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História Merry Christmas, Batman! - Problemas de Duas Faces


Escrita por: Adrena_Lina

Notas do Autor


Hey everyone ^^

Vocês pediram e pediram e cá estou eu com mais um capítulo para vocês! \o/
Bem, como havia avisado anteriormente, isto é baseado em uma one-shot que fiz, portanto talvez só dará mais um ou dois capítulo. Sim é triste, sim ;-;
Alguém anônimo: Mas por que você não postou tudo de uma vez?
Simplesmente porque achei que seria melhor fazer suspense, já que como a one-shot origial deu mais de 4.000 palavras, dava tranquilo para uma mini-fic, então cala a boca e lê ai 'u' (É BRNCADEIRAAAA, JURO GENTE SOU UM AMORZINHO DE PESSOA)

Segurem aí o capítulo!
Vlw flw

Capítulo 2 - Problemas de Duas Faces


Fanfic / Fanfiction Merry Christmas, Batman! - Problemas de Duas Faces

Um sorriso brotou dos lábios do homem-morcego, ao relembrar da noite em que teve a primeira demonstração de amor com a Palhaça do Crime. Embora após isso não tiveram mais contato algum, ele percebera que Harley havia parado repentinamente com seus planos malignos contra ele e seus capangas já não demonstravam tanta raiva contra si. Era até engraçado de se pensar em como ela convencera seus aliados de que ele não era mais uma ameaça.

 

Talvez ela tenha contado a eles sobre mim…

 

Ele tentava não apoiar-se naquela teoria. Sabia que se ela tivesse contado, não só destruiria sua imagem, como a dela também. Confiava em Harley, mesmo que não gostava de admitir uma coisa destas. Pensava em quando Alfred souber sobre tudo aquilo. Seria uma confusão da mesma forma se ela tivesse contado algo aos seus aliados. Previa que certamente ele lhe daria um sermão, achando que podia bancar seu pai. Era um dos motivos pelas quais optava por manter a relação em sigilo.

 

Alfred é um bom companheiro, mas na maioria das vezes é cabeça dura. Mesmo que explicasse que a psiquiatra mudou, ele não irá mudar sua opinião.

 

Olhando sempre para frente, Batman percebeu a chegada da costa do Distrito Industrial, logo após atravessar um pequeno “braço” do mar que dividia este bairro de Amusement Mile. Pousou vagarosamente, de modo que o movimento fosse silencioso. Caminhou e escondeu-se atrás de um carro enferrujado ali próximo, com a tampa frontal e traseira abertas. Fechou seus olhos e deixou com que a imagem tridimensional se formasse dentro de seu capuz.

 

Três capangas. Um armado com um bastão de baseball, outro com uma porta de automóvel como escudo. O outro sem equipamentos. Vai ser mais fácil do que arrancar a arma do Duas-Caras.

 

Abriu os olhos. Correu para o lugar onde os três conversavam calmamente. Foi então que, com as batidas repetidas de sua bota no chão, os fez notar sua presença.

 

- Olha! É o Batman! - o capanga armado com a porta-escudo apontou para o Morcego, com um largo sorriso no rosto.

 

- Hey, Bats! Quer chocolate-quente? - o único capanga desarmado perguntou, mostrando agora que estava com uma caneca em suas mãos.

 

O que diabos está acontecendo? Harley convenceu eles a… não me atacar?

 

- Estou a procura de Arlequina. Se quiserem me parar agora, podem tentar. - Batman provocou, esperando que algum deles viesse logo para cima de si.

 

- Hã? Que isso, Morcego? Não queremos lutar contigo. Harley autorizou que você pudesse vê-la sempre que quiser. - o capanga com o bastão afirmou, pondo sua arma atrás de seu pescoço, suas mãos apoiando-se na mesma.

 

Batman ficou paralisado. Parece que informação o atingira mais do que se eles estivesse realmente lutando. Era estranho para ele ouvir de um capanga que não queria machucá-lo. Ainda mais, oferecendo-o uma bebida quente amigavelmente. Sem responder mais nada, ele retirou sua Bat-Garra e apertou o gatilho, mirando em lugar alto, repetindo o truque que havia feito anteriormente. Desta vez, fora planando em direção ao fundo do bairro, local da Siderúrgica. Ao aproximar-se, notou mudanças em sua fachada. O buraco no telhado - da qual sempre fora de “entrada” para ele - fora consertada e havia uma uma única porta. Guardando a entrada, havia dois capangas, armados com fuzis de assalto. Batman pousou no antigo trilho de trem da região norte - um pouco antes da tal nova entrada - e olhou fixamente para os dois.

 

Será que seria certo eu atacá-los?

 

Hesitante, ele simplesmente desceu, revelando-se para ambos os guardas de Arlequina.

 

- Ah! - um dos capangas gritou, recompondo-se e logo em seguida. - Ufa! É só você, Batman…

 

- Harley está aí? - o Morcego, perguntou, ainda hesitante se devia confiar neles.

 

- Claro, claro. Entre! - o outro capanga convidou, abrindo caminho para o novo visitante.

 

Batman passou por eles, prestando cuidadosa atenção aos capangas atrás de si. Abriu a porta e felizmente, esta não soltou seus torturantes rangidos. Ao adentrar o “esconderijo” de Harley, notou claras mudanças no ambiente original. Onde era a Casa Maluca, local que havia lutado com Coringa antes de sua morte, agora era um dormitório para os capangas de Arlequina. Várias beliches enfileiradas se encontravam ali, todas com os edredons e travesseiros arrumados. Estava escuro e ele nem se deu o trabalho de acender a luz. Apenas fechou rapidamente seus olhos e checou se não havia mais ninguém ali. E estava certo.

 

Parece que Harley está começando a tratar melhor seus aliados. E eles parecessem estar mais animados para trabalhar para ela. Boa jogada!

 

 A sua esquerda, percebeu uma porta dupla, e sabia que daria para a parte superior do salão principal. Tinha certeza de que encontraria quem procurava ali, já que era quase um escritório dela. Ao passar pelas portas, chegou a surpreender-se com as drásticas mudanças no local. As paredes, agora, estavam pintadas de um azul marinho e o chão estava coberto por um carpete vermelho. O teto estava coberto por figuras em forma de estrelas fluorescentes - daquelas que brilham no escuro - e as vigas de madeira estavam decoradas com pequenos morcegos. Ao passar pelo pequeno corredor que ligava da porta até o centro do cômodo - que mais parecia um dormitório agora -, percebeu que a pequena passagem que ligava a parte superior e a parte inferior - ou o salão principal abaixo - já não mais existia. Agora havia uma portinhola no chão, no extremo canto esquerdo do cômodo, que provavelmente dava a uma escadaria.

 

Harley estava acima de uma cadeira, se equilibrando sem muitas dificuldades em cima da mesma. Como estava de costas para a porta, não percebera a chegada do homem-morcego. Apenas mostrava-se concentrada em colocar algo na parte superior da parede, próximo a cama. Ao aproximar-se mais, Batman notou que ela estava colocando alguns últimos pregos num morceguinho de pelúcia, com um sorrisinho estampado de forma fofa.

 

- Começou a ter fetiches por morcegos também? - ele perguntou, sabendo que iria causar certo susto nela.

 

Ao ouvir sua voz, Harley fez questão de que parasse o que estava fazendo e olhar para ele, com um largo e lindo sorriso no rosto.

 

- Pudinzinho! - ela exclamou, descendo da escada e pulando em um forte abraço no Morcego, que por sua vez, não respodera ao ato dela. - Oh… nada de abraços, certo? Tudo bem por mim… - sua última palavra foi solta com um fundo de tristeza, como se esperasse mais de seu amado.

 

- Estou aqui a trabalho, Arlequina. Não posso distrair-me. - ele afirmou, num tom sério, retirando a fotografia de seu bolso. - Este homem é um dos seus aliados?

 

Ela pegou o pequeno papel colorido de suas mãos e analisou. Seguindo as informações que sua expressão indicava, o Morcego teve a certeza de que ela também ficara confusa, já que o rosto desfigurado não ajudava muito.

 

- E então? - ele a questionou, seguindo seu olhar. Ela encarava o casaco de couro totalmente destruído, como se ali houvesse algo tão importante quanto um diamante.

 

- Sim, é meu! - ela afirmou por fim, virando um pouco a foto para o olhar dele, mostrando um pequeno pin totalmente manchado por sangue com apenas uma parte do mesmo visível. - Vê? Este pin está metade limpo e metade não. Na metade limpa, pode-se ver um chapéu de bobo da corte. Exatamente igual aos pins que distribui a todos os meus aliados. E com esta metade suja só podemos concluir uma coisa.

 

- Duas-Caras…

 

- Exatamente! Sendo assim…

 

- Bane e Duas-Caras estão trabalhando juntos, mas… por que?

 

- Talvez seja por minha causa… - ela afirmou, uma melancolia nascendo em sua voz. Ela sentou-se na beirada de sua cama, decorada com um edredom vermelho e um pequeno morcego de pelúcia encostado em seu travesseiro de cor negra. Ela pegou o mesmo e abraçou-o com força, afundando seu rosto logo em seguida.

 

- Do que você está falando? - indagou Batman, sem sair do lugar onde estava e encarando a mulher a sua frente, que utilizava as mesmas roupas de antes, mas curiosamente as tatuagens em homenagem ao seu antigo pundinzinho não podiam ser mais vistas. Talvez aquilo seja uma prova de uma nova personalidade de Arlequina.

 

- Bem… depois daquela noite contigo… eu… e-eu quis mudar - ela começou a falar, a voz um pouco trêmula. - Eu me arrependi e ainda me arrependo de ter seguido os passos do Coringa e abandonar a Dr. Quinzel de quem eu era antes. Me tornei cega pelo amor que na realidade não existia, e deixei que Arlequina tomasse minha mente. Depois de todo este arrependimento, resolvi pedir perdão pelas burrices que cometi anteriormente aos que seguiram fielmente eu e Coringa. Por sorte eles aceitaram. Foi aí que eu percebi que a bondade é uma coisa tão boa, e comecei a sentir a velha psiquiatra voltando dentro de mim. E depois… - e uma pausa repentina.

 

- E depois…?

 

- Eu relembrei tudo o que você me ensinou. Tudo bem que não foi da maneira mais fácil, mas foram os teus ensinamentos, isso é o que importa. Então, eu alterei meus métodos, parei de matar ou torturar alguém por fazer algo errado. Construí um centro médico e dormitórios para meus aliados aqui na Siderúrgica. Distribui novas roupas, dessa vez mais quentes, para os que ficam do lado de fora, vigiando o território. Me tornei Harleen Frances Quinzel novamente, e isto graças a você.

 

Batman nada respondeu. Não porque queria ser rude. Mas sim porque não tinha palavras. Mais chocante do que seus capangas não o atacarem era Harley mudar tão drasticamente. De certa forma, se sentia esquisito por apenas um beijo ter aberto tanto os olhos dela. Mas de outra, pensava que aquilo era de fato uma vitória. Ela mudara, deixou de ser uma psicopata que fazia tudo impulsivamente. Agora era a Dr. Frances ali a sua frente.

 

- E daí que veio os problemas… - ela tornou a falar, cortando os pensamentos do Morcego. - Os capangas do Duas-Caras viram uma oportunidade. Embora sempre muito persuasivo, todos nós sabemos que a relação com Harvey não é fácil. E vendo a minha mudança quiseram aliar-se a mim. Vendo que estava perdendo aliados muito rapidamente, ele veio até o território em um ataque vingativo. Obviamente nós os pusemos para fora, já que estamos em maior número. Provavelmente esta foto é uma mensagem provocativa, um aviso. Temo que… ele realmente consiga entrar na Siderúrgica e me matar… ainda mais com Bane a-ajudando… - voz começou a mostrar um tom de choro e desespero. Batman, por mais frio e sombrio que fosse, não conseguiu evitar de se levar pelo medo de Harley. Ela havia mudado tanto e de uma maneira tão saudável, ela não merecia ser morta ou machucada por alguém que é mergulhado num poço de egoísmo. Se aproximou dela e tocou em sua mão, que estava apoiada entre as cobertas da cama.

 

- Olha Harley. Sei que é difícil. Mas quero que saiba que aqui dentro você está segura. Ninguém irá encostar um dedo em você, eu te prometo.

 

- M-mas o Duas-Caras…

 

- Você ganhou uma fidelidade maior por parte de seus aliados após suas mudanças. Isso é uma tremenda vantagem.

 

Ela não paresse sentir segura ainda. Acho que precise de apoio de alguém que realmente ama…

 

- E além disso… você tem a mim…

 

Ela, então, olhou para o sombrio rosto do Cavaleiro das Trevas, seus olhos já começando a ficarem molhados pelas lágrimas que lutavam para permanecerem em seu devido lugar. Sem pensar, o abraçou novamente, seus braços sentindo um pequeno choque térmico pela fria Bat-Roupa que o envolvia.

 

- Obrigada. De novo…

 

- Eu não fiz tecnicamente nada…

 

- Não é por isso… é por existir, Batman!

 

Mais uma vez sem palavras. Sem pensamentos. Sem reações. O peso daquelas palavras mais pesava em seu coração do que qualquer outro lugar. Ainda não acreditava que Harley conseguia, com poucas frases, retirar as palavras da boca do Cruzado Encapuzado. Sim, ele, o cara que conseguia meter medo em quisesse, auge da resistência física e psicológica. Agora, se sentindo fraco, compartilhando do terror pela qual ela sentia. Ele sabia que aquilo não podia significar outra coisa.

 

Ele a separou de seu corpo, podendo então olhar diretamente para seu rosto, agora sem os quilos de pó branco que sempre utilizara. Ela o olhou de volta e, com um largo sorriso, colocou sua mão em sua bochecha, metade a tocando e a outra metade acima do capuz. Ela esfregou seus polegares carinhosamente em seu rosto. Ele, respondeu ao ato, encostando levemente a cabeça em sua mão.

 

- Eu te amo… - ela disse, sua voz ecoando na mente do Morcego como uma melodia serena. - Você também me ama?

 

Com isso, ele segurou suas mãos, ainda olhando para seu rosto suave. Com um suspiro, ele questionou-a, calmamente:

 

- Como pode amar quem você não conhece?

 

- Porque eu não me importo! - ela afirmou, o sorriso ainda em seu rosto. - Eu ligo para sua beleza aqui. - e então colocou suavemente sua mão no lado esquerdo de seu peito. - Você é um bom homem, B-man! Já me provou isso várias vezes! E seja lá quem esteja por trás dessa máscara, não deve ser muito diferente do cara que eu amo…

 

Eu me sinto como se estivesse a enganado. Ela ama Batman, mas… é como se ela amasse apenas um personagem. Alguém que não é realmente aquilo. Ela devia me conhecer melhor… conhecer o “eu” de verdade…

 

Num movimento calmo, Batman agarrou as laterais de seu capuz. Empurrando-o cuidadosamente para trás, começou a revelar seu nariz, depois seus olhos, sua testa, seu cabelo. Por fim, seu rosto ser finalmente visível por completo.

 

Amor ou ódio, o que virá aí é só a verdadeira opinião dela sobre mim…

 

Continua...



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