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História Memórias Póstumas de Kim Taehyung - O amor de minha vida


Escrita por: blvevelvett

Notas do Autor


Voltei, amoras <3

Bom... não tenho muito o que dizer hoje, então apenas desejo uma boa leitura a todos vocês :)
Beijos e espero que gostem :D

Capítulo 5 - O amor de minha vida


Lembro-me que, graças à nosso entendimento um com o outro, Seokjin se tornou meu confidente. Eu lhe contava o que me afligia e ele me ouvia com a paciência que descobri ser imensa. Às vezes ele também me contava as coisas que lhe aconteciam e eu dava minha simples opinião de adolescente de quinze anos. E dávamos certo. Talvez até demais...

Lembro-me, caro leitor, que Seokjin começou a ir a minha casa. Omma não gostava muito disso, mas ele me ajudava com os estudos, então ela não tinha como impedir. Jin se tornou uma pessoa completamente importante e necessária para mim, como se fôssemos ligados de alguma forma. E, com isso, passei a pensar na possibilidade de estar me apaixonando.

Sim, eu estava.

Uma vez, não sei quanto tempo depois de nos conhecermos, me peguei na banheira, pensando em como seria se ele também gostasse de homens e, melhor ainda, de mim. Pensei em como seria bom se isso acontecesse e minha mãe aceitasse. Se isso acontecesse, minha felicidade estaria completa.

Mas não foi bem assim que aconteceu. Porém, deixo esta parte para outra hora. Por enquanto, vou lhes contar como Seokjin me conquistou totalmente.

Desse dia me lembro bem. Era uma quinta-feira e nós dois estávamos na arquibancada, conversando. E foi quando o assunto chegou a parques de diversão. Eu lhe disse que nunca havia ido a um, e ele me olhou espantado.

— Como assim? — arregalou os olhos — Não quero nem saber, você vai comigo hoje, tem um parque passageiro aqui e vou te levar. Bom... não é bem um parque mas tem algumas coisas que lembram um.

— Mas hyung, Omma não vai deixar. — falei, receoso.

— Fala que vai sair com um amigo. Talvez ela deixe.

— Ela não vai deixar, Jin hyung. Ela sabe da minha sexualidade, mas ela não gosta nem um pouco. — fiz uma pausa, olhando para baixo — Ela só ia deixar se eu dissesse que sairia com uma menina.

— Você quer arriscar? — perguntou, seriamente.

Pensei durante um tempo. Desde que me conhecia como pessoa, eu sempre busquei agradar minha mãe, mesmo que isso significasse acabar com minha felicidade. Por isso, decidi correr o risco. O que poderia dar errado, não é?

— Eu vou tentar, hyung. — mordi os lábios levemente.

Ele sorriu. Sorriu com aquele sorriso perfeito que passei a amar tanto.

— Eu vou fazer você amar ter ido. Eu prometo. — me abraçou forte.

Me perdi em seus braços. Mesmo que Jin não tivesse músculos completamente definidos, seus braços eram fortes e eu sempre amei quando me abraçava forte. Ele me fazia sentir acolhido, como se ele fosse a minha própria casa, como se fosse uma pessoa que já conhecia antes. E, com o passar do tempo, comecei a pensar no que havia feito para merecê-lo. Ele era perfeito demais.

— Onde quer que eu te encontre? — perguntou, parecendo pensar em um local.

— Acho que na estação que tem aqui perto do colégio. — respondi — É um ponto que nós dois podemos vir, e depois você me guia.

— Tudo bem. Pode ser às oito? — acenei que sim.

Acho que nunca fiquei tão feliz em minha adolescência antes disso. Lembro-me de chegar em casa e perguntar a Omma se podia sair. Ela praticamente formou um interrogatório sobre com quem ia e o que ia fazer.

E eu menti. Menti para Omma pela primeira vez.

Disse-lhe que estava indo encontrar uma garota, mas que não podia confirmar nada ainda, porque talvez ela não gostasse de mim. E foi o que precisava para que ela me deixasse ir, mesmo que estabelecesse que eu deveria estar em casa às onze. Assustei-me porque ela me deu até um pouco de dinheiro, e isso era raro. Minha mãe chegou a um nível que apenas me sustentava, simplesmente por saber o que eu era.

Lembro-me de ter um enorme sorriso bobo no rosto. O motivo: iria a um parque pela primeira vez, e seria com Seokjin. Coloquei a melhor roupa de Inverno que tinha e saí.

Então, às oito da noite, eu estava de pé, com as mãos nos bolsos da calça, esperando por Seokjin. Me recordo bem que fiquei um tempo encostado numa pilastra da estação de trem, e pensei que ele havia se esquecido. Mas não. Ele chegou.

— Desculpa pela demora. Eu tinha perdido umas coisas, e depois tive que procurar... — tentou se justificar e eu apenas sorri.

— Tudo bem. O importante é que veio. — e ele sorriu comigo.

Após isso, tomamos o trem que dava até a estação mais próxima e fizemos o restante do caminho à pé. Conversávamos sobre como foi a reação de Omma. Não para debocharmos, Jin não era esse tipo de pessoa. Mas sabíamos que se eu dissesse a verdade, ela não aceitaria e provavelmente proibiria que eu visse meu hyung.

Poucos minutos foram necessários para que chegássemos no lugar, e percebi pela quantidade de luzes que havia lá. Eu queria muito ir em todos aqueles brinquedos, mas quando vi a altura e a velocidade que alguns deles funcionavam, o medo consumiu meu corpo. Praticamente me escondi atrás de Seokjin, o que o fez me olhar preocupado.

Apenas lhe assegurei que agora estava com medo, então somente continuamos andando pelo ambiente, que descobrir ser um espaço enorme.

— Jin hyung, mesmo que eu não tenha ido a nenhum brinquedo, eu estou adorando isso aqui. — sorri e o abracei — Obrigado.

— Não foi nada, Tae. — me abraçou de volta e assim ficamos por um bom tempo.

E foi perfeito.

Ah, eu deveria parar de contar isso. Está me trazendo a depressão que tinha antes. E eu, espírito de jovem depressivo, estou sentindo ainda mais falta de Seokjin. Mas não seria justo com vocês se eu parasse, então que continuemos.

Jin me levou a uma daquelas barraquinhas que davam prêmios quando se acertam dardos, argolas e essas coisas. E eu lembro que quis jogar um deles porque havia um urso de pelúcia enorme, e eu achei tão fofo que queria para mim.

Eu simplesmente arrastei Jin hyung até lá e tentei ganhar. Tentei uma, tentei duas, tentei três vezes e não consegui. Sai um pouco triste de lá, mas meu hyung segurou minha mão e me levou a um lugar quase isolado.

— Não fica triste, Tae. — falou me apontando um murinho para que eu me sentasse — Você está com fome?

Acenei que sim, e ele me disse que já voltava. Perguntou, antes, se eu conseguiria ficar sozinho por um tempo. Acenei novamente e ele saiu andando, e eu fiquei o esperando.

Não tenho em mente o que fiquei fazendo, mas lembro que o local tinha um ar calmo. Mesmo que estivesse frio, achei aconchegante, e fiquei atento para ver se alguém chegava. Vários minutos se passaram e ele voltou, e nem me lembro o que ele me trouxe para comer.

A única coisa que me lembro era de seu sorriso ao me entregar aquele ursinho que eu queria. Eu sorri largamente, o abraçando e o apertando em meus braços junto à pelúcia.

— Obrigado, hyung. Obrigado. — fiquei repetindo enquanto sorria.

Pode até não ter sido algo muito extraordinário, mas pensem comigo: ninguém nunca me levou a um lugar assim e nem fez isso por mim. E o jeito como Jin me tratava me fazia bem. Mas continuando:

Ele se sentou ao meu lado e comemos juntos, vez ou outra olhando para o céu, em que era possível que víssemos várias estrelas. Era lindo. Porém, quando voltei os olhos ao nosso mundo, Jin hyung me olhava como se fosse a coisa mais fascinante que ele havia visto na vida.

Perguntei-lhe o que havia acontecido, mas ele não respondeu e apenas sorriu. Então senti sua mão em minha bochecha.

— É que você é muito fofo. — continuou, e eu inclinei a cabeça pedindo indiretamente por mais contato — O mundo não te merece, Tae.

Foi quando senti seus lábios sobre os meus pela primeira vez. Era doce, calmo, suave. Era apenas um selar de lábios, mas significou muito para mim. Foi perfeito. Eu entreguei meu coração a ele naquele dia.

E aquele foi o dia em que me apaixonei completamente por Kim Seokjin.


Notas Finais


O que acharam? Bom, espero que tenham gostado *-*
Obrigada a todos que estão lendo, isso me deixa feliz <3

Até o próximo, amoras, beijos :*


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