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História Memento Mori - Após


Escrita por: ForsakenBoy

Notas do Autor


OE GENTE. Primeiramente: Eu não dropei e nem vou dropar a fic.
Explicações no final desse curto cap.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Após


Dia encara Noite, que ainda estava possuída por Talita.

Lucífago havia virado pó, assim como sua bengala. Seu pequeno monóculo, também feito de um ouro negro, estava no chão.

Talita o pega e encara Dia.

- Diga para menina usá-lo. – Diz Talita.

Dia acena positivamente com a cabeça, em silêncio.

O fantasma da garota sai. Noite apaga.

“O débito há de ser pago.” – Diz a voz na escuridão.

- Mas que saco! Eu sei. – Diz Noite à voz.

“Pague o débito e receba seu nome de volta.” – A voz diz.

- Meu nome... – Diz Noite pensativa.

A garota acorda num rompante. Ela estava deitada sobre feno. Já estava amanhecendo, Dia estava sentado ao seu lado, com uma fogueira acesa.

- Bom dia. – Diz o garoto.

Noite olha ao redor.

- Sonhou com o que? – Dia pergunta.

- Com nada. – Responde a menina.

Dia sorri.

- Vai se acostumando. – Ele diz e depois boceja.

- Você não dormiu? Tá com olheiras horríveis. – Diz Noite.

- Não dormi porque eu tinha que ficar de olho em alguém que desmaia do nada. – Dia diz. – Você devia cuidar direito da sua mana espiritual sabia? Ela não é infinita.

Noite suspira.

- Cê vai aprender muita coisa comigo, guria. – Dia diz. – Toma, fiz uma sopa.

Ele entrega um pequeno pote metálico para Noite.

- Obrigada. – Diz a menina.

Noite tomava a sopa em silêncio e olhava ao redor. Eles não estavam na cidade fantasma.

- Pra onde você me trouxe? – Pergunta Noite.

- Carreguei você até aqui, numa casinha estranha e abandonada. Lá dentro tá tudo uma zona, então coloquei você nesses fenos daqui. – Dia diz. – Aliás, cê é mais pesada do que parece.

Noite sorri.

“A mesma coisa que minha mãe dizia.” Pensa a menina.

Dia suspira.

- E então, o que faremos hoje? – Pergunta o menino.

- Nada. Temos que esperar escurecer pra encontrar a direção da estrela d’alva. – Diz dia.

Dia ri.

- Você sabia que as estrelas não se movem? – Diz Dia. – É só ver pra onde ela fica e caminhar em direção à ela.

- E você, por acaso, lembra a direção dela? – Pergunta Noite.

O garoto fica em silêncio.

- Foi o que eu pensei. – Diz Noite sorrindo.

Tyler estava em cima da bolsa da garota, comendo outra banana.

- Onde arranjou isso? – Pergunta Noite rindo.

- Ah, bom dia senhorita. O senhor Dia trouxe pra mim de dentro daquele estranho vórtice azul. – Diz Tyler.

Noite encara Dia.

- O que é aquele vórtice azul? – Pergunta Noite.

- É um portal que vai pra casa da Levi. – O garoto responde.

- E por que não nos levou pra lá? – Noite volta a perguntar.

- A Levi... – Dia hesita. – Ela não gosta muito de visitas.

Noite suspira.

- Vou caminhar. – Diz Noite.

- E eu vou dormir. – diz Dia. – Se você morrer, eu to fodido. Então evita entrar em confusão.

Noite revira os olhos.

- Vamos Tyler. – A garota diz colocando o ouriço dentro da bolsa.

Noite começa a caminhar e Dia deita-se no feno.

O lugar tinha a grama amarelada, o cheiro de terra molhada predominava, dizendo à garota que havia chovido há pouco.

- Tyler, você conhece esse lado de Lugar Nenhum? – Pergunta Noite.

- Certamente senhorita. – Diz o ouriço. – Mas aqui não há muito o que se fazer. Era uma comunidade rural.

Noite caminhava por uma estrada com milharais secos ao redor. O Sol estava quase a pino.

- Eu não entendo o tempo deste lugar. – Diz Noite.

- Você se acostumará, senhorita. – Tyler diz dentro da bolsa. – Senhorita, acho que isto é de seu interesse.

Tyler segurava o monóculo que Talita havia pego.

- Isso... Isso era do Lucífago. – Diz Noite, pegando o monóculo.

- É um artefato demoníaco. – Diz Talita, aparecendo ao lado da menina.

Noite se assusta, mas logo sorri.

- Onde esteve? – Pergunta a menina.

- Vagando. – Diz Talita. – Coloque o monóculo.

Noite, depois de algumas tentativas estranhas e desastradas, consegue colocar o monóculo.

Tudo que seu olho direito via era o escuro, como se ela estivesse com ele fechado.

- Não vejo nada. – Diz Noite.

- Concentre-se e olhe direito. – Diz Talita.

A garota fecha seu olho esquerdo. Tudo estava escuro. Aos poucos o lugar vai tomando forma. Noite conseguia ver perfeitamente onde estava, mas agora conseguia também ver alguns lugares com luzes chamativas. Eram luzes de várias cores: Atrás dela, distante, havia uma luz azulada, ao longe, à sua esquerda havia uma fraca luz vermelha, de seu lado direito via-se uma luz cinzenta e à sua frente uma luz alaranjada que emanava no horizonte.

Noite ouve um chiado e tira o monóculo. O chiado vinha da frente. A garota caminha mais rápido em direção a ele.

Uma sombra estendia-se no chão, em frente a uma pequena e acabada casa, cujo tempo castigara bem.
A sombra tinha a forma de uma mulher. A forma de uma mulher que era bem familiar para Noite.

- Senhorita, acho que deveríamos retornar. – Diz Tyler, colocando-se para dentro da velha bolsa de couro.

Noite dá um passo em direção à sombra que chiava.

“Isso não se mexe, mas grita como os infernos.” – Pensa Noite dando outro passo para perto da sombra.

Silêncio. O chiado havia parado e a sombra desaparecera para dentro da casa num rompante.

- Senhorita, não acho uma boa ideia entrarmos aí. – Diz Tyler.

- Vamos, não há nada com o que se preocupar. – Diz Noite. – Se ela quisesse nos atacar já teria feito isso.

Noite adentra a velha casa. Pó e terra estavam distribuídos pelo lugar. Talheres e pratos estavam em cima de uma mesa de madeira. Teias de aranha consumiam as paredes.

Noite vê uma escada logo em frente. Após alguns passos a garota está no segundo andar da casa.

Um longo e escuro corredor. Duas portas; Uma aberta e outra fechada. Havia uma janela tapada com algo que se assemelhava a um grande pano preto.

Noite entra no quarto que estava com a porta aberta. Vazio e claro. A garota encara a paisagem que dali de cima não era tão morta quanto ela pensava.

Aos poucos Noite abre a última porta da casa, o único quarto que ela não havia entrado.

Uma vaga silhueta nas sombras.

- Olá? – Pergunta Noite.

Silêncio.

- Por favor, deixe-me só. – Alguém diz dentro do quarto.

- Muito prazer, eu sou Noite. – Diz a menina.

Silêncio.

- Como você se chama? – Pergunta Noite.

- Não tenho nome. – A voz diz.

Noite aproxima-se da silhueta.

- Por favor, não entre. – Diz a voz.

- Por quê? – Pergunta a menina.

- Porque você vai acabar como todos os outros. – A voz volta a dizer.

Noite dá outro passo em direção à silhueta.

- Vamos, é a última vez que lhe digo: Saia. – Diz a voz.

A garota vai até a janela tapada com o mesmo pano preto que a anterior e o puxa. A luz do dia – que já era o fim da tarde – ilumina o quarto sujo e empoeirado.

Noite encara o corpo.

- Oh céus. – Diz Tyler voltando a se esconder na bolsa.

- Agora está feliz? – Pergunta a voz.

O corpo vira-se para Noite. Era apenas um corpo empoeirado, vestindo roupas beges e sujas. Sua cabeça não era presa ao pescoço, que estava dilacerado e deixando uma vertebra da coluna à mostra. A cabeça estava em seu colo, encarando a menina. Os olhos da... pessoa encaram Noite.

- O que aconteceu com você? – Pergunta a menina.

- Longa história. – Diz a cabeça.

- Tenho tempo. – Noite responde.

- E medo, não tem?

- Claro. – Responde Noite. – Só que ele não vai me levar à nada agora. 


Notas Finais


Então...
Eu tô realmente bem ocupado com coisas do teatro e tudo mais (eu também sou ator e de vez em quando rolam umas montagens de espetáculos e tal);
Juro que assim que tudo desapertar eu volto a postar normalmente com quase que a mesma frequência que eu postava anteriormente. É isso, agradeço demais pela paciência <3
See ya!


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