perguntas em duas sessões, foi simplesmente fácil e até eu me surpreendi com o jeito que ela me respondeu. Parecia que estávamos em um simples bate-papo, como uma consulta, e não um pós sexo. - Ele suspira alto. - Porém não descobri exatamente tudo. 

— Como assim tudo? - Pergunto indiferente. Ué, achei que ele já estava sabendo de praticamente a vida inteira de ________, até mesmo a primeira fala sua ou até quando deu seus primeiro passinhos. 

— Digamos que, na sessão em que eu faria minhas perguntas finais, fui trazido para esse inferno conhecido como quarto 125. - Ele cruza os braços. - E você já sabe o resto da história. - Dou um sorriso, quer dizer, uma risada. 

— Eu não acredito... - Passo as mãos pelo rosto e pelo cabelo, o bagunçando. - E eu achando que já estava tudo maravilhosamente perfeito para tirar ela desse manicômio... - Nego com a cabeça. - Claro que teria mais alguma coisa para eu correr atrás. - Bato a cabeça na mesa, reclamando baixinho por eu ter sido tão trouxa por pensar que aquilo estava na palma da minha mão. 

— Pois é, nada nesse fim de mundo é fácil, principalmente tirar alguma coisa de ________. - Ele diz pensativo e inclina a cabeça. - Sabe, você poderia tentar... - Ergo a cabeça com a testa franzida. - Sabe. Transar com ela e tentar tirar algo dela. - Ele diz enquanto um sorriso simplesmente surge em seu rosto, me encarando com malícia. - Aproveita que você tem uma quedinha por ela e já mata a vontade. - Ele batuca o indicador em seu queixo. - Isso se você já não cometeu o pecado... - Diz pensativo e logo me encara enquanto começo a desviar o olhar. - Ah, Park, seu safado... - Arregalo os olhos. - Já transou com a bonitinha, não é? - Arrumo a gola da camisa e ele começa a rir. - Tudo bem, ninguém consegue resistir. 

— Taehyung, por favor, cale um pouco a maldita boca... - Desvio o olhar novamente e ele ri. 

— Enfim, voltando para o que eu estava falando antes... - Ele cruza os braços por cima da mesa. - Você consegue? Sexo em troca de mais algumas respostas? - Engulo em seco. 

— Não sei se é uma boa ideia... - Ele ergue uma sobrancelha e me encara com o sorriso de lado. 

— Não sabe se é uma boa ideia ou simplesmente não consegue dizer que o que mais quer é repetir a dose na cama com ________? - Fecho a cara para ele, que ri mais um pouco. - Vai, Park, você é homem, precisa ter a sua essência! - Ele ergue os braços no ar. - Cadê o seu lado masculino que só pensa em ter uma mulher nua em sua cama, fazendo as suas vontades e matando os seus desejos? - Molho os lábios e me aproximo um pouco mais, sussurrando. 

— Continuo sendo homem, vou admitir... Porém eu estou em ambiente de trabalho. Qualquer deslize, e eu sou demitido, fora que não posso continuar ajudando ________. Fiz a promessa pra mim mesmo de que iria acabar com o inferno dela a qualquer custo. - Ele arregala os olhos, surpreso. 

— Olha, temos alguém viril por aqui... - Ele começa a bater palmas e cai nas gargalhadas quando fecho a cara uma segunda vez. - Tudo bem, então nós vamos seguir com o plano de sexo selvagem no serviço. - Arregalo os olhos, e Taehyung faz o mesmo. - Uh, isso daria um bom filme pornô! - Franzo a tesa, enquanto o encaro por um bom tempo. - O que? Vai me dizer que nunca assistiu um? - Reviro os olhos. 

— Eu já disse, não sei se essa ideia vai dar ce... - Ele bate as mãos na mesa antes que eu termine minha frase, com uma cara de nervoso. - O que? 

— Pare com essa frescura no rabo. - Ele diz autoritário. - Você quer transar com ela, e não quer admitir. - Abro a boca para retrucar porém ele ergue seu dedo, indicando que eu não deveria prosseguir. - Em primeiro lugar, se você transar com ________, além de conseguir respostas, vai conseguir também, ao mesmo tempo, acabar com a sua vontade. - Ele ergue outro dedo. - Em segundo lugar, você fez uma promessa. A qualquer custo significa qualquer coisa, até mesmo arrancar as roupas de sua paciente e até mesmo praticar um pouco de sadomasoquismo. - Arregalo os olhos, assustado com a ideia. - Ué, pra tudo tem uma primeira vez! - Reviro os olhos e faço um gesto com a mão para que ele continuasse. - E em terceiro lugar, foda-se que você está no trabalho! ________ sempre deu um jeito de matar pessoas e transar escondida das câmeras, você não vai ser uma exceção. 

— Mas... - Ele tosse um pouco e pede que eu pare de falar mais uma vez. 

— Já foi decidido, parceiro. - Ele coloca uma das mãos por cima de meu ombro. - Não venha com um mas, tu vai transar hoje e ponto final. - Olho para sua mão com nojo e ele a tira rapidamente.  

— Eu por acaso disse algo parecido com um "concordo" durante toda essa nossa discussão? - Ele faz um bico com os lábios e nega com a cabeça. - Então por que é que você acha que, só porque você disse, que algo está resolvido? - Aumento o tom de minha voz. 

— Porque quem está compartilhando informações sigilosas por aqui sou eu! - Seu tom sai um pouco mais alto que o meu e Taehyung se põe de pé, me olhando por cima. - Quem começou com essa porra de ficar respondendo as suas perguntinhas chochas fui eu, e sou eu que estou decidindo o que acontece por aqui! - Acabo bufando nervoso e também fico de pé, o encarando com muita raiva. 

— Kim Taehyung, esse o jeito que você trata o seu psiquiatra, sendo que você sabe muito bem o fim que você pode ter caso me desobedeça e seja mal educado comigo? - Ele cruza os braços e desvia o olhar, como se fosse uma criança. - Bom mesmo... - Volto a me sentar, e assim que ele decide que sua birra já havia passado dos limites, acaba se sentando também. 

— Será que dá pra pelo menos responder um sim ou não pra minha proposta? - Ele pergunta baixo, ainda emburrado. 

Sexo parecia ser o único jeito. Por mais que fosse completamente errado, ao mesmo tempo era completamente certo. É pra uma boa causa, era bom e também me ajudaria, quer dizer, ajudaria ________ a acabar com esse seu sofrimento. Não era simplesmente alguma rebeldia como um estudante fazendo isso na escola, era algo importante e que, negando ou afirmando, fazia parte do trabalho. Eu não faria isso para coletar informações para o meu trabalho? Então! Eu estou completamente certo em fazer isso para ajudar minha paciente! 

— Quer saber? - Taehyung ergue seu olhar para mim. - Você está certo. - Seus olhos se abrem mais que o normal. - É a única solução que temos. - Seu semblante passa para um completamente iluminado. - Por enquanto! - Digo erguendo um dedo e ele suspira. 

— Pelo menos ainda é um sim... - Revira os olhos e me encara. - Pretende fazer isso quando? - Molha os lábios e arruma sua postura. 

— Acho que daqui quarenta minutos, assim que terminar a sessão que tenho com ela. - Taehyung arregala os olhos, surpreso. 

— Pensei que demoraria mais tempo. Do jeito que você é, poderia querer um tempo para se preparar psicologicamente para o que iria fazer, ou seja, alguns vários meses, pra finalmente broxar na hora H. - Dou uma pequena risada nasal, ainda encarando Taehyung. - O que? Eu estou dizendo alguma mentira? Você é muito certinho, Park! - Reviro os olhos enquanto um sorriso se expande em meu rosto. Aproximo-me um pouco mais de seu rosto, e sussurro em seu ouvido. 

— Um: sou um psiquiatra, trabalho com o cérebro, não iria precisar me preparar psicologicamente por muito tempo, sendo que sou capaz de fazer isso em simples cinco minutos. - Molho os lábios e estalo a língua. - E dois: vamos combinar que, assim como você mesmo disse, ainda sou um homem com desejos. - Encaro sua face novamente, com um sorriso. - Posso fazer sexo de um jeito tão simples e tão selvagem enquanto penso no trabalho. Não tenho desculpas para chegar no quarto 265 e não aproveitar a chance. - Dou as costas para ele, fecho a porta atrás de mim e sigo meu caminho para a ala D.