História Memórias Póstumas de Brás Cubas - Quincas Borba

Eu era um garoto inteligente, tirava boas notas e todos os professores me amavam. Além disso, era arteiro e não tinha muitos amigos na escola, a não ser Brás Cubas, com quem eu fazia minhas travessuras.

Anos se passaram e perdemos o contato. Porém, certo dia, enquanto andava pelas ruas, encontrei Cubas sentado em um banco.

Quando lhe disse quem eu era, ele se espantou, provavelmente pelo fato de um garoto inteligente se tornar mendigo. Ele me disse para procurá-lo para que ele me desse algum dinheiro.

Ali percebi uma forma de me dar bem: disse-lhe que não era o primeiro a falar isso, e não seria o último a não me ajudar.

Cubas me deu uma nota de cinco mil réis e me aconselhou a trabalhar se quisesse sair da miséria. Abracei-o e roubei-lhe o relógio.

Depois de um tempo, desenvolvi uma nova filosofia: o humanitismo. Resolvi explicá-la à Cubas, e mandei seu relógio de volta junto com um convite para um encontro.

Como Brás não me respondia, visitei-o e mostrei-lhe minha filosofia. Ele pareceu surpreso. Depois, mantivemos contato e viramos amigos de novo.

Com o tempo, concluí que Brás estava louco, por conta de suas atitudes. Então, para o bem de meu amigo, mandei um alienista para ajudá-lo.

Depois de alguns dias, Cubas me avisou, por carta, que eu que não estava bem. Depois de um tempo, descobri que eu estava demente e voltei de Minas Gerais para ver meu amigo. Eu estava mal demais e sabia disso. Então, junto ao meu melhor amigo, morri deitado em um sofá na casa de Cubas.