História Mega Man X New Dimension - Andrey

A cidade de Industrial City foi um dos locais mais afetados pelos destroços de Eurásia, dois terços da cidade foram arrasadas. Alguns hunters foram enviados até aquele local atrás de sobreviventes. Apesar do grande número de mortos, os caçadores conseguiram salvar a vida de alguns civis presos entre os escombros.

Em paralelo outros hunters faziam o mesmo nas demais cidades destruídas, todos se esforçavam para salvar a maior quantidade de vidas possíveis, mas nem sempre era possível chegar a tempo ou o individuo era achado com vida, no entanto não resistia aos ferimentos e morria em agonia.

Todos os sobreviventes eram levados até alguns acampamentos improvisados que não ficavam muito longe das cidades atingidas. Lá aquelas pessoas e reploids recebiam tratamento especial e podiam se recuperar plenamente.

Quando tiveram a oportunidade X e Alia foram até o acampamento próximo de Industrial City. A dupla ainda estava se recuperando dos ferimentos sofridos na luta contra Evil X e Evil Zero, mas já eram capazes de caminhar e agir normalmente.

Assim que eles chegaram ao local o casal entrou no acampamento e buscavam ajudar da forma que podiam. Ver aqueles civis feridos ou lutando pela vida foi comovente demais para X e Alia, ambos se culpavam pelo o que aconteceu com eles, pois se tivessem derrotado os marvericks do futuro mais rapidamente teriam evitado o uso de Enigma e por consequência a morte de muitos seres vivos.

Enquanto ajudava um grupo de hunters em fechar as feridas de um homem, a loira escutou um choro de bebê e ao virar o rosto viu um caçador segurando um bebezinho por volta de dois meses e meio.

Para a sorte da caçadora os pontos no corpo do homem foram fechados rapidamente e ela sem rodeios foi até o Hunter com o bebê e perguntou:

Alia: Precisa de alguma ajuda Chris?

Chris: Sim, esse bebê não para de chorar e olha que eu já tentei de tudo.

Alia: Acho que eu posso fazer algo, passa ele ou ela para mim.

Chris: É ela.

A loira pegou a bebê e simplesmente ficou encantada com ela, nunca viu um rostinho tão bonitinho como o daquela pequena, o apego foi praticamente instantâneo. Então Alia vai embalando a bebezinha e ela vai se acalmando e em seguida a loira consegue fazer a pequena dormir.

Chris ficou impressionado e falou:

Chris: Acho que ela gostou de você, pois tentei o mesmo e ela não parou de chorar.

Alia: Por que você estava cuidando dela?

Chris: Encontramos ela junto a uma reploid que se identificou como a mãe dela, ela já estava quase morrendo e pediu para salvar a filha dela, em seguida partiu dessa vida.

Alia ficou chocada com aquilo, aquela criança perdeu sua mãe e provavelmente o pai na queda de Eurásia, um sentimento de culpa passou pelo coração dela, pois se sentia a culpada por tal separação familiar. Aquilo fez Alia quase chorar, mas segurou as lágrimas e respirou fundo.

A loira desvia seu olhar para a bebezinha, novamente o sentimento de apego passou pelo corpo da caçadora que teve sua mente iluminada por uma ideia, talvez uma forma de redenção, ou amor, ela não sabia direito. Ela perguntou para Chris:

Alia: Você me disse que os pais dela estão mortos correto?

Chris: Sim.

Alia: Eu poderia adota lá?

Chris ficou surpreso com aquelas palavras e vendo o olhar de insistência da companheira de trabalho respondeu:

Chris: Sim, você pode adotar, mas primeiro vai ter que assinar uns documentos.

Uma hora depois:

Assinar os documentos de adoção foi mais demorado que o esperado, mas agora Alia era a nova mãe daquela bebezinha, isso a deixava muito feliz. A loira então procurou por X e o encontrou perto de um grupo médico ajudando um reploid.

A caçadora chegou perto do noivo e tocou no ombro dele e X se virou para encara lá. Ao ver o bebê o caçador achou que a loira devia está ajudando alguma família, mas tudo isso foi para o ralo quando ela disse as seguintes palavras:

Alia: Esse é minha filha.

X ficou muito surpreso e quando foi inventar de pedir alguma explicação a loira se adiantou e falou da forma mais breve possível:

Alia: Essa bebê perdeu e eu resolvi adota lá.

X encarou a loira por alguns instantes e depois falou:

X: Foi um belo ato da sua parte.

Alia: Se você não quiser eu posso cuidar dela sozinha, mas...

X: Que merda é essa que você disse!

Alia: Eu tenho que pensar isso na teoria, pois não falei com você antes e...

X: Poxa vida Alia eu não sou ignorante.

O caçador pediu a oportunidade de segurar a bebê, Alia a entregou nos braços do noivo que simplesmente abriu um sorriso e falou com uma expressão suave a feliz:

X: Eu entendo parte de seus motivos para adota lá.

Alia viu que seu noivo tinha se apegado quase instantaneamente a pequena assim como ela, aquilo acalmou Alia:

X: Qual o nome dela?

Alia: Eu não sei e tão pouco pensei nisso.

X: Não precisa ter pressa.

No fim da tarde o casal voltou para a base com alguns outros hunters. Os dois foram até o quarto de Alia e lá deixaram a bebê na cama, ela já estava desperta e pela expressão a loira acreditou que sua pequena estivesse famita, não era para menos.

Ela pediu para X ir buscar alguém tipo de leite no refeitório, o caçador foi como um raio até o local e pediu para o cozinheiro uma garrafa de leite. Justamente quando o jovem ia deixar o refeitório, ele se esbarra com Hilbert que curioso pergunta:

Hilbert: O que foi tio? Para onde vai com essa garrafa de leite?

X: Eu tenho um problema a mais na minha vida.

Hilbert: E o que seria?

X: Venha que eu te mostro.

Antes de voltar para o quarto de Alia, X e Hilbert passaram no quarto de Zero, o caçador de armadura azul pediu para o irmão uma das mamadeiras de Hilbert e o loiro meio confuso entregou:

Zero: O que você pretende com essa mamadeira irmão?

X: Ajudar certa pessoa.

Zero: E que pessoa seria essa?

X: Depois de apresento.

Os dois entraram no quarto e X rapidamente deu a garrafa para Alia que tratou de colocar o leite na mamadeira e assim alimentar a bebê. Assim que Hilbert viu a pequena só faltou ele morrer de susto. O rapaz do futuro ficou parado e não conseguia reagir.

Então memórias do seu futuro vieram a tona, as lágrimas do rapaz escorreram silenciosamente pelo seu rosto, nenhum soluço é solto, Alia e X percebem só depois de algum tempo a expressão de Hilbert:

Alia: O que foi Hilbert.

Hilbert abre a boca, mas as palavras não saem de sua boca, ele moveu sua mãe direita para os lábios e tocou suavemente neles e depois caiu de joelhos no chão e chorou como uma criança.

X foi amparar o sobrinho e pergunta o que estava acontecendo, o rapaz do futuro se acalmou e falou com um tom tristonho:

Hilbert: Essa bebê que está aqui com vocês é minha prima Andrey.

X: Espera um instante, a mesma prima que foi adotada por Alia no seu futuro?

Hilbert: Sim.

Então o rapaz soltou um grito baixo e bateu o punho no chão com força, as lágrimas voltaram ainda mais intensas assim como suas lembranças. Um flashback de um dos momentos de maior idiotice de Hilbert vem à tona:

Hilbert: Como fui idiota ao sentir aquilo! (pensou)

Depois o momento mais triste e raiva da vida do jovem. Hilbert inconscientemente se transforma em Ultra Reploid e seu poder é expulso de uma vez só. Alia se ajoelha e encara o sobrinho e segurando o rosto dele pede para ela se acalmar.

Hilbert respira fundo e controla sua raiva e voltando ao normal:

Hilbert: Eu acho que já falei qual foi o destino de Andrey no meu futuro.

X: Sim você nos contou quando revelou sua identidade.

O rapaz do futuro se levanta e diz precisar tomar um ar fresco. X e Alia ficam preocupados com o sobrinho e resolvem o seguir para ter certeza que ele não fosse cometer nenhuma atitude idiota.

Hilbert saiu da base e caminhou pelo jardim do local, ele olhou para o recém-formado céu noturno e caiu de joelhos e começou a se lamentar:

Hilbert: Desculpe-me por não ter feito meu serviço direito, eu me culpo até hoje pelo o que aconteceu com você.

Hilbert estava prestes a chorar quando escutou um barulho atrás dele, ele viu seu tio e tia com Andrey no colo da última citada:

X: Não preciso perguntar pelo que está chorando.

Hilbert: Você nem tem ideia do que eu e ela passamos naquele futuro escroto.

X: Não, mas sei que você precisa se levantar e encarar a situação de frente.

Hilbert: Como? Andrey era muito mais do que uma prima para mim.

Então a loira entregou Andrey do presente para X e começou a falar com seu sobrinho:

Alia: Eu sei que a perda dela deve ter sido muito ruim, mas eu tenho algo para falar com você.

Hilbert: E o que seria?

Alia: Andrey ainda está viva.

Os olhos de Hilbert se arregalaram com aquilo, antes que pudesse retrucar Alia se adiantou e falou:

Alia: Durante minha luta contra Evil Zero ele me contou que Andrey estava viva, porém se afastou até poder se recuperar, tanto que aquele marverick foi o responsável pela morte dela antes dele e Evil X roubaram a sua máquina do tempo.

Hilbert: Sério?!

Alia: Eu mentiria para você?

Hilbert: Eu acho que não.

Alia: Então seca esse rosto e se levante.

O rapaz do futuro se levantou e respirou fundo, secou os vestígios de lágrimas e voltou com seus tios para dentro da base. O resto da noite o jovem ajudou X e Alia a cuidar de Andrey. O casal tinha planos de apresenta lá para Zero e Íris na manhã seguinte.

Hilbert retornou para o seu quarto, ele se deitou e começou a se lembrar da sua prima do futuro, ele ainda se sentia culpado por deixar seus maiores pecados renascerem em seu coração.

Então ele sussurrou para si mesmo:

Hilbert: Você realmente continua me surpreendendo Andrey!

Ele estava doido para revê lá assim que voltasse para seu tempo, coisa que não tardaria muito mais. Os cybers humanos desse tempo se mostraram bons seres, Evil Zero e Evil X estão mortos, seu pai e tios continuam vivos e garantiu um futuro feliz para sua contra parte do presente, para sua irmã e prima. Não tinha como as coisas melhorarem para ele.

Agora era voltar para o futuro e acabar com os psicopatas que deixaram tudo em ruínas e impedir a dupla que tentaria dominar o passado. Mas deixaria essas questões para depois, pois nos próximos dias iria aproveitar a vida que nunca teve, iria buscar a felicidade que sempre almejou, seria o reploid mais feliz do mundo nos próximos dias, somente depois disso iria voltar para a dura realidade de sua linha temporal.

CONTINUA