Sakura POV
Quando me levantei vi ele já muito perto, com os braços cruzados e aqueles olhos sérios e fixos em mim.
Sasuke: O que faz aqui? – Sua voz não estava mais tão aveludada como há alguns minutos, pelo contrario estava claramente irritado pela interrupção.
Karin: Estava nos seguindo para espionar?
Sakura: Eu não estava seguindo nem espionando vocês. – Talvez eu estivesse espionando um pouquinho, mas nunca assumiria... – Aliás eu estava aqui antes de vocês chegarem.
Sasuke: É verdade, teríamos te visto entrar se não fosse assim.
Karin: Isso pouco importa agora. Ela vai sair daqui e espalhar para todo mundo que nos encontrou aqui sozinhos.
Sakura: Pode ficar tranqüila quanto a isso, não tenho o costume de fofocar.
Karin: Tranquila??? Se o Suigetsu descobrir ele vai ficar furioso. – A garota estava tendo um chilique e gritando, será que ela não percebe que se alguém mais a ouvir as chances do namorado dela saber ficam maiores?
Sasuke: Ela disse que não é de fofoca, então procure se acalmar.
Karin: Não venha você também defender essa aí. Por acaso vocês dois estão juntos nisso? Querem me difamar e acabar com o meu namoro?
Ele olhou para ela com a expressão ainda mais irritada e lá no fundo eu senti um pouco de pena dela...
Sasuke: Acredito que já é hora de você retornar para a aula. O sinal não vai demorar pra tocar.
Karin: Sasuke, Não era a minha intenção te acusar de nada. Disse sem pensar.
Sasuke: Eu entendo.
Karin: Podemos voltar a nos ver amanhã.
Sasuke: Acho que devemos evitar nos encontrar nos próximos dias para que... Não possam te difamar. Inclusive acho melhor que vá na frente de modo que não possam ligar a sua ausência a minha.
Vendo que a expressão dele não deixava dúvidas que o encontro tinha acabado e depois de lançar um olhar mortal na minha direção a Karin girou nos calcanhares e saiu a toda pressa.
Sakura: Bem, acho que devo ir também.
Dei um passo em direção a porta, mas ele rapidamente passou na minha frente impedindo a minha passagem.
Sasuke: Você costuma ficar espiando as pessoas pelos cantos?
Sakura: Desculpe-me ter atrapalhado, mas eu não tinha como adivinhar que vocês escolheriam um banheiro do colégio em horário de aula para um encontro.
Sasuke: Você foi extremamente irritante e inoportuna. – Falou sem a menor vergonha o que me irritou também, quem ele pensa que é pra falar assim comigo?
Sakura: Sim, mas eu já estava aqui.
Sasuke: Poderia ter aparecido desde o começo.
Sakura: E vocês poderiam ter ido a um motel.
Sasuke: Uma área do colégio onde é proibido o acesso também me pareceu bem apropriado.
Sakura: Ok. Se quiser posso mandar outra garota pra cá. Não são poucas as que viriam correndo te encontrar.
Ele tentou conter um sorriso.
Sasuke: A maioria delas com certeza, mas prefiro escolher minha companhia pessoalmente. – Essa resposta cínica quase me deixou sem palavras, ele nem tentou negar! Respirei fundo.
Sakura: Peço desculpas mais uma vez por interromper, garanto que não vai mais acontecer. Agora eu preciso voltar para a aula o intervalo já deve ter acabado. - Falei tentando fugir, mas ele não saiu da frente da porta.
Sasuke: Um momento. Eu acredito que já te vi por aí.
Sakura: Estudamos na mesma turma.
Sasuke: Ah sim... Estou lembrando, sempre muito quieta pelos cantos. Acho que nunca nos apresentamos.
Sakura: Não. E nem é preciso Sasuke Uchiha.
Sasuke: E você é?
Sakura: Não se preocupe em perguntar, dificilmente teremos algum assunto em comum. Não sou o tipo de garota que merece ser lembrada por alguém como você.
Sasuke: Reservo-me o direito de decidir isso. E só para constar, que tipo de garota você acredita que merece ser lembrada por mim?
Sakura: Me parece que você persegue um grupo bem específico e levando em consideração sua escolha pela Karin posso afirmar com 100% de certeza que não faço parte do grupo.
Sasuke: Em minha defesa posso dizer que tipos como ela é que me perseguem.
Sim, eu acredito que seja mesmo esse o caso. Bonito, confiante, misterioso e com um jeito cafajeste, como é, ele se tornou algo como um imã irresistível que atrai todo o tipo de garota.
Sakura: Não me pareceu que você estava à contra gosto. Deve ser muito sofrido se ver rodeado de garotas apaixonadas e ansiosas pela sua atenção, tadinho de você. – Ele sorriu.
Sasuke: De fato. Manter minha reputação de sempre deixar as garotas satisfeitas tem sido um trabalho exaustivo.
Neguei com a cabeça, ele é cínico e narcisista de mais. Preciso passar por ele e voltar para a sala.
Sasuke: Se não estava nos espionando, o que fazia aqui?
Sakura: Eu queria ficar um pouco sozinha, não gosto do barulho e das conversas sem sentido.
Sasuke: Uma mulher com cérebro, que interessante. – O tom de provocação me fez lhe lançar um olhar indignado.
Sakura: É igualmente difícil encontrar homens que-o tenham.
Sasuke: E de gênio difícil.
Sakura: Pelo contrário. Eu raramente me irrito, talvez você tenha acabado de descobrir outro dom, além de fazer se apaixonar todas as mulheres.
Sasuke: Isso quer dizer que invés de me ficar grata pela minha atenção ela te chateia? Devo estar perdendo o jeito... Ou pode ser que eu consiga fazer você mudar de idéia.
Sakura: Duvido muito.
Ele se aproximou um passo.
Sasuke: Acredito sinceramente que gostaria.
Resisti firmemente ao impulso de dar um passo para trás. Não queria demonstrar fraqueza. Não pra ele.
Sakura: Posso assegurar que não.
Sasuke: Não? – Aquele tom aveludado e baixo retornou deixando sua voz sedutora.
Sakura: Preciso ir...
Sasuke: Não... Fique.
Ele estava perto e me olhando fixamente estendeu a mão e com o polegar acariciou minhas bochecha, eu abri a boca para protestar,mas as palavras não saiam.
Então ele se inclinou e seus lábios roçaram os meus.
Logo ele levantou a cabeça e eu não pude evitar me sentir decepcionada.
Sasuke: Nunca foi beijada antes, não é? Devo te mostrar o que está perdendo?
Sei que deveria detê-lo, mas quando eu teria uma oportunidade como essa? E com alguém como ele?
Como não dei sinais de resistência ele se inclinou e me beijou suavemente com a ternura e perícia própria de um profissional.
Delicadamente e sem pressa passou a língua em meus lábios inferiores me incitando a abri-los eu fiz e ele começou a provar e explorar minha boca.
Notei que meus joelhos fraquejavam e então busquei apoio em seus ombros, não sei quanto tempo se passou o beijo estava tão bom, era tudo tão surreal que perdi a noção do tempo.
Quando ouvi chamarem o meu nome, -o empurrei bruscamente e corri para fora do banheiro.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.