História Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Making Love

Dígitos, muitos dígitos. Eu contei no relógio, fazia dezenove horas que não pregava os olhos, o cansaço estava quase me dominando, mas eu não podia desistir, tinha que terminar de digitar antes das cinco ou tudo estaria perdido.

Escutei a porta ranger, parei bruscamente e olhei para trás, era Jimin, revirei os olhos e voltei a digitar muito rapidamente, como se não houvesse amanhã. Provavelmente não haveria se eu não terminasse de digitar.

- Eu trouxe mais café, você está bem? - ele pôs a xícara em cima da mesa e eu arregalei os olhos de imediato.

- Tira... Tire agora, não quero que nada estrague meu trabalho. - murmurei e ele tirou a xícara de cima da mesa rapidamente.

- Perdão, você está bem? - perguntou novamente.

- Perdão, eu não o vi entrar, você já conhece a casa, pode ficar à vontade. - murmurei novamente e ele suspirou.

Ele parecia querer apenas um pouco de atenção, apesar de ele entender todos os meus motivos, Jimin se sentia solitário sem minha completa companhia. Como ele costumava dizer, eu estava paranóica.

- Passa esse café pra cá! - me virei e tirei a xícara de suas mãos.

Parei de digitar e tomei um gole grande do café, estava muito quente, terminei por queimar levemente a língua.

- E então? - me perguntou, com os olhos brilhantes.

Eu amava os olhos dele, o olhar dele era encantador, assim como seu sorriso. Porém, eu olhei para ele e jurei ver dois dele, poderia ser um clone? Um alienígena? O que era aquilo?

- Jimin... Eu estou delirando ou tem dois de você aqui? - perguntei, balançando a cabeça e fechando e abrindo os olhos constantemente.

- Você está delirando, ingeriu cafeína demais. - ele disse e riu baixo, eu sorri sem graça e me virei para o computador novamente. - Taeyoon...

- Eu preciso de um minuto, por favor. - murmurei e voltei a digitar.

- Tudo bem, eu vou estar lá em baixo. - disse e saiu do quarto.

Ótimo! Assim eu podia trabalhar em paz!

Meus dedos doíam, eu tinha lutado contra o sono fazia tempos, eu queria dormir, mas dormir eu não podia ou estaria perdida.

Olhava nos cadernos secretos de Hoseok vários códigos de criptografia para atingir as camadas mais profundas da web, eu já estava na quarta camada e tentava, à todo custo, entrar na quinta. A temida Deep Web.

E tudo isso na esperança de reencontrar meu irmão, Jung Hoseok.

Oito dígitos, criptografia aberta, eu só precisava apertar no botão enter. Minha coragem havia se esvaído e eu fiquei em pânico de repente, mas me lembrei dos motivos por eu estar fazendo aquilo e respirei fundo, apertando aquele botão.

Uma nova página se abriu, era o que eu queria - tirando dez horas seguidas de descanso depois de um longo banho quente. Pus o computador para hibernar, eu entraria naquela camada no dia seguinte para tentar buscar mais informações, naquele momento eu estava precisando de um tempo para mim.

Levantei da cadeira e uma vertigem dominou as veias de meu cérebro, caí de novo na cadeira e bufei, o que eu não daria por uma completa estabilidade?

- Jimin! - gritei e o mesmo apareceu em poucos segundos de demora.

- O que foi? Você está bem? - ele perguntou, numa expressão preocupada.

- Pode me ajudar a tomar um banho? - perguntei com a voz mais meiga que eu possuía.

- Você está bem, Taeyoon? Não parece estar muito bem! - ele pegou meus braços e me suspendeu do chão por pouco tempo.

- Como eu posso estar bem? Fiquei acordada por horas sem comer, sem dormir, sem fazer sexo, sem...

- Okay! Eu acho que já entendi! - disse, corando.

Ele me pôs dentro do banheiro e, com muita hesitação, começou a tirar minha roupa. As coisas ainda giravam pra mim, era como se eu estivesse num universo paralelo ao meu. Foi aí que uma idéia me ocorreu.

Se Jimin achava que eu estava delirando - e eu de fato estava -, então ele não se oporia a fazer qualquer coisa que eu pedisse, sem hesitações, bem... Talvez com alguma hesitação, mas não com essa que ele tem enquanto está tirando minha roupa.

Eu estava carente, precisava dele e ele fazia de tudo por mim. Aquilo era perfeito.

- Jiminie... - murmurei, minha voz estava incrivelmente meiga e delicada.

- Tae? - ele finalmente tirou minha blusa e eu sorri um pouco maliciosa para ele.

- Eu tenho um segredo pra te contar. - disse e ele arqueou as sobrancelhas. - Chegue mais perto.

Ele aproximou o ouvido de meus lábios e eu sussurrei numa voz extremamente sexy:

- Eu adoro as suas mãos em mim.

Ele se afastou lentamente e sorriu, sem graça, pude ver que ele estava corando.

- Você está muito alucinada, Taeyoon. - ele disse e riu um pouco mais alto.

- Nunca estive tão lúcida, Jimin. - eu disse num tom de voz sério, seus olhos brilhantes se voltaram para mim e eu suspirei de maneira imperceptível. - Eu realmente gosto de quando me toca e... do som da sua voz.

Ele abaixou a cabeça, corando mais ainda. Eu envolvi o pescoço dele com os braços e ele levantou o rosto lentamente, quando ele estava distraído comigo por um segundo aproveitei o tempo para beijá-lo.

Seus lábios carnudos eram encantadores, eu poderia beijá-los pela eternidade e nunca iria querer parar. Ele segurou minha cintura com delicadeza enquanto nossas línguas acariciavam uma à outra.

Eu estava ficando rapidamente excitada, mas Jimin era tímido demais então eu precisava ir com calma. O beijo lento e gostoso terminou muito a contragosto, eu tirei minha própria roupa depois de separarmos nossos lábios e ordenei que ele tirasse a roupa dele.

Liguei o chuveiro na temperatura mais quente que possuía e entrei debaixo do mesmo, suspirei quando estava em baixo daquela água corrente, enfim!

- Se sente melhor? - perguntou Jimin, pondo as mãos em meus ombros.

Minha pele se arrepiou com o seu toque, as mãos dele eram tão delicadas, ficava me perguntando se elas podiam fazer algum estrago.

- Vou me sentir muito melhor se você me abraçar. - disse e ele abaixou as mãos, passando-as por meus braços e, por fim, entrelaçando nossos dedos.

Ele juntou nossos corpos lentamente, me abraçando por trás, e apoiou o queixo em meu ombro, nisso, eu joguei a cabeça para trás e ele pôs-se a beijar meu pescoço, a iniciativa dele me impressionou.

Suas mãos passeavam pelo meu corpo de maneira discreta e carinhosa, eu acariciava seus cabelos e gemia baixo, por prazer. Ele enfim juntou as mãos em frente a minha barriga e parou de beijar meu pescoço.

- E agora? - ele perguntou, seu tom de voz estava rouco.

- Você podia melhorar mais. - murmurei e ele riu baixo.

- Me mostre o que você quer que eu faça. - pediu, sorri vitoriosa e me virei para ele.

- Eu quero que você faça do jeito que mais gosta. - pus meus braços em volta de seu pescoço e ele agarrou minha cintura, na mesma delicadeza.

Me beijou novamente e eu acariciei seus ombros, ele moveu as mãos para minhas nádegas e as massageou em círculos, fazendo-me arrepiar novamente.

Jimin fez uma trilha de beijos de minha boca até meu pescoço, eu joguei a cabeça para trás novamente e suspirei, ele subiu as mãos pelo meu abdômen, pela pele de minhas costelas e chegou aos meus seios, gemi.

Ele acariciou meus seios e os apertou levemente, mexeu nos bicos rijos com os indicadores e polegares e se moveu para chupá-los. Gemi quando sua língua se pôs a acariciar minha pele, massageei seus cabelos enquanto ele continuava me levando à loucura.

Só achei que ele estava sendo paciente demais.

- Jimin... - gemi, ele apertou minha cintura com força e parou de chupar meus peitos.

- Eu machuquei você? Desculpe! - ele acariciou meus peitos, como se estivessem feridos.

- Não me machucou, mas não acha que poderia ir direto ao ponto? - tombei a cabeça para o lado minimamente e sorri, sapeca.

- Achei que você nunca fosse perguntar! - grunhiu e abocanhou meus lábios.

Ele agarrou minha cintura e me suspendeu do chão, me pressionando contra a parede, eu podia sentir sua ansiedade correr pelas veias, se fundindo com as minhas.

Arranhei suas costas com força e ele grunhiu sobre meus lábios, movendo-os para morder o lóbulo de minha orelha, fazendo-me gemer de maneira pouco alta.

- Ah! Vamos logo, Jimin! - implorei e ele me levou até o quarto, jogando-me na cama.

Ele se pôs entre minhas pernas e começou a me chupar, meus gemidos eram baixos, mas audíveis. Jimin nunca reclamou de meus gemidos não serem tão estridentes, na verdade ele sempre gostou, ele dizia que as mulheres que gritavam na hora do sexo ou eram falsas ou exageradas, eu não me encaixava em nenhuma dessas situações.

- Ah, Jimin... - murmurei e ele parou de me chupar, se movendo logo para me penetrar, mas eu o parei. - Espera, você também tem que ganhar alguma coisa!

O sentei na cama e me pus entre suas pernas, acariciei seu membro - que já estava endurecido - e o pus na boca, arrancando-lhe gemidos baixos, mas gostosos.

- Ah, Taeyoon... - gemeu e acariciou meus cabelos, olhei para ele com um olhar sexy e ele jogou a cabeça para trás.

O chupei tempo o suficiente para deixá-lo mais excitado que antes, ele estava suado e já cansado, ao contrário de mim, que estava mais ansiosa que o normal.

Sentei em seu colo - após pôr uma perna em cada lado das suas - e, vagarosamente, sentei em seu membro. A cada centímetro percorrido, gemíamos juntos, apreciando cada instante daquele ato.

- Ah, Jimin... - resmunguei e me pus a cavalgar em seu membro, ele agarrou minha cintura com força e grunhiu alto.

Com o tempo, ele estimulou meus movimentos e, num só instante, nosso ritmo já estava rápido e frenético, levando-me a revirar os olhos até esbranquiçá-los.

Arranhei as costas dele cautelosamente, eu não gostava de machucá-lo, e joguei a cabeça para trás quando ele beijou meu colo repetitivamente. Num rápido movimento ele me pôs em baixo dele e eu suspirei, Jimin sabia de fato me surpreender quando queria.

Me penetrou rapidamente, fazendo-me grunhir, e logo o som de nossos corpos se chocando e nossos baixos gemidos eram os únicos barulhos audíveis naquele pequeno, mas aconchegante, quarto.

Quando Jimin percebeu que eu já estava gozando em seu membro, ele me moveu, pondo-me debruçada, e me penetrou insensivelmente de novo. Grunhi após bruscas estocadas vindas dele, fazendo-me delirar mais que tempos antes.

- Jimin... Eu não posso... Não consigo... - sussurrei, caindo sobre a cama de exaustão, mas ele me ergueu pela barriga oferecendo-me uma espécie de estabilidade artificial. - Jimin!

Ele chegou ao seu ápice dentro de mim e o jato quente vindo dele me ofereceu mais prazer, era como se eu tivesse dado um pulo tão alto que tinha atingido o céu, mas como nem tudo são rosas eu tive de voltar, apenas para ver aquele sorriso encantador e me lembrar novamente de que não era um sonho.

O mais fabuloso dos sonhos que na verdade era uma realidade, felizmente.

- Você é incrível... Você é boa demais... - ele murmurou, se movendo inquieto na cama, ofegante como eu.

Eu me virei para o outro lado, com vontade de dormir. Com o tempo a minha temperatura foi se acostumando com a do ambiente e o calor humano que meu corpo possuía se esvaiu, me causando um arrepio paralisante típico da estação de outono.

Jimin me cobriu com os cobertores quadriculados, passando-me mais aconchego, e me abraçou forte, me passando mais proteção. Ele era assim, incrível em tudo.

E foi nesse clima gostoso do fim de outono que eu adormeci nos braços do homem que eu mais estimava e que mais me apoiava absolutamente.

Jimin era o meu anjo e eu esperava muito que aquele anjo não caísse, jamais. Se Jimin se afastasse de mim, presumia que não teria forças para continuar novamente.

Não sei se o que sinto por ele chega a ser amor - como o que eu sentia por Hoseok estava fora de questão -, mas um carinho e uma consideração muito grande, não há dúvidas.

Ele preencheu um enorme buraco em meu peito quando Hoseok se foi, mas não totalmente.

Eu precisava do meu irmão.