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História Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Just One Day pt. 1


Escrita por: DoubleLover

Notas do Autor


Visualizadores, me desculpem mesmo por ter atrasado a atualização deste final de semana, mas eu tenho explicações plausíveis para isso!

Eu sou um ser humano movido pelo Wi-Fi, portanto, quase nunca tenho crédito. Nessa virada do ano, eu e minha família viemos para uma casa de praia (que por azar do destino, não possuía Wi-Fi 😞). Então, eu tive que passar três dolorosos dias sem internet, nem mesmo mandei mensagens de Feliz Ano Novo para os amigos! Mas depois de convencer minha mãe, consegui R$ 20,00 de crédito e vim fazer imediatamente o que?! Exatamente! Postar mais um capítulo para vocês! 😆

Feliz Ano Novo! Que todos vocês tenham um ótimo ano, que este venha com muita riqueza, saúde, amor, ternura, muita mordomia, muita simpatia e que vocês apreciem cada vez mais com moderação! 😚
~Darkness

Capítulo 12 - Just One Day pt. 1


Fanfic / Fanfiction Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Just One Day pt. 1

Namjoon

De novo brincando com a mesma navalha, os movimentos ficavam cada vez mais repetitivos e monótonos, eu precisava fazer algo naquele lugar ou iria enlouquecer!

Joguei a navalha para longe e me levantei da cadeira, esfregando as mãos nos cabelos freneticamente e grunhindo alto por pensar tais merdas que pareciam chiclete no meu cérebro. 

Maldito Jung Hoseok! 

Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi a porta abrir-se e a imagem de Min Yoongi se fazer presente em minha frente.

- O que foi agora? - perguntei, num tom de pura ignorância.

- Senhor, temos um problema. - disse Yoongi e eu pude notar sua preocupação, quase nula, mas perceptível.

Algo estava muito errado ali.

- E quando não temos? - fiz a pergunta retórica e peguei o copo de uísque em cima de minha mesa, levando a borda do copo aos lábios sucessivamente. - O que aconteceu?

- Jung Hoseok. - disse, simplista, e abaixou a cabeça. 

Me virei bruscamente para ele, com um olhar que, com certeza, se matasse já teria cortado Yoongi em pedaços. Pus o copo de uísque de volta em cima da mesa e me aproximei dele rapidamente. 

- O que aconteceu com o garoto?! Me conta, agora! - berrei, apertando os braços de Yoongi com força, assustando-o.

- E-Estávamos fazendo a quarta experiência semanal, mas houve um descuido vindo de minha parte e... Hoseok está doente. - disse Yoongi, suspirando em frustração. 

- Doente?! Que tipo de doença?! - perguntei, balançando-o pelos braços como se fosse um boneco de pano rasgado.

- É-É uma doença comum, rara, mas comum, acalme-se! Contudo, me pediu para lhe avisar sobre qualquer mudança, então... - disse Yoongi, segurando minhas mãos trêmulas e afastando-as de si. - Fique calmo, Senhor!

- Me leve até ele. - murmurei e peguei minha navalha no canto da sala, me após virando para um Yoongi completamente paralisado e espantado. Ah! Inútil! - Agora!

- Tá! Tá! Tá bom! Vamos! - gaguejou, abrindo a porta para mim. - Ele está na sala quatro.

Corri até a quarta sala do corredor e abri a porta rapidamente, quando adentrei aquele imenso cômodo, procurei por Hoseok pelos leitos. 

Observei todos os corpos usados para experimentos humanos financiados pela Mariana's Web. Algumas pessoas, ainda com vida, gemiam e balbuciavam por ajuda, aquele sala quatro era fria, fétida e, minimamente, nojenta.

- Hoseok! - berrei, passando os olhos rapidamente pelos leitos, tentando reconhecer o garoto de cabelos castanhos. - Hoseok!

- Aaah! - ouvi seu gemido abafado vindo do último leito, ele não estava sozinho, Jeongguk estava com ele.

Corri até o lugar onde ele estava e afastei a cortina que cobria seu leito bruscamente, ele estava mais deplorável que normalmente. Sua pele pálida, pela anemia, estava mais branca que um papel e seus lábios mais secos que uma terra estéril.

Era visível que ele estava instável.

Jeongguk desviou o olhar para mim rapidamente quando cheguei, tirou as luvas ensanguentadas com as mãos trêmulas e as jogou no lixo. Sua expressão era de puro horror e susto. Ele se retirou, sem me dizer nada, e saiu correndo de lá.

Olhei para Hoseok, que balbuciava coisas inaudíveis e tremia os lábios a cada momento. Sua pele estava banhada de suor, assim como seus cabelos, e a presença de roupas em seu corpo me fez ficar decepcionado. 

Me aproximei dele e sentei-me ao seu lado. Eu não sabia o que dizer, na verdade achava que nada precisava ser dito. Incrivelmente, a imagem de sua tortura fez meu coração se apertar um pouco e, por algum motivo, eu não quis vê-lo naquele estado.

Yoongi chegou logo depois, ofegante, quase caiu ao segurar na barra de ferro que segurava as cortinas. Ele olhava para Hoseok e para mim alternativamente, como se fôssemos alienígenas. 

- O que ele tem? - perguntei, num murmúrio audível. 

- Varíola. - disse ele, pondo as luvas. - As bolhas começarão a aparecer em alguns dias, mas acho que não é tão grave, temos remédios para tratar isso.

- Como? Por quê? - perguntei, tropeçando nas palavras sem querer.

Olhei para Yoongi e este me olhava assombrado, ele nunca me vira preocupado com alguém - e nos conhecíamos há bastante tempo -, nem mesmo eu sabia que podia me preocupar com alguém.

- Realizamos o quarto teste tirando um pouco de sangue da área do rádio, que fica no cérebro. Mas acho que afetei uma veia que não devia. - disse Yoongi, pegando o estetoscópio. - O coração dele bate mais forte que o normal.

Arregalei os olhos e pensei por um momento se era por minha causa.

Não seja tolo, Namjoon! - pensei.

- Temos sangue. - murmurei para Yoongi, que me olhou com o cenho franzido. - Temos sangue aqui, não temos?!

- Sim... Nós temos, mas acho que não temos o sangue específico ao dele, se estiver sugerindo uma transfusão, Senhor. - disse Yoongi e eu revirei os olhos.

- Então tente o sangue mais próximo ao dele que houver. Depois encomende mais sangue e pacotes que sejam correspondentes ao dele! - disse, passando uma toalha molhada pelo rosto de Hoseok.

- E depois? - perguntou Yoongi, curioso com minhas atitudes.

- Lhe dê roupas limpas e leve-o para o meu quarto. - eu disse e levantei um pouco a camisa de Hoseok para passar a toalha por sua barriga. Ah... Que abdômen perfeito. Desviei o olhar para um Yoongi boquiaberto. - Não ouviu o que eu disse?

- Ouvi sim, Senhor! Vou providenciar tudo! - disse Yoongi, saindo correndo de lá. 

- Você vai ficar bom. - eu disse e sorri fraco, na intenção de encorajar Hoseok, mesmo que ele não estivesse me ouvindo - ou olhando. - Pelo menos por um tempo.

- Não... Não tem que fazer isso... - Hoseok disse e virou a cabeça para o lado, respirando muito fundo, como se implorasse para que o ar entrasse em seus pulmões.

Lembrei de quando ele disse aquilo outrora, quando tínhamos transado pela primeira vez, quando estimulei a chegada de seu ápice com um simples toque.

- Calado, Hoseok. - eu disse, simplista, passando a toalha por seu pescoço.

- O que você quer... de mim? - perguntou Hoseok, num murmúrio manhoso. Ele não parava de se contorcer na maca. - Eu já não te dei... todo o meu sangue?

- Não todo, mas o suficiente por agora. - eu disse, torcendo a toalha encharcada pelo suor de Hoseok.

- Então?

Me aproximei do ouvido de Hoseok e, em meu tom mais gentil, sussurrei em seu ouvido:

- Quero ver as suas lágrimas quando eu entrar em você com força. Te sentir banhado de suor depois de muito tempo transando. Quero ter isso por muito tempo, até finalmente estar completo.

Ele arregalou os olhos pra mim e se contorceu mais forte, tentando soltar-se das algemas que prendiam seus braços à maca. 

- Nunca mais vai... encostar em mim. Não... daquele jeito. - ele disse, pausadamente, num tom sôfrego.

- Encostarei em você quantas vezes me der vontade e, eu tenho certeza, você também vai querer ser encostado por mim. - sussurrei a última parte, antes de Yoongi chegar e cortar todo o clima. 

- Na sala cinco tudo está preparado para a transfusão. - disse Yoongi, levando a maca de Hoseok para fora daquela grande sala.

Não demorou muito e já estávamos na quinta sala do corredor, Hoseok possuía duas agulhas nas veias de ambos os braços, ele parecia adormecido, mas estava apenas drogado.

Jeongguk era como um assistente para Yoongi, fazia tudo o que o mesmo mandava sem pestanejar e observava a tudo com bastante atenção, aprendendo, enquanto eu apenas estava sentado no chão da sala.

- Quanto tempo acha que vai demorar? - perguntei a Yoongi, apreensivo. 

- Umas quatro horas. Acho melhor esperar lá fora. - pediu Yoongi e eu suspirei, saindo do cômodo. 



[...]



Me levantei rapidamente quando Yoongi saiu da quinta sala - eu fiquei sentado ao lado da porta o tempo todo. Eu não preguei os olhos por mais de quatro horas, a apreensão não deixaria, de qualquer maneira. Eu só precisava saber do estado de Hoseok.

- Se acalme, ele está bem. Já dei todos os antibióticos existentes para a aceitação do corpo com o novo sangue. Jeongguk já fez a encomenda. Agora ele está tomando um soro com alguns nutrientes para seu corpo se fortificar e aceitar o sangue com mais rapidez. - disse Yoongi, retorcendo as luvas em suas mãos.

- Eu posso vê-lo? - perguntei, ansioso. 

Yoongi arregalou os olhos, surpreso, e ficou completamente paralisado - novamente. Fez menção de falar muitas vezes, mas fechou a boca logo em seguida. 

- E-Ele está dorm-mindo. - Yoongi gaguejou e eu revirei os olhos.

- Contudo, me deixe entrar? - pedi e Yoongi saiu de meu caminho, ainda com aquela mesma cara de abobado.

Hoseok dormia tranquilamente na maca de metal. Sua aparência até que era um pouco melhor; a cor rosada voltara a seus lábios e o tom de sua pele escureceu mais. Respirei aliviado e me aproximei dele.

Era incrível que, em um ambiente como aquele, Hoseok ainda conseguia ter sua incrível aparência angelical. Alguma coisa nele me fazia querer protegê-lo, alguma coisa nele me desarmava, e esse tipo de coisa era absolutamente perigoso.

- Hmm... Taeyoon? - Hoseok abrira os olhos lentamente e se contorceu na maca.

- Acorde. - disse, ríspido. - Vamos, acorde.

Ele abriu os olhos, falhou as pálpebras por alguns momentos ao tentar se acostumar com a luz forte, mas aos poucos deixou suas pupilas serem dilatadas e virarem-se para mim.

- O que aconteceu? - perguntou, num murmúrio quase inaudível.

- Você apagou por umas quatro horas. É tudo o que precisa saber. - eu disse e me levantei, me dirigindo até a pia daquela sala.

- E você... - ele parou e sua pele adquiriu um tom rubro. - ...encostou em mim?

- Eu não curto necrofilia, Hoseok. - eu disse e ri baixo, passando uma toalha molhada por seu rosto. - Você tem que comer.

- Tenho! - disse, animado, tentando se levantar, mas eu o empurrei bruscamente pelos ombros, fazendo suas costas irem de encontro a maca novamente.

- Agora não! - vociferei e ele se encolheu.

Esperei Yoongi chegar por mais de meia hora, Hoseok olhava para qualquer lugar, menos para o meu rosto e, de uma maneira estranha, aquilo me excitava.

- Então... - ele se pronunciou e eu desviei meu olhar para ele. - ...Quem teve a idéia da Cicada 3301?

- O Coelho, o cara que estava com você na sala quatro. - eu disse e voltei a olhar para o teto. - Ele adora enigmas, por isso criou aquele teste.

- E quem teve a idéia de recrutar pessoas? - perguntou Hoseok e eu sorri maliciosamente. 

- Eu. - eu disse e voltei a olhar para cima.

- Por quê? - perguntou ele, após alguns segundos em silêncio. 

- Você não acha que faz muitas perguntas, garoto? - o encarei bem de perto e ele engoliu em seco.

- Eu n-não pensei em nada mais interessante p-pra fazer. - disse ele, desviando seu olhar do meu vez ou outra para meus lábios. 

Não me contive e passei a língua por cima de seus lábios uma única vez. Aquilo fora o suficiente para certas partes de meu corpo acordarem. Seus olhos estavam mais abertos que o normal e seu espanto era evidente. Gostei.

Porém, todo aquele clima erótico sumiu de repente quando Jeongguk entrou na sala, de cabeça baixa.

- Tudo pronto, Senhor. - disse ele e se aprontou atrás da maca de Hoseok, pronto para levá-lo ao meu quarto.

- Leve-o. - ordenei e Jeongguk o moveu para meu quarto após assentir uma vez. 

Depois de dois corredores atravessados, chegamos na porta de meu quarto. Eu mandei Jeongguk zarpar e me importunar apenas quando os pacotes de sangue de Hoseok chegassem. Eu não queria ser incomodado. 

O tirei da maca e o pus sobre meu ombro, ele não estava mais com a injeção de soro em sua veia. Mal percebi que sua nádega estava muito próxima ao meu rosto. 

Nem tinha percebido que lhe dei um tapa lá, fazendo-o se mover bruscamente sobre mim

- Ei! Você nem tente nada, não! Eu juro que te dou um soco! - ele disse e eu o joguei em minha cama.

Que visão perfeita. Ele na minha cama.

- Abra a boca. - mandei e ele franziu o cenho.

- Para quê? - perguntou e eu revirei os olhos. 

- Anda logo, Hoseok! - ele fechou os olhos e abriu a boca.

Havia uma taça cheia de morangos e outra cheia de chocolate ali - Hoseok tampouco percebera -, pois eu tinha pedido para Yoongi preparar as mais gostosas guloseimas e os alimentos mais nutritivos para ajudar na recuperação de Hoseok. Gostei muito da idéia de ter morango e chocolate ali. 

Eu mergulhei um morango na taça de chocolate e o pus na boca de Hoseok, que estranhou de início, mas depois mastigou a fruta e jogou a cabeça pra trás, sorrindo. 

- Ahhh! Que delícia! - ele disse e abriu a boca de novo. - Quero mais um!

Eu mergulhei outro morango no chocolate e o pus em sua boca, o processo se repetiu e ele abriu a boca novamente, porém, ao invés de pôr apenas o morango banhado de chocolate em sua boca, eu coloquei o morango em minha própria boca e aproximei-me dele.

Hoseok estava tão disperso com o sabor do chocolate que ao menos se deu ao trabalho de abrir os olhos, apenas mordeu o morango com gosto e acabou encostando seus lábios nos meus brevemente, mas eu não queria que aquilo fosse breve, portanto, segurei sua nuca e o aproximei mais, iniciando um beijo brusco e intenso.

O beijo começou um pouco desengonçado, mas depois que Hoseok não demonstrou mais resistência, ele passou a retribuir o beijo de uma maneira própria, o que me deixou muito ligado. 

Mas não seria tão rápido desta vez. 

- Você não estava com fome? - perguntei retóricamente e estendi um prato com sanduíches com vários recheios em sua frente.

Ele sorriu fraco e pegou o prato, sorri de maneira quase imperceptível quando vi suas bochechas mudarem de tonalidade para um vermelho mais evidente. Tão fofo.

Ele mordeu o primeiro sanduíche e liberou uma interjeição de satisfação. Ele passou a abocanhar o sanduíche com mais desespero e eu o tomei de suas mãos, assombrado. 

- A comida não vai fugir do seu prato, coma devagar! - eu disse e lhe devolvi o sanduíche, que ele tirou de minhas mãos bruscamente.

- Estou há três dias sem comer, não me diga o que fazer! - vociferou e pegou outro sanduíche, enchendo a sua boca de ambos os sabores. Depois ele abriu a boca cheia para mim e disse, com dificuldade: - Olha que coisa deliciosa!

- Hoseok! - o repreendi e peguei um sanduíche para mim. Abocanhei o mesmo e de pronto reconheci o sabor. Queijo.

Hoseok bebeu uma grande quantidade de refrigerante até se engasgar, me fazendo rir. Ele bateu no próprio peito, tossindo muito, e eu lhe estendi um guardanapo. 

- Viu o que dá comer desesperado?! - mordi meu próprio sanduíche de novo e ele se recompôs.

- Sanduíche de presunto e queijo. - ele disse e mordeu seu sanduíche numa incrível calmaria. Nem parecia que há alguns segundos atrás estava, praticamente, engolindo o sanduíche.

- O que tem? - perguntei, bebendo do mesmo refrigerante que ele. 

- Nada. - ele disse, desviando o olhar do meu.

- Desembucha, Hoseok. Eu não vou te engolir. - eu disse, revirando os olhos.

- É que... - ele suspirou e bebeu mais do refrigerante, receoso. - ...Taeyoon e eu costumávamos comer bastante este tipo de sanduíche. 

- Sua irmã? - perguntei e ele assentiu. - Quantos anos ela tem?

- Agora, ela deve estar com seus vinte anos de idade. - disse ele, suas mãos começaram a tremer. - Eu acho que ela não lembra mais de mim.

Hoseok soluçou e meu coração ficou apertado. A irmã era a única esperança que ele tinha de sair dali e eu passei a enxergar aquilo com mais clareza. 

Pobre Hoseok. Mal sabia ele que a irmã passava horas de seu dia apenas à procura de pistas para encontrá-lo. E ele também não sabia que, com apenas um nome, eu descobri todo o seu passado - e o de sua irmã. 

- Eu... não consigo sentir muito. - disse e Hoseok riu, deixando duas lágrimas escaparem e voltando sua atenção ao sanduíche. 

- Não precisa. - murmurou, secando as poucas lágrimas que saíram de seus olhos.

- Como você se sente? - perguntei e ele deu de ombros. 

- Isso não importa. - disse ele e largou o sanduíche em cima do prato.

- Pra mim importa. - eu disse e ele me encarou. Surpreso ou espantado? Eu não sabia responder.

- Por que está fazendo isso? O que você quer? - ele perguntou, pela segunda vez.

- Se eu soubesse te responder, garanto que usaria as melhores palavras para explicar o porquê de estar fazendo isso. - respondi e relaxei a postura. - Mas eu apenas... sinto que devo.

- Está com pena de mim? - ele perguntou, me olhando fixamente. 

Aquilo me deixava desconfortável num nível desumano. 

- Não. - respondi, ríspido. 

- Você... gosta de mim? - perguntou, hesitante, mas corou ao fazer a pergunta.

Eu não tinha que responder àquilo.

Joguei o prato de sanduíche para o lado e o pressionei contra a cabeceira da cama violentamente, lhe arrancando um gemido de dor baixo.

- Eu quero seu corpo. - disse, dando um chupão em seu pescoço. - Por inteiro. 

- Não me toque! - ele se contorceu em baixo de mim, mas eu o estabilizei, ficando em cima dele.

- Fique quieto. - murmurei e me aproximei de seu pescoço, lambendo-o, e depois, de seu ouvido: - Apenas aproveite o que eu tenho para lhe proporcionar.

Selei nossos lábios num beijo violento, arrancando-lhe um prolongado grunhido. Eu passei minhas mãos por todo o seu corpo, buscando memorizar cada traço, cada detalhe daquela arte escultural.

- Namjoon... - ele disse entre o beijo. - Não faça isso...

- Eu sei que você também quer isso, Hoseok. - eu disse, separando nossos lábios. - Eu quero te pedir para esquecer tudo o que aconteceu entre nós durante esses dez anos.

- Ah! Impossível! - ele disse, rindo com desdém. 

- Apenas por hoje. - murmurei, aproximando meu rosto de seu pescoço. - Apenas hoje me chame pelo nome, apenas hoje toque meu corpo também. Apenas por hoje, faça de conta que somos duas pessoas normais fazendo sexo. 

- Eu não posso fazer isso... - ele disse, fechando os olhos lentamente, tentando resistir. - ...Isso é muito errado, eu odeio você...

- Apenas por hoje, não me odeie. Não estou pedindo para me amar, nem para gostar um pouco de mim, estou apenas pedindo para ceder completamente. - murmurei, segurando seus antebraços e inalando o perfume de sua pele. - Por favor. 

Hoseok arregalou os olhos com meu suplício, mas eu consegui ver no fundo de seus olhos que ele estava sedento por mim, assim como eu também estava por ele.

Ele fechou os olhos com força, como se estivesse escolhendo entre o certo e o errado. Depois grunhiu alto e me empurrou contra a cama, ficando por cima de mim, pegando-me desprevenido. Ele abocanhou meus lábios e iniciou um beijo selvagem. Ah! Aquele garoto queria me deixar louco!

Ele fez uma trilha de beijos pelo meu queixo e chegou em meu pescoço, onde lambeu cada parte dele. Eu não me contive e grunhi, apertando suas nádegas com força e as pressionando contra minha cintura. Hoseok gemeu.

- Namjoon... - ele murmurou rouco em meu ouvido e aquilo me deixou simplesmente maluco.

Aquilo serviu apenas de incentivo para eu tomar controle da situação, e eu o fiz.

O girei na cama, ficando por cima dele, e segurei na barra de sua camisa, tirando aquela peça inútil de minha visão. Observei seu abdômen definido por instantes incontáveis, desejando muito ter aquilo encostando em mim. Ah, tão lindo.

- Pare de me olhar assim! - Hoseok resmungou, cobrindo o rosto com as mãos.

Sua timidez me fez rir um pouco, eu segurei seus pulsos e tentei tirar suas mãos de lá, mas Hoseok resistia como uma criança birrenta.

- Hoseok, não cubra os olhos. - pedi, num tom divertido. - Vamos, olhe para mim.

- Não! Eu não quero! - ele disse, manhoso.

- Não se esconda de mim. - eu disse, finalmente tirando suas mãos de seus olhos. - Hoseok, você é lindo, realmente muito lindo, e eu me sinto incrivelmente estranho por ter essa beleza apenas para mim por agora.

- Pare de dizer essas coisas! - resmungou, cobrindo os olhos novamente. 

- Hoseok, olhe para mim. Não há motivos para ficar assim, sou apenas eu. - eu disse, dando de ombros.

- Mas é por isso mesmo, Namjoon... - ele fez uma pausa curta e depois descobriu os olhos novamente. - ...Porque é você. 

Raciocínio? Se foi, absolutamente. As palavras de Hoseok fizeram algo dentro de mim rachar, eu poderia escutar ele falando aquilo por mais de mil vezes e a sensação estranha continuaria dentro de mim.

Todas as idéias que eu tinha para com o corpo de Hoseok se esvaíram completamente quando ele deixou aquelas palavras se libertarem de seus róseos lábios. E como eu queria beijá-los.

Lentamente, puxei sua nuca para perto de mim, seu olhar permanecia baixo o tempo inteiro, ele estava acanhado. Mas num breve instante, nossos olhares se cruzaram, ambos ficaram tão fixos que meu coração se pôs a bater mais rápido que anteriormente. 

Não me contive e abocanhei seus lábios com toda a vontade que meu corpo possuía. Hoseok não resistiu, correspondeu de imediato e cedeu quando lhe pedi passagem com a língua.

Como se já não bastasse todo aquele misto de sentimentos assustadores estarem brincando de pular sem parar em meu interior, timidamente, Hoseok segurou em meus ombros, sua pele macia se chocou contra a pele de meu pescoço repentinamente, fazendo-me ficar ainda mais arrepiado que antes.

Passei a beijá-lo com mais força e necessidade, não tinha mais nem uma importância, eu não podia parar de beijar seus lábios, não podia parar de tocá-lo, não naquele momento.

Hoseok encostou na barra de minha camisa, hesitante, e puxou-a levemente, dando-me sinal de que aquilo atrapalhava nossos planos. Sorri entre o beijo e puxei a camisa pela gola, jogando-a para qualquer canto do quarto. 

Hoseok olhou, deslumbrado, para meu corpo e mordeu o lábio inferior de maneira quase imperceptível. Ah! Ele queria mesmo me enlouquecer! 

Agarrei-me ao seu corpo e mordi seu lábio inferior repentinamente, ele grunhiu baixo e arranhou minhas costas com suas curtas unhas. Aquilo estava indo muito bem.

Espalhei chupões por sua pele desnuda e sorri ao vê-lo tão vulnerável diante de minhas mãos, ele podia se desfazer a qualquer momento e aquilo me deixava deveras satisfeito. 

Quando ambos estávamos nus, apenas nos tocávamos, trocando carícias e beijos, sentíamos necessidade um pela pele do outro. Eu nunca tinha feito aquilo, mas estava sendo muito bom - e eu não pretendia parar.

Toques em certos lugares deixaram meu corpo quente, o que me fez ter uma idéia. 

- Hoseok. - chamei e o mesmo desviou o olhar para mim. - Ajoelhe-se.

Sem hesitação, Hoseok se ajoelhou no chão e se encolheu um pouco. Ele ainda não tinha se acostumado com a idéia de ficar nu para alguém, mas estava nu para mim e aquilo era uma realização.

- Abra a boca. - mandei. Hoseok não era bobo, ele olhou para meu membro e fechou os olhos com força, abrindo a boca depois. Era mesmo melhor que permanecesse de olhos cerrados. 

Aproximei meu membro de sua boca, timidamente, Hoseok pôs a língua para fora, encostando repentinamente em minha glande.

Boom.

Sem delongas, mandei metade de meu membro para dentro de sua boca, gemendo baixo ao me sentir acolhido por sua boca úmida e quente. Hoseok apertou seus finos lábios em volta de mim, desviando o seu olhar para o meu no mesmo instante.

Boom.

Agarrei os cabelos de sua nuca e passei a mover minha cintura rapidamente para dentro de sua boca. A sensação era avassaladora. Quando meu membro atingiu com toda força sua garganta, pequenas lágrimas escaparam de seus olhos, eu estaria mentindo se dissesse que senti pena.

Por Deus, eu não senti nem um pouco.

- Você fica tão sexy chupando ele desse jeito... - eu disse, num tom manhoso, pressionando meu membro contra a parede de sua boca. - Não se importa se eu gozar dentro dessa sua boquinha linda, não é?

Hoseok fechou os olhos e tocou a base de meu membro, ganhando forças para tirá-lo de dentro de sua boca, ao fazer isso tossiu forte, olhou para mim com a língua para fora e um olhar safado.

Ah, ele não tem idéia do que fez.

- Não vou ser cuidadoso se continuar me provocando assim. - grunhi, levantando-o pelos próprios cabelos.

- Eu pedi nada. - disse ele, num sussurro sexy.

- Então peça. O que você quer? - perguntei, bem baixinho, ao pé de seu ouvido.

- Você. Agora. - sussurrou e eu não aguentei mais.

Virei-o bruscamente contra a cama e agarrei sua cintura, aproximei meu membro de sua entrada e parei quando estava quase o penetrando.

- Você quer isso mesmo, Hoseok? - perguntei, em tom sensual, provocando-o.

- Eu já disse... - murmurou, tímido, se contorcendo diante de mim.

Namjoon, seja forte! - pensei.

- Implore. - pedi, beijando e mordendo suas costas. - Implore por mim. 

- Namjoon... Me foda, agora! - pediu e afundou o rosto no travesseiro. 

- Como quiser. - eu disse, risonho, e me pus dentro dele.

Ele levantou a cabeça bruscamente e gemeu alto. Eu ainda não estava me movendo dentro dele, esperava que se acostumasse.

Hoseok apertou os lençóis da cama e choramingou, levei aquilo como um incentivo para que eu fosse mais forte dentro dele de uma vez, e eu o fiz.

Perdi a conta das estocadas, pois todas estavam indo uma atrás da outra - a seguinte atropelando a anterior. Os gemidos de Hoseok eram baixos, roucos e muito, muito excitantes. Naquele momento, não me importei se ele sentia dor, me importei apenas em tê-lo me envolvendo de maneira tão quente - e apertada. 

Reparei cada movimento seu. Percebi que depois de algum tempo naquela velocidade frenética, Hoseok começara a apertar os lençóis da cama com mais força, como se estivesse perto de terminar o que começamos. Mas eu iria prolongar aquilo até onde desse.

- Namjoon... Mais rápido, por favor... - Hoseok choramingou quando eu passei a ir com lentidão, rebolando dentro dele. Ele afundou o rosto no travesseiro novamente.

- Você vai sentir cada parte minha. Eu quero ouvir você gemer nos tons mais necessitados existentes. E apenas quando eu sentir você arranhando minhas costas pelo prazer de me sentir te fodendo rápido e com força, eu vou voltar ao início, com muita lentidão. Apenas para que fique louco. - murmurei, com desejo, bem próximo ao seu ouvido.

Saí de dentro de Hoseok, recebendo um grunhido de reprovação. Virei-o, deixando-o de barriga para cima, assim eu poderia ter a visão privilegiada de seu torso delicioso. 

Me pus dentro dele com força, sem piedade. Hoseok gemeu arrastado e envolveu meu pescoço com seus braços aos poucos. Dei estocadas lentas e fortes, uma mais duradoura que a outra, podia ouvir os gemidos baixos de Hoseok perto de meu ouvido.

Implore. - pensei.

- Namjoon... Por favor, eu quero mais... - Hoseok pediu, arranhando meus braços. 

Empurrei seu tórax para trás, cortando o contato de seus braços com minha pele de imediato, e agarrei a divisão de suas pernas, me pondo cada vez mais fundo em Jung Hoseok.

Ele não gemia mais, ele gritava, implorava por mim dentro dele, e cada vez mais eu ia. Meu nome saía em balbucio de seus lábios, seus dedos se entortavam com frequência contra os lençóis da cama enquanto breves espasmos lhe dominavam e, quando estes lhe causavam impulsos, ele aproximava o rosto do meu e não me deixava olhar sua expressão. 

Parei de ser veloz aos poucos e comecei a rebolar dentro dele novamente, ele jogou a cabeça para trás e se abriu cada vez mais para mim. 

Eu quero que ele rebole em cima de mim. - pensei.

Com cuidado, saí de dentro dele, que resmungou em desaprovação e virou a cabeça para o lado, corado. Peguei-o pela cintura e me deitei na cama, pondo-o sobre mim. Com ele por cima de mim, sua entrada ficava mais inacessível e profunda, o que me arrancou um grunhido baixo.

- Mova-se. - mandei e segurei firmemente em suas nádegas.

Hoseok apoiou as mãos nas próprias coxas e se moveu, calmamente, de cima para baixo, repetindo o mesmo processo com lentidão. Fazia tudo aquilo vagarosamente, porém, eu me movia em baixo dele - o que lhe causava mais espasmos - e pressionava suas nádegas cada vez mais contra mim, apenas para conseguir mais contato. 

Eu estava sendo movido pelo desejo, nem percebi quando estava segurando o membro dele com firmeza, estimulando-o. 

- Ah... Namjoon... - Hoseok gemeu rouco, apoiando as mãos em meu peito repentinamente, movendo-as por meu torso até chegarem em meu abdômen e arranhá-lo. Elas estavam trêmulas e suadas.

- Repete. - mandei e Hoseok jogou a cabeça para trás, um pouco de suor transbordou de suas madeixas castanhas, a luz do ambiente permitia-me ver e sentir cada parte de sua pele cálida. Meu. - O meu nome, repita-o.

- Kim Namjoon. - Hoseok repetiu, sensualmente, e foi o suficiente para que eu começasse a tomar controle da situação.

Movimentei-me forte e rapidamente em baixo dele, fazendo-o desequilibrar-se brevemente e cair um pouco para frente, mas logo ele se recompôs e gemeu com mais intensidade.

Eu não parava de estimulá-lo de maneira firme e desleixada, o seu pulsar ficava cada vez mais forte perante meu toque, não demorou muito e eu ouvi o urro estridente de Hoseok anunciar seu orgasmo.

- Namjoon! - berrou e se jogou para frente, se desfazendo em minhas mãos.

Incrivelmente, eu também havia me desfeito dentro dele, ao mesmo tempo. Uau, eu nunca imaginei isso! A sensação tinha sido melhor em dobro!

Depois de ele já se encontrar ao meu lado, calado, com a respiração e os batimentos cardíacos calmos, eu me sentei na cama e comecei a vestir as roupas. Hoseok olhou para mim, desentendido, e se sentou na cama.

- Fique deitado. - eu disse, numa voz melodiosa. - Eu não vou embora. 

E realmente não iria, pretendia ficar perto dele até seu sono chegar e suas pálpebras pesadas finalmente se cerrarem. E novamente, eu não sabia porquê.

- Se você tiver que ir... - eu o interrompi, beijando-o de surpresa. 

- Para onde mais eu iria querer ir? - foi uma pergunta retórica, que Hoseok compreendeu e não respondeu. 

Ele cobriu-se dos pés à cabeça e suspirou, eu tirei o cobertor de sua cabeça e olhei-o nos olhos. Sua timidez era realmente fofa.

- Durma. Eu prometo que estarei aqui quando abrir os olhos. - disse e acariciei seus cabelos. 

Como eu consigo ser extremamente meloso? - pensei.

- Promete? - perguntou, com desdém na voz e no olhar.

- Sim. - disse, sério, e Hoseok abaixou o olhar. 

- Então deita comigo. - pediu, afastando-se de mim na cama para dar-me espaço. 

Hesitante, me deitei ao seu lado e permiti que ele se aninhasse em meu colo, como uma criança carente. Estava praticamente abraçando Hoseok.

Acariciei seus cabelos até minhas pálpebras ficarem pesadas e eu não ter mais forças para ficar acordado - ou ir embora quando Hoseok dormisse.

Naquela noite, eu não tive pesadelos, me senti seguro, e tudo aquilo soava tão cliché que eu sentia vontade de me esconder. 

Você me paga, Jung Hoseok.




Notas Finais


No meu bloco de notas deu 5115 fucking palavras, visualizadores! Eu nunca escrevi um capítulo tão longo! Mas vocês merecem 😉
Muito obrigada e até o próximo! 😚
~Darkness


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