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História Memento Mori - Ironia.


Escrita por: ForsakenBoy

Notas do Autor


Bem pessoal, eu me dediquei horrores pra escrever esse capítulo. Espero que pra vocês ele seja tão legal quanto pra mim.
É isso aí, boa leitura!

Capítulo 12 - Ironia.


As paredes pareciam ser etéreas, pareciam não pertencer à mundo algum.
A iluminação do lugar era definida aleatoriamente, onde tochas apareciam e desapareciam em chamas.
Uma grande mesa redonda estava no centro da estranha sala, com diversas cadeiras e muita comida.

Um homem aparece na sala, atravessando uma das paredes. Ele senta-se numa das cadeiras e observa toda a comida da mesa com um grande sorriso.

Logo a sala começa a brilhar com diversas cores diferentes:
Roxo, carmesim, laranja, preto, marrom, rosa, amarelo, branco e verde.

Lili sai de dentro de um círculo mágico roxo, Sam sai de um vórtice carmesim, e outros mais de seus respectivos símbolos mágicos.

- Finalmente chegaram, meus amigos. – O homem que já estava sentado diz, observando todos na sala.

- Como sempre, Baal, é um desprazer vê-lo. – Lili diz sentando-se.

- Minha querida Lili, é sempre bom ter sua adorável presença entre nós. – Baal responde.

Sam senta-se ao lado de Lili.

- Há quanto tempo, amada. – Sam cochicha aos ouvidos de Lili.

- Já se fazem milênios desde a última reunião, e parece que você ainda não superou nosso término. – Lili responde.

Sam sorri com o já conhecido sorriso sádico.

- Você sabe que nada entre a gente realmente acaba. – Ele diz.

Lili dá de ombros e apoia os cotovelos na mesa.

Todos ali naquela sala etérea tinham uma aparência jovem e formosa.

- Baal, você nos traz comida a cada milênio. Você sabe que eu odeio ter que comer tudo isso. – Um rapaz grande e magricela diz, encarando toda a comida.

- Você sabe, meu querido irmão Balaam, que sempre farei o melhor pra você. – Baal diz sorrindo.

- Chega de cortesias e conversa fiada, Baal. Diga-nos porque fomos convocados. – Uma mulher alta, com cabelos tão dourados que chegavam a ser brancos e olhos mais azuis que o próprio céu, diz sentando-se à mesa.

- Ishtar... O tempo não lhe ensinou a ser menos rude, não é? – Baal diz.

- Vamos logo com isso, medíocre insolente. – Um homem forte, alto e com cicatrizes por todo o corpo quase nu, diz batendo à mesa.

- Perdoe a demora, Belial. Temos que esperar a chegada de mais gente.

- Não temos todo o tempo do mundo Baal. – Uma garota, aparentando ter quatorze anos, diz brincando com os talheres.

- Bast... Como vão seus devedores? – Baal pergunta à jovem garota.

- A cada dia me dando mais prazer do que você jamais fora capaz. Miau. – A garota diz sorrindo e olhando para Baal, que parecia nunca ser abalado por nada.

- Meu único devedor me espera. Não creio que eu teria tempo de ficar e brincar com vocês. – Uma mulher, talvez a mais velha da mesa, diz ainda de pé.

- Sente-se Damballa. Você sabe que as reuniões são importantes. – Baal diz.

- Prefiro que você vá embora daqui pra foder com seu devedor. – Lili diz, encarando Damballa.

- O que há de errado em foder com os devedores? – Bast pergunta.

- Lili, você, assim como eu, sabe que a culpa foi inteiramente dela. – Damballa diz.

- Não foi, e ambas sabemos disso. – Lili responde. – Todos aqui sabem que não podemos fazer a reunião sem Levi.

Pela primeira vez na mesa Baal perde o sorriso.

- Não cite o nome dela aqui. – Baal diz.

- O que? Estou sendo impedida de citar o nome de um dos príncipes do inferno? – Lili pergunta.

- Não disse isso, querida Lilith. – Baal responde. – Apenas disse que é preferível não dizer o nome de tal aqui. Creio que todos ficam um tanto quanto... desconfortáveis. Todos sabemos que Leviatã causou a própria morte.

- Vocês são escória. – Lili diz, voltando a ficar em silêncio.

- Você é tão escória quanto nós, querida! – Baal diz rindo.

- Estou com ela. Uma reunião não pode ser feita sem Leviatã. – Um homem vestindo um terno risca de giz diz sentando-se ao lado de Sam.

- Mephistopheles. É sempre bom te ver por aqui. – Baal diz.

- A sala é iluminada demais. – Mephisto diz. – Creio que não posso ficar por muito tempo.

- Ora, não seja por isso. – Baal diz estalando os dedos.

As diversas tochas que apareciam e desapareciam em chamas, fixam-se no lugar, então apenas duas delas ficam acesas fazendo a iluminação da sala diminuir drasticamente.

- Bem melhor. – Mephisto diz.

- Vocês sabem que o inferno me espera. Devo ficar e ouvir suas intrigas que não me interessam? – Um homem desprovido de roupas diz, em pé ao lado de Sam.

- Bile. – Baal diz. – Como sempre, ainda gosta de suas tradições Celtas.

- Na verdade eu apenas gosto de ficar nu. – Bile responde.

Os demais da mesa riem e Baal perde o sorriso mais uma vez.

Por fim um grande círculo mágico aparece na sala. Ele fazia o lugar inteiro iluminar-se com luz vermelha. O círculo mágico vai aumentando cada vez mais, e então podia-se ouvir gritos. Gritos de dor e desespero. E então um homem loiro de olhos azuis, vestindo um elegante terno sai de dentro dele.

- Finalmente poderemos conversar. – Belial diz.

- Bem-vindo, Satã. – Baal diz.

Todos na sala silenciam.

Satã senta-se à mesa.

- Belial e Samael, venham logo. – Ele diz.

Sam então se levanta e vai ao lado de Satã e Belial.

- Samael. Ainda tens o desejo de viver fora de seu reinado? – Satã pergunta a Sam.

- Sim, meu irmão. – Sam responde.

- Pois bem, entendo teus desejos. – O homem loiro responde.

Satã, Samael e Belial sentam-se lado a lado.

- Por que não chama Damballa para sentar-se convosco, Satã? – Lili diz.

Todos na sala ficam apreensivos.

- Damballa não é nossa verdadeira irmã. – Satã responde. – E todos sabemos disso, Lilith.

- Então porque não chamamos Leviatã? – Lili volta a perguntar.

- Porque não queremos quebrar as regras de tempo. Foi uma escolha de Leviatã viver somente no passado.  – Satã diz.

Silêncio.

- Você continua ousada e insolente como sempre, Lilith. Entendo porque meu irmão sentiu tanta paixão por você. – Satã responde.

- Samael é apenas um manipulador. Ele não tem paixão por nada além dele mesmo. – Lili responde.

- Bem, amigos. – Baal diz se levantando. – Temos que concordar que uma reunião era necessária.

Todos na sala começam a murmurar.

- Por quê? – Bast pergunta, colocando os pés na mesa.

- Lucífago está morto. – Baal diz.

Uma longa risada é ouvida. Todos encaram Balaam, que devorava toda a comida com voracidade.

- Nunca gostamos daquele marquês, muito menos nos importávamos com ele. Mas a morte dele... AHAHAHAHA! ESSA SIM É IMPORTANTE! – Balaam diz.

- Todos sabemos que agora temos duas legiões inteiras sem cuidados. – Baal diz.

- Todas as legiões estão sob meus cuidados. Temporariamente. – Satã diz.

- Sim, com certeza senhor. – Baal diz. – Mas precisamos logo de respectivos donos, não concorda? O senhor tem muito mais o que fazer.

Satã assente.

- Certo... A questão aqui é: Quem eram os mentores dos dois devedores que fizeram tal atrocidade? – Baal pergunta.

- Os meus não foram... Estava ocupados demais cuidando da minha... gatinha. – Bast diz com um sorriso malicioso no rosto.

- Os seus devedores só fodem com você Bast, todos sabemos disso. Você é só uma vadia. – Sam diz.

- Isso era pra ser uma ofensa? – Bast pergunta.

- Meu único devedor ainda está em treinamento. – Damballa diz.

- Não creio que ele vá conseguir um dia terminá-lo. – Belial diz. – O garoto está em treinamento há mais de quatro anos, Damballa! Me pergunto se ele realmente existe.

Damballa sorri, mas não diz absolutamente nada.

- Como todos sabem, acabei devorando um de meus devedores. – Balaam diz. – Queria ele todo pra mim. Só pra mim. Agora tenho um novo em treinamento, mas não seria capaz de matar Lucífago.

- Não tenho devedores, todos sabem disso. – Mephisto diz. – Posso voltar à meus afazeres?

- Mephisto. Sabe-se que eles estão indo em direção à estrela d’alva. Se não descobrirmos quem são os mentores daqueles devedores, você pode ser próximo a morrer. – Baal diz.

Satã sorri, juntamente com Mephsitopheles.

- Não morreria para humanos. – Mephsito diz sorrindo. – Nem vocês conseguiram me matar. Então... Eu não morreria pra dois humanos de merda.

A tensão volta à mesa.

- Bile, foram seus devedores? – Baal pergunta depois de certo tempo.

- Não. Os meus residem no inferno por agora. – Bile responde.

- Então foram os seus, Ishtar.

- Para minha sorte eu não me relaciono com os humanos. Os odeio e sempre os odiarei. – Ishtar responde.

- Samael? Tenho certeza que um devedor treinado por você conseguiria tal feito. – Baal diz, caçoando. – Afinal, você é tão amoroso e gentil. Já tivera dúzias de devedores...

- AHAHAHAHA! – Balaam ri. – Ele é tão frio que nenhum devedor o aguentaria! AHAHAHAHA! PENSEM SÓ: UM PRÍNCIPE DO INFERNO TER UM DEVEDOR!

Todos na sala, exceto Lili, riem. Satã olha para Samael e faz um curto aceno com cabeça.

- Minha devedora está em treinamento. – Sam diz.

Todos silenciam.

- Você tem... uma devedora? – Baal pergunta.

- Sim. – Sam responde curto e seco.

- A Electi finalmente chegou... – Bast diz. – Pensei que ela viria pra mim... Eu queria tanto provar um pouquinho de uma eleita...

- Certo... Então não fora a Electi que fizera isso? – Baal pergunta.

- Ela é surpreendente, mas não, não fora ela. – Sam responde.

- Certo então... Belial, você também não teria algum devedor não é? – Pergunta Baal.

- Não. Não há devedores meus. – Responde Belial.

- Certo. Então parece que não fora o devedor de ninguém daqui. – Baal diz.

- Não irá perguntar pra mim? – Lili pergunta.

- Lilith... Sabemos sua grande vontade de ter um devedor. Mas a verdade é que nunca, nunquinha, nenhum humano seria invocado para aquela maldita Lugar Nenhum onde você vive. – Baal responde.

- Você é solitária Lilith. – Bast diz. – Se um dia quiser diversão, apareça por minhas terras de lugar nenhum. Ambas sabemos que iria ser sensacional.

- Sim Bast. Eu adoraria tal coisa. – Lili diz sorrindo. – Mas, para a surpresa de vocês, eu tenho um devedor.

Todos na mesa se olham.

- Você o invocou? – Samael pergunta.

- Não. Tanto eu quanto vocês sabemos que não tenho tanto poder assim. – Diz Lilith.

- Então... como ele apareceu naquela Lugar Nenhum? – Ishtar pergunta.

- Isso é um mistério. Talvez Satã possa nos contar algo sobre, não é mesmo?

Satã sorri.

- Infelizmente estive ocupado com as legiões nesses últimos anos. – Ele diz. – Não tenho informação alguma sobre isso.

Silêncio.

- Fora seu devedor que fizera isso, Lilith? – Balaam pergunta, limpando a boca com a toalha da mesa.

Lili sorri. Ela estava no meio de seus iguais, mas ela sempre se achara a mais diferente de todos.

- Não. Minha devedora é fraca ridícula. Ela nunca seria capaz de matar Lucífago. – Lili diz sorrindo.

- Então temos certeza que fora o devedor de um anjo caído... – Baal diz.

- Ou mesmo de um anjo. – Ishtar diz.

- Seremos atacados novamente? – Bast pergunta.

- Voltaremos a guerrear? Posso providenciar muitas mortes. – Damballa diz.

- Meus devedores morreriam pro nós com honra e com orgulho. – Bile diz.

- Não haverá guerra. – Satã diz.

Silêncio.

- Nosso acordo com os anjos caídos continua. – Ele diz se levantando. – Providenciarei um encontro com Gabriel para discutir se fora um devedor divino. Avisarei Samael se algo estiver fora de ordem. Por enquanto continuem com seus afazeres sem medo. O devedor que matara Lucífago morrerá se encontrar-se com Mephisto.

Todos assentem em silêncio. Lili tinha um sorriso estampado em seu rosto, como se houvesse desafiado o Rei do inferno.

- Adeus, meus amigos. Uma nova reunião será convocada somente por mim. – Satã diz, jogando um olhar aterrorizante para Baal.

Todos na sala começam a sumir em seus círculos mágicos, exceto Lili, Sam e Bast.

- A minha verdadeira pergunta, amada, é como um humano foi pr’aquela Lugar Nenhum. – Sam diz aproximando-se de Lili.

- Essa é uma pergunta que talvez seja respondida. – Lili diz se distanciando.

- Ora vamos, você não entendeu que ela não te quer, Samael? – Bast diz, puxando Sam pela gravata. – Porque você não vem cuidar dessa gatinha aqui hein?

Sam empurra Bast para longe.

- Diferente de alguns de nós, eu não gosto de criancinhas. – Ele diz.

- Eu posso ser o que você quiser. – Bast diz.

- Não, você não pode ser Lilith. – Sam responde desaparecendo em seu vórtice.

Lili e Bast estão juntas e sozinhas na sala.

- O que acha de um pouco de diversão entre nós? – Bast pergunta à Lili.

- Pra falar a verdade, Bast, eu adoraria. – Lili responde, se aproximando da garota.

 

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- Eu não quero dormir! – Noite diz enquanto caminhava com passos pesados.

- Vamos, deixa de ser tão babaca! Você tá quase desmaiando de sono. – Dia diz.

- Paramos na próxima construção que virmos. Mas agora, para de reclamar! – Noite diz braba.

Ambos continuam caminhando por muito tempo, sem avistar nenhuma casa, construção, barraco ou algo parecido. Depois de certo tempo eles chegam à um abismo com uma velha ponte de madeira, completamente depredada, ligando um lado ao outro.

- Certo. Agora que não tem como passar pro outro lado, dá pra gente descansar? – Dia pergunta.

- Que saco... Certo. – Noite responde, sentando-se no chão ali mesmo.

Tyler, que agora estava na cabeça de Dia, começa a cochichar algo.

- Senhor... ela está muito braba. – Tyler diz.

- Eu sei. – Dia responde. – Do nada.

Dia se aproxima de Noite e senta-se ao seu lado.

- O que você tem? – Ele pergunta.

- Nada... – Noite diz, deitando-se no chão e encarando o céu noturno.

- Você sabe que eu sei que isso não é verdade. – Dia diz.

- “Minha devedora é fraca ridícula. Ela nunca seria capaz de matar Lucífago.” – Noite responde.

- O que... Eu não entendi. – Dia responde.

- Minha mentora disse isso e eu ouvi. – Noite diz.

Dia encara a garota.

- É por isso que cê tá braba? – Ele pergunta.

- É. – Noite responde.

Dia então começa a gargalhar.

- O que tem de tão engraçado? – A garota pergunta.

- Bem... Tecnicamente você matou Lucífago. – Dia diz. – Ela estava usando uma coisa chamada “ironia”, tanto que ela permitiu que você a ouvisse.

Noite pensa por um tempo e logo cora.

- Céus! – Dia diz no meio das gargalhadas. – Não acredito que você ficou braba porque ela foi irônica.

- Dia cuidado! – Noite diz puxando o garoto para cima de si mesma.

Duas adagas passam por cima dos garotos. Dia encara o rosto de Noite que estava praticamente colado no dele.

- Tá olhando o que? – Noite pergunta.

- Erm... Esse vadio voltou! – Dia diz, se levantando rapidamente.

Assim que Noite se levanta, ela ouve Dia gritar “SAI DAÍ NOITE!”

Mas era tarde demais. Em sua direção, em alta velocidade, vinha uma massa energética na cor laranja.

- Merda... – Noite murmura.

A garota cruza os braços para tentar se defender, mas é empurrada violentamente pra trás. Noite cai no abismo, mas consegue se segurar em algumas pedras.

“Certo Noite... Você tá viva, ainda...” – Ela pensa.

A garota olha para baixo e só vê escuridão.

“Merda... Acha alguma solução!” – Noite pensa.

Ela tenta escalar a parede do abismo, mas não consegue. Era lisa demais. Seus dedos estavam sangrando, pois ela os fincara nas pedras para não cair para a morte certa.

Noite vê a cabeça de Timor sendo segurada pelo corpo.

- Timor! Me ajuda! – Ela grita.

- Sua morte não é uma ameaça pra mim. – Timor responde.

- Sem mim... Sem mim o Dia não vai te levar para Morrígan! – Noite diz em meio ao desespero.

- Não preciso mais dele. – Timor diz. – Estão todos mortos nessa Lugar Nenhum.

Uma das mãos de Noite se solta da parede do penhasco.

- Me ajuda Timor! – A garota grita.

- Desculpe, sua morte não é uma ameaça pra mim. – Timor diz mais uma vez e então sai.

“- Ela caiu.” – Noite ouve Timor dizer.

- DIA! – Noite grita. – DIA! EU TÔ AQUI!

A mão de Noite se solta da parede do penhasco e a garota começa a cair em queda livre para a morte certa.

Ela não gritava, nem chorava. Assim como ela não havia aceitado morrer dessa maneira. As memórias e lembranças viraram um turbilhão de coisas em sua mente. Toda sua infância se passando, a separação de seus pais, a morte de sua mãe... Tudo se passava em milésimos de segundos.

- Marcela, me desculpa. – Noite diz, colocando a mão em cima de sua marca.

A temperatura do corpo de Noite começa a subir, assim como da última vez. Lili não havia dado sinal algum de ajuda. Finalmente, a poucos metros do chão, uma lágrima escorre pelo rosto da garota e rapidamente desaparece.
E então, num rompante, chamas engolem a menina que desaparece antes mesmo de atingir o chão.

Noite reaparece de imediato deitada em sua cama. Ela ainda conseguia sentir o frio na barriga que a queda estava lhe causando. Suas pernas ainda estavam bambas.

A casa estava escura e empoeirada. A marca de débito não brilhava mais, estava apagada.

Noite fica deitada por mais um tempo e então se levanta. Ela desce as escadas de sua casa para a porta da frente e vê o local onde sua mãe fora assassinada. Ainda havia uma imensa mancha de sangue no chão.
A cozinha estava exatamente do mesmo jeito que fora deixada, sem nada fora do lugar. Os copos na lavadora, pratos nos armários, as fotos de família presas na geladeira... Tudo estava exatamente igual.
 

- Eu... Eu não entendo... – Noite diz, caminhando pela casa.

Ela sobe novamente até o andar de cima e tenta acender a luz de seu quarto, mas não obteve sucesso. A luz havia sido cortada há algum tempo por ali.
Ela vasculha as próprias coisas, estranhando o quarto que um dia já fora dela.
Noite então entra no quarto de sua irmã, que como sempre estava em perfeito estado. Livros, revistas, CDs, tudo impecável.
Enfim ela entra no quarto de sua mãe e sorri ao ver a cama desarrumada. Era um costume não arrumar a cama naquela casa. As fotos de família nas prateleiras, os complicados livros de psicologia que a mãe lia todos os dias, e até mesmo os ursinhos de pelúcia cafonas. Tudo estava ali, como um dia já estivera.

A garota então desce as escadas e abre, com sucesso, a porta da frente. Ela pôde ouvir o barulho dos carros e os passos das pessoas que caminhavam durante aquele começo de noite.

Os olhos de Noite enchem-se de lágrimas enquanto ela caminha até a fita amarela que a polícia colocara em frente à sua casa.
Ela cai de joelhos no chão e, depois de muito tempo, grita toda sua dor e angústia.


Notas Finais


Bem pessoas, espero que tenham gostado. Agradeço demais por estarem lendo.
Então, se você tá gostando MESMO da história, que tal dar uma ajudinha e divulgar? Eu ficaria lisonjeado <3
Enfim pessoas, até a próxima viu?
See ya!


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