1. Spirit Fanfics >
  2. Mariana's Web (EM CORREÇÃO) >
  3. Just One Day pt. 2

História Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Just One Day pt. 2


Escrita por: DoubleLover

Notas do Autor


Apreciem com moderação 😉
~Darkness

Capítulo 14 - Just One Day pt. 2


Fanfic / Fanfiction Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Just One Day pt. 2

Namjoon

Poderia sim me considerar um idiota por ficar observando um rapaz dormindo durante nove horas seguidas. A expressão de Hoseok era tão serena e tranquila, eu quis que nada atrapalhasse seu sono, portanto, fiquei vigiando qualquer coisa que pudesse interrompê-lo.

Não senti uma pitada de sono durante esse tempo todo, o que foi estranho, pois eu sempre estava com sono e entediado. 

Ah, Jung Hoseok, isso não vai ficar assim! - pensei, soltando um breve sorriso irônico. 

De vez em quando eu passava meus dedos pelas madeixas castanhas e macias de Hoseok, ele não acordava com movimento algum, o que era bom, pois estar ao lado de um Hoseok adormecido parecia um sonho muito bom.

A cada momento eu fico mais louco! - pensei, balançando a cabeça levemente para expulsar aqueles pensamentos estranhos. 

Inesperadamente, Hoseok contraiu o rosto numa leve carranca de dor e se contorceu com lentidão sobre a cama. Ele estava acordando.

- Aish... - Hoseok resmungou, se sentando lentamente sobre a cama, mas não pode realizar o movimento, pois pareceu ter sentido dor e caiu novamente sobre seus cotovelos. - Aaai!

- Sente dor? - perguntei, numa expressão preocupada. 

- O que você acha? - Hoseok olhou para mim com um olhar sarcástico. Lindo. - Você acabou comigo!

- Ah! Não deve ter sido tão ruim assim! - eu disse, me sentando. 

Hoseok me olhou com desdém e um pouco de raiva por não poder realizar o movimento que fiz.

Lamento, Hoseok, mas não sinto pena. Apenas pura satisfação.

- Diz isso porque não foi você o penetrado. - Hoseok murmurou e se jogou na cama novamente. - Eu não consigo! Está doendo demais!

- Sinto muito, Hoseok! - disse, tapando a boca para não deixar uma risada escapar. Sua situação era hilária! - Eu devia ter ido mais devagar.

- Eu sei que você não sente, e deveria, sim! - Hoseok mordeu o lábio, contraindo o rosto novamente. - Eu vou ficar bem, vai ficar tudo bem! 

- Isso mesmo! Seja otimista! - tentei encorajá-lo, mas sentia vontade apenas de rir.

- Ah, Kim Namjoon, não acredito que fez isso comigo! - Hoseok se sentou rapidamente, gemendo alto pelo movimento repentino. - Caralho! 

- Você está bem? - perguntei, segurando em seu tronco, tentando oferecer-lhe estabilidade.

- Estou sim! Claro que estou! Só parece que mil facas estão furando minha retaguarda! - Hoseok disse, suspirando fundo, como se fosse uma grávida. 

Não me contive, gargalhei descontroladamente! 

- Sinto muito! Desculpe! Eu vou parar. - eu disse, tentando manter uma expressão séria, mas não conseguia segurar por muito tempo e voltava a rir novamente. 

- Imbecil! - Hoseok bufou, franzindo o cenho em confusão logo após. 

- O que foi? - perguntei, também confuso. 

- Ficou acordado ao meu lado a noite inteira? - Hoseok perguntou com um olhar dividido entre desdém e surpresa. 

- Fiquei sim. - eu disse, abaixando a cabeça. 

O que era aquilo? Eu... estava corando?! Não era possível! Kim Namjoon nunca ficava corado! De onde surgiu essa vergonha?!

Tudo isso é culpa de Jung Hoseok! - pensei, um pouco envergonhado e irritado por dentro.

- Por quê? Por acaso pensou que eu fugiria? - perguntou Hoseok, soltando risada e parecendo já ter se acostumado àquela posição. 

- Você tentou fugir nos primeiros meses... - murmurei, sorrindo com as lembranças. 

- De fato. Mas as tentativas não deram muito certo, ninguém aceitava ser meu amigo para fazer uma rebelião. - Hoseok riu, nostálgico.

Era incrível que mesmo numa situação horrível, ele ainda conseguia manter o senso de humor. O que aquele garoto era afinal?

- Quando você se deu conta de que era inútil tentar escapar e que era meu, você finalmente parou. - eu disse, suspirando em pura nostalgia. 

- Epa, epa! Namjoon, eu não sou um objeto para ter dono. Eu não sou de você, nem de ninguém, nem nunca serei. - Hoseok disse, provocando uma sensação pouco latejante dentro de mim.

O que era aquilo? Por que fiquei tão sentido com suas palavras? Seus pensamentos não faziam diferença para mim, certo?

Errado. 

- Eu te dei sangue. Quando você estava à beira do penhasco, eu te puxei. Eu fiz a você tudo o que eu não faria para qualquer cobaia estúpida que exista aqui. - eu disse, com certa ira, antes de pronunciar com a voz completamente firme: - Você é meu.

- Não. Eu não sou. - Hoseok disse com a voz tão firme quanto a minha, mas sem me encarar.

- Você me estima, né? - perguntei, me levantando da cama e me aproximando dele. 

O que estava acontecendo comigo? Não conseguia controlar meus movimentos!

- Namjoon... - ele ia tentar falar, mas eu o interrompi. 

- Você gosta de mim, certo? Nem que seja apenas um pouco? - perguntei, esperançoso. 

Que espécie de pergunta era aquela?! Eu achava que não fazia diferença para mim, de qualquer maneira. Mas tudo saía automaticamente, eu não conseguia me conter.

Eu estava... seguindo meu coração? Não! - pensei, desesperado. 

- Não consigo... - Hoseok sussurrou, ele estava ficando ofegante sem motivo. 

- O que? - perguntei num murmúrio dolorido. 

- Eu não... - não o deixei terminar, eu simplesmente agarrei-o pelo pescoço e o pressionei contra a parede. 

- Hoseok... Fala que me ama. - ordenei, num tom de voz embargado. 

Por Deus, eu estava maluco! O que era aquilo?!

- Namjoon, você tá me machucando! - Hoseok sussurrou, num tom sôfrego. 

- Fala que me ama. Você me ama, certo?! - repeti, apertando seu pescoço com mais força. 

- Você tá sufocando... - Hoseok sussurrou, revirando os olhos até esbranquiçá-los.

Antes que eu pudesse dizer qualquer merda para Hoseok, a porta foi batida com uma baita brutalidade. A voz de Jeongguk fora daquele cômodo gritava desesperada por mim.

Atirei Hoseok no chão sem nenhuma consideração e abri a porta com um olhar neutro, analisei o garoto. Ele estava suado, empoeirado, desesperado. Sua aparência era simplesmente deplorável. 

- Senhor! Hoseok está... - antes que ele pudesse terminar de falar qualquer coisa, ouvimos o barulho de algo sendo expelido. Olhei para trás rapidamente, apenas para ver Hoseok vomitando desesperadamente. - ...instável! 

Me aproximei rapidamente de Hoseok, acariciando suas costas e percebi que estas tinham algumas elevações. Levantei sua camisa e vi muitas bolhas secas em suas costas. 

Arregalei os olhos desesperadamente, olhei para o líquido que saía da garganta de Hoseok e... Puta merda! Era sangue puro! 

- Suga! - Jeongguk saiu do quarto rapidamente, gritando por Yoongi pelos corredores.

Puta merda! Tudo aquilo era culpa minha!

Não demorou muito e Jeongguk e Yoongi chegaram com uma maca no quarto, tirando Hoseok com pressa do chão, enquanto eu observava a tudo paralisado. Nunca senti tanto desespero na vida!

Vesti uma camiseta rapidamente e segui aquela maca de ferro que se movia com rapidez pelo corredor. Chegamos à quarta sala, aquela que era mais fétida que qualquer lixão existente na face da Terra. 

A questão era, por que estávamos ali?!

- Como sabia?! - perguntei a Jeongguk, sacudindo-o pelos ombros, deixando-o mais assustado do que já estava. 

- Instalei um eletrochoque no cérebro dele no último teste. Pude ver os impulsos dele muito elevados, então concluí que havia algo errado. - Jeongguk explicou, com calma.

- Muito errado. - murmurou Yoongi, mas eu pude ouvi-lo. 

- O que? O que há com ele? - perguntei, meus olhos estavam molhados e eu não fazia idéia do porquê. 

- A varíola agiu com mais rapidez do que esperávamos. Uma noite de sono foi o suficiente para fazer a doença avançar com êxito. - Yoongi disse, olhando para as bolhas nas costas de Hoseok. - E o pior, continuará se espalhando. 

- Por quê?! - perguntei, assombrado. 

- O sangue que Hoseok recebeu piorou sua condição. - disse Yoongi, pegando um pacote com o sangue próprio para Hoseok, presumi. - Creio que os antibióticos não tenham tido o efeito que eu desejava.

- Sério?! - disse, irônico. 

Aquela merda tinha dado errado e Hoseok pagou o preço! Mas jurei internamente que nada lhe aconteceria, pois eu não permitiria! 

- Preciso de privacidade. - disse Yoongi, pondo sua máscara cirúrgica. 

- Sai, sai, sai! - Jeongguk me expulsou do local, fechando a cortina do leito. 

Eu estava muito mole a respeito de autoridade mesmo!



[...]



- Senhor. - ouvi a voz de Jeongguk, olhei para o lado e este me olhava com dó e tinha um copo d'água na mão. - Tome. 

- Q-Quanto... tempo? - perguntei, ofegante após ter bebido a água. 

- Cinco horas. Não acha melhor ir descansar? - Jeongguk sugeriu e eu neguei.

- Sairei daqui com Hoseok, somente. - eu disse, determinado. - Como ele está indo? O que Suga disse?

- A transfusão está em sua etapa final. Hoseok precisa ficar acordado, dormirá apenas depois de ingerir os antibióticos e ficará sem tomar água por um tempo. - Jeongguk suspirou. - Suga está tentando deixá-lo estável. 

- Isso é tudo minha culpa... - murmurei, sentindo meus olhos marejados. - ...E-Eu... Eu o machuquei...

As lágrimas vieram inesperadamente, deixando-me tão surpreso quanto o jovem que me admirava com o olhar arregalado de cima.

Eu estava chorando por Hoseok. Medo de perdê-lo era o que eu estava sentindo. Mesmo que ele não gostasse de mim, eu me afeiçoei rapidamente a ele. Aquilo era perigoso, mas eu não me importava mais.

Apenas queria Hoseok bem e saudável. 

- Senhor... - a voz de Jeongguk era de pura surpresa. Mas eu não queria ser consolado, pelo menos não por ele. 

- Não, não... Não diga nada, por favor! Apenas volte lá para dentro e me mantenha informado sobre quaisquer mudanças. - pedi, deixando os soluços escaparem de minha garganta frequentemente. 

Meu choro era pesado, sentido, alto. A última vez que tivera chorado daquele jeito fora pela morte de minha mãe, uma terrível, lenta e dolorosa morte que eu assisti com os olhos arregalados. 

Eu não queria que Hoseok se fosse da mesma maneira que ela. Todos os motivos que eu tinha para viver se foram, o único que restou foi comandar a Mariana's Web para minha mãe e mantê-la erguida e ativa até o próximo herdeiro. 

Eu não podia deixar meu motivo de respirar ir de maneira tão fácil. A persistência me dominara como nunca antes. Hoseok iria viver. 



[...]



Meu corpo tremia. Aquele corredor estava mais frio que anteriormente. Meu olhar se mantinha focado apenas  na horizontal. A porta, que se localizava à minha direita, iria ser aberta, eu apenas não sabia quando - e esperava ansioso por aquele momento.

Jeongguk abriu a porta lentamente, saindo com uma expressão profunda e perdida. Tive um mal pressentimento. Inclusive, eu estava esperando tanto por aquele momento, mas no exato instante não soube o que dizer.

Balbuciei algo baixinho, nem eu mesmo sabia o que tentara dizer a ele. Jeongguk - numa incrível percepção - entendeu o que eu queria fazer e me deu espaço para entrar na quarta sala, a sala das cobaias. 

Andei cambaleante pelos corredores e segui até o último leito, onde se encontrava Hoseok. Pisquei prolongadamente quando cheguei perto dele, deixando um longo suspiro escapar. Quando dei por mim, as lágrimas já estavam caindo. 

Meu Hoseok estava tão debilitado, pálido, gélido, adormecido. Parecia estar à beira da morte com aquelas diversas seringas penetrando suas veias, que sugavam o sangue desesperadamente.

Então, eu desabei, literalmente. Caí no chão de bruços, sentindo uma vontade extrema de expulsar algo que não estava dentro de minha garganta. Apenas saliva saía de minha boca, meus olhos estavam marejados e meu coração despedaçado. Queria que ninguém me visse naquela situação, porém Yoongi estava ao lado de Hoseok, cuidando dele, e me olhou perplexo.

- Senhor! - ele se aproximou de mim, tocando em minhas costas, mas eu o empurrei. 

- Não... Não me toque... - mandei, gritando alto pela dor interior que me possuía. As lágrimas finalmente encharcaram meu rosto. 

- Senhor... Ele está instável. Segundo o diagnóstico, ele está em coma temporário. A transfusão não irá afetar sua saúde, os antibióticos, talvez, o ajudarão a se recuperar. Porém, seu estado é apenas uma questão de tempo, ou ele fica melhor ou pior. - disse Yoongi, num tom frio.

Não era à toa que ele era um dos poucos médicos daquele local.

Me levantei do chão, com um olhar assassino, e parei afronte de Yoongi, que quase desfez a pose dura, mas continuou firme, respirando tão profundamente que as veias de sua garganta eram visíveis. 

- Presta atenção. - grunhi, apertando seu ombro com força, ele se assustou com minha aproximação repentina. - Hoseok tem que viver. Se ele não resistir, eu juro Yoongi, eu vou fazer de tudo para anular seu visto de doutorado em medicina, e eu vou te matar. Lenta e dolorosamente.

Não sei se Yoongi ficou mais assustado pelo fato de eu tê-lo ameaçado ou por eu ter dito seu verdadeiro nome em voz alta. Sua expressão era neutra, com uma pitada de nervosismo, mas um olhar vazio.

Ele apenas assentiu e saiu de perto de mim com lentidão, parando poucos segundos depois.

- Olha... Ele pode ouvir você, sabe? Se você quiser dizer algo... - deu de ombros e saiu daquela sala a passos largos. 

Lentamente, me aproximei de Hoseok, ficando ao lado dele. Encará-lo apenas me fazia chorar mais - o que era estranho. Apoiei minhas mãos na beirada da cama e esperei, inutilmente, que ele abrisse os olhos.

Ele podia me ouvir? Se não, seria até melhor. Mas se me ouvisse, um peso gigante sairia de minhas costas. 

- Jung Hoseok... - murmurei, rindo depois. - Você é forte hein, garoto! Qualquer outro que estivesse no seu lugar, já estaria apodrecendo! 

Okay, obviamente aquilo não estava ajudando, mas eu disse, sentindo o cheiro da carne podre do local - pelo estado de decomposição de várias cobaias mortas lá. É, a quarta sala realmente era desconfortável. 

Olhei para seu rosto pálido e com veias visíveis novamente. Incrivelmente, ele continuava lindo, estava muito instável, mas sua beleza ainda era... Como posso dizer? Ah! Perpétua. 

- Eu não sou muito bom em pedir perdão a alguém. Até porque, as pessoas a quem eu pedi perdão morreram poucos dias depois, e as que me pediram perdão também. - eu disse, coçando a nuca. - Mas... Eu não vou matar você se te pedir perdão por tudo o que aconteceu durante esses dez anos.

Suspirei e me sentei na poltrona mais próxima ali. Chorei baixinho por pouco tempo, a dor em meu peito era totalmente insuportável. 

- Por favor... Apenas abra os olhos, apenas faça isso. - apoiei o rosto nos braços em cima da maca, coberta por um fino tecido. - Por favor, Hoseok, sobreviva! Se não por mim, pela sua irmã!

Ele permanecia imóvel, não respondia com nenhum movimento sequer. As coisas realmente não estavam tão fáceis naquele momento, ele não acordaria tão depressa daquela vez. 

Meus pulmões se comprimiram em pura dor. Eu só queria que ele abrisse os olhos, era pedir demais?!

- Hoseok... Eu quero pedir desculpas por tudo o que te fiz! Me perdoe por tê-lo torturado tanto e por tanto tempo. Me perdoe por tê-lo prendido aqui e ter estragado a sua vida. Me perdoe por tê-lo afastado de sua irmã. Sua única esperança... Não é? - sorri minimamente ao lembrar dele falando da irmã. - Por favor... Sobreviva por ela! Ela irá encontrá-lo, eu sei que sim!

Me pus a chorar compulsivamente. Eu apenas não queria que ele morresse, queria que ele vivesse, mesmo que não fosse ao meu lado, o fato de ele respirar era suficiente para eu sorrir. 

E aquilo era inexplicavelmente estranho.

Hoseok abriu os olhos lentamente. Meus olhos estavam mais arregalados que nunca e eu estava me segurando para não pular em cima dele. 

Enfim! Ele acordara! 

- Nam... N-Nam... - ele tentou pronunciar meu nome, mas sua respiração não colaborava, muito menos a máscara de oxigênio que ele usava.

- Não, não! Não fale meu nome! Diga nada, não faça esforço! Apenas escute o que eu tenho a lhe dizer! - pedi e Hoseok fechou os olhos em evidente cansaço. - Por Deus, você está aqui por minha causa! Eu sou um maldito, filho da puta! 

- S-Sim... Você é-é... - disse ele, sorrindo fraco após. 

Como eu gostava daquele garoto, aquele garoto que estava doente e instável por minha causa. Ele era tão bom que mesmo após tudo o que eu lhe fiz, ainda conseguia sorrir para mim.

Precioso. Ele era um tesouro raro e eu o encontrei, mas demorei muito tempo para descobrir seu valor e estava me lamentando em seu leito por aquilo. 

- Hoseok, por favor... Por favor, não feche os olhos para sempre! - solucei novamente, deixando inúmeras lágrimas caírem, e o olhei nos olhos. - Hoseok, por favor, me perdoe por tudo! Eu fui muito imaturo e imbecil! 

"Escute... Eu não estou te pedindo para me amar, nem para gostar ao menos um pouco de mim. Estou pedindo apenas para que mantenha seu coração batendo. Acha que pode fazer isso?"

- N-Nunca o vi chor-rar... - murmurou Hoseok, fazendo-me corar. - Me p-prometa...

- Prometer o que?! Lhe prometo qualquer coisa se você permanecer vivo! - disse, apertando sua mão, como estava gelada!

- Vou tent-tar sobreviver... Controlando m-meu org-ganismo... Se me prom-meter... uma c-coisa... - disse, com dificuldade.

- Lhe prometo qualquer coisa, diga! - pedi, com o rosto muito próximo ao seu.

Sem malícia alguma, foi automático. Eu estava, simplesmente, desesperado. 

- M-Me... Liberte-me... - pediu, fechando os olhos e se deixando dominar pela fraqueza, novamente e de maneira repentina.

- Hoseok! - segurei em sua nuca, lhe estabilizando. - Por favor, mantenha-se acordado! Por favor!

Abracei seu corpo levemente, eu não queria soltá-lo, queria ficar ao seu lado até que dissesse para mim que se sentia melhor. Queria que ele ficasse vivo, apenas para eu ver seu sorriso brilhante mais uma vez!

- Promet-ta... - pediu, num sussurro doloroso.

Eu estava fazendo ele se esforçar demais, começando pelo fato de ele ter despertado. Não podia negar, estava feliz com aquilo, mas tudo o que é bom, acaba. Não poderia me dar ao luxo de tagarelar com ele eternamente, ele precisava descansar.

Mas ele só faria aquilo se eu prometesse libertá-lo após sua recuperação. Uma decisão realmente difícil a ser tomada... Eu queria mantê-lo ao meu lado de qualquer maneira, mesmo que prendendo-o. Mas se eu não lhe prometesse... Ele não permaneceria quieto para se recuperar. 

Uma mentira pelo bem maior. - pensei, decidido. 

- Prometo, Hoseok. Libertarei você de uma vez. - disse, num tom de voz firme, mas doloroso.

Ele se deitou na maca novamente, respirando profundamente e fechando os olhos de novo. Presumi que dormiria, então me encostei na poltrona e o esperei dormir, eu não pretendia deixá-lo. Mas, inesperadamente, eu acabei dormindo primeiro.



[...]



- Isso... Mais para baixo, pronto! Agora vamos acabar logo com isso. - ouvi a voz de alguém de longe, era rouca e monótona. 

Yoongi.

- Por favor... Isso dói demais, faz parar! - pediu Hoseok, num tom de voz manhoso e, incrivelmente, sem falhas. 

Espera aí! Que conversa é essa?! 

Abri os olhos rapidamente e vi as costas de Hoseok desnudas, Yoongi estava na frente dele, molhando uma bola de algodão numa substância cor de ocre. O estranho é que ele estava abaixado. 

Filho da puta!

- Vai doer nada, Hoseok-Ah. Vai ficar tudo bem. - disse Yoongi e presumi que estivesse sorrindo. 

O que Yoongi estava fazendo com o Hoseok?! Meu Hoseok! 

Levantei rapidamente da poltrona onde estava dormindo e vi Yoongi com uma seringa e a bola de algodão nas mãos, tratando das bolhas nos pés de Hoseok.

Ai, que alívio! 

Ambos me olharam estranhamente. Eu apenas dei de ombros e cocei a nuca, me aproximando deles. 

- Já pode se sentar? - perguntei, num murmúrio, para Hoseok. 

- Sim. Durante a tarde, inesperadamente, o estado de Hoseok melhorou bastante. - disse Yoongi e Hoseok apenas assentiu lentamente. 

Eu não me lembro de ter perguntado para você! - pensei, enraivecido por Yoongi ter cortado Hoseok. 

Okay! O que estava acontecendo comigo?!

- E o que está fazendo? - perguntei, num tom de voz grosso, para Yoongi.

- Encontrei uma solução para as bolhas num livro antigo de biomedicina. Se eu tirar o pus de dentro das bolhas, depois de alguns dias, a pele seca e simplesmente cai! - disse Yoongi, orgulhoso.

- Mas dói muito... - murmurou Hoseok, fazendo biquinho. 

- Se acalme, Hoseok-Ah. Eu coloquei um gel anestésico e está quase acabando. - disse Yoongi, voltando ao trabalho. 

Você chamou ele de quê?! Que intimidade é essa?! - pensei, enraivecido. 

- Quais são as recomendações para agora? - perguntei, tentando focalizar meus pensamentos em outra coisa - senão a cena deprimente de Yoongi tão perto de meu Hoseok.

- Ele precisa passar mais tempo no sol para sua pele secar e para adquirir vitamina D, claro. Todos os dias terá de ser desinfetado com alguns litros de álcool em gel e precisará comer muitas frutas cítricas. - disse Yoongi, super concentrado no que fazia. - Se seguir isso, em algumas semanas ele estará melhor.

- Ah! Aaai, Suga-Hyung! Tá doendo! - Hoseok disse, puxando sua perna para longe de Yoongi, mas este a puxou de volta. 

Até tu?! Hoseok, meu homem! - pensei em mim numa pose dramática. Eu realmente estava enlouquecendo! 

- Pare de reclamar, Hoseok! Nem estou fazendo tão forte assim! - disse Yoongi, com um bico nos lábios e uma carranca desinteressada. 

Maldito cérebro poluído! 

- Suga! - berrei. Eu não pretendia falar, mas antes de notar, já tinha feito. - V-Você... Não prefere que eu faça isso?

- Não precisa se incomodar, Senhor. Eu já estou terminando, além do mais, esse trabalho é para ser realizado por médicos. - disse Yoongi, piscando para mim.

Ah! Desculpa aí! Mas se ele achava mesmo que fosse ficar de gracinha com o meu Hoseok, estava muito enganado!

- Eu insisto! - disse, pairando ao seu lado de imediato. - Você deve estar cansado, aliás, eu fiz nada, só dormi! Me diz, o que eu tenho que fazer?

Yoongi estava confuso com meu interesse repentino em tentar ajudá-lo a cuidar de Hoseok. Mas Hoseok era meu, eu quem deveria cuidar dele e ele poderia ser tocado por absolutamente ninguém.

- Tudo bem, já que insiste. - Yoongi deu de ombros e me estendeu a seringa. - Veja... Tem apenas que aproximar a ponta da seringa da bolha, penetrar, não tão profundamente, e puxar o líquido de dentro com muita lentidão.

"Assim que tirar o líquido de dentro da bolha, coloque nesta vasilha e balance a mesma em círculos três vezes. Feito isto, você deve passar essa pomada em volta da bolha, não dentro! Depois de tratar uma área inteira, apenas cubra com a gaze, prenda com o esparadrapo e está feito!"

Por que Yoongi utilizava palavras tão estranhas para me ensinar a fazer aquilo?

- Suga-Hyung... Eu acho melhor você terminar de fazer isso... - disse Hoseok, olhando-nos assustado.

Se ele me visse por dentro, aí sim teria motivos para ficar assustado, e bastante! 

- Relaxe, Hoseok-Ah. Eu vou cuidar bem de você. - grunhi, puxando sua perna com força para mim, lhe arrancando um gemidinho de dor.

Ai, não! Gemidos não! 

Fiz o que Yoongi me pediu, exatamente do jeito que ele ensinou. Eu estava indo bem, até porque Hoseok não reclamava muito, apenas mordia o próprio lábio quando eu passava a pomada em volta de suas feridas. Feridas tão feias, mas que não atingiram a sua beleza interior, felizmente. 

- Terminou, Senhor? - perguntou Yoongi, terminando de lavar as mãos. 

- Sim. - disse, retirando as luvas e suspirando. 

- Okay. Pode se levantar, Hoseok-Ah? - perguntou Yoongi, com um sorriso fraco. 

Eu vou socar a sua cara se não parar de chamar o meu Hoseok assim! - pensei, enraivecido. 

Okay, Namjoon, seja prudente! Yoongi é apenas um médico e não tem segundas intenções, né?

- É... - Hoseok olhou para mim, quando retribuí seu olhar ele abaixou a cabeça e mordeu o lábio, corando. 

A expressão de Yoongi foi impagável! Seus olhos ficaram muito esbugalhados e eu podia jurar que moscas entrariam em sua boca se ele não a fechasse. Ele olhava alternativamente para nós dois, surpreso.

Queria gargalhar da cara dele e dizer que Hoseok tinha dono. Mas Hoseok se mostrou tímido demais para eu poder dizer qualquer coisa. Apenas neguei com a cabeça para Yoongi e ele assentiu, rindo baixo. 

- Entendi. Bom, então venha. - disse Yoongi, colocando um braço por debaixo das pernas de Hoseok e o outro em volta de suas costas.

Já deu!

- O que pensa que está fazendo? - perguntei, num tom de voz ríspido. 

- Ajudando-o a se levantar. Ele precisa esforçar suas pernas, esse tipo de varíola causou uma leve paralisia. - disse Yoongi, forçando seus músculos para estabilizarem Hoseok. - Pronto, Hoseok?

- Sim... - disse Hoseok, mordendo o lábio. 

Não morda esse maldito lábio para o Yoongi!

- Um...

- Dois...

- Três! - disse Yoongi, suspendendo Hoseok da maca.

- Uau. - eu disse, gargalhando alto ao ver a expressão de Yoongi ao pegar Hoseok.

- Caralho, Hoseok! Pra quem come nada, você é bem pesadinho! - disse Yoongi, sorrindo perto do rosto de Hoseok, que retribuiu o sorriso, mas de uma forma mais tímida. 

Acho que não entenderam, os rostos deles estavam muito próximos! Meu sorriso se desvencilhou no mesmo momento.

Yoongi pigarreou e, aos poucos, soltou Hoseok. Os pés feridos de Hoseok pisaram no chão e ele gemeu um pouco baixo, agarrando Yoongi com firmeza.

Eu apenas queria afastá-los! Eles não deveriam estar tão próximos assim! Aish! 

- Bom... Agora, tente mover suas pernas. - disse Yoongi, envolvendo a cintura de Hoseok com o braço que estava em suas costas.

Se controle, Namjoon! Está tudo bem!

- Não... Não consigo! Dói muito! - Hoseok choramingou, se agarrando a Yoongi com os dois braços. 

Ah! Não fiquei quieto! 

Me agachei em frente a Hoseok e segurei em uma de suas pernas, ele gemeu um pouco alto demais quando eu apertei sua panturrilha, obviamente pela dor.

Movimentei meus dedos delicadamente pelo músculo de sua tíbia e de sua panturrilha. Hoseok soltava breves gemidos, mas as minhas massagens pareciam estar fazendo bem a ele.

- Como não pensei nisso?! Os vasos sanguíneos! - disse Yoongi, revirando os olhos. 

- O que? - perguntou Hoseok, mais relaxado. 

- Seus vasos sanguíneos ficaram inchados após a breve paralisação pela varíola. Massagens ajudam a desinchar os vasos. - disse Yoongi, orgulhoso. 

- Parou de doer um pouco... - disse Hoseok, movendo as pernas para frente com menos lentidão. - ...E agora consigo andar! 

- Ótimo, ótimo! - disse Yoongi, lhe estendendo um par de roupas. - Aqui. Pegue isto.

Hoseok encarou as roupas, um pouco confuso. Eu poderia ter uma breve idéia do que viria a seguir. Yoongi banhar meu Hoseok?! É ruim, hein!

- E agora, Suga-Hyung? - perguntou Hoseok, com um sorriso fraco nos lábios. 

- Senhor, poderia fazer o favor de dar um banho, bem dado, no Hoseok e depois cuidar de seus ferimentos como lhe ensinei? - Yoongi pediu, com um olhar malicioso, mas a voz desprovida de humor.

Ele me pegou desprevenido, era impressão minha ou ele estava querendo deixar a mim e Hoseok sozinhos?... Yoongi era o melhor!

- Claro que sim, Suga. - disse, sorrindo de lado.

Hoseok olhou para mim de ímpeto e abaixou a cabeça, corando.

- Posso tomar banho sozinho. - murmurou Hoseok, com as bochechas em tom escarlate. Fofo.

- Claro que não, Hoseok-Ah! Pode andar, mas não deve fazer muito esforço com o resto do corpo. Deixe o Senhor lhe dar um banho, não há problema algum nisso. - disse Yoongi, sorrindo sapeca. 

- Mas... - antes que Hoseok pudesse falar qualquer coisa, peguei-o pelo braço e o puxei. 

- Sem problemas. Ah! E obrigado, Yoongi. - eu disse, sorrindo maliciosamente para ele. 

Yoongi ficou boquiaberto, surpreso pelo meu agradecimento, mas saiu de seu transe e se aproximou de mim, me dando um pequeno estojo onde estavam as faixas e a pomada. 

Yoongi se afastou de nós andando para trás, apontou com o indicador para mim, pôs a língua para fora e deu uma piscadela prolongada.

Ah! Como eu adorava esse cara!

Hoseok olhou para mim com os olhos repletos de medo e um pouco ofegante. Ele tinha motivos para estar receoso daquele jeito, eu fora um bruto da última vez que estivemos juntos. 

Mas não cometeria o mesmo erro duas vezes.

Soltei o braço de Hoseok e estendi minha mão para ele, ele a olhou por um longo tempo, sem saber o que fazer. Aish, eu preciso desenhar, moleque?!

Paciência, Namjoon. Paciência! - disse mentalmente, escondendo minha irritação com um sorriso.

- Vamos, Hoseok? - perguntei e ele respirou fundo, agarrando minha mão. 

Lentamente - pelas pernas de Hoseok -, chegamos na porta de meu quarto e eu a abri para ele. Ele entrou, com um pouco de hesitação, e pôs suas roupas em cima de minha cama, ficando, literalmente, paralisado depois.

Ignorei sua apreensão e segui para um cômodo escondido de meu quarto. Um pequeno banheiro. Lá havia uma banheira e eu liguei a torneira da mesma numa temperatura morna - pelas feridas de Hoseok.

Voltei para o quarto e Hoseok continuava no mesmo lugar, cabisbaixo, neutro. Eu me aproximei dele e puxei-o pela mão, ele me olhava com uma expressão tão assustada que me dava pena. 

Exatamente. Pena!

- Hoseok, olhe pra mim. - pedi e ele o fez, devagar. - Não fuja de mim, nem tenha medo de mim. Não vou machucá-lo, prometo. 

- Eu... acho que te devo desculpas também. - disse ele, um pouco sem graça. 

- Não, Hoseok. Você me deve nada. Eu só quero pedir uma coisa. - disse, puxando sua cintura lentamente para colarmos nossos corpos.

Ele não se assustou com a aproximação, o que me deixou aliviou. 

- O que? - ele perguntou, num fio de voz, fazendo-me rir baixo.

Cheguei perto de seu rosto e segurei sua nuca com delicadeza, apenas para sussurrar em seu ouvido:

- Me deixe cuidar de você. - pedi e pude sentir Hoseok estremecer. 

Aproximei meus lábios dos dele e iniciei um beijo lento, pedindo passagem com a língua, e ele cedeu. O beijo foi tão calmo e doce que eu quis que nunca acabasse.

Além disso, nunca pensei que pudesse gostar daquele tipo de beijo.  

Separei nossos lábios e entrelacei nossas mãos, levando-o para o banheiro. No mesmo, tirei sua roupa calmamente, o mesmo ficou corado ao se relevar para mim. Mesmo que não houvesse motivo, pois já o tinha visto nu antes.

Delicadamente, o pus dentro da banheira e tirei apenas minha camiseta para não molhá-la. Eu não pretendia entrar na água. Peguei a esponja e a enchi de sabonete líquido, esfreguei suas costas lentamente e sorri ao senti-lo estremecer novamente. 

Eu lhe dei banho com todo o carinho que eu tinha - e olhe que não era muito. Sequei-o como se fosse feito de vidro e eu tivesse medo de quebrá-lo. Hoseok vestiu suas roupas rapidamente no banheiro - sozinho, pois ele me mandou sair - e, ao sair, se sentou ao meu lado na cama.

- Obrigado, Namjoon. - Hoseok murmurou e sorriu.

- Pelo quê? Eu fiz nada. - disse, cínico.

- Não me faça falar! - exclamou, batendo em meu peito e corando, provocando-me risos. - Você sabe... Obrigado por se arrepender, por me libertar e... por cuidar de mim. Eu estava precisando disso.

Sorri, bagunçando seus cabelos e selando-lhe a bochecha. 

- Não há de quê, Hoseok. Mas seu dia ainda não acabou. - eu disse, me levantando, vestindo outra camiseta. 

- O que? Como assim? - ele perguntou, totalmente perdido.

Ouvimos batidas na porta, Hoseok de pronto se enrijeceu, eu já sabia o que era. Abri a porta e Jeongguk estava com uma cesta cheia de comida nas mãos. A peguei e me curvei, em agradecimento. 

- Namjoon? - Hoseok estava muito confuso, o que me fez rir.

- Jung Hoseok, o que acha de um piquenique? 



[...]



Fora da base da Mariana's Web não era tão interessante. Para mim, na verdade, era intrigante. Não haviam muitas árvores, pois o chão era estéril por antigas explosões de bombas atômicas vindas de testes aprovados pelo ditador da Coréia do Norte.

O sol era muito forte naquela área, mas graças ao anoitecer próximo, o clima se tornava agradável. A brisa bagunçava meus cabelos e fazia pouca terra bater em meu rosto.

Jeongguk estava neutro a respeito da minha decisão com Hoseok. Não opinou nem ficou surpreso, o que me deixou satisfeito. Eu não estava com cabeça para responder perguntas que ao menos sabia a resposta.

O sorriso de Hoseok era tão largo que sequer cabia no rosto. Ele parecia deveras animado com o piquenique, o que me deixou feliz. Estávamos sentados sobre uma toalha lisa e preta - porque não tinha outra cor - e comíamos tudo o que tinha naquela cesta.

Eu obrigava Hoseok a comer as laranjas, pois frutas cítricas o ajudariam a melhorar. Além disso, eu ria sempre que Hoseok fazia a piada de que finalmente, em dez anos, estava respirando ar puro, e o mesmo respirava profundamente, produzindo um som estranho. 

Conversávamos sobre tantas coisas, inúmeros detalhes de conhecimento dominavam os assuntos. Hoseok era bastante inteligente - não tanto como eu - e aquilo poderia fazê-lo se encaixar facilmente em qualquer círculo social.

Qualquer garota seria sortuda por tê-lo... Mas nenhuma iria tê-lo, porque ele já era meu. Definitivamente! 

- Taeyoon e eu costumávamos fazer muitos piqueniques assim, mas no alto de uma colina à frente de nossa casa. - disse Hoseok, bebendo o suco de manga.

É! Ele precisava de bastante vitamina C e D.

- Ela é a única pessoa de quem você sente falta? - perguntei, fitando-o. 

- Ela é tudo o que eu tenho. Mas como posso ter esperança em algo que nem sei se ainda me espera? - Hoseok bufou, comendo seu sanduíche. 

- Sugiro que mantenha a sua esperança. - murmurei e Hoseok deu de ombros, adquirindo uma expressão indecifrável por mim.

- Quando se trata dela, você tem tanta certeza. Isso é estranho. - Hoseok disse, sorrindo estranhamente. 

Não podia falar que ela procurava louca e incessantemente por ele!

- Eu apenas tenho intuição. - eu disse, dando de ombros. - Agora coma frutas vermelhas. 

Hoseok pegou uma amora e colocou-a na boca. O suco da amora acabou lhe sujando a boca, deixando seus lábios irresistivelmente atraentes.

- É bom. - disse, sorrindo e mordendo o lábio. 

Hoseok... Por favor, não morda esse lábio...

- Realmente. - eu disse, mordendo meu próprio lábio. 

Quando dei por mim, eu já atacava os lábios finos e molhados de Hoseok. Ah... Como o gosto dele era bom.

Hoseok pôs as mãos em meu peito, me afastando com gentileza. No momento, foi a minha vez de sorrir sem graça. 

- Namjoon, eu... - coloquei meu dedo indicador em seus lábios. 

- Não precisa me dizer nada. Está tudo bem, Hoseok-Ah. Eu estou aqui e eu vou estar aqui sempre. - disse, automaticamente, e puxei-o para que se aconchegasse em meu peito.

Naquele momento, tudo simplesmente parou. Não me importei de não ter o corpo dele intimamente, a presença dele foi mais importante. Eu tinha ele e precisava apenas dele.

Sem se tratar de sexo, eu finalmente estava satisfeito. 




Notas Finais


Até o próximo! 😚
~Darkness


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...