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História Memento Mori - A paciência é uma virtude. (A outra irmã).


Escrita por: ForsakenBoy

Notas do Autor


Olá pessoas. Tá aí outra capítulo da história da Eclipse. Mais tarde sai um capítulo da trama principal. É isso ai, boa leitura!

Capítulo 10 - A paciência é uma virtude. (A outra irmã).


Eu já não sonhava mais havia quase duas semanas. Era apenas o vazio e uma voz dizendo me que o débito deveria ser pago.
Sam e eu não nos falávamos muito. Raras as vezes em que eu o questionava coisas sobre os antigos livros que ele me fazia ler.
Eram livros sobre magia, ocultismo. Eu havia começado com alguns que contavam histórias, logo passei a estudar simbologia e numerologia, e por fim foi me entregue um livro com rituais. Este último não me ajudava muito, afinal Sam me dissera que eu não executaria os rituais, mas era interessante eu saber, sem erro algum, como e quando fazê-los.

- Eu apenas leio. – Digo para Sam, que estava sentado à frente da lareira apagada, também lendo.

- Informações e aprendizado são cruciais pra você. – Sam me responde sem tirar os olhos do livro.

- Eu já sei como fazer um maldito ritual de ódio, sei recitar cinco chaves enoquianas, mas não sei nada sobre onde estou e como vim parar aqui. – Digo pra ele fechando o livro que lia.

Sam sorri com o canto da boca e enfim me encara.

- Essas perguntas serão respondidas com o tempo. A paciência é uma virtude, Electi. – Ele diz levantando-se.

- Por que você fica me chamando de Electi o tempo todo? – Pergunto o seguindo para fora da casa.

Havia um grande quintal rodeado por uma estranha floresta. Algumas árvores tinham folhas grandes e espessas, parecidas com tábuas. Eu passava a maior parte do meu tempo lendo à sombra dessas estranhas folhas.

- Lhe darei a chance de provar à mim que você já pode pular alguns passos. – Sam diz, distanciando-se.

- Como?

- Me ataque. – Ele diz, com um sorriso um tanto quanto sarcástico no rosto.

Silêncio. Atacá-lo? Eu não sabia como, afinal não sou o tipo de garota esportiva.

- Não de modo físico com os punhos. Mas sim com magia. – Sam diz, como se tivesse lido meus pensamentos.

O encaro de baixo a cima. Sua postura era um tanto quanto... arrogante. Era como se ele esperasse a minha falha.

- Vamos Eclipse, você não acha que está pronta para pular os passos essenciais? – Sam diz ainda parado.

Em minha mente toda a informação lida vai sendo relembrada. Cada verso de canções já esquecidas pelo tempo e gestos ditos como essenciais para a execução de certa magia pairavam na minha lembrança.

Concentro-me numa magia específica que li num livro em que pegara escondida de Sam, enquanto ele estava fora.

Minhas mãos desenhavam no ar com perfeita harmonia, enquanto eu recitavas palavras enoquianas.

Vejo os olhos de Sam brilharem com vida e então um sorriso que antes era sádico, se torna um sorriso masoquista.

Um grande círculo vermelho, com diversas palavras e símbolos aparecem em minha volta, me envolvendo com um brilho rubro e calorento.
Finalmente estendo minha mão direita em direção à Sam, e pequenos círculos, também vermelhos, aparecem por toda a extensão do meu braço como se fossem grandes e brilhantes pulseiras.
Conforme as palavras iam sendo recitadas, os pequenos círculos iam se expandindo e então uma sensação de êxtase me domina. Não consigo esconder o sorriso de prazer que aparece em meu rosto quando a magia finalmente é completada. Três grandes estacas carmesins aparecem à minha volta e sinto que posso direcioná-las para onde eu quiser, então encaro Sam, que sorria. A minha meta era ver aquele sorriso masoquista desaparecer.

A primeira estaca voa em direção ao homem que consegue desviar com facilidade, porém antes mesmo d’ele ter chance de voltar sua atenção para mim, outra estaca, dessa vez vindo por cima, cai em sua direção.
Num movimento majestoso Sam dá uma cambalhota para trás.
Sorrio. A terceira estaca já o esperava ali, pronta para perfurar seu coração. Mas ao invés de se sentir surpreso, Sam abre ainda mais seu maldito sorriso e, com um único passo para a direita, desvia da estocada.

O círculo mágico que me envolvia desaparece, juntamente com as três estacas. Sinto meu corpo pesar, e meu braço direito queimar.

Sam se aproxima de mim e passa sua mão em meu rosto, fazendo com que eu fique à dois palmos de distância de si próprio.
Ele sorria pra mim, agora de maneira um tanto quanto gratificante. Sua pele era macia e seus dedos acariciavam minha bochecha.

- Surpreendente, Eclipse. – Ele diz. – Diria até que foi uma execução perfeita, considerando o fato que é sua primeira conjuração.

O sorriso dele desaparece e ele dá as costas para mim.

- Porém a execução está demorada. Eu teria te matado quinhentas vezes se isso fosse uma real batalha. – Sam diz. – Volte para dentro e estude os livros.

Sam vira para mim uma última vez, mas com olhos que exalavam ódio.

- E nunca mais leia algo que eu não lhe recomendara. Nunca. Mais. – Ele diz, entrando para dentro da casa.

Sento-me onde estava, pois eu não conseguia mexer minhas pernas. Aquele último olhar havia me aterrorizado. Se eu tentasse me mexer, mesmo que um pouco, já começava a tremer. Então decidi me sentar e encara o céu azul daquela tarde.

“Você realmente fez isso comigo, Elizabeth? Você realmente me mandou pra cá?”

Abaixo a cabeça e vejo lágrimas caírem. Acabo ficando surpresa, pois nem havia me tocado que estava chorando.

Limpo as lágrimas com a camisa, me levanto e volto para dentro da casa. Jogo-me na cama e volto a ler o livro de rituais, afinal, a paciência é uma virtude. 


Notas Finais


Bem, espero que tenham gostado. É isso gente, obrigado por lerem.
See ya!


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