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História Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Trap


Escrita por: DoubleLover

Notas do Autor


Desculpem a demora, visualizadores! Essa semana atualizarei com mais rapidez, já que não terei aula 😜 Capítulo tenso! Apreciem com moderação 😍
~Darkness

Capítulo 19 - Trap


Fanfic / Fanfiction Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Trap

- Você não pode me deixar aqui, sem dar notícias! - berrou Seokjin para Taehyung, inconformado.

Estávamos em frente a um ônibus, o pegaríamos e ele nos deixaria a poucos quilômetros da fronteira da Coréia do Norte. O proprietário do mesmo era um super conhecedor da Mariana's Web, de nacionalidade mexicana, foi indicado pelo cara dos unicórnios, que era japonês - Taehyung descobrira -,  e por isso pedia ienes ao invés de won legítimos.

Seokjin insistia em vir conosco para nos ajudar, mas - por motivos óbvios - Taehyung não queria que nada lhe acontecesse, por isso estava tentando convencê-lo a ficar em casa nos esperando. Era tarde, logo anoiteceria, e era provável que nos atrasássemos caso Seokjin não largasse Taehyung de uma vez!

- Você pode esperar, Jin-Hyung! Não vai me acontecer nada, eu prometo! - disse Taehyung, num tom sereno, acariciando o rosto de Seokjin enquanto o mesmo puxava alguns cabelos de sua nuca com delicadeza.

Okay! Apesar de não estar acostumada com aquilo, achei muito fofo o carinho que eles dois trocaram...

- Não prometa algo que não pode cumprir. - murmurou Seokjin, com um biquinho nos lábios e os olhos fechados. - Me deixa ir com você. 

- Nem pensar! Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse a você! - disse Taehyung, abraçando a cintura de Seokjin com força.

- Se pode acontecer algo comigo se eu for, então significa que pode te acontecer algo também. - disse Seokjin, deixando duas lágrimas saírem de seus olhos. - Por favor! Não me deixe!

- Eu sempre estarei com você, Hyung. - murmurou Taehyung, beijando prolongadamente a testa de Seokjin.

Clareei a garganta, tentando dissipar a dor que pairou em minha garganta, sacudi a mão em frente aos olhos para as formações de lágrimas nas beiradas dos mesmos secarem. Eu não iria chorar!

Olhei para Jimin, os olhos dele estavam marejados, ele limpou uma lágrima que caiu rapidamente e respirou fundo, nem notou que eu o olhara.

- Muchachos, tenemos que ir, ya passa das três de la tarde. - disse o motorista com sotaque mexicano atrás de nós.

- Taehyung-Ah, nós temos que ir. - disse Jimin, após pigarrear, firme, mas com dificuldade interiormente. 

- Eu amo você. - Taehyung sussurrou, dando um selinho com vontade em Seokjin, mas o mesmo agarrou os ombros de Taehyung e o beijou calorosamente, deixando-me corada.

- Eu também. - disse Seokjin, ainda chorando. - Cuidado.

- Você também. - disse Taehyung, subindo os degraus do ônibus, soltando lentamente a mão de Seokjin que se encontrava desolado.

Assim que as portas do ônibus se fecharam, Seokjin caiu de joelhos no chão vendo o nosso ônibus partir para longe dele. Taehyung não conseguiu se equilibrar e se sentou nos degraus, afundando a cabeça nas próprias pernas. 

- Niño Taehyung, no puedes viajar nos degraus del ônibus. - disse o mexicano, preocupado com o estado de Taehyung.

Jimin se levantou, apertou o ombro de Taehyung e murmurou algo em seu ouvido para que apenas ele escutasse. O mesmo respirou fundo, se levantou e colocou sua mochila num compartimento do ônibus, sentou-se num banco e ficou olhando pela janela.

Jimin voltou a se sentar do meu lado e sorriu fraco para mim. Ele tentava ser forte, mas eu sabia que suas emoções eram mais evidentes que quaisquer outras coisas. O abracei forte sem prévio aviso e o mesmo inalou o cheiro de meu pescoço após apertar meu tronco fortemente.

- Taeyoon... - sua voz saiu abafada por seu rosto estar afundado em meu ombro, mas quando nos separamos ele pôde falar com mais clareza. - Antes de chegarmos lá, eu quero falar uma coisa.

- O quê? - perguntei, meu coração se encontrava além do esôfago.

- Se acontecer alguma coisa comigo lá, ou, tomara que não, com você, eu... só quero que você saiba que eu te amo. - disse, abaixando o rosto e corando.

Segurei seu rosto entre minhas mãos e sorri abertamente para ele, fitando seu olhar brilhante e sua boca carnuda de vez em quando. Tão lindo... Eu tenho sorte.

- Jiminie, nada acontecerá a você, o protegerei com minha vida se for preciso, eu prometo. - disse, levando sua mão livre ao meu peito. - Sente isso? Elas serão dedicadas a você nesse tempo. 

- Eu também protegerei você, Yoona... Eu prometo. - sussurrou e meu coração quase escapou. 

Yoona...




[...]




Meus olhos teimavam em ficarem fechados, a superfície em que eu me encontrava era macia e confortável, a aura daquele espaço era agradável. Enfim, um sonho.

- Yoona? - chamou-me. Abri os olhos de imediato, era Hoseok. - Desperte, sua vida está esperando.

- Você... não faz idéia de quantas noites eu passei... pensando apenas em você, em ver você... tocar você. - falei pausadamente e depois suspirei. - Isso é um sonho, né? 

- Sim, apenas um sonho muito bom e logo você acordará. - disse ele, sorrindo gentilmente.

- Então... Quando eu abrir meus olhos, você vai desaparecer e eu não poderei vê-lo novamente! - exclamei, já em prantos. - Se posso tê-lo apenas em meus sonhos, então não quero mais acordar!

- Eu sempre gostei disso em você, sabe? Sua determinação. Além disso, você deseja apenas uma coisa de cada vez. Isso é admirável, Yoona. - Hoseok mostrou-me seu mais lindo sorriso e me abraçou fortemente.

Incrivelmente, eu estava hospitalizada numa maca, envolvida por luzes brancas e os braços de meu irmão.

- Por favor, nunca mais me deixe, fique aqui, perto de mim, e nunca mais vá embora! - implorei a ele, em completa vulnerabilidade. 

- Você tem que viver sua vida sem mim, Yoona. - sorriu novamente. 

- Não! Não! - berrei e ele apertou minha mão.

- Me prometa que saberá lidar com a vida sem mim! - exclamou, deixando uma lágrima dolorosa escapar de seu nervo triangular.

Um fato sobre Hoseok e eu: sempre trocávamos promessas. Se uma promessa feita por nós dois nos interessasse, trocávamos palavras e nunca quebrávamos ela. Eu nunca quebraria uma promessa que Hoseok me pedisse para fazer.

- Troquemos promessas, agora! - exigiu e eu assenti, hesitante. - Essa é a minha garota! Seja forte e eu sempre estarei com você.

E deixou-me. Sozinha e desolada naquele quarto. Eu cravei aquilo em meu coração: "Eu prometo, saberei viver, Hoseok."

Então, o choque de realidade veio...

Abri meus olhos. Estava um calor insuportável! Suor escorria por todo o meu corpo e o ônibus balançava muito. O enjôo tomou conta de meu cérebro.

- Entonces, muchachos, esta é a parte mais quente próxima a fronteira da Coréia do Norte. - disse o motorista mexicano, secando a testa encharcada com um lenço colorido em quadrados. 

- Não diga! - exclamou Taehyung, sorrindo com deboche para o homem.

Me contorci lentamente no banco, eu me sentia sofrendo de insolação, cerrei os punhos e tranquei o maxilar para tentar aliviar algo que eu ao menos sabia o que era.

Jimin percebeu meu estado e pegou uma garrafa de água, ele a abriu e colocou-a próxima de minha boca, bebi a água com vontade, sentindo meu corpo gelar. 

Jimin estava sem o casaco de mais cedo, com a calça um pouco desleixada deixando à mostra a etiqueta de sua cueca e a regata branca suada contornando seus músculos. Os cabelos grudando em seu rosto suado e os músculos mais lustrosos que nunca.

Simplesmente magnífico.

- E digo mais! Há um motivo para este clima ser tão infernal. Primeiro, el ditador norte-coreano fabrica armas para los americanos, inclusive nucleares, portanto, el exige testes nucleares em campos vazios ou de concentração. - disse o homem, pisando no acelerador após o balanço cessar. 

- E nós estamos exatamente em cima de um agora, certo? - disse Taehyung, o sorriso desafiador.

- Acertaste, chico bonito! - disse o mexicano. Ele parecia ser simpático.

Levantei do banco no mesmo instante e fui para o fim do ônibus olhar pela janela traseira - que era maior -, o que vi quase me fez cair para trás, e teria acontecido, se Jimin não tivesse me segurado. 

Além do sol matador no alto do céu quase que todo branco, crateras com cores estéreis estavam por todo o chão daquele deserto próximo a fronteira da Coréia do Norte.

De repente, a imagem de pessoas sendo mortas por bombas nos campos de concentração invadiram minha mente. 

Sangue. Gritos. Pessoas desmembradas. Mortes.

Abri a porta do banheiro sujo e fétido com força e botei tudo o que tinha dentro de mim pra fora. Jimin segurou meus cabelos para eles não sujarem e acariciou minhas costas. 

Ai, que horror...

- Taeyoon, você tá legal? - perguntou, Taehyung, levantando-se também, supus.

- Não, ela não está. - Jimin me estendeu um lenço e eu sequei minha boca com o mesmo. 

Ele me ajudou a voltar para o banco e me deu água. Taehyung me estendeu um pedaço de pão e eu aceitei tudo, pois estava incrivelmente sem energias.

Não demorou muito e aquele sol quentíssimo, finalmente, abandonara o céu, nos deixando tirar um cochilo tranquilo por pelo menos um tempo. 

Quando eram por volta das duas da madrugada, o mexicano nos deixou a poucos quilômetros da fronteira da Coréia do Norte. Ele nos deu explicações específicas de como chegar no local, mas Taehyung parecera ignorar tudo pelo orgulho - ou inteligência - ferido.

- Ótimo, vamos em frente. - disse Taehyung, tomando a dianteira, e nós o seguimos.

Um céu pouco estrelado, um caminho árduo e um destino final suicida. Na última lua cheia do mês, percebi que o satélite nunca estivera tão brilhante como naquele dia, e secretamente, concluí que aquela era uma noite perfeita para morrer.

Coisa que não iria acontecer. Eu iria salvar meu irmão e recuperaríamos nosso tempo perdido; Ele aprovaria meu relacionamento com Jimin, terminaria sua faculdade de engenharia tecnológica e se casaria para me dar sobrinhos lindos e saudáveis.

Mas aqueles, eram apenas planos que, no momento, estavam bem distantes. 

Jimin, Taehyung e eu nos escondíamos entre as montanhas, observando a lua colossal se esconder entre elas também, como que nos protegendo de qualquer perigo que espreitasse das montanhas antagônicas.

Porém, nós estávamos desconfiando de passos atrás de nós interiormente. No começo, pensamos que era apenas uma coincidência desconfiarmos da mesma coisa que poderia ser obra de nossa imaginação pelo medo, mas depois que uma pedra fora chutada em nossa direção por acidente, travamos no lugar, medrosos no fim das contas.

- Alguém, por favor, se vira. - pediu Jimin, fechando os olhos com força.

Olhei para trás e o que vi me fez suspirar aliviada. Era apenas o Seokjin.

Espera! Caralho, era o Seokjin! Ele estava lá conosco!

- Jin-Hyung! - gritou Taehyung, que se virou após ter ouvido meu suspiro aliviado, com uma expressão de pura surpresa. - O que está fazendo aqui?!

- Eu não podia deixá-los! Por favor, Taehyung, entenda, eu nunca estive tão desesperado! - disse Seokjin, se aproximando de nós - e de Taehyung. 

Taehyung apertou o rosto de Seokjin com força, o mesmo cobriu as mãos de Taehyung com as suas e apertou os olhos, nervoso.

- Você é idiota, Seokjin?! Você é estúpido?! - disse Taehyung, beijando cada parte do rosto de Seokjin. - Você não deveria estar aqui!

- Não ia deixar vocês se machucarem sozinhos, nunca me perdoaria caso fugisse dessa possibilidade! - disse Seokjin, aquecendo meu coração.

- Como veio parar aqui? - perguntei.

- O porão do ônibus estava aberto, então eu pulei dentro dele. - disse Seokjin, abaixando a cabeça. - Meus pais não se preocuparam com isso, fiquem calmos. 

- Não podemos mais fazê-lo voltar, Taehyung. O jeito é levá-lo conosco. - disse Jimin, coçando a nuca após suspirar, como todos havíamos feito.

- Nem pensar! - disse Taehyung, em tom incrédulo.

- Taehyung, ele não é idiota, pare de tratá-lo feito criança! - eu disse, cruzando os braços. 

- Está dizendo a garota que insinuou que eu o corrompi. - disse Taehyung, sarcástico. 

- Porque foi o que aconteceu! - retruquei, sustentando meu peso em apenas uma perna, permanecendo em uma pose engraçada. 

- Pensei que não tivéssemos tempo a perder! Ninguém ficará para trás. Podemos apenas achar aquela maldita fronteira?! - berrou Jimin, nos causando espanto. 

Voltamos a andar todos juntos em direção à fronteira, Taehyung ainda murmurava algumas coisas para Seokjin, de cabeça baixa, enquanto Jimin apenas mantinha seu olhar no horizonte, procurando pela fronteira. 

Andamos mais alguns metros e vimos aquele grande portão com o número 1294 em seu centro e um pequeno letreiro numa placa de aço em baixo do número que dizia: "Mariana's Web: Alas Experimentais. Proprietário: Kim Namjoon.". Meu estômago se revirou no mesmo momento. Não demorou muito e o relógio de Jimin apitou, 03:30 AM.

- Uau. - disse Seokjin, realmente impressionado com aquela estrutura enorme. 

- Não temos mais que meia hora, temos que ser rápidos! - disse Taehyung, tirando sua mochila das costas para pegar algumas lanternas.

- Rápidos? E por quê? - uma voz rouca que não pertencia a ninguém de nosso pequeno grupo proferiu, nos paralisando mais uma vez.

- Ora, ora, ora. Veja o que temos aqui, Suga! O Senhor vai gostar muito de saber que eles finalmente chegaram! - disse outra voz, esta mais melodiosa.

- De fato, Coelho. Vamos levá-los. - disse a voz rouca novamente, estalando os dedos, nos provocando um pânico eminente. 

Mais homens apareceram, todos vestidos de preto, e agarraram todos que estavam lá, inclusive a mim.

Puta merda! 

- Não! NÃO! - gritei, me debatendo.

- Me solta! - grunhiu Taehyung, tentando chutar dois homens que o suspenderam do chão.

- Tá me machucando! Me larga! - Seokjin choramingou.

Droga! Tudo aquilo era minha culpa!

O portão foi aberto e os homens entraram conosco dentro daquela espécie de galpão enorme. As paredes do local eram cobertas de cerâmicas sujas e o cheiro era antisséptico. Nunca me senti tão enjoada, nem naquele maldito ônibus!

- NÃO! Taeyoon! - gritou Jimin e eu entrei em desespero.

Que não fizessem nada a ele!

- Jimin! Jimin! - gritei e tentei alcançá-lo quando os homens me colocaram no chão. 

- Taeyoon! - ele berrou novamente, estendendo a mão para mim e eu fiz o mesmo.

- Ji... Não! - gritei novamente quando ele foi levado a um corredor oposto ao meu, não me dando tempo de pegar sua mão. - Não! Deixem ele em paz! Me larguem! Jimin!

O homem de voz rouca, com os cabelos tingidos e pele pálida pressionou uma injeção contra minha veia do ombro e eu pressionei os olhos com força antes de começar a chorar sem emoção para esbanjar.

- O Senhor vai gostar muito do que a gente achou lá no portão. - disse o rapaz que tinha a voz melodiosa, sorrindo, seus dentes assemelhavam-se aos de um coelhinho.

As vozes estavam cada vez mais distantes...

- Jimin... - sussurrei antes de quase apagar. 

- Oh... Park Taeyoon. - disse a voz de Kim Namjoon e meus olhos se fecharam por completo.


Notas Finais


Avisei que era tenso 😕 Agora sim! Que os jogos comecem 😈 Bom carnaval pra vocês e até o próximo 😚
~Darkness


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