Continuação do capítulo anterior...
Respirei fundo e o Maxwell começou a dar uma bronca nele. Eu já havia percebido que ele estava amargurado, só não tinha culpa dos problemas dele. Ele voltou a ficar em silêncio e o Max puxou assunto novamente, só que dessa vez sobre a vida do mesmo.
- Você tem que conhecer as crianças, elas adoram essa vida de holofotes.
- Posso fazer uma entrevista com você assim que der. Eu vou amar. - Fui sincera.
- Ótimo. Agora deixe-me ir aqui ver esses pirralhos. - Apontou para os meninos pagando mico na pista de dança.
Eu ri e lembrei que era essa a realidade que sempre quis pra mim... Eu numa festa repleta de jogadores de futebol... Sempre sonhei isso junto com a Lari. Seria bom tê-la aqui agora. De repente, lembrei do número do James e pensei em pedir ao Marcelo, mas ao olhar para mesa e depois para pista, me dei conta que já tinha 3 minutos sozinha com o Thiago. Ele tava tão lindo! Com uma calça preta, o cabelo bagunçado, a camisa social com os primeiros botões desfeitos... E ele me olhava irritantemente.
- Entrevista na casa do Maxwell, é? - Perguntou com desdém. - Imagina no que vai dar...
Tá ok. Ele tava bebendo muito, mas isso não justificava. Pior ainda quando ele prosseguiu.
- Maria chuteira em forma de repórter numa festa para os maiores... Era o que faltava. - Riu pelo nariz.
Senti meu sangue ferver de uma forma que não sentia há muito tempo. Só não meti a mão na cara dele para não perder a classe.
- Escuta aqui, ô seu tirado a merda, eu não sou maria chuteira coisa alguma! Quem é você pra me falar algo? Você me conhece? Diferente de você, sei bem do Thiago Silva... Como, por exemplo, descobri mesmo que você é do tipo que culpa o mundo pelas suas falhas... Se você é um capitão que não dá conta da tua equipe e quer esculhambar os outros, saiba que eu sou uma jornalista renomada que cobre as suas vitórias e as suas derrotas ganhando dinheiro independentemente delas... Nunca precisei de dinheiro de homem nenhum, tampouco de um jogador! Maria chuteira eu não sou! - Ele me olhou espantado, boquiaberto, ofendido e... encantado. Tinha encanto naquele olhar sacana.
Peguei uma bebida e engoli de uma só vez para me recompor. Depois tive vontade de chorar, mas me recusei. Não ia dar aquele gostinho para aquele desgraçado... E que desgraçado lindo! Sabia que ele se arrependeria de suas palavras, ele só tava tentando me atingir pra se sentir melhor. E eu sabia que o Thiago era um amor. Eu não podia estar enganada.
Duas horas depois, recebi uma mensagem da Ana Elisa avisando que tinha achado um jornalista espanhol gato na festa e não podia perder essa chance. Já eu, estava sentada em frente a um cara que estava bebendo mais que tudo. Já havia ido 10 copos de Whisky e muito Red Bull. Estava na hora dele parar.
- Thiago, eu acho bom você parar. - Falei receosa.
- Quem você pensa que é pra dizer que eu devo parar? - Sua voz estava arrastada e ele tinha virado mais um copo de uma só vez.
- Sou Aurora Sampaio. - Falei firme. - Pare, por favor.
- Quantas patadas eu já te dei? Não cansa? O que você tá fazendo aqui ainda?
- Querido, eu não ligo para infantilidades. Se tem uma coisa que sou é persistente e sempre consegui tudo assim. Sou insistente, teimosa...
- Linda. - Ele completou, dessa vez, sem olhares irônicos. Desviei o olhar do seu rapidamente, meu coração estava acelerado. - Ei, olha pra mim. - Eu olhei. - Me leva pra casa, eu já não tenho mais condições. - Mostrou-me a chave do carro e suspirou cansado.
Eu não pensei muito e me despedi dos meninos de longe, para evitar perguntas. Não estava contente em ter que dirigir seu carro e ter que ligar para um táxi depois, mas eu ainda tinha que fazer aquilo pelo David. No caminho todo, ele ficou jogado no banco de passageiros e suas coxas estavam bem definidas com o seu modo de sentar. Me concentrei na estrada e nas vezes que ele me guiou para o caminho certo, sempre ficava me olhando por uns segundos a mais. Eu estava muito nervosa com tudo aquilo. Onde estava as minhas amigas para me socorrer e dizer o que fazer agora?
Depois de mais alguns minutos, chegamos em frente ao hotel que ele estava hospedado. Foi eu estacionar o carro para ele começar a vomitar. Abri a porta do carro rapidamente para evitar mais lambanças naquele carro que, por questões óbvias de localização, era alugado.
- Merda, merda e merda! - Praguejei. - Você tá bem?
- Não. - Respondeu tossindo.
- Vem comigo.
Entramos no hotel, passamos pela recepção e fomos ao seu quarto que era bem quente e aconchegante. Não me importei em acender a luz, apenas corri para o banheiro e pus a água quente para cair na banheira. Cheguei perto dele e indiquei o banheiro, alegando que precisava ir pra casa para não ficar tarde.
- Você não vai me dar banho? - Perguntou desapontado.
Faltou ar naquele quarto e eu comecei a ficar sem saber o que fazer... Meu Deus, eu estava sozinha com ele num quarto! E ele tava bêbado! E me cantando! Respirei fundo e pedi para ele tirar a roupa e entrar na banheira, enquanto eu pegava uma toalha limpa e preparava um chá de saquinho mesmo. Ele assentiu e eu fui fazer logo o chá. Sempre no frigobar dentro do próprio quarto daqueles hotéis tinha e ali não foi diferente. Lhe entreguei a toalha e vire-me para pegar o chá e entregar-lhe, só que antes de eu mesma realizar a primeira ação, ele me abraçou por trás.
OK, minhas pernas já estavam tremendo. Eu não tive reação, ele continuou me abraçando e depositou um beijo no meu pescoço, me fazendo arrepiar. O que ele tava fazendo comigo em nome do Pai?
- Me desculpe. Eu sou um fracassado mesmo. - Sussurrou com aquela vozinha rouca que me entorpeceu os sentidos. - Não deveria ter te tratado daquela forma. Me desculpe.
- Tá tudo bem, Thiago. - Tentei me desvencilhar de seu abraço, mas assim que me virei para frente, ele agarrou a minha cintura.
Quando eu vi aquele moreno com aquele peito definido nu em minha frente... Puta que pariu! Ele era a décima quinta maravilha do meu mundo! E se ele estava tentando me seduzir tava dando tudo muito certo. Tentei sair dali mais uma vez, só que tudo que senti em questão de milésimos de segundos foi o seus lábios pressionando os meus. Ele me beijou com fúria, desejo, luxúria e algo mais que não consegui decifrar... Tentei resistir nos primeiros dois segundos, mas depois me entreguei. Era tudo que eu mais queria. A sua mão se enlaçou nos meus cabelos e ele beijou meu pescoço, mordeu minha orelha retirando os brincos em seguida e logo após me prensou na parede. OK, eu não tava nada bem.
Voltou para a minha boca com mais desejo e deslizou suas mãos pelas minhas curvas, parando na minha bunda. Eu já estava gemendo enlouquecidamente.
- Você é fraca, hein? Ainda nem viu nada. - Me provocou.
Com suas palavras mexendo com todos os meus sentidos, arranquei a toalha que ainda cobria suas partes íntimas. Ele sorriu hiper satisfeito e tirou o meu vestido selvagemente, me puxando para perto dele e logo após caminhando comigo até sua cama. Ele retirou os meus sapatos e fez uma trilha de beijos até a minha intimidade. Olhou para mim, sorriu de um jeito safado e continuou subindo até os meus seios. Desabotoou o meu sutiã e começou a dar beijinhos ali, me deixando louca. Eu estava puxando seus cabelos impacientemente e comecei a arranhar suas costas, mostrando desaprovação. Ele riu com a minha pressa e resolveu parar logo com aquela tortura de ver tudo aquilo sem poder usufruir. Arrancou minha calcinha com a boca e se ajeitou entre minhas pernas. Fui à loucura com seu movimento de vai e vem e não conti mais nenhum tipo de gemido. Fiz um verdadeiro estrago nas suas costas e ele em meu pescoço. Ele me beijou até chegar ao seu ápice e eu fiz o mesmo.
Que dia louco!
- Não deveríamos... - Respirei fundo, me enrolando e deixando a frase morrer.
Ele estava deitado e eu sentada, ainda arfando.
- Mulher, eu te quero todo dia. - Ele disse entre puxadas de ar. Sorri largamente, mas não demonstrei. - Vem aqui, vem. - Indicou o seu peito nu.
Antes de deitar ali, distribui beijos por toda a sua extensão e dei um selinho nele. O dia seguinte seria outros quinhentos.
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