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História Memórias Póstumas de Kim Taehyung - Minha independência, minha liberdade


Escrita por: blvevelvett

Notas do Autor


Voltei antes do esperado <3

O que aconteceu? Resolvi publicar esse capítulo hoje, porque tem referências ao Natal (uma coincidência muito louca) e também resolvi que seria um presente pra vocês leitores, por estarem comigo <3

Espero que gostem :D

Capítulo 8 - Minha independência, minha liberdade


Era mais um ano de estudos até que eu passasse na faculdade de Direito. Jimin me contou que queria cursar Dança, porque era sua paixão, e, realmente, quando ele me mostrou alguns passos, vi o quão bom ele era. Ele sabia fazer um pouco de tudo, e isso me fascinava nele. Afinal, eu sabia apenas o que a prova me exigiria, e convenhamos que não era tanto assim. Era uma prova pesada, mas não era abrangente.

Convivemos por sete meses como melhores amigos, até que, um dia, percebi que gostava dele de modo diferente. Não que eu estivesse apaixonado, porque não era um sentimento tão forte quanto o que eu ainda nutria por Seokjin, mas eu queria tentar com alguém diferente. Jimin me parecia uma ótima opção, afinal, descobri que ele também era homossexual, como eu, e ele era a pessoa perfeita.

Me lembro que foi em uma sexta-feira que o beijei pela primeira vez.

Estávamos sentados em um canto isolado da biblioteca, estudando para uma prova que teríamos em comum. Lembro-me de como os raios alaranjados do Sol invadiam as janelas, e eu o olhava com os olhos brilhando. Não que eu tenha visto, mas eu sabia pelo modo como o olhava. Eu estava o adorando. Então o chamei.

Ele virou o rosto calmamente, me perguntando se havia algo errado ou se eu não entendia alguma coisa do que falava, mas não lhe respondi. Apenas levei uma mão à uma de suas bochechas cheinhas e toquei seus lábios com os meus. Foi leve, calmo, e eu queria que não acabasse, porque Jimin me fazia bem.

Lembro que quando nos separei, ele me olhava sem entender, e passou os dedos de leve por sua boca, o que me fez rir. Depois, disso, voltamos a estudar. Entretanto, na hora da saída, ele segurou minha mão e me beijou de volta. Senti meu rosto esquentar, e sorri envergonhado.

— Não deveria ter feito isso, Tae. — riu passando as mãos por meu rosto — Você é fofo.

E eu o abracei, e agradeci que gostava de mim. Ele me respondeu que era impossível não gostar de mim, porque eu era uma pessoa boa, calma e que não fazia nada de mal, o oposto do que os garotos de nossa idade faziam. Eu lhe respondi que era exagero, e ele me beijou de novo para me calar.

— Vamos, eu te acompanho até em casa. — ele me disse, mas então tive que lhe contar meu histórico com a família — Ah, entendo. Então posso ficar com você até algum lugar perto?

Concordei e ele o fez.

O ano não demorou tanto a passar. Eu tinha uma ótima companhia ao meu lado, e quando recebemos a notícia que iriamos para a mesma faculdade, em Seul, quase gritamos para a escola o quanto estávamos felizes. Que bom que nos contemos, porque a direção puniu aqueles que fizeram muita farra com a novidade. Agora, tudo que eu precisaria fazer era encontrar um apartamento para dividir com Jimin, arrumar minhas coisas e me despedir de meus pais.

Seria difícil, mas eu estava disposto a isso. Eu merecia ser feliz, não merecia?

Cerca de um mês depois, eu e Jimin tínhamos concordado em dividir um apartamento quase ao centro de Seul, e sua mãe pagaria as primeiras parcelas, visto que a minha não queria contato algum comigo quando eu fosse embora de Busan. Concordamos também em encontrar lugares para trabalhar enquanto não terminávamos a faculdade, e, assim, nossa vida estava pronta.

Iríamos embora em Dezembro. Jimin me afirmou que queria passar o Natal comigo na capital, e se apressou quando o assunto era a mudança. O lugar que ficaríamos estava em seu nome, porque ele já havia completado os dezenove anos, e eu o faria logo depois, e, quando acontecesse, estaríamos juntos em nossa casa.

Só de escrever isso, já sinto um calor acolhedor percorrer minha espinha, mesmo sem vida. Era o que eu sempre quis. Ser feliz ao lado de alguém que gostasse de mim.

Era oito de Dezembro, e eu nunca me esquecerei disso. Estávamos nós dois no carro, sorrindo feito idiotas enquanto ele nos guiava até o endereço do apartamento. Nem mesmo o frio, a leve garoa e o trânsito tirariam nossa alegria.

Lembro muito bem de como o céu estava escuro, mesmo não sendo noite, mas eu não ligava nem um pouco sequer. E sabia que Jimin também não. Nossa felicidade estava num nível altíssimo, e nada a tiraria de nós naquele momento. Poucas horas depois, ela estava em seu ápice.

Jimin, que na época já era meu namorado, abriu a porta depois de subirmos dois lances de escadas com as malas, e nós dois sorrimos. Era mobiliado, coisa que não sabíamos, mas que eu desconfiava. Não era um lugar grande, nem luxuoso, mas era algo que chamaríamos de nosso. Nós dois entramos, e eu comecei a rir de felicidade. Estava tão feliz que não cabia mais em mim, então deixei transbordar em risadas.

Meu garoto olhou para mim, sorrindo largamente, como da primeira vez em que nos vimos e me abraçou forte, rindo comigo. Chegou até mesmo a me levantar do chão, e foi quando percebi a força que tinha.

— Jimin, você vai me derrubar! — gritei em meio a risos.

— Claro que não, Taehyung. Você é leve. — afirmou.

Ele girou comigo em seu colo, rindo como uma criança assim como eu, mas logo me deitou no sofá, ficando por cima de mim.

— Isso é perfeito Jimin. — segurei seu rosto.

— Eu sei.

Ele me beijou lentamente, me envolvendo em seus braços.

Deixo-lhes saber aqui, leitores, que Jimin era um tanto menor que eu, mas era mais forte e mais dominador que eu. E eu... Eu não me importava nem um pouco em ser submisso a quem eu adorava. E não digo isso num quesito carnal, porque até alguns dias depois, não tínhamos tido esse tipo de contato. Só que ele era um tanto possessivo e ciumento em relação a mim. Mas eu ainda não era, e é por isso que afirmo que eu era o submisso.

Talvez fosse pelo modo como fui criado, mas não sei dizer o motivo disso. Só sei que eu gostava quando ele fazia de tudo por mim, e eu tentava ao meu máximo retribuir. Era tudo que eu queria.

O Natal chegou rápido, porque nós dois nos mantivemos ocupados com a organização da casa que ficasse do jeito como queríamos. Me recordo do frio que fazia e de como estávamos abraçados em baixo de um cobertor grosso, assistindo a uma maratona qualquer de filmes que passava na televisão.

— Tae? — Minnie me chamou, e o olhei para que falasse — Quer fazer alguma coisa diferente?

Eu sabia o que aquilo significava. E eu estava pronto para fazê-lo com Jimin. Então apenas acenei que sim com a cabeça e senti ele se aproximar, tomando meus lábios com os seus. Aos poucos, ele já estava acima de mim no sofá, ambos respirando pesadamente e com as mãos entrelaçadas.

Estranhei quando ele se levantou, mas logo pegou minha mão e me levou ao quarto, onde me colocou sobre a cama, vindo para cima de mim calmamente. Devo deixar claro que eu não tinha experiência nenhuma com sexo. Eu sabia o que era, claro, mas apenas no quesito da heterossexualidade, e nunca tive a curiosidade de fazer algo, e nem mesmo de me tocar. Eu poderia ser considerado “puro” por alguns simplesmente por esse fato. Então não é de se espantar que me assustei quando nós dois, já nus em cima dos lençóis, começamos a sentir prazer sem nem mesmo consumarmos o ato.

Tirei esse tempo de susto para reparar em seu corpo.

Jimin tinha braços musculosos, e isso eu já sabia por tê-lo visto com regatas. Tinha o abdome completamente definido e duro, resultado das aulas de dança e exercícios que ele fazia, e eu passei meus dedos levemente para me certificar disso. Seu corpo era perfeito.

Vi que ele tinha algumas coisas que eu não sabia o que eram em mãos, e vi que esfregava algo em seu membro, mas não me certifiquei de saber o que era. Eu só queria saber o que aconteceria dali para frente, porque nós só éramos ensinados sobre sexo entre homem e mulher.

— Tae, agora você vai precisar relaxar um pouco, tudo bem? — ele me disse num fio de voz, e eu acenei.

Eu confiava nele.

Lembro-me de senti-lo forçando seu pênis entre minhas nádegas, e me assustei ao ponto de tentar lhe impedir.

— O que aconteceu, Tae? — ele suspirou e passou a beijar minhas bochechas.

— Eu... E-Eu não sei o que fazer, Minnie. Estou com medo. — mordi os lábios quando percebi que tinha gaguejado, e escondi meu rosto em seu pescoço.

Ele me deitou de volta na cama e sorriu levemente, passando a acariciar meu rosto e um de meus braços.

— Não se preocupe, eu cuido disso. Só... Só tenta relaxar, está bem? — assenti, e ele me beijou.

E ele forçou de novo. Senti dor no inicio e me lembro de morder os lábios para não chorar. Doía bastante, mas os beijos que ele distribuía por meu rosto me fizeram esquecer um pouco. Porém, como devem saber, depois de pouco tempo ele se mexeu e eu senti prazer. Era diferente de tudo que eu havia experimentado antes, e eu estava extasiado com aquela sensação.

Jimin me beijava, murmurando como eu estava o deixando louco com meus gemidos, e se mexia com mais frequência. Eu me agarrava a suas costas, sem saber o que fazer, mas sentindo um prazer que nunca imaginei que existisse. E quando ele atingiu um ponto dentro de mim, eu soltei um gemido sôfrego, forçando a cabeça contra o travesseiro. Era melhor que antes. E o jeito como ele me beijava deixava tudo ainda melhor.

— J-Jimin, isso é t-tão bom... — lembro-me de dizer, afinal, era minha primeira experiência.

O jeito como ele me olhava me assustava um pouco, mas conforme meu prazer aumentava, nem mesmo me importava. Apenas me lembro de fechar os olhos fortemente, pendendo a cabeça para trás enquanto gemia e ele me beijava o pescoço.

Minhas pernas fraquejaram, senti cada um de meus músculos se contraírem e senti o olhar de Jimin sobre mim, mesmo de olhos fechados. Eu tinha certeza que estava prestes a enlouquecer, mas então... aquilo veio.

Nunca saberei descrever como foi aquela sensação, mas foi uma das melhores coisas que senti em minha vida. Lembro-me de quase gritar enquanto arranhava os braços de meu Jimin.

E, juntos, havíamos chegado ao êxtase máximo que conseguimos.

Ele saiu de mim e da cama, indo ao banheiro e voltou rapidamente para limpar meu abdome, sujo pelo limite que tive. Quando acabou, me selou várias vezes e se deitou ao meu lado, acariciando meu rosto e meu corpo.

— Obrigado, Jimin. — sorri, lhe olhando nos olhos.

Ele beijou as costas de minha mão e me abraçou, tomando minha boca mais uma vez.

E minha felicidade com ele estava quase completa.

Mas eu sabia que não era para sempre, porque era inevitável que os problemas começassem a aparecer.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, de verdade :)

Ah, e o especial de Natal que eu tinha comentado saiu.
Link: https://spiritfanfics.com/historia/feliz-natal-hyung-7460991

Obrigada por estarem comigo. Feliz Natal, de novo.
Beijos e até quinta :*


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