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História Memórias Póstumas de Kim Taehyung - O motivo de tudo


Escrita por: blvevelvett

Notas do Autor


Oioi gente <3

Voltei mais cedo hoje pra não dar problema de noite e eu não conseguir publicar.
To meio sad hoje, não sei porque :/

Penúltimo capítulo T-T
Meu coração já ta sofrendo com isso, meu Deus :(
Eu, particularmente, não gosto muito desse capítulo. Acho ele fraco. Tentei refazer umas dez vezes (sem exagero), mas nunca ficava bom como eu queria. Mas espero que vocês gostem.

De verdade, gente, obrigada por estarem acompanhando :)
Boa leitura :*

Capítulo 15 - O motivo de tudo


Depois daquela tarde, minha vida virou um Inferno. Não por Seokjin, ele não tinha culpa de nada. Porém, o motivo tinha envolvimento com ele.

Meu hyung sempre me atualizava sobre o que planejava para ficarmos juntos, e, segundo o que ele me contava, Jihyun estava possessa de raiva por isso. Ele me disse que já tinha entrado com o pedido dos papeis do divórcio, mas que ela se negava eternamente a assiná-los. Mas é claro que o faria, afinal, ela não iria querer perder o status e os privilégios que tinha.

Eu deveria ter acreditado em minha intuição e no que Jin havia me contado sobre ela levar toda a coisa do status à sério. Teria evitado surpresas.

Além disso, o que estava me devastando era a demora dos papéis. Quase um mês se passou desde que ele primeiramente citou que havia feito o pedido. E, pelo que dizia, demoraria um pouco, porque precisaria de uns dois advogados e mais alguns profissionais da área. E eu estava impaciente, porque não queria mais esperar para ser feliz.

Eu precisava de meu hyung comigo.

Sem que eu percebesse, Jihyun me deixara algumas mensagens, mas eu nunca lia. Entretanto, o que me surpreendeu foi que, num dia em que ela estava por ali, apareceu em minha sala. Perguntei se podia ajuda-la, sendo educado e assumindo minha postura profissional. Porém, não era aquilo que ela queria.

— Escuta aqui, garoto. — chegou perto de mim, se debruçando em minha mesa com uma expressão ameaçadora — Você não vai conseguir me separar de meu marido, entendeu? Eu não ligo se vocês se amam e tudo mais, mas eu simplesmente não posso admitir que um amante gay do meu marido acabe com o nosso casamento.

Eu me senti péssimo pelo jeito com que ela falou comigo. Mas, como aprendi na faculdade a não deixar que falassem assim comigo, mesmo tendo medo, rebati.

— Bom, se você também é homossexual eu não sei, mas já parou para pensar que eu não sou o único amante nesse relacionamento? — falei, e pude perceber que atingi um ponto que ela não queria.

— Você tem a coragem de falar assim comigo? — riu irônica — Se você não parar com isso, eu vou acabar com a sua vida.

— Não sou só eu que quero esse divórcio, ele também quer. E você não pode fazer nada quanto a isso, porque ele já entrou com o pedido.

Ela respirou profundamente e deixou o ambiente a passos pesados, claramente irritada.

Pelo visto, o diabinho que eu era quando criança ainda vivia em mim.

Jihyun continuou com suas chantagens, mas não me intimidava, apenas me deixava triste. Não sei se ela conseguiria manter o casamento, mas não me importava. Meu hyung estava tentando.

O problema começou quando ela ameaçou soltar informações sobre Jin e eu, e ainda acrescentou que poderíamos parar na rua, sem emprego algum. Eu sabia que isso atingiria meu hyung, só não imaginava que seria em tamanha escala. Não que tenhamos parado de nos ver, mas ele diminuiu a quantidade de encontros que tínhamos e eu não mais podia ir até sua casa, porque a mulher começara a ficar por ali.

O que acontece é que um dia, particularmente, ela chegou em minha sala com intuito de me provocar. E ela não teria conseguido, mas atingiu um nervo. A morte de minha mãe.

Ah, aquilo foi horrível.

Ela disse que minha mãe adoecera de desgosto pela minha existência, que eu era desprezível. Claro que na hora não deixei transparecer que fiquei destruído, mas assim que ela saiu de minha sala, desabei em lágrimas. Chorei o que vinha acumulando por meses, desde que parara por um tempo.

Naquele dia, não fui à sala de Seokjin, o que o fez vir até a minha. Ali, ele me abraçou forte, tão forte que pensei que todos os meus ossos se quebrariam. Se separou de mim devagar e beijou-me a testa.

— Não precisa falar, eu sei que foi ela... Só... Só não deixe que o que ela diz te afete tanto, tudo bem? Não quero que chore por causa dela.

Acenei com a cabeça, e ele beijou minhas mãos, desejando que eu ficasse bem. Assim, voltei para casa.

E no meu ambiente de aconchego, recebi a notícia de que Jimin viajaria para o Japão com Hoseok, porque haveria um evento para os dançarinos da companhia que eram.

Portanto, eu estaria sozinho. Sozinho.

Ah, ali a vida se tornou desgosto pleno.

Jimin me perguntou se eu ficaria bem aqui, sozinho, e lhe convenci que sim. E ele, amigos, acreditou. Não o culpo, afinal, a culpa é minha. E ele apenas acreditava em mim, porque era assim que ele era.

Evitei contato com Jin, porque isso significava mais contato com Jihyun, e não era isso que eu queria. Não queria que ela me lembrasse o quanto fui horrível para minha mãe. Por isso, ficava em casa em todos os momentos em que não estava trabalhando. Sofrendo sozinho, em silêncio.

Em um dia em particular, levei a faca para o banheiro, e, enquanto ficava na água da banheira, deslizei a lâmina por minha pele. O sangue tingiu a água num tom de vermelho, não muito forte pela quantidade, e me pus a chorar. Dessa vez, por tudo.

Não era apenas o que me vinha acontecendo. Era tudo.

Me lembrei de minha infância, das agressões de minha adolescência, das palavras frias de minha Omma, dos poucos momentos de brigas que tive com ambos Jimin e Seokjin, da insegurança que tinha, da morte de minha mãe, das palavras de Jihyun... Me lembrei da vida e percebi que os meus momentos tristes tomavam conta. A felicidade com que eu me iludia não existia, e, ao lembrar do que Jihyun me dizia, sabia que nem mesmo com o amor de minha vida eu poderia ser feliz.

Eu nunca conseguiria ser feliz.

Por que?

Porque minha mãe me odiou durante toda a minha existência e se foi me odiando. Porque o único amigo que eu tive foi Park Jimin, e aqui ele não estava mais. Porque o amor com que sempre sonhei estava fadado à desgraça, afinal, a homossexualidade era errada segundo a maioria.

Porque eu, meus caros, nasci errado. Nasci destinado a sofrer. Nasci destinado a já morrer.

Então, naquele mesmo dia, que acrescento ter sido quatro atrás, saí. Simplesmente coloquei uma boa roupa, fiz um curativo nos pulsos e saí, sem rumo, por aí.

Aquele, meus amigos, foi o dia que definiu meu fim. Minha fatídica morte.

Andei por algumas ruas, tomei o metrô, vi várias pessoas, algumas estressadas, outras alegres, outras tristes, mas nenhuma com o vazio que eu continha até mesmo nos olhos. E fiquei ali por um tempo que não pude discernir. Não me preocupava. Não tinha para quem dar satisfação, até porque estava sozinho.

De novo...

Então desci do trem, e, ainda sozinho, passei a andar. Este fato vocês já conhecem bem, comecei a história com ele.

E ali, meus caros e amados leitores, eu acabei com tudo.

Era o meu fim.


Notas Finais


Ai meu coração, falta só um T-T
Vou ali num cantinho chorar :'(

Obrigada por acompanharem, mais uma vez <3
Beijos e até o próximo :*


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