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História Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 5


Escrita por: Berrygirl

Notas do Autor


Oi pessoal, eu sei que demorei, é que eu estava muito ocupada...

Mas enfim, vamos ao cap!

Capítulo 6 - Capítulo 5


Fanfic / Fanfiction Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 5

CAPÍTULO 5 

Agora eu cansei, por completo. É hoje. Hoje eu irei fazer o possível, ou melhor, tudo que for necessário, pra conseguir no mínimo alguma informação sobre o passado de ________. Sinceramente? Não tenho a mínima ideia do que vou fazer. Mas isso não importa, o que importa é que pelo menos uma das sete chaves do cofre de segredos de minha paciente, será entregue para mim, custe o que custar. 

Chego no manicômio determinado, e ao mesmo tempo morrendo de medo de ser pego. E não, eu não estava com a ideia louca de sei lá, ajudar ________ em uma fuga ou fazer qualquer coisa relacionada. A questão é que a tática que eu iria usar para arrancar alguma coisa de ________ seria dar chocolate pra ela. Depois de tanto pensar em alguma coisa pra fazer, me lembrei das coisas que ela gostava. Eu não seria nem louco de dar alguém para ela matar ou até mesmo minha própria pele, nem louco de levar tequila para meu local de trabalho. Qual a solução? Simples. Chocolate. 

— Bom dia, senhor Park. - A secretária de Seokjin me encontra no corredor sorridente. - Senhor Seokjin queria saber sobre seu relatório de ontem... Irá entregar? - Engulo em seco. Eu não estava nem um pouco afim de entregar um relatório em branco, já que não achava bom enviar minhas novidades sobre ________. Dou um sorriso pequeno e respiro fundo. 

— Pode dizer a ele que será entregue amanhã. Tive algumas ideias novas para o tratamento, e antes de quebrar a cabeça com relatórios queria testá-las. Você poderia avisar ele por mim, por favor? - Dou um sorriso amarelo e coço minha nuca. A senhora dá mais um sorriso e me dá uma xícara de café, sem ao menos perguntar se eu queria. 

— Fique tranquilo, querido. - Sorrio gentil e faço uma reverência para agradecê-la pelo café. - Ah, fiquei sabendo que os guardas tiveram um pequeno problema na ala D pela madrugada de hoje. - Arregalo os olhos preocupado. - Parece que uma mocinha estava bem... Nervosa. - Fico mais assustado ainda e me despeço dela, correndo pelas escadas até chegar ao quarto 265. 

Eu realmente fiquei mais preocupado ainda. Vários guardas estavam rondando pelo corredor, e quatro deles estavam escorados na porta do quarto de minha paciente. Minha respiração falha e fico encarando todos paralisado. Sou acordado por um guarda que bate em meu ombro dando um oi, e antes que o perdesse de vista o puxo pelos ombros e o ponho em minha frente. 

— O que aconteceu pela madrugada? - Meu tom de voz acaba saindo falho e até mais alto que o esperado. O guarda me encara como se eu fosse um estranho e tira minhas mãos de seus ombros lentamente. 

— A bonitinha do 265 teve um surto, como sempre... - Ele põe suas mãos sobre a cintura e tenho de me segurar para não socá-lo, isso é jeito de chamar ________? - Ficou gritando um pouco, tacou algumas coisas no chão... E pelo o que entendi, um guarda novato veio aqui verificar o que estava acontecendo, e acabou voltando sem vida. - Arregalo os olhos. Não. Mais uma vida não... 

— O que ela estava gritando? - O aperto pelos ombros novamente e ele e olha com nojo, porém dessa vez não conseguiu me soltar dele. - Eu preciso saber, sou o psiquiatra dela! - Ele arregala os olhos e me puxa até a porta do quarto dela, passando informações para os outros guardas de que eu era o "sortudo". Ok, não entendi... 

— Olha... - Ele chega mais perto de mim e sussurra. - As câmeras captaram tudo, conseguimos ouvir o necessário. - Chego mais perto, afim de saber tudo. - Começou quando ela estava dormindo. Ela estava sussurrando alguns nomes... Não conseguimos entender todos, porém escutamos algo como Yoongi e Jungkook. - Arregalo os olhos. Não. Não é possível... - Depois ela começou a sussurrar coisas sem nexo, como se conversasse com alguém. - As vozes. Tenho certeza. - Ficou um instante de silêncio, mas ele foi cortado por um grito dela. Ela acordou com os olhos vermelhos e começou a quebrar tudo o que via pela frente. - Tenho de cobrir minha boca com a mão, eu estava muito nervoso com toda a situação. - Daí o novato veio aqui, mas não conseguimos ver ele entrando no quarto. Apenas ele morto no chão da porta. - Ele suspira alto. - Então ela começou a chorar e sentou no chão, em posição fetal. Ela estava dizendo algum nome enquanto chorava... Acho que era "Jimin", se não me engano... - Minha respiração parou. Ela estava me chamando? Ditando o meu nome? 

— Eu... - Digo olhando para o nada e me viro rapidamente para entrar no quarto, deixando o guarda de lado. Assim que abro a porta, fico completamente perdido. ________ estava sentada no chão olhando para a parede, e parece vazia. - ________? - Ela segue seu olhar para mim e volta para a parede. - Ei, ________, você está bem? - Dou alguns passos em sua direção porém ela ergue uma mão para mim, e paro imediatamente. - O que foi? 

— Não estou com vontade de conversar com ninguém... - Sua voz sai grave e ela não tirava os olhos da parede. Engulo em seco e tomo coragem para ir ao seu encontro. Me ajoelho ao seu lado e acaricio suas costas. 

— ________? - Ela continuava vidrada na parede. - Que tal conversarmos? Sabe, eu queria saber o que realmente aconteceu... Você teve algum pesadelo? Suas amigas te disseram alguma coisa? - Ela molha os lábios e seu olhar vem em direção ao meu lentamente e vejo uma lágrima descer por sua bochecha. Não consigo me segurar. A abraço fortemente e ela chora muito em meu ombro. - Me conta, ________... Sou seu psiquiatra e seu amigo, é pra isso que eu sirvo! - Ela nega com a cabeça em meu peito e aperta minha camisa. Escuto a porta sendo aberta pelo mesmo guarda que conversou comigo e ele já vinha com seu bastão de ferro para ________. Apenas nego com a cabeça e peço para que ele nos deixe. - ________? - Seus olhos vermelhos se erguem até o meu e sinto meu coração murchar. - Me conte o que aconteceu, por favor... - Ela respira fundo e se senta no chão, se soltando de mim. 

— Eu sonhei com todo mundo... - Sua voz sai falhada e sinto que ela estava um pouco rouca, talvez por conta do grito que deu ao acordar. - Meus pais, Yoongi, Jungkook, Hoseok... - Franzo a testa. Hoseok? 

— Quem é Hoseok, ________? - Ela molha os lábios e seca um pouco o rosto. 

— Hoseok foi meu melhor amigo. - Ela funga um pouco e se encosta na parede. - Ele era simplesmente incrível... Uma das melhores pessoas que pude conhecer. - Ela começa a negar com a cabeça e mais lágrimas descem por seu rosto. - Foi horrível, doutor! - Sua voz sai manhosa e acaricio suas costas novamente. - Todos eles estavam me dizendo que eu era uma pessoa feia, que eu deveria morrer logo. - Ela me olha com os olhos cheios d'água. - Que nunca queriam ter me conhecido antes, que eu deveria estar no lugar deles! - E é aí que vem a minha conclusão. O tal do Jungkook e do Hoseok também estavam mortos. Ótimo. Mais coisas para eu descobrir... 

— ________, você sabe que isso foi apenas um pesadelo, nunca foi verdade... - A abraço de novo e ela chora em meu peito novamente. - Tenho certeza de que todos eles te amam, que a melhor coisa para a vida deles foi te conhecer... - Ela nega novamente com a cabeça seguidas vezes. 

— É aí que você não entende... - Sua voz de choro ecoa alta pelo quarto. - Lembra dos amores que eu disse ter perdido? Foram os deles. - Ela ergue seu olhar para mim. - Eles me deixaram antes mesmo de morrer. - Minha respiração falha e fico de boca aberta. - Compreendi algum tempo atrás de que minha loucura já havia chegado antes da morte de cada um deles. Porque eles me deixaram. Carinho, felicidade, amor... Eu perdi tudo isso de uma vez só. - A última frase sai em um sussurro muito baixo e ela enterra o rosto em meu peito de novo. 

Fiquei olhando para a parede tentando segurar o choro. Sim, eu queria chora por ela, por todo o sofrimento dela. ________ não merecia isso. Os pensamentos que eu tinha de sua família e de todos à sua volta... Simplesmente sumiu. Tive certeza de que aquela menina carinhosa, que parecia ser um anjo e que era tão gentil, não recebeu as mesmas coisas do mesmo jeito pelas pessoas. Mas por que? Qual o motivo? ________ parecia ser tão inofensiva, mesmo em sua condição atual, parece que era tão pura antes de chegar ao manicômio... 

—++++— 

________ dormiu assim que a levei para a cama, e estava assim por meia hora, sem qualquer reação diferente. Tive de conversar com o responsável pelos remédios dela, precisávamos revisar os medicamentos e suas quantidades, pra mim aquilo não estava resolvendo nada. No fim, as medidas acabaram ficando iguais, já que um contrato foi assinado por uma bancada dos psiquiatras mais importantes do manicômio, ou seja, nunca que eu iria conseguir mudar isso, o que é uma pena. 

Depois de repassar os turnos de cada guarda para vigiar ________, todos me deixaram com minha paciente à sós, o que foi bom, não gosto que pessoas fiquem me olhando enquanto observo coisas. No caso, minha paciente seria uma dessas coisas agora. Me sento na poltrona ao lado de sua cama, vendo seu rosto calmo e sereno que estava descansando. 

— Ah, ________, você realmente não merece isso... - Acaricio sua bochecha e a vejo sorrir, um daqueles sorrisos impossíveis de conseguir. 

— Obrigada, senhor lindo Park Jimin. - Ela sussurra, porém continua adormecida. Acabei me assustando. Fico a encarando para ver se abriria os olhos, porém ela pareceu dormir mais pesado ainda. 

— Acho que você está muito cansada... - Guardo uma mecha de cabelo atrás de sua orelha e ela sorri de novo, da mesma forma. - Pode dormir, querida, não perca tempo pra sorrir pra mim. - Tiro minha mão dela e estralo meus dedos com cuidado para que ela não acordasse. 

— Eu tenho o tempo do mundo inteiro pra sorrir pra você, senhor lindo Park Jimin. - Paro o que estava fazendo e a encaro. - Você não é nenhuma perca de tempo, e sim a melhor ganha de tempo que eu poderia ter. - Minhas bochechas começam a esquentar e meus olhos se arregalam. 

— ________... Por que você me diz essas coisas? - Molho os lábios e ela se mexe um pouco na cama, mas não acorda. - Ainda não entendendo como é tão carinhosa para um simples psiquiatra. - Ela suspira e coloca a mão na frente do rosto, o que abafa sua voz e mesmo assim consigo entender. 

— Você não é um simples psiquiatra... Você é o psiquiatra que está mudando minha vida. - Não sei o motivo, mas meu coração parece começar a amolecer um pouco com as palavras dela. - Eu realmente quero parar de ser assim, mas elas pedem pra eu continuar desse jeitinho... - Arregalo os olhos. Ela quer mudar? Por mim? - Mas pode deixar, eu estou conversando com elas para que eu mude e eu viva feliz para sempre com você, senhor lindo Park Jimin. Até porque, acho que eu nunca iria querer outra pessoa sem ser você... - Fico de queixo caído. Isso... Isso foi uma declaração? Ela está gostando de mim, mais que um simples amigo? 

— ________... Você está dormindo, não sabe o que está dizendo... - Ela nega com a cabeça lentamente e sorri de canto.  

— Eu sei exatamente o que estou dizendo. Sabe, eu não queria te contar... Mas quando eu acordei gritando hoje... Foi por sua causa. - Minha expressão se triplica, e meu coração parece estar em pedaços. Eu queria tanto segurá-la em meus braços, acariciar seus cabelos... Mas eu precisava me manter em serviço, eu estava em horário de trabalho, não podia fazer qualquer coisa que não fosse trabalhar. - Eu sonhei que... Que você tinha ido embora. Que alguém tinha te matado. Quer dizer... Eu sonhei que estava matando alguém, se não me engano era o senhor Seokjin, mas quando eu olhei direito... Era você. - Molho os lábios e volto a acariciar sua face. - Promete pra mim que nunca vai me deixar? - Mordo o lábio para não chorar. 

— Prometo... - Ela sorri fracamente e coloca sua mão sobre a minha, acariciando meu dedão. Uma onda elétrica passa por todo o meu corpo e me sinto desconectado de mim mesmo. O que foi isso que acabou de acontecer? 

— Quando é que você vai me beijar? - Minha respiração falha e sou puxado pelo pulso por ________, me deixando à milímetros de distância de seus lábios. A olhando desse jeito me fez ter maldito pensamento de tomar aqueles lábios com os meus, porém eu não podia, em hipótese alguma. - Elas me disseram que você me ama do mesmo jeito que eu te amo... - Minha mente começa a se esvaziar e a boca de ________ é a única coisa que consigo pensar. - É verdade? - Abro a boca, porém não consigo responder. 

— Bom... Eu gosto de você, mas não sei se seria algo concreto ainda. - Assim que percebo o que falei, cubro minha boca com uma das mãos e me distancio de ________ rapidamente. 

— Tudo bem... É um começo, certo? - Sorriu de canto. Mesmo dormindo, ela continuava engraçada. Levo meu olhar para o relógio de pulso e vejo que estava na hora de ir. Me aproximo de ________ e beijo sua testa lentamente, não querendo sair de lá. Assim que chego perto da porta, a mesma se vira de costas e começa a sussurrar na melodia que há muito eu não ouvia. - Pela primeira vez fui trocada... Alguém ficou no meu lugar de pessoa mais aconchegada... Ele, tão inocente, foi caindo em sua jogada... E eu apenas fiquei mais isolada... - Fecho os olhos cansada de sentir o mesmo sofrimento que ________ sentia. 

Eu não quero mais isso... Porém não tem mais uma forma de sair, ________ faz parte de minha vida agora. E, ultimamente, está se tornando uma das pessoas mais importantes para mim.


Notas Finais


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