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História Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Take A Break


Escrita por: DoubleLover

Notas do Autor


Capítulo adiantado por conta da ansiedade, fiquem tranquilos que também atualizarei a história num dia da semana. Apreciem com moderação.
~Darkness

Capítulo 4 - Take A Break


Fanfic / Fanfiction Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Take A Break

- Me deixe experimentar o seu? - pediu Jimin, referindo-se ao prato de comida italiana que eu havia pedido.

Eu enrolei um pedaço da comida no garfo e levei-o até sua boca, ele abocanhou o alimento e soltou uma interjeição de satisfação. Confiei em seu gosto e provei da comida também, que se assemelhava a um tipo de macarrão com miniaturas de pão de queijo, mas tinha o nome de nhoque.

- Hmm! Isso é delicioso! - eu sorri e me pus a comer o nhoque mais rápido. 

- Quer provar do meu? - ele perguntou, oferecendo-me uma colher da sua comida. 

Eu abochanhei o alimento e me impressionei, o prato ratatouille era delicioso!

Fizemos bem em ir comer naquele lugar que possuía culinária européia, apreciar novas coisas era a minha especialidade!

- Fez bem em me trazer para cá, gostei muito do lugar! - disse, sorrindo para ele.

- Sabia que ia gostar! Eu estava querendo te trazer faz muito tempo, mas tempo é o que você menos tem. - ele disse, abaixando a cabeça e brincando com a comida de seu prato.

- Devia saber que tenho tempo quando se trata de você. - murmurei, na intenção de não deixar ele ouvir, mas ele pareceu ter escutado.

Maldita percepção! 

- Eu deveria agradecer pela consideração? - ele perguntou e eu revirei os olhos, eu estava corando.

- Não quero falar sobre isso! - eu disse, irritada, e ele riu. - Pare, Jimin! 

- Desculpa! Você irritada é impagável! - disse e riu mais.

- Pare com isso! Pare já! - berrei e ele parou de rir aos poucos. - Termine de comer sua comida ao invés de rir de mim!

- Ei, não fique assim, temos a tarde inteira! - ele disse, animado.

- A noite inteira também? - resmunguei, com malícia. 

Ele olhou para mim sem mover a cabeça e eu pisquei para ele, foi a vez dele ficar com vergonha. 

- Te adoro corado. - eu disse e apertei sua bochecha, mas diferente de mim, ele não se libertou de meu toque.

- Você me adora e eu sei! - ele disse, rindo em seguida.

- Você é bem convencido, hein senhor Park?! - nós dois rimos e voltamos a comer.

Assim que terminamos, ele se levantou e estendeu a mão para eu me levantar.

- Eu espero que tenha bastante resistência, senhorita Park, porque vamos fazer uma longa caminhada! - segurei sua mão e nós começamos a andar.

Ai, não!



[...]



- Já chegamos? - perguntei, ofegante. 

- Ainda não. - respondeu Jimin, sua respiração estava mais regulada.

Se passaram cinco minutos e eu parei por um tempo, estávamos andando demais, tanto que eu nem pude contar, aquele monte era muito alto!

- E agora? Já chegamos? - perguntei, apoiando as mãos nos joelhos.

- Não, ainda falta um pouco. - disse ele, pondo as mãos na cintura e olhando para cima.

Olhei na direção que ele olhava e arregalei os olhos, ele só podia estar brincando!

- Um pouco?! Vamos acabar chegando lá apenas quando estiver à noite! Vai demorar uma eternidade para nós chegarmos! É melhor a gente voltar enquanto ainda há tempo. - me virei para ir embora, mas Jimin segurou minha cintura e me guiou novamente à trilha que levava ao monte.

- Você nunca desiste, lembre-se, estamos quase chegando. - murmurou em meu ouvido e uma determinação cresceu em meu interior. 

Eu segurei a mão dele e o puxei para continuarmos, tão rápido e bruscamente que ele tropeçou e eu ri.

- Desculpe! Desculpe! - eu disse em meio aos risos e o ajudando a levantar. 

- Estamos apostando corrida por acaso?! - ele perguntou, rindo também.

- Ótima idéia! - eu disse e comecei a correr, deixando-o para trás.

- Espera! Não vale! Você saiu na frente! - gritou Jimin, inconformado, pondo-se a correr atrás de mim.

- E quem disse que tinham regras?! - provoquei e corri mais rápido. 

A corrida para cima estava me deixando cansada, mas então resolvi apelar. 

Imaginei que o que estava lá em cima fosse Hoseok e o que estava atrás de mim fosse o homem que o sequestrou, eu precisava correr para alcançá-lo e, ao conseguir, ficaríamos juntos para sempre e o sequestrador sumiria eternamente, nos deixando em paz, enfim.

Pareceu dar certo, meus pés avançaram com êxito em direção ao topo do monte, o caminho ficava cada vez mais curto e aquela sensação de congelamento nos meus pulmões estava sumindo, era quase como se eu estivesse levitando, mas o caminho acabara. 

No topo do monte havia um santuário xintoísta, que no momento eu tinha esquecido o nome. Jimin chegou logo depois e eu suspirei, aliviada. Fui um pouco para trás, ficando ao seu lado, e segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos e olhando para o templo fixamente.

Nossas respirações voltaram ao normal aos poucos e minha curiosidade me atiçava cada vez mais para ver o que tinha dentro daquele templo, quando estávamos mais calmos e regulados, Jimin apertou mais minha mão e me olhou.

- Você quer entrar? - perguntou e eu assenti.

Nossos pés se moveram, nos levando para dentro daquele templo, o interior daquela construção era tão lindo quanto fora dela.

Como nunca tinha ido àquele lugar antes?

- Qual é o nome desse lugar? - perguntei a ele, pensei que pudesse saber.

- É o santuário xintoísta Chōsen Jingū. - respondeu, sem hesitações.

- Este lugar tem alguma história, Jiminie? - perguntei, andando um pouco mais afronte dele.

- Eu já escutei uma quando era criança. - ele disse.

- Como é a história? - me virei para olhá-lo e ele sorriu para mim.

- É uma lenda chinesa, parece que a China espalhou sua cultura aqui também. - Jimin riu, observando os monumentos.

- E como é?

- Na época da monarquia, duas pessoas se apaixonaram. Foi como se eles tivessem sido feitos um para o outro, eles passavam muito tempo juntos e se amavam de todo o coração. Como pessoas jovens eles também tinham muitos planos. Porém...

- Porém o que? - perguntei, curiosa.

- Porém, a mãe da menina não aceitava o amor de ambos, por inveja, ela nunca teve alguém para amá-la tanto como o menino amava sua filha, por isso lançou uma maldição no amor dos dois, erguendo uma alta cachoeira do solo, separando-os para sempre. - disse Jimin, liberando um longo suspiro.

Meus olhos estavam marejados, aquela história estava deveras triste, mas eu não aceitava aquele fim.

- Tem outro porém, não tem? - perguntei, com expectativa, e ele assentiu. 

- Porém, uma vez por ano, os pássaros se comoviam com o sofrimento dos dois por estarem distantes, então formavam uma ponte por cima da cachoeira para que eles se encontrassem, ao menos uma vez, para relembrarem seu amor. - disse Jimin e eu sorri, liberando uma pequena lágrima de alegria.

Era como se fôssemos Hoseok e eu, estávamos separados por uma cachoeira imensa, mas não havia nem uma ponte que permitisse vermo-nos.

Automaticamente, uma tristeza dominou meu ser e eu me pus a chorar, enfraquecida pelas lembranças dos bons tempos que, talvez, nunca mais iriam se repetir.

Jimin me abraçou por trás, passando o calor de seu corpo para mim, fazendo-me sentir melhor. Me virei para ele e afundei minha cabeça em seu peito, sentindo seu coração descompassado contra minha bochecha e suas mãos fortes em volta de mim.

- Taeyoon... Está esfriando, não acha que devamos ir? - perguntou depois de forçar a garganta.

- Só mais um pouco, por favor. - murmurei e ele me abraçou mais forte.

Percebi, então, que estávamos ajoelhados no chão frio daquele templo, mas o frio que aquele piso passava não era o suficiente para acabar com o calor humano que nossos corpos produziam, emanando uma incrível sensação de aconchego pelo ambiente.

Me separei de seu abraço a contragosto e Jimin secou minhas lágrimas com seus dedos, eu sorri para ele sinceramente e o ajudei a se levantar após estar de pé.

- O que acha de desejarmos algo primeiro? - perguntei e ele assentiu, animado.

De mãos dadas, corremos para o outro lado do templo, onde tinha uma fonte. No fundo dela, haviam algumas moedas, provavelmente jogadas por xintoístas que faziam pedidos aos deuses.

Tirei duas moedas de meu bolso e dei uma para Jimin, que a apanhou, sorridente.

- Deseje você primeiro. - o incentivei e ele assentiu.

Ele fechou os olhos, suspirou fundo e jogou a moeda na água, fiquei me perguntando qual teria sido seu pedido, mas era a minha vez.

Fiz o mesmo que o Jimin e desejei apenas uma coisa em meu pensamento:

"Ah, Hoseok... Volte para mim."

Joguei a moeda na água e desejei, do fundo de meu coração, que aquele desejo se realizasse. 

- Vamos, Taeyoon? - ele pegou minha mão e eu assenti, sorrindo.

Na descida para o parque de Namsan foi menos cansativo, voltamos à pé para casa e na mesma eu cozinhei para Jimin.

Eu tentei não fracassar ao fazer o kimchi, e consegui, Jimin disse que a comida estava deliciosa - só não sei se foi por consideração ou se foi verdade.

Ele dormiu comigo em casa, me abraçando apertado na cama, e eu tive de me conter para não dormir pra valer, seus abraços me provocavam um relaxamento intenso. Quando sua respiração se tornou mais profunda, eu removi seus braços de mim lentamente e me levantei da cama, indo para o meu computador.

Abri o mesmo e entrei no site em que, há tempos, ansiava entrar. Então, com os dedos trêmulos, pesquisei aquele nome na barra de busca da Deep Web.

"Jung Hoseok"

As buscas não foram tão claras - eu também não esperava que fossem -, então eu inseri três aplicativos que resolviam criptografias e as letras e frases mudaram diante de meus olhos.

Cliquei no primeiro link e li todo o conteúdo, não tinha nada de interessante. Eu cliquei em outros links, passei os olhos desesperados pelas letras digitadas, mas não achei nada plausível.

Fiquei pesquisando e até pensei que houvera sido inutilmente, foi quando, dentro de um texto, o nome "Hoseok" estava grifado, cliquei no nome sem nem pensar duas vezes e me deparei com um texto, finalmente, coerente.

Li tudo o que estava escrito lá e a cada frase lida meu coração batia mais forte, mais rápido, mais desesperado. As informações adentravam meu cérebro como um bombardeio, as linhas ficavam cada vez mais curtas sob meus olhos.

"Jung Hoseok foi longe demais em sua busca pelo conhecimento da Mariana's Web"

"Todos deveriam saber que ninguém deve voltar para contar algo a alguém se um dia chegar à Mariana's Web"

"Jung Hoseok foi apanhado pelo detetive virtual da Mariana's Web: Kim Namjoon, que tem como aliados: Jeon Jeongguk e Min Yoongi"

"Kim Namjoon é um dos melhores detetives virtuais que a Mariana's Web possui"

Um "Namjoon" estava grifado para saber a biografia completa de Kim Namjoon, o desgraçado de lábios cheios e cabelos platinados que sequestrou meu irmão. Cliquei sem nem pensar duas vezes.

Arregalei os olhos ao ler o conteúdo horrendo que havia naquele texto, Kim Namjoon era um homem simples e completamente deplorável!

"O maior assassino de todos os tempos fez sua quadragésima vítima"

"Kim Namjoon decidiu investir nas bonecas sexuais Lolita"

"O assassino cruel dá lugar a um homem que segue as leis da Mariana's Web"

Minha cabeça girou e eu pensei que fosse desmaiar a qualquer momento, mas meus pensamentos foram interrompidos pelo toque de celular do Jimin. 

Fechei meu computador de imediato e me virei para ele que, num movimento brusco, pegou seu celular no bolso da calça. Olhei no relógio digital, eram cinco horas da manhã e o dia estava quase amanhecendo. 

Não pensei que houvera ficado tanto tempo no computador daquele jeito.

- Alô? Você? Agora? Que bom! Não, não, estou acordado há horas, não se preocupe! Estou indo, já nos encontramos. - ele desligou o celular e se levantou, vestiu a calça e andou pelo quarto. - Taeyoon? 

- Jimin! Quem era? - me levantei da cadeira, pegando a camisa dele do chão e dando-lhe.

Olhei seu abdômen de recanto, como podia ser tão definido? Aish! Eu só sabia pensar naquilo?!

- Era o Taehyung, temos que ir buscá-lo no aeroporto agora, em meia hora ele chega e a viagem até o aeroporto é longa. - disse ele, amarrando os cadarços do tênis. 

- Não acredito! Ele já voltou?! - perguntei, felicíssima. 

- Sim, se arrume, agora! - disse ele após me dar um selinho. 

Coloquei apenas uma calça jeans e calcei meus vans, desci as escadas e Jimin me ofereceu uma barra de cereais, comi ela quando estávamos dentro do carro e ele se pôs a dirigir. 

- Eu dirigiria pra você descansar, mas eu não sei e nem tenho carteira de habilitação. - ri, sem graça, e ele gargalhou.

- Não estou cansado, eu dormi à beça! - disse ele e eu suspirei.

- Agora sim, todos nós ficaremos juntos. - eu disse, mais para mim do que para Jimin.

Ele colocou a mão em minha coxa e a acariciou, me passando segurança e outros sentimentos bons, tudo o que vinha dele era bom.

- Vamos sim.


Notas Finais


Até o próximo.
~Darkness


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