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História Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - The Past


Escrita por: DoubleLover

Notas do Autor


Olá, visualizadores! Hoje é um dia muito especial! É aniversário do Jung Hoseok na Coréia do Sul, o tão fofo irmão da protagonista dessa história, a razão de todos os conflitos nessa fanfic! 😍 Dêem muito amor ao Hobi, visualizadores, ele merece tudo!
Apreciem com moderação!
~Darkness 😚

Capítulo 18 - The Past


Fanfic / Fanfiction Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - The Past

- Taeyoon... - Jimin chamou, mas naquele dia eu estava pior do que quando estava de TPM. 

- Calado! Eu consigo! - disse, tentando passar as marchas do carro.

Era imprudência minha dirigir sem nem saber como fazê-lo, mas eu estava com pressa e perder dez minutos de caminhada para a casa de Seokjin estava fora de questão. A vida de meu irmão estava em jogo e eu tinha menos de vinte horas para resgatá-lo!

- É... Taeyoon, você não prefere que eu... - tentou perguntar, mas o calei com um "shh".

- Silêncio! - mandei, pisando no acelerador e saindo da garagem de sua casa.

Quase bati o carro em uma lixeira que havia afronte de sua casa, mas virei o volante rapidamente, desviando, e pisei no acelerador em direção à rua.

Digamos que eu dirigi meio bruscamente até a casa de Seokjin e foi algo meio estranho, pois, apesar de estar dirigindo pela primeira vez, o tempo todo Jimin me dava instruções de como dirigir, eu fingia que ignorava, porém, elas que estavam me ajudando naquele momento de desespero. 

Deveria me lembrar de nunca mais dirigir novamente!

Em pouquíssimo tempo, viramos as ruas, percorremos as duas quadras e paramos em frente a casa de Seokjin. Estacionei o carro desajeitadamente em frente à casa e corri para a entrada, pegando a chave em meu bolso, abrindo a porta e entrando com pressa.

- Taeyoon, eu acho que... - não pude terminar de ouvir o que Jimin disse, pois subi as escadas com rapidez ao invés de lhe dar atenção.

Abri a porta do quarto de Seokjin com cuidado, lembrando-me - incrivelmente - de suas reações defensivas, mas ele não estava lá. Ouvi o barulho da água do chuveiro caindo e pude jurar ouvir algumas risadinhas abafadas saindo lá de dentro.

Abri a porta do banheiro de Seokjin com força e a imagem que eu vi foi a que eu nunca imaginaria ver, nem em mil anos!

Taehyung e Seokjin estavam nus, juntos, debaixo do chuveiro, e Taehyung esfregava as costas de Seokjin com muita intimidade, de um jeito que eu nunca vi antes. Taehyung parecia estar prestes a beijar o ombro de Seokjin, mas se deteve no mesmo momento que me viu, olhando-me com surpresa.

Era desse jeito que ele queria se aproximar de Seokjin? Mesmo sabendo que ele estava daquele jeito? Naquele estado? Sabendo como Seokjin era? Aquilo se assemelhava a um crime!

- Taeyoon! - gritou Jimin, entrando no quarto, e, ao me alcançar, me puxou pelo braço. - Me desculpem! Eu tentei contê-la.

- Sabia disso, Park? - perguntei, lhe dando a expressão absolutamente incrédula.

Pude ver seu maxilar trancar pela maneira como lhe chamei. Era mesmo bom que ele soubesse que a situação estava nada boa para o lado dele!

- Era isso o que eu estava tentando te contar. - explicou Jimin, a expressão agoniada.

Olhei para os meninos no chuveiro de novo e enrubesci. Apesar de toda a nossa intimidade, eu nunca tinha visto-os nus. Que vergonha!, e... Que raiva! Por que eu sempre era a última a saber das coisas?!



[...]



- Ahn... Isso... - Seokjin moveu as costas gostosamente enquanto eu massageava seus ombros tensos, lhe passando um certo prazer. 

- Kim Taehyung, se você soubesse o quão irritada estou com você... - grunhi, entridentes, mas ele me interrompeu.

- Você quem foi lerda, estava na cara que eu amava Seokjin deste jeito. - murmurou, dando de ombros. 

Ah, maldito!

Depois que os surpreendi no banheiro, Jimin pediu para que eles se vestissem e disse que tínhamos um assunto sério para conversar. Além do mais, mesmo sem precisar, pediu desculpas aos dois. Eu quem deveria receber desculpas por ter sido traída pelos meus melhores amigos!

- Respeite sua Dongsaeng! - disse, pressionando um músculo de Seokjin com muita força, lhe provocando dor, fazendo-o gemer. - Oh, desculpe, querido!

- Você quem deveria respeitar seu Oppa! - ele disse, indignado. - Taeyoon... Realmente não quero discutir sobre isso agora.

- Ah, mas vai discutir, sim senhor! - empinei o nariz e ele revirou os olhos. - Tem noção do que fez?! Ele, de certo, tem a mente mais pura que a sua. Por que se acha no direito de corromper essa criança de repente?! Deveria se sentir o ser humano mais envergonhado do mundo!

- Já passei por coisas piores. - murmurou e deu de ombros, em completo descaso.

- Não diga! - exclamei, irritada.

- Numa festa da universidade, pintei meu pênis de vermelho e saí pelo jardim gritando que era o Pablo Picasso. Isso é mais vergonhoso que qualquer outra coisa. - disse Taehyung e Jimin comprimiu um riso.

- Ah, desculpe. - Jimin voltou a sua postura séria após gargalhar quando viu meu olhar matador.

- A questão não é vergonha! A questão aqui é Seokjin! Ele não estava preparado para receber você, eu deveria ter conversado com ele antes! Você deixou o pobrezinho com o quadril doendo depois de tê-lo forçado àquilo. Certo, querido? - perguntei a Seokjin, compreensiva.

- Ah... Sim, ele fez isso... - Seokjin gemeu arrastado, enquanto eu massageava seus nervos do pescoço.

Não acreditei no que ouvi! 

- Seokjin! - Taehyung exclamou, horrorizado.

- Quer dizer, não! Ele nunca fez isso. - Seokjin corrigiu-se rapidamente, se contorcendo após eu abaixar os dedos de maneira firme para sua escápula. 

Ele estava completamente à mercê de minhas mãos lhe massageando. Era reconfortante ver que eu podia distraí-lo de sua dor nos quadris causada pelo maldito imprudente do Taehyung. Seokjin que não se atrevesse a mentir para mim!

- Está aí a prova! Não minta para mim, Seokjin! É uma ordem! - mandei, parando a massagem, trazendo-o de volta à Terra.

- Taeyoon... Eu gosto muito do Taehyung-Ah. Eu me entreguei a ele por livre e espontânea vontade. Isso é um problema? - perguntou, numa voz rouca de cansaço, tombando a cabeça para o lado ingenuamente.

- Claro que não, meu querido. Mas nós precisamos ter uma conversa séria antes de você decidir se é isso o que realmente quer. - murmurei, olhando-o seriamente, enquanto seu rosto macio e angelical permanecia em minhas mãos.

Taehyung clareou a garganta, obviamente com ciúmes. Ele, realmente, era louco por Seokjin. Era mais que evidente! Chegava a ser palpável! 

- Eu... - Seokjin ia se pronunciar, mas Jimin o fez mais rápido.

- Creio que não seja o momento, Taeyoon. Temos outro assunto, como prioridade, para resolver. - disse Jimin, como se fosse óbvio, e eu assenti.

- Sabia que não tinham nos atrapalhado por diversão. - disse Taehyung, se jogando na cama, atrás de Seokjin. - O que houve? 

Taehyung moveu-se para perto de Seokjin e envolveu o corpo do mesmo com os braços e as pernas, descansando o queixo em seu pescoço. Seokjin reagiu rapidamente àquilo, suspirando e apertando as mãos de Taehyung. 

Era tão estranho vê-los juntos daquela maneira!

- Kim Namjoon. Foi isso o que houve. - fui curta e grossa, os meninos se desvaneceram de sua posição romântica no mesmo instante.

- O que? - Taehyung perguntou com incredulidade e a voz incrivelmente mais grossa. 

Sua voz me causou arrepios de espanto. 

- Ele fez uma ligação. - disse Jimin, vendo que eu não teria estrutura para continuar com mais nada. - Para Taeyoon. Eu não sei como conseguiu o número da minha casa...

- Obviamente pelo nome da Taeyoon. Detetives virtuais não estão de brincadeira, cansei de avisar isso! Com um simples nome, eles podem saber até mesmo com quem você transou pela primeira vez. - disse Taehyung, fazendo Seokjin enrubescer. 

Eu não deveria estar diferente, Seokjin e eu éramos tímidos com aquele vocabulário.

- Enfim... - continuou Jimin, um pouco corado também. - Namjoon disse que teremos de ir ao endereço que você conseguiu na sexta para resgatar Hoseok, antes que ele mude de idéia. 

- Isso só pode ser um truque! - exclamou Taehyung, assombrado. - Taeyoon, era mesmo a voz dele?

- Sim... Aquela voz permaneceu em minha mente, me assombrando, por dez anos de minha vida. Eu seria incapaz de não reconhecê-la. - eu disse, com os olhos empossados.

- Oh, querida! Não chore. - Seokjin disse, compreensivo, levantando da cama para me abraçar com afeto.

- O que deu nele para mudar de idéia dessa forma? Isso é impossível! É mais provável que ele esteja lhe enganando para matá-la da mesma forma que matou seu ir... - não permiti que Taehyung continuasse, voei em cima dele após sair dos braços de Seokjin e me pus a socar seu peito.

- Cala a boca! Calado! Meu irmão está vivo! Ele está vivo! - berrei, tendo meus pulsos apertados com força pelas mãos de Taehyung. - Me larga! 

- Taeyoon! - chamou. Não dei ouvidos e voltei a me debater. - TAEYOON! É doloroso perder um ente querido e eu sei disso! Você sabe disso!

Antes que eu pudesse tentar conter as lágrimas, elas foram jorradas de meus olhos incessantemente, fazendo com que uma vertigem insuportável pousasse em minha cabeça.

- Mas você não pode ser imprudente a ponto disso! Se eu estou falando isso, é para o seu bem, é porque eu te amo e não quero perder você como perdi minha família naquele tempo! - disse ele, deixando seus olhos lacrimejarem também, mas não deixou as lágrimas caírem, foi forte até o último momento.

Percebi que estávamos caídos no chão, nos abraçando em reconforto, enquanto Jimin e Jin nos olhavam com dor e compreensão. Estávamos compartilhando dores como eu havia feito com Seokjin há tempos atrás.

Taehyung foi mais forte e partiu antes mesmo que pudesse ser consolado, obtendo uma face neutra sempre que o assunto do abandono de sua família era retratado.

- Seohyun? - exclamou Park Jisoo, espantada. - Que grande surpresa!

- Posso entrar, Jisoo? Temos muito o que conversar. - disse Seohyun, fria e direta.

- Claro, entre. - disse Jisoo, simpática, e só então notou Taehyung. - TaeTae! Como é bom te ver, Dongsaeng! 

- Olá, Noona. - disse o garoto, tímido.

- Venha, irei lhe servir um pedaço de bolo, você quer? - Jisoo acompanhou o garotinho, acariciando suas costas, e riu quando ele assentiu freneticamente. 

Jisoo, como uma boa anfitriã, servira uma xícara de chá preto para Seohyun e deu um farto pedaço de bolo para Taehyung, que se lambuzava com a cobertura do bolo gostosamente enquanto Jimin brincava com seus carrinhos ao seu lado, sorrindo bobo para o garoto.

- O que é tão importante, Seohyun? - perguntou Jisoo, alarmada.

- Não posso mais ficar com ele. - disse Seohyun, ríspida. 

- O-O que? - o menino Taehyung ouviu a fala da mãe e entrou em desespero. Apesar de tudo, não queria se separar dela.

- Taehyung, essa é a sua nova casa, e essa é a sua nova família. - disse Seohyun, sorrindo com escárnio para o garoto com os olhinhos marejados.

- Seohyun! Ele é seu filho! - exclamou Jisoo, horrorizada com o ato da "mãe".

- Não é mais. - disse Seohyun, simplista.

- O-Omma... Por que está fazendo isso? Eu fui um menino malvado? - perguntou Taehyung, deixando seu corpo pequeno e frágil balançar violentamente enquanto as lágrimas lhe escapavam.

- Oh, não, TaeTae, não chore! - pediu Jimin, largando os carrinhos para abraçar Taehyung, tentando confortá-lo, olhando com ódio para Seohyun. 

- Fique com ele, ele não serve mais de nada para mim. - pediu Seohyun, ignorando completamente a fala do jovem.

- Vai se arrepender do que está fazendo, Seohyun! - avisou Jisoo, desenvolvendo um ódio extremo pela amiga.

- Ele me esquece com o tempo. Eu não sou mais a mãe dele. - disse Seohyun, largando a mochila do filho no sofá e saindo da casa da amiga para nunca mais voltar.

Nunca senti a sensação de ser renegada, mas Taehyung sabia como aquele sentimento era, ele o conhecia como ninguém. 

Aos cinco anos de idade, foi deixado pela mãe, Kim Seohyun, na casa dos pais de Jimin, que eram grandes amigos dela e do pai, Cho Taehyun, que sumiu com a amante ao descobrir que Seohyun estava grávida.

Seohyun contatou Taehyun para cobrar o dinheiro da pensão, o pai lhe pagou com hesitação, mas ao invés de usá-lo para com Taehyung, usava-o para sustentar seu vício alcoólico e, ao chegar em casa, batia em Taehyung por raiva da recordação de não ter sido o suficiente para o ex-marido. 

Taehyung dizia que não gostava quando a maçaneta de seu quarto girava lentamente, pois já sabia que a mãe estava atrás da porta, com um cinto na mão, preparada para bater nele com toda a sua fúria. 

Quando Taehyun não deu mais notícias e parou de mandar o dinheiro de Taehyung - que era o motivo pelo qual a mãe ainda ficava com Taehyung -, ela decidiu que o pequeno garoto não tinha mais serventia alguma para ela.

Portanto, escolheu se livrar de todas as responsabilidades, abandonando o menino com os amigos mais próximos e se entregando ao seu mundo torpe de uma vez por todas. 

Como se já não bastasse ter ouvido todas aquelas palavras duras da mãe e ter sido abandonado por ela, Taehyung passou boa parte de sua infância sendo coberto de traumas pelas surras, pelos abusos, pelo trabalho infantil e outras coisas horríveis que passara ao lado da mãe. 

Contudo, Taehyung a amava demais para alimentar qualquer rancor por ela. E o mais impressionante era que, com tudo o que passou, ainda possuía aquele sorriso quadrado e brilhante no rosto, como seus olhos, aquele senso de humor insubstituível que contagiava a todos. 

Ele foi forte. Mas eu não fui.


Notas Finais


Capítulo sad, né? Mas eu espero que tenham gostado! Até o próximo! 😍😚
~Darkness


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