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História Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Help


Escrita por: DoubleLover

Notas do Autor


Gomenasai.
Apreciem com moderação.
~Darkness

Capítulo 7 - Help


Fanfic / Fanfiction Mariana's Web (EM CORREÇÃO) - Help

Taehyung nos guiou pela cidade, insistiu que guardássemos o carro do Jimin na casa dos pais dele. Segundo ele, precisaríamos de um transporte depois, e também poderíamos ser rastreados através de uma simples placa de carro.

Tudo o que Taehyung dizia era de uma maneira muito séria, porém, parecia que estávamos brincando de fugir do ladrão, como quando éramos crianças. Tudo era confuso demais para poder ser real.

Estávamos a andar a pé por cerca de uma hora, Taehyung fez mistério ao dizer para onde íamos para nos "camuflar". Mas quando nossos pés nos levaram para um lugar conhecido por mim, tive quase certeza de que sabia para onde estávamos indo.

As estrelas que pairavam o céu naquela madrugada eram muitas, uma vista incrível e incomum, que me proporcionou diversos sorrisos bobos pelo caminho. Eu adorava observar o céu, ele era tão misterioso, ora sorria com suas nuvens claríssimas e pele anil, ora chorava com suas nuvens carregadas e rosto malvado.

Eram esses pensamentos que me dominavam, até que Taehyung disse que tínhamos chegado. Nem percebi que estávamos na porta da casa de alguém, uma pessoa que há tempos eu conhecia e não visitava, mas não acreditava que era a essa pessoa que íamos implorar por ajuda.

- Taehyung... - ele me interrompeu e levantou o indicador.

- Não diga nada e confie em mim. - sussurrou e usou o mesmo dedo para apertar a campainha.

Okay! Nunca me senti tão estranha a pedir ajuda para alguém! 

Taehyung tentou mais duas vezes, a ansiedade nos matava. Quando menos esperávamos, a porta foi aberta vagarosamente e apenas um pouco para que a pessoa lá dentro pudesse ver-nos.

Meu coração se pôs a bater mais rápido que antes, cada batimento atropelava o seguinte. Faziam exatos oito meses que eu não via aquela pessoa, simplesmente por medo e insegurança. Ele continuava o mesmo, contudo não era a mesma pessoa.

- O que fazem aqui? - perguntou a pessoa lá dentro, com desconfiança.

Sua voz continuava incrivelmente doce e monótona como sempre, as lembranças me atingiram como uma pedra e eu quis muito chorar. Mas pensei: "que bom ouvir sua voz de novo".

- Precisamos de ajuda, Jin-Hyung. - disse Taehyung, tomando a dianteira.

- É mesmo? - Seokjin riu, sarcástico, e fechou a porta.

Ouvimos o barulho de muitas fechaduras serem abertas e quando a porta se abriu completamente, o Seokjin que vimos foi um sorridente e acolhedor, do jeito que ele sempre foi, e isso me fez sorrir interiormente. 

- Como eu senti falta de vocês! - disse e abraçou Jimin primeiro.

Jimin ficou surpreso com aquele abraço repentino, era típico dele, mas pôs-se a corresponder e sorriu fraco. 

- Como vai, Seokjin? - murmurou num tom carinhoso, em seus lindos olhos brilhantes.

- Taehyung! - Seokjin apertou Taehyung com força e o mesmo correspondeu de imediato. - Não sabia que já tinha voltado, que grande surpresa! 

Taehyung abraçava Seokjin com todo o amor que tinha, acariciando seus cabelos e parte superior de suas costas. O carinho de Taehyung por Seokjin era mesmo muito grande, eu admirei aquela aproximação com muita emoção e sorri bobamente. 

- Seokjin... - sussurrei, numa felicidade imensa.

Ele se desfez de seu abraço com Taehyung e se virou para mim lentamente. Sorriu ao encontrar minha fisionomia e me abraçou, deixando-me apoiar a cabeça em seu peito. Eu o abracei fortemente, aquele abraço era o que eu tinha de mais precioso, percebi no mesmo momento em que me dei conta da falta que senti de Seokjin.

- Taeyoon, é bom te ver de novo. - ele murmurou e depositou um beijo em minha testa. 

- Seokjin... Nós precisamos de ajuda. - eu disse, em meio àquele abraço reconfortante. 

- Diga-me. - pediu, acariciando meus cabelos. 

- Lembra-se de Hoseok? - perguntei a ele, num sussurro.

- Seu irmão? - Seokjin me olhou, confuso. - Mas ele não estava...

- Não! - o interrompi antes que terminasse aquela terrível frase. - Nunca! E agora nunca estive tão perto de encontrá-lo! Porém, será perigoso e precisamos de um lugar para ficar por um tempo, precisamos de você, Seokjin! Por favor!

Não tinha percebido o tamanho de meu desespero até uma lágrima descer de meu olho, meus atos resultaram em consequências benéficas e maléficas e eu nunca, nunca me senti tão perto de encontrar o que procurava.

Seokjin limpou minha única lágrima com o polegar e outras caíram, revelando o tamanho de meu desespero a respeito daquilo. Hoseok era aquela estrela que não podia ser alcançada por estar muito longe, eu finalmente podia alcançá-lo, e não ia desperdiçar as oportunidades. 

- Pode ficar. - sussurrou Seokjin, depois olhou para Jimin e Taehyung. - Todos vocês. 




[...]




- Taehyung tinha me dito sobre seu irmão, apenas o que você tinha dito para ele. - disse Seokjin, enchendo uma xícara com chá preto para mim.

- Obrigada. - sorri e bebi um pouco do chá. - É mesmo? E o que ele disse?

- Ah! Você sabe! Que ele era um cara muito legal, que ele era a única pessoa que você amava na vida e essas coisas. - disse Seokjin, dando uma xícara de chá para Taehyung também.

- Valeu. - disse Taehyung, sorrindo fraco e tímido para Seokjin. 

- Ele é. - enfatizei e todos olharam para mim como se eu fosse de outro planeta. - Ele não está morto.

Seokjin estendeu uma xícara para Jimin, que sorriu até seus olhos se tornarem duas finas linhas e disse:

- Não! Obrigado! Bom, a menos que você tenha um livro de ficção científica por aqui. - disse Jimin e Taehyung revirou os olhos. 

- Como? - perguntou Jin, perdido.

- Não, não! Nada! Esqueça isso, Seokjin. É que o Jimin não gosta muito desse tipo de chá. - eu disse e sorri para ele.

- Ah, como quiser. - ele sentou-se e suspirou. - Tudo bem, vamos iniciar os fatos. Vocês aparecem em minha casa, de madrugada, pedindo-me um lugar para ficarem porque, segundo Taeyoon, estão próximos de acharem Hoseok, o homem que era seu irmão. 

- É. - enfatizei.

Hoseok estava vivo!

- Que seja. Enfim, eu exijo saber o porquê. - Seokjin cruzou os braços e nos olhou desconfiado. - Eu não vou me prejudicar por isso, vou? 

- Bem... - Taehyung ia começar a dizer, mas Jimin pisou em seu pé, o cortando.

- Taeyoon! Faça o favor de explicar ao Seokjin nossa situação, tenho certeza de que Taehyung faria isso da pior maneira possível! - Jimin sorriu falso para Taehyung e olhou para mim.

- Não foi eu quem não avisou que eu podia entrar noutra camada sem querer! - rebati, eu não queria explicar, aliás, nem tinha entendido direito o que houvera acontecido! 

- Espera aí! Eu tinha avisado sim! Você quem não devia estar prestando atenção! - disse Taehyung, se livrando bruscamente da mão de Jimin, que beliscava sua perna.

- Pessoal! - Seokjin gritou, fazendo-nos olhar para ele com espanto. Aquela criatura calma e dócil nunca gritava com ninguém, as histórias que contavam dele nos hospitais já eram impossíveis de acreditar! - Eu me envolveria nisso mesmo que houvessem riscos, vocês são meus amigos.

- Basicamente, a Taeyoon está sendo rastreada por detetives virtuais insensíveis que capturaram o irmão dela há uma década. - Taehyung disse de uma vez.

- A história se repete? - perguntou Seokjin.

- Não! Não vai se repetir, porque eu não vou deixar. Eu só vou recuperar meu irmão das garras de Namjoon, quando ele voltar eu irei lhe dizer: "acabou, você resistiu bem", irei repetir isso de novo, de novo e de novo, até ele acreditar em mim e se dar conta de que vai estar tudo bem se ele estiver ao meu lado. - eu disse e as lágrimas voltaram a invadir meu rosto.

- Taeyoon, estaria disposta a fazer isso pelo Hoseok? Mesmo sabendo que tudo o que descobrimos pode ser uma mentira? - perguntou Taehyung, com um olhar de piedade sobre mim.

- O meu irmão não morreu! Ele está bem vivo e precisa de mim! Ele foi o único ser humano que eu amei em minha vida inteira, ele cantava cantigas de ninar, me abraçava e acariciava os meus cabelos para me fazer dormir, ele me defendia dos idiotas que debochavam de mim na escola e fazia panquecas para mim de manhã... 

"Ele sempre foi ótimo comigo e agora que sei que ele está vivo, acha mesmo que o deixarei para trás como a areia que cai para o outro espaço da ampulheta?! A resposta é não! Eu o encontrarei e ele voltará comigo!"

Eu disse, em meio as lágrimas, e todos me olharam com piedade, assombro e admiração. 

- Taeyoon... - Jimin ia se pronunciar, mas eu desviei meu olhar para a mão de Seokjin, que segurava a minha com força. 

- Querida, eu quero dizer que, independente de como seu irmão estiver, eu estarei ao seu lado. - disse Seokjin, sorrindo afetuosamente para mim. - Pode contar comigo para qualquer coisa, não hesite em me pedir nada!

- Obrigada, Seokjin. - sussurrei, agradecida e emocionada. 

- Eu também estarei com você! - disse Taehyung, levantando-se do sofá. - Não porque absolutamente quero, mas sim porque não tenho nada mais importante para fazer.

- Taehyung! - Jimin o repreendeu, revirou os olhos e me encarou. - Se isso for te deixar feliz, então eu o faço.

Disse "obrigada" de maneira labial, fazendo-o sorrir e corar. Seokjin sorriu para nós dois e se levantou, suspirando.

- Bom! Eu preciso saber, quanto tempo vocês vão ficar aqui? - Seokjin perguntou e eu olhei para Taehyung.

- Uma semana para tentarmos buscar informações nas casas de informática, duas no máximo. - disse Taehyung, tomando as últimas gotas de seu chá preto.

- Vejamos... Tenho quartos, tenho comida, tenho entretenimento. É! Vai ser legal, pessoal! - disse Seokjin, sorrindo para nós. 

- Tenho certeza. - murmurou Taehyung e eu semicerrei meus olhos para ele, desconfiada. 

- Vai ser cansativo também, sabem que não podem ficar mais de três horas nas casas de informática. - disse Jimin, com razão. - Eu me responsabilizo pelos energéticos e pelo café. 

- Eu me responsabilizo pela camuflagem e pela comida. - disse Seokjin, ele estava incrivelmente animado em esconder pessoas que, quiçá, cometeriam um crime digital pelo bem maior. 

- Me responsabilizo por conseguir as informações e dados específicos. - disse Taehyung, estendendo a xícara para Seokjin. - Você pode me dar mais um pouco deste chá, por favor? Ele está muito bom!

- Seokjin, muito obrigada mesmo pelo que está fazendo! Nunca saberei como retribuir! - eu disse, pondo a xícara em cima da mesa de centro.

- Faça massagem em minhas costas e cuide das tarefas domésticas. Sinceramente, eu odeio arrumar a casa! - disse Seokjin, despejando mais líquido dentro da xícara de Taehyung.

- Então é isso? Eu vou ficar arrumando sua casa enquanto Jimin e Taehyung tentam achar meu irmão? Isso nem é problema deles! - esbravejei, fazendo bico.

Sinceramente, eu também queria fazer algo para achar Hoseok! Eu me sentiria bem com isso!

- Não se esqueça de que fará massagem em minhas costas! Isso é um prêmio! - disse Seokjin, sorrindo provocante para mim.

- E isso é problema meu sim! Eu tinha me comprometido com isso antes mesmo de prestar vestibular para fazer a faculdade! - disse Taehyung, cruzando os braços e fazendo bico, me imitando. 

Ah, maldito!

- Isso também é problema meu, eu sempre quis conhecer seu irmão e... eu faço qualquer coisa que você peça. - disse Jimin, murmurando a última frase e corando ao olhar para baixo. 

- Oh! Então vocês continuam juntos? - perguntou Seokjin, sorridente. 

- O que você acha? - Taehyung disse para Seokjin e eu o olhei com um olhar matador. 

Ah, maldito! Mas o ignorei e olhei para Jimin, que precisava de mais atenção que ele naquele momento.

- Jimin, muito obrigada, eu não sei como retribuir tudo o que você tem feito por mim durante todos esses anos. - eu disse, sorridente. 

- Faça massagem nas minhas costas! - disse Jimin, sorrindo e permitindo que seus olhos se tornassem duas linhas finas.

- O que todos vocês tem com a minha massagem?! Ela nem é tão boa assim! - eu disse, espantada.

- Esqueça isso, Tae. Venha! Eu vou mostrar os quartos de vocês! - disse Seokjin, se levantando do sofá. 




[...]




Implorei para Seokjin deixar Jimin e eu dormirmos juntos, eu não conseguia dormir sozinha há muitos anos, além disso, o abraço de Jimin me dava sono mais rápido e era reconfortante, me passava proteção e amor.

Sonolenta, eu estava pronta para contar carneirinhos, mas as palavras de Jimin - que me abraçava forte e carinhosamente - me fizeram abrir os olhos, que insistiam em permanecer fechados. 

- Taeyoon? Você ainda está acordada? - perguntou e eu sorri fraco. 

- Não estou, não. - minha voz estava rouca e minha garganta seca, eu precisava de um copo d'água. 

- Quero conversar. - disse num murmúrio e eu suspirei.

- Sobre o que? - perguntei, virando-me para ele.

- Quando seu irmão voltar, se ele voltar... - o interrompi. 

- Ele vai voltar. - enfatizei a frase, com toda a certeza do mundo.

- Tudo bem. Quando isso acontecer, como vamos viver? - perguntou e eu franzi o cenho. 

- Como? A que está se referindo, Park? - perguntei e seus músculos ficaram tensos.

Ele sabia que quando eu o chamava de Park, era porque eu estava bem séria.

- Afinal... O que somos, Taeyoon? - perguntou de repente e a cada palavra proferida minha boca ficou mais seca e as palavras escaparam da mesma.

Realmente, eu nunca tinha parado para pensar naquilo. O que éramos? Nenhum pedido de namoro veio de ambos, muito menos um pedido para ficarmos - ou um pedido de casamento.

Eu gostava muito de Jimin, amar e gostar eram duas palavras com significados diferentes. Eu não sabia se gostava o suficiente dele para que fosse meu namorado, mas eu sabia que faria qualquer coisa para protegê-lo e também sabia que sentia ciúmes dele. Minha mãe costumava dizer que sentíamos ciúmes apenas de quem amávamos, então me perguntei internamente se eu o amava.

A resposta era tão clara como o ar que respiramos. 

- Park Jimin, você quer ser meu namorado? - perguntei, em meio a um momento sem nenhuma vergonha aparente, e sorri alegremente. 

- O que?! Você tá falando sério?! Não era eu quem devia fazer essa pergunta?! - proferiu em meio a sorrisos bobos.

Eu gostava muito mesmo daquele moleque!

- Responda a droga da pergunta enquanto a minha coragem não se esvai! - eu disse, cobrindo os olhos com as mãos. 

Ele tirou minhas mãos de meus olhos e me forçou a olhá-lo, a vergonha tinha dado as caras e eu podia ver seu sorriso de orelha à orelha em meio a luz do luar. Eu podia afirmar que naquela noite tudo ficou mais feliz com apenas um sorriso, porque era o sorriso de Park Jimin.

- Sim. - ele disse e eu pude perceber que aquela era uma resposta breve e sincera, o que me deu mais coragem ainda para beijá-lo. 

Acho que nunca tinha adormecido com a consciência tão tranquila, com a mente banhada em sonhos de verão e amor. Tudo isso apenas para despertar e dar de cara com o maldito choque de realidade. 


Notas Finais


Até o próximo.
~Darkness


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