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História Mercenary Crushes Spider - Iniciativa Vingadores


Escrita por: IronFist

Notas do Autor


Estamos de volta!

Aviso: às vezes eu não traduzo alguns termos porque acho que soam melhor no inglês, como o termo "kid" que alguém que amamos usa muito ou o termo "Web-head" (cabeça de teia).

Quero dedicar esse capítulo a @Balunch @gothamsirens @StarksGirl e @NightCrawler_ pelo apoio e amor envolvido, principalmente ao amor a Stony, Cherik e Scogan!

Capítulo 2 - Iniciativa Vingadores


Fanfic / Fanfiction Mercenary Crushes Spider - Iniciativa Vingadores

Anthony Stark era tão playboy e mimado quanto meu melhor amigo Harry Osborn e, aparentemente, era com esse tipo de “bad boy” que eu gostava de me relacionar. Sua personalidade era de fato muito difícil, mas nos últimos meses Tony vinha agindo como um pai para mim, então eu aprendi a aceitá-lo.

- Alô? – Atendi com a voz ainda ofegante.

- Peter, preciso que você venha urgentemente à Torre dos Vingadores. – Seu tom era sério, quase sério demais.

- Mesmo? Hoje? Mas é domingo e...

- Não se esqueça que eu posso espalhar a sua identidade secreta por aí! – Interrompeu-me, desligando o telefone na minha cara logo em seguida.

Primeiro J. J. oferecendo o prêmio de um milhão de dólares pelo meu rostinho, depois um tal de Deadpool tenta me dar uma surra e agora eu ainda tinha que aturar as ameaças do Homem de Ferro? É, esse dia não estava indo pelo melhor caminho.

 

Tratei de tomar um banho demorado – mesmo que os assuntos com os Vingadores fossem urgentes. Atrás de uma folha rabiscada, escrevi um bilhete para Tia May:

“Tony me chamou para resolver alguns problemas no estágio.
Espero que ele me pague hora extra!
Com amor,
Peter”

Dessa vez me dirigi à Torre dos Vingadores vestido como Parker, pegando um táxi,  a fim de evitar ainda mais estresse. Já no balcão da recepção, informei meu nome e a secretária sorriu:

- Ah! O estagiário favorito do Senhor Stark. Pode subir, ele aguarda por você.

É claro que meu ego não pôde deixar de inchar ao ouvir aquelas palavras. Finalmente eu era o “favorito” de alguém, ou pelo menos era a mentira que Tony contava para que ninguém soubesse que o garoto magrelo que o visitava com frequência era na verdade o Homem Aranha.

Apertei o botão do elevador e esperei calmamente até que as portas se abrissem, sendo logo surpreendido por um homem musculoso, barbudo e com cheiro forte que esbarrou em mim sem piedade ao deixar a caixa metálica.

- Olha por onde anda, kid! – Rosnou em minha direção.

É claro que eu reconheceria aquele uniforme de colan amarelo em qualquer lugar: aquele era O Wolverine. Um dos X-men mais famosos de todos os tempos.

Um pouco abalado com o encontro repentino e sem conseguir criar nada bom o suficiente e a altura para respondê-lo, apenas entrei no elevador, e continuei acompanhando a rota que ele traçava até a saída do edifício.

Antes que o cubículo de metal fechasse e subisse, avistei um rapaz alto, magro e de cabelos castanhos seguindo o mutante e chamando-o pelo nome:

- Logan, volte aqui! Não temos tempo pra isso...

Os óculos de design estranho e com uma espécie botão regulador na lateral o delataram: Scott Summers, o Ciclope.

- Cai fora, Slim! – Foi a última coisa que consegui entender do que parecia ser uma briga.

 

Chegando na sala principal da Torre, onde os Vingadores costumavam ficar juntos apenas para colocar o papo em dia, eu encontrei um Tony extremamente sorridente, muito diferente de como ele soara mais cedo no telefone.

- Ei, garoto! – O homem me cumprimentou com tapinhas no ombro, no maior estilo paternal.

Já Steve veio do canto oposto do cômodo apenas para me dar um abraço tão forte que ergueu meus pés do chão e fez meus pulmões oscilarem.

- Ei, Cap! – Minha voz saiu falha e ele finalmente me soltou.

- É ótimo revê-lo, Peter! – O Capitão América parecia sincero, como sempre.

- Temos um assunto muito importante para tratar com você... – Stark voltou a ter o tom sério e um tanto quanto sombrio.

Pigarreei antes de continuar:

- Hum, podem falar.

- Seja bem vindo... – o Homem de Ferro revirou os bolsos até encontrar um pequeno retângulo de plástico e entregá-lo a mim – Aos Vingadores!

“CARALHO... Isso não pode estar acontecendo. Sério? Eu sou, tipo, oficialmente um Vingador? Santa mãe da teia...”

Olhei o cartão com o símbolo da Torre em minhas mãos e não consegui encher a boca com nenhuma palavra.

- E então...? – Rogers perguntou, ansioso.

- E então...? Ah, meu Deus, é preciso uma resposta? Claro que eu quero ser um Vingador!

Tony passou seu braço direito a minha volta e começou a me guiar para outro cômodo, gargalhando com a minha reação.

- Resolvemos te registrar oficialmente para que você tenha acesso total à nossa Torre. Isso inclui qualquer horário do dia e, ah, você também tem direito a um quarto.

- Um quarto... Você quer dizer... Me mudar? – Eu poderia morar no mesmo prédio que o Deus do Trovão? Surreal!

- Se esse for o seu desejo. – Steve enfatizou.

- Bom, talvez seja cedo demais... Eu preciso conversar com a Tia May antes e...

- Não se preocupe, Pete! – O Capitão deixou seus dedos correrem pelo meu cabelo, ainda mais paternal que os tapinhas de Tony.

Enquanto eu pensava em algo bom o suficiente para dizer aos dois, ouvimos gritos vindos da sala ao lado. Haviam várias vozes exaltadas e que mais pareciam cachorros brigando por um pedaço de carne.

Stark lançou a Rogers um olhar significativo, recebendo um aceno de cabeça em troca.

- Temos que resolver isso agora, se você quiser pode vir conosco... Ver como se faz, sabe? – Tony se dirigiu a mim com tom de importância, fazendo Steve revirar os olhos mas dar-lhe um sorriso torto, encarando o chão em seguida.

Empolgado com toda a situação, apenas assenti sem dizer palavra alguma e os segui até a fonte da algazarra.

Pude reconhecer vários Vingadores reunidos em um tipo de círculo, espalhados em cadeiras, poltronas e sofás, mas também haviam rostos novos, como o de uma moça com cabelos castanho avermelhados, talvez tingidos, que se sentava ao lado da viúva negra. Ela vestia um longo casaco vermelho sangue, usando na cabeça algo que parecia um capacete ou uma tiara da mesma cor. À sua frente, um garoto de cabelo estranhamente prateado sentava-se com uma postura desleixada, batucando incessantemente no braço da poltrona. “É impressão minha ou o dedo dele está se movendo rápido demais?”

Optei por me colocar de pé e em silêncio próximo a porta, de modo que não pudesse incomodar ninguém. Aproveitei o posto para continuar analisando a sala e acabei percebendo também a presença de alguns X-men – o que eu já devia ter deduzido quando esbarrei com Wolverine na entrada da Torre.

Eu já ouvira falar do famoso Erik Magnus Lehnsherr, um mutante de pelo menos classe 4, e ouvira ainda mais sobre o Professor Charles Xavier, famoso por sua luta a favor dos direitos e educação dos mutantes.

O Professor X fazia uso de uma cadeira de rodas com tons metálicos que aparentava ser leve o suficiente para ser feita de algum tipo de fibra plástica. Magneto colocava-se às suas costas, as mãos apertando os ombros de Charles como se estivesse se controlando para não demonstrar o nervosismo. Os dois personificavam opostos: Erik ansioso, Xavier extremamente sereno.

Quando em meio à gritaria incessante, vi Charles, que com certeza já passava dos seus sessenta anos, depositar um beijo na mão direita de Erik, – que relaxou sua postura imediatamente – eu me perguntei como a mídia nunca percebeu a verdadeira relação entre os dois.

- Eu acredito Wanda e Pietro estarão mais seguros dentro do Instituto – A voz de Erik era potente e cheia de confiança, silenciando todas as demais.

Finalmente comecei a me situar quanto aos motivos daquela “reunião”: a moça de cabelos escarlate e o garoto de cabelos cor de mercúrio.

- Ah, com todas as explosões, você diz? – Natasha se exaltou, referindo-se às inúmeras vezes em que o instituto já viera abaixo durante tantos anos de existência. Sua mão pressionou o antebraço de Wanda, mas seu olhar caiu sobre um homem grisalho sentado no canto da sala, cujas olheiras evidenciavam exaustão. Ele era bonito e forte e usava um tipo de jaleco de laboratório.

- Não creio que esta Torre tenha tanta experiência em defesa quanto nós. – Falou um mutante azul e coberto por pelos que reconheci como Hank Maccoy, A Fera.

Pelo que parecia, todos estavam muito cansados com toda aquela argumentação – que talvez já durasse horas. Thor era o mais impaciente, erguendo e descendo o martelo no ar como se fosse um brinquedo de plástico.

- Eu acredito – Steve começou. Sempre o mediador – que os irmãos Maximoff possam decidir por si mesmos.

Tony apoiou a decisão do líder com um toque leve mas íntimo em seu braço. Enquanto isso, Charles e Erik trocavam olhares significativos, e eu não pude deixar de imaginar se eles não estavam tendo um tipo de conversa cerebral.

- E então, gêmeos? – Thor perguntou impaciente, tamborilando os dedos sobre a coxa.

Pietro e Wanda se entreolharam antes de responder ao mesmo tempo:

- X-Men.

- Vingadores.

A confusão surgiu para os dois ao escolherem “times” diferentes.

- Wan! – O prateado clamou.

As vozes voltaram a se misturar e exaltar, virando um mar de ondas raivosas. Quem diria que super heróis também possuem problemas na administração de recursos (super)humanos?

Quando percebi que ninguém trouxera à tona a solução mais óbvia, coloquei-me um passo à frente e agi em meu primeiro dever como Vingador oficial:

- hum, hum – pigarreei para que me notassem – por que cada um dos irmãos não vai para onde preferir? Wanda pode ficar conosco e Pietro com os X-men.

- E você, quem é? – Hank questionou com desdém.

- Ah, esse é o Homem Aranha, pessoal! Nosso mais novo Vingador! – Exclamou Tony.

Minha reação imediata foi dar um tapa com a mão espalmada em minha própria testa. Considerando que eu não estava de máscara, ele acabara de revelar minha identidade secreta!

Antes que Tony pudesse se desculpar pelo deslize, o Deus do Trovão se pronunciou:

- A ideia do garoto aranha é realmente genial! Como não pensamos nisso antes?

“Garoto aranha?! Qual é!”

- Se vocês não tiverem nenhum problema com isso... – Steve disse enquanto encarava os gêmeos.

Os Maximoff sorriram, tanto para nós quanto um para o outro.

- Concordamos – afirmaram em uníssono.

A viúva negra, com sua agilidade usual, envolveu Wanda em um abraço solene, desejando-lhe boas vindas. Deveria ser bom ter algum tipo de companhia feminina por ali. Já o homem grisalho, no canto, mantinha silêncio, mas tinha uma expressão de alívio por trás das olheiras cansadas. Aquele argumento devia estar sendo uma tortura. Meus pensamentos, entretanto, foram interrompidos pela voz forte de Erik:

- Assim decidido, sinto que devo perguntar: Pietro, suas malas estão prontas? – Sua postura agora era calma, serena, muito diferente do homem nervoso de antes. Magneto parecia, de certa forma, satisfeito.

- Se vocês me dão um segundo... – o garoto se levantou e fez menção de continuar caminhando, mas tudo que meus olhos conseguiram acompanhar foi um vulto prateado se alongando para fora do cômodo e voltando logo em seguida. Pietro, que há menos de um minuto estava de mãos vazias, agora tinha uma grande mochila preta nas costas.

- Uau! – Deixei escapar, ganhando em troca uma piscadinha do irmão Maximoff que me deixou com as bochechas coradas.

O professor Xavier, que também permanecera quieto durante toda a discussão, levou então dois dedos juntos à têmpora e disse baixo uma palavra que soou como “Noturno”.

Com um oscilar das luzes e uma fumaça cinza azulada, um mutante de pele azul se materializou diante de todos. Não fosse pela cauda que terminava em um triângulo pontudo e os três dedos nos pés e mãos, eu diria que ele era muito parecido com a forma mutante da Mística.

O jovem Pietro encarou o mutante teletransportador com os olhos arregalados, como se nunca tivesse visto outra pessoa chegar tão rápido a um lugar.

- Meu nome é Kurt Wagner, para aqueles que ainda não me conheceram. – Se apresentou em forte sotaque alemão, enquanto uma das sobrancelhas se erguia na direção do prateado, que ainda estava boquiaberto.

 

O clima na sala mudou, a agitação que outrora fora raivosa e pesada, agora se fazia leve e alegre. Todos conversavam sobre coisas cotidianas de super-herói ou tiravam alguns minutos para se despedir. O abraço entre Pietro e Wanda foi o mais demorado, como se há muito tempo não ficassem separados, o que me fez sentir saudades do Tio Ben.

Num canto, o Homem de Ferro e o Capitão pareciam extremamente felizes, conversando despreocupadamente. Não pude deixar de admirá-los por um tempo, acabando por capturar o exato momento em que o Tony entrelaçou seus dedos nos de Steve e deixou a cabeça pousar em seu ombro.

“Peter, como você pode ser tão burro para nunca ter reparado nisso?”

Já sentindo meu rosto corar – mesmo sem saber o porquê – desviei o olhar e acidentalmente encontrei os olhos do homem grisalho sobre mim. Ele parecia já estar me encarando há algum tempo, então tentei juntar as peças do quebra cabeça para descobrir se eu realmente o conhecia de algum lugar: “Já tem uma certa idade, aparenta estar muito cansado, parece possuir certa intimidade com a viúva negra...”

Depois de levar em conta todos os fatos e somá-los aos boatos que corriam pelos corredores da Torre sobre um antigo caso de Natasha, só consegui traçar uma hipótese: Bruce Banner.

Eu já lutara ao lado do verdão diversas vezes, mas nunca o vira sem se transformar. Percebendo que eu o olhava de volta, Bruce se aproximou.

- Eu te conheço de algum lugar? – Ele foi o primeiro a falar. Aparentemente ele também me achara familiar.

- Hum... Homem inseto? – Citei o “apelido” que o Hulk havia me dado.

- Huh? – Sua confusão só fez aumentar.

- Eu conheço o Hulk! Já lutamos juntos. – Expliquei.

- Oh, claro!

Bruce pareceu muito desconfortável à menção de seu alter ego, então nossa conversa não passou de alguns “como vai?”, além de elogios científicos da minha parte.

Por sorte, tive uma desculpa para abandonar a conversa esquisita quando meu celular começou a fazer barulho no bolso. Isolado no canto da sala, abri o sms que acabara de receber:

“Não é assim que se trata um cara com quem você acabou de dormir!
Harry”

Não pude deixar de rir com a mensagem, mas me limitei a respondê-la com um “Muito engraçado, Har”, pois o tumulto no cômodo aumentou e eu senti que era a hora da partida de Pietro.

Todos os Vingadores agora se colocavam de um lado da sala, enquanto os X-men postavam-se do lado oposto.

- Creio que nos veremos em breve. – Erik afirmou, como se falasse com todos, mas tinha os olhos fixos em Wanda.

- Noturno? – Charles repetiu o nome, que assumi ser o apelido de Kurt.

O mutante teletransportador se posicionou entre todos X-men, que imediatamente estenderam suas mãos para tocá-lo. Mesmo confuso, Pietro seguiu o movimento dos demais, e todos evaporaram na nuvem cinza azulada.

- Mais um caso bem resolvido! – Tony manifestou sua animação.

 

Depois que todos haviam deixado a sala e começaram seus afazeres pela Torre, eu decidi que era hora de ir para casa e quem sabe finalmente ter um descanso.

- Ei, garoto! – Stark me chamou antes que eu pudesse deixar o andar principal.

- Hum?

- Esteja aqui amanhã pela manhã, cedo! Temos um trabalho para você. E, ah, traga a sua fantasia!

- Fantasia?! – Não pude deixar de questioná-lo em tom de reclamação.

Com o ar brincalhão de sempre, Tony se afastou rindo, sem dar mais explicações sobre o “trabalho” misterioso.

 

Decidi percorrer o caminho de volta para casa a pé, a fim de observar a multidão enfurecida – não comigo, mas com meu alter ego. O que um velho bigodudo e cara de pau não conseguia fazer, não é mesmo? Em um dia amado, no outro queriam me esmagar como a um inseto. Aranhas sequer são insetos!

Faltavam três blocos para chegar e eu estava completamente distraído com a cara feia do Jameson em um dos telões da cidade quando esbarrei em um homem com... vestes de couro?

- Ei, criança, olha por onde anda, viu? Vai saber que tipo de maluco perambula por esses becos... – O homem riu ensandecidamente e continuou sua caminhada tranquila, enquanto subia sua máscara até a boca para apreciar uma mordida em seu cachorro quente.

Fiquei estático.

Ele andava por aí daquele jeito? E era “simpático” quando não estava tentando me matar? E... Criança? Porra, eu já estou na faculdade!

- Até que ele era bonitinho! – Deadpool exclamou, sem mais ninguém à sua volta. – Não, ele nem deve ter idade pra encher a cara!

Assisti o monólogo do mercenário até que ele virasse na próxima esquina e ainda assim tive que ficar parado por mais uns cinco minutos para poder processá-lo. Ele tinha acabado de dizer a ele mesmo que eu era “bonitinho”?

 

Quando girei a chave na fechadura e empurrei a porta para entrar em casa, senti de imediato o olhar de Tia May me queimar com sua preocupação exagerada.

- Pete! Que bom que você chegou. Não vai sair de novo, não é? – May checava o relógio na parede, constatando que ainda nem anoitecera.

- Não, tia. – Afirmei enquanto deixava um beijo em sua testa. – Acho que preciso de um descanso.

A senhora sorriu, repleta de felicidade, e se acomodou novamente no sofá, me observando subir as escadas. Quando finalmente alcancei o andar de cima, a única coisa que consegui fazer foi cair na cama e dormir como uma rocha.

 

Estava tão ansioso para minha primeira “missão” como Vingador que acordei durante a madrugada e não fui capaz de recuperar o sono. Estranhamente, meu cérebro repassou várias vezes meu encontro randômico com Deadpool antes que eu tomasse coragem de levantar da cama – em minha defesa, eu não ganho muitos elogios como Peter Parker, então ser chamado de “bonitinho” até que era legal.

Depois de um banho escaldante, coloquei um dos meus uniformes reserva, já que o outro tinha um pequeno rasgo na barriga devido à luta da manhã anterior.

Meu caminho até à Torre foi dificultado pelas ameaças de tomates voadores, mas o bom conhecimento de atalhos que só um New Yorker nascido e criado tem me ajudou a chegar lá com as vestes totalmente limpas.

Havia um circo montado à frente da Torre: uma multidão aglomerada, cheia de microfones e câmeras, como se esperassem a resposta para qual o sentido da vida, do universo e tudo mais.  Assim, busquei por uma entrada pelos fundos.

Quando finalmente cheguei à recepção, depois de passar por alguns depósitos e saletas de limpeza, encontrei um Tony Stark completamente formal, metido em um terno branco que ressaltava seus músculos. Aquela roupa parecia custar literalmente milhares de dólares, mas Steve não o deixava para trás, usando um terno simples mas de alta costura.

- Ideia do Tony! – Disse o Capitão, se referindo às vestimentas de ambos.

- O que está acontecendo? – Perguntei confuso.

- Você.

- Eu?!

“Sério! Que diabos está acontecendo?!”

- Aquilo lá fora é uma conferência para anunciar o novo Vingador. Achamos que isso te ajudaria um pouco com aquele tal de J. J. Jameson que anda falando besteiras sobre você no Clarim Diário. – Tony afagou minhas costas com seu usual ar paternalista.

- Sério? – A situação ficava cada vez mais surreal. Eu realmente estava entrando na Iniciativa Vingadores? Isso era pra valer?

Um homem negro e alto, de capa preta e usando um tapa olho, parou ao lado de Tony e cochichou algo em seu ouvido. De imediato o reconheci como Nick Fury, agente da S.H.I.E.L.D. e, por assim dizer, criador da Iniciativa. – Qual é? Não era tão difícil assim invadir os servidores do Stark, não tanto quanto ele pensava! Mas eu juro que só olhara informações básicas.

Fury me analisou de cima abaixo antes de se retirar.

- Uau, qual é a desse cara?

- Fury só queria saber se temos certeza que você dará um bom Vingador...

Engoli em seco. Nem eu acreditava em mim mesmo, como um agente como Nick Fury acreditaria?

- Certo. Você está pronto, filho? – Tony disse com a mão em minha nuca, me empurrando na direção daquela plateia.

 

Fiquei esperando nos bastidores até que Steve me anunciasse. Quando finalmente ouvi-o pronunciar “Homem Aranha”, senti que meu coração explodiria e me deixaria em pedacinhos.

O mar de gente assistindo formava ondas de murmúrio até que pisei no palco. Parado ali, minhas pernas tremiam tanto quanto no momento em que eu abri minha carta de aceitação na Universidade de Columbia, mas uma sensação de alívio sem igual me invadiu quando o Spider foi ovacionado. Sim, eles estava gritando para mim e não comigo!

- Mandou bem, Spidey!

- É disso que New York precisava!

- Foda-se o que o Jameson acha!!!

“Caralho, esse só pode ser o melhor dia da sua vida, Web-head.”


Notas Finais


Desculpem pela breve aparição do mercenário nesse capítulo, mas qual é, teve muitos outros ships rolando né? Atenção para as sutilezas!

Espero que tenham gostado. Eu ia por como capa um gif muito bom com o Erik e o Charles sendo o Ian Mckellen e o Patrick Stewart, mas não queria dar spoiler que eles iam aparecer velhinhos!

É isso aí gente, até a próxima! E se tiver erros, finge que não!


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