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História Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 4


Escrita por: Berrygirl

Notas do Autor


Vamos apenas começar com os três tiros do dia...

1º: TEMOS UMA CAPA NOVAAA!!!
2º: ESTAMOS COM MAIS DE 1000 VISUALIZAÇÕES!!!
3º: MAIS DE 100 FAVS, PQP, EU AINDA NÃO ESTOU ACREDITANDO!!!!!!!!!!!!!

*enfim, é só isso mesmo*

Agora, vamos ao cap... (não liguem muito pra imagem, foi a única coisa q veio na minha mente)

Capítulo 5 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 4

CAPÍTULO 4 

Como meu novo normal, acordo com minha cabeça martelando e, agora, com pequenas olheiras que provavelmente aumentariam daqui alguns dias. ________ está sendo um problema para minha saúde, estou piorando e me matando aos poucos com as únicas quatro horas de sono e todas as milhares de vezes que me drogo com aspirina para que minhas dores de cabeça se vão. E mesmo assim, continuo com a ideia de que eu consigo salvar ________. 

Sigo meu rumo ao banheiro e dou de cara com a porta. Eu realmente precisava dormir por mais algumas horas. Esfrego o local dolorido e faço tudo o que tinha para fazer no banheiro. Depois vou à cozinha, toma mais aspirinas com minha xícara de café e como um pêssego que estava para apodrecer em minha fruteira vazia. Olho para a mesa lotada de papeis e fotos de minha paciente e pego meus relatórios atrasados. Seokjin já estava uma fera por eu não ter entregado os sete relatórios seguidos por essa semana que já se passou. E, para minha tristeza, os resultados não estavam progredindo, continuaram na mesma linha tênue da situação de ________. 

Por toda essa semana, a coisa que mais estranhei, foi o fato de que ________ está muito quieta. Depois que chorou na minha frente, que me contou que o próprio irmão havia conversado com ela, e que fiquei sabendo a falta que ele a faz sentir, minha paciente apenas abre a boca para sorrir forçadamente, mais que o normal, e responder algumas questões. Claro que não peguei pesado, mas sempre que a questionava, a mesma olhava para o teto para pedir permissão às suas amigas se podia me responder. Ah, e outra coisa: ela não está cantando nada. Nadinha, nadinha, coloquei meu ouvido sobre a porta por todos esses dias, porém só consegui ouvir sua risada, que ocorria pelas piadas das vozes.  

Isso tudo está muito estranho... Muito estranho mesmo. 

Assim que olho o relógio, me espanto com o horário e saio correndo para o trabalho. Mais um dia que possa me decepcionar com o nada que estou fazendo para ajudar ________. 

[...] 

— Senhor lindo Park Jimin! - Escuto a frase que agora parece mais um despertador de tanto que a escuto todo santo dia e sorrio para ela, a vendo se animar e pegando um caderno embaixo da cama. - Eu fiz um desenho pra você! - Ela me entrega seu caderno assim que me sento e observo meu rosto sorridente na folha, meus traços eram bem marcados e um sorriso brotou em meu rosto automaticamente. ________ pega uma mecha de cabelo e a enrola no dedo. - Sabe, elas me disseram que você ficaria feliz se eu fizesse alguma coisa pra você, então... - Ela se agacha no chão e me encara sorridente. - Eu te desenhei. Te desenhei do jeito que você deve ficar, sorrindo! - Ela acaricia sua bochecha e se senta na mesa. Estranho... Ela está animadinha demais hoje. - E então? Dormiu bem? 

— Na verdade não... - Sua feição fica desanimada e ela volta a ficar frente a frente a mim, com as duas mãos em meu rosto. - Tive que terminar algumas coisas do trabalho, e eu estava com uma dor de cabeça horrível. - Ela faz um bico forçado com os lábios. - Mas eu estou melhor hoje depois de tomar remédio... - Ela suspira e começa a caminhar por todo o quarto. 

— Eu também não dormi muito bem... - Franzo a testa e anoto em meu bloco. - Sabe, um dos guardas novos vieram por aqui e eu... - Ela morde o lábio inferior enquanto tenta segurar a risada. - Ah, você não precisa saber disso. - Ela volta a se sentar na mesa e fico com uma pulga atrás da orelha. 

— ________... Você se lembra do primeiro dia que vim te visitar? - Ela afirma a cabeça várias vezes seguidas e dá mais um sorriso forçado. - Você tinha me perguntado se eu era um guarda novo... Por que? - Ela olha para o teto e começa a rir. 

— Era só uma dúvida... Sabe, naquele tempo de uma semana atrás, apenas os guardas vinham me ver, sempre pra ver se eu ainda estava viva ou se eu não estava matando alguém. Como você era um rostinho novo... Eu pensei que você fosse um guarda novo, ué! - Ela joga os braços para cima e dou um sorriso enquanto fazia minhas anotações. Eu adorava quando ela usava esse lado meio sincero, meio irônico. 

— Será que a gente podia fazer alguma coisa diferente? - Pergunto mais para mim do que para ela, porém a mesma havia escutado e já estava com aquele sorriso enorme na cara. 

— Uh, um encontro romântico, com jantar a velas talvez? Acho que é uma boa ideia... - Acabo rindo de seu jeito. Ela era muito engraçado. 

— Não... Acho que preciso te conhecer melhor, sabe? Que raio de psiquiatra eu seria sem saber os gostos e desgostos da minha própria paciente? - Tento ser irônico, e quando a encaro, a mesma começa a rir muito. 

— Senhor lindo Park Jimin, você tentou ser engraçado? - Fico um pouco desorientado e apenas coço a nuca enquanto dou um sorriso amarelo. ________ ri mais uma vez. - Ah, não precisa ficar assim, você foi engraçado, quer dizer, irônico. E fofo também! - Dessa vez ela sorri de canto, aquele sorriso que era muito difícil de se ver. Acabo sentindo minhas bochechas esquentarem um pouco. Espera, o quê? 

— Bom, acho que poderíamos começar com o que você não gosta... Acho que seria um pouco mais fácil. - Ela sorri, de uma forma carinhosa e boba que me deixou um pouco tonto e até obcecado para continuar ver ele o tempo inteiro. Ela ficava muito bonita com aquele sorriso. 

— Olha, eu não gosto dessas coisas muito fofinhas. Só de você, ok? - Dou um sorriso e anoto. - Hum... Ah, eu não gosto de café, realmente é alguma coisa que me dá sono, muito sono. Prefiro mil vezes uma água, até porque eu não posso ficar desidratada. Não gosto de pessoas que querem mandar em mim. Não gosto de peixes, eles me dão medo. - Franzo a testa e dou um sorriso de lado. - Aqueles bichos são tão esquisitos... De verdade, você não concorda comigo que ficar fazendo biquinho o tempo inteiro não é algo idiota pra se fazer? Fora que eles ficam mais esquisitos do que já são, me dão arrepios! - Dou mais risada e termino de anotar tudo. 

— E as coisas que você gosta? - Pergunto assim que apoio meu queixo em minha mão e fico a encarando.  

— Adoro tudo que for vermelho, principalmente sangue. Gosto dos brinquedinhos que praticamente todos os meus psiquiatras antigos já usaram, principalmente a Hyuna. Gosto de comer chocolate, é a única coisa que eu iria comer todo santo dia nesse maldito lugar e pelo menos tomar um pouquinho de tequila, pelo menos uma vez no ano. - Ela fica pensativa enquanto tenta se lembrar de mais algumas coisas. - Ah! Meu filme favorito é Esquadrão Suicida. - Franzo a testa. Ok, ela pode ter um filme favorito, mas... Como um filme eu acabou de ser lançado, sendo que ela vive presa aqui, pode ser o seu favorito? 

— Como é que você assistiu Esquadrão Suicida? - Pergunto, sem mudar de expressão, e ela dá um sorriso forçado para o teto. 

— Ah, um guarda novato aí que me mostrou... - Minha expressão piora ainda mais. Era permitido esse contato de pacientes com guardas? - Sabe, eles sempre são muito curiosos. Visitam a ala D sempre que podem pra saber o que acontece aqui, e quando me encontram... Ficam surpresos! Também? Quem é que não ficaria? Todas aquelas pessoas feias por aqui, e eu que sou tão linda tenho que ficar junto? - Dou risada, ainda não entendendo muito, e anoto. 

— E esse guarda novo simplesmente te mostrou ou aconteceu alguma coisa antes? - ________ dá um sorriso um tanto malicioso para o teto e volta a me encarar, enrolando uma mecha em seu dedo. 

— Ah, sabe, a gente apenas conversou bastante. - Ela lambe os lábios. - Ele ficou babando no meu ombro enquanto eu contava como havia arrancado a cabeça de um dos guardas daqui, e a única coisa que pude fazer foi sexo. Simplesmente sexo. - Meus olhos e boca ficam enormes. Como... Como assim? ________ transava com os novatos daqui? Mas como é que alguém pode permitir isso? - Então, depois de ter feito isso, ele perguntou o que a gente faria... E eu falei pra gente assistir um filme. - Ela dá de ombros. - Ele escolheu Esquadrão Suicida e eu apenas me apaixonei pelo filme. - Ela suspira alto e para de mexer nos cabelos. - Depois que o filme terminou ele pediu um beijo, mas como eu estava enjoada da voz dele eu apenas torci a cabeça dele e ele morreu. - Ela dá de ombros mais uma vez. - Não faz nenhuma falta na minha vida mesmo... 

Eu não conseguia mudar minha expressão. Sexo pode ser algo comum para as pessoas, mas quando se trata de ________... Eu não conseguia imaginar que ela fazia essas coisas por aqui. Ela não sai do seu quarto, apenas eu e seus outros médicos entram aqui. E, pelo o que eu entendi, esses guardas fuxiqueiros também adoram fazer visitinhas. Eu ainda continuo intrigado, imaginar ________ fazendo essas coisas... Aish, agora eu realmente estou imaginando ela fazendo isso, essa coisa classificada como reprodução da própria espécie! 

— ________, você realmente fez isso? - Meus ombros relaxam e ela me olha como seu eu estivesse dizendo besteiras. 

— Sim, eu já te contei pelo menos um oitavo de todas as mortes que causei nesse fim de mundo, por que eu matar um guarda que nem fez parte da sua vida poderia ser algo preocupante? - Ela ergue um pouco os braços e nego com a cabeça. 

— Não estou falando disso, e sim de transar com ele. - Ela abre um pouco a boca por entender o que eu estava perguntando e se ajeita na mesa, pegando mais uma mecha de cabelo em um dos dedos. 

— Bom, eu fiz sim. Eu ainda sou um ser humano, sabe? Preciso me divertir! Se o governo não pode pelo menos dar algumas pessoazinhas pra eu cortar suas gargantas e cortar suas mãos e pés, minha única alternativa seria transar um pouquinho! - Ela joga os braços para cima. - Eu não sei a sua situação, mas se você quiser a gente pode se ajudar, um ao outro, e nos divertir juntos, eu faço isso numa boa! - Arregalo os olhos e arrumo meus papeis, sentindo minhas bochechas esquentarem. Por que ela tinha que ser tão sincera e tão carinhosa ao mesmo tempo, mesmo falando de um assunto nada carinhoso? 

— ________, eu não estou te julgando. Só acho que você não deveria fazer isso com o primeiro que vier na sua frente, você mal o conhecia... E se ele tivesse alguma doença, ou até mesmo tivesse algo de ruim pra você? - Minha voz falha um pouco na última frase e ________ fica me encarando por um tempo, até que desce da mesa e fica frente a frente ao meu rosto, olhando cada detalhe de minha face e em seguida acariciando minha bochecha. 

— Senhor lindo Park Jimin, você já ficou sozinho por muito tempo? - Ela me pergunta num tom inocente e até me fez querer abraçá-la do mesmo jeito que quis no dia que havia se aberto pra mim. - Sabe, não de um jeito paternal ou maternal, de um jeito amoroso. Sem ninguém para fazer cafuné nos seus cabelos, para sorrir para você, para te elogiar... Para te amar de verdade? - Engulo em seco. Ela aproxima seu rosto ainda mais do meu. - Eu passei isso por muito, muito tempo. Não sei se a sua resposta para as minhas perguntas anteriores seria um não, ou até mesmo um sim, mas a única coisa que tenho pra te dizer é que você não sabe o que já passei por toda a minha vida, não sabe como me sinto. - Uma única lágrima desce por seu rosto e ela a seca rapidamente. - Acho que a maior aproximação que tive de alguém depois de tanto tempo está sendo com você, senhor lindo Park Jimin. - Ela sorri de canto e mexe em meu cabelo. - E eu não queria que isso acabasse tão cedo. - Sua voz falha e mais lágrimas caem sobre seu rosto. 

— ________, não precisa chorar... - Seco seu rosto com a barra de minha camisa. - Eu estou aqui, não precisa pensar que eu vou embora pra sempre. Porque eu não vou. - Ela sorri e se afasta de mim, respiro fundo por essa tensão ter acabado. - Mas, voltando ao assunto anterior, por que Esquadrão Suicida é seu filme favorito? - Ela dá um sorriso forçado e me encara. 

— Eu me identifico muito com a Arlequina, sabe? - Ela termina de secar suas poucas lágrimas com as mangas da blusa. - Ela é... Como uma inspiração. E, às vezes, eu penso que nossas vidas são muito parecidas, só há um fato de que as façam ser completamente diferentes. - Ela respira fundo e inclina um pouco sua cabeça. 

— E que fato é esse, ________? - Pergunto enquanto termino minhas anotações, porém sinto a presença de minha paciente em minha frente e ergo o olhar para encontrar o dela. 

— Bom, no filme a Arlequina enlouqueceu por ter se apaixonado, por ter ganhado um amor. - Ela suspira e guarda seu cabelo atrás da orelha, abaixando a cabeça. - Já eu... - Ela morde o lábio inferior e volta a me encarar. - Ao contrário, eu enlouqueci por ter perdido muitos amores... - Fico de boca aberta e não sei o que responder. Olho para meu relógio e vejo que estava na hora de ir. 

— Bom, _________, eu vou ter que ir... - Beijo sua testa automaticamente e me levanto, já saindo pela sala e ouvindo a fala que já estava acostumado, porém num tom um pouco mais desanimado e até mesmo triste. 

— Até amanhã, senhor lindo Park Jimin. - E, assim que fechei a porta atrás das costas, eu entrei em colapso. 

Eu realmente, definitivamente irei ajudar ________.


Notas Finais


O que acharam?


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