História Meu Adorável Chefe Kyungsoo. - O Primeiro Ano.

Meu primeiro ano ao lado de Do Kyungsoo não foi tão ruim. Na verdade nem passamos o ano juntos. A primeira razão foi o sucesso do meu primeiro livro. Eu nunca pensei que eu viajaria pelo mundo todo e foi uma experiência incrível. É claro que não posso reclamar de Kyung pois  por mais que não esperasse isso dele, ele me apoiou muito e até cheguei a achar que ele realmente sentia minha falta. Mas era só um achismo mesmo. 

- Do Kyungsoo? Cheguei. Foi o que eu disse quando cheguei da minha 2 viagem. - Kyung? Assim que ele apareceu ele me olhou assustado. 

- Por que não me avisou que chegaria hoje? teria preparado algo para comer. Ele me abraçou e sorriu, fiquei completamente surpresa com a atitude do mesmo.

- Tudo bem, eu prometi que eu iria cozinhar para você. Olha eu realmente não sei cozinhar mas aprendi uma receita de macarronada que acho que vai gostar. 

Coloquei minha bolsa na mesa da sala e lavei as mãos, peguei as coisas que precisava e comecei a cozinhar. Eu era tão lerda em cortar as coisas que Kyung ficou completamente irritado pegando a faca da minha mão para cortar o que precisava. 

No final quem acabou cozinhando foi ele, não porque eu sou uma folgada e sim porque eu simplesmente fui impedida de cozinhar para ele. 

- Isso está maravilhoso Kyungsoo, onde aprendeu a cozinhar assim? 

- Na verdade eu aprendi sozinho. Eu precisava aprender a me virar não sou filhinho de mamãe que nem você. Ele acabou soltando uma risada nasal com que acabara de dizer. 

- Só não vou te xingar pois você tem razão. Nos encaramos e então começamos a rir sem parar. - Pode rir de mim eu aceito, não sei fazer um ovo frito se duvidar. 

- Se quiser posso te ensinar a cozinhar para quando você casar novamente saber fazer algo. Ele disse e eu fiquei em silêncio causando uma pressão total no local. - Tudo bem se não quiser...

- Eu quero! Claro se não for incomodar. 

- Não me incomoda, posso te ensinar uma receita amanhã.

- Amanhã não vai dar, eu vou viajar para a China. A expressão de Soo mudou completamente, as vezes ele até me fazia acreditar que éramos um casal de verdade. 

- Você viaja mais do que fica aqui, até quando? 

- É só mais uns meses Kyung, você sabe que é importante e qual é? você nem deve sentir minha falta. Não precisa mentir. 

Levantei pegando nossos pratos e colocando na pia, começo a lavar a quantidade pequena de louça e quando me viro me assusto pelo mesmo que está parado em minha frente.

- Eu sinto sua falta, mesmo não gostando tanto da sua pessoa eu não me sinto tão sozinho quando está aqui. Ele diz e fica corado, para disfarçar ele vai até a geladeira.

- Que bom que não me detesta por completo. Escuto sua risada mas não vejo seu rosto, é estranho que mesmo sendo casados ainda sim parecemos dois estranhos tentando se dar bem. 

Depois de mais 3 meses de viagens eu finalmente passei um mês em casa, mas para minha sorte ou não Kyungsoo trabalhava mais que nunca, mas não digo que foi totalmente ruim. Fiquei próxima ao seu irmão Kai, que virou um irmão muito querido para mim também. 

- O que vai dar ao Soo de natal Chae? Disse Jongin (seu nome verdadeiro, já que Kai é apenas apelido, para quem ainda não sabe) em uma noite em que passamos juntos assistindo filmes e conversando já que Kyung passava os dias fora viajando. 

- Eu não sei dizer. Eu ainda não o conheço muito bem. 

- Entendo, se quiser eu posso te ajudar a escolher. 

- Obrigada mesmo Kai, mas eu quero realmente conhecer-lo. Quero ser capaz de escolher um presente que ele goste. 

- Isso é muito complicado, se Kyung não gosta de algum presente ele fala na hora. Não fique chateada se ele fizer isso com você, não é por mal. 

- Tudo bem, eu não ficarei, estou acostumada com o jeito de Kyung. 

- Eu realmente pensei que vocês fossem se matar, mas vejo que estão se dando super bem. 

- É que não ficamos em casa juntos por muito tempo. Comecei a rir fazendo o moreno rir também.

- Soo é realmente uma pessoa difícil de lidar no começo, mas quando você o conhece bem ele simplesmente chega a ser uma pessoa maravilhosa. Mas nunca o machuque, ele não perdoa fácil. 

- Eu já percebi isso, e queria muito saber por que ele e Jongdae não se gostam? 

- Eu não deveria...

- Por favor Kai, sei que não é por muito tempo mas sou parte da família agora, preciso saber. 

- Tudo bem, mas não conte que eu falei. 

- Eu juro que não. Coloquei minhas mãos para cima para lhe mostrar que não cruzaria os dedos e então ele riu e respirou fundo me avisando que começaria a contar. 

- Soo amava uma garota, ele deu tudo a ela. Ele era o Kyung que sempre foi para todos. Amigo, amável, amoroso e paciente. Ele simplesmente deu tudo de si a essa garota. Mas ela conheceu Jongdae. E depois de anos o abandonou para ficar com nosso primo. 

- Eu não sabia que era por causa de uma garota. 

- Sim, e por causa dela Kyung esconde todos os seus sentimentos. 

- Ele tem sentimentos? Kai me olhou sério e eu acabei rindo. - Estou apenas brincando. 
 

E os dias se passavam e eu só queria agradar-lo não por dó, e sim por medo de o machucar ainda mais. Não queria e nem podia mesmo sabendo que não era importante eu queria ser, na realidade eu sentia inveja dessa tal garota que conseguiu o amor de Kyungsoo. Ela deve  ser perfeita. As vezes achava que ele casou comigo para fazer ciúmes a mesma. Queria acreditar que não, mas certo dia achei uma carta da garota nas coisas de Soo. Sei que não deveria mas li, infelizmente li. 

Eu tenho esperanças que você volte a me entender eu errei com você e errei ainda mais comigo. O medo do amor não ser o suficiente me consumiu por completo e junto veio a insegurança. Te perder era algo que eu realmente não queria. 

Jongdae foi um grande amigo nas horas das nossas brigas e desentendimentos, e ele me fez perder esse medo do amor acabar. Eu sempre pensei que morreria amando você mas vi que eu sobreviveria. Eu te amei muito e não me arrependo disso mas não me arrependo de não te amar. Eu amadureci e agora sei mais da vida. Espero que me entenda pois eu entendo suas razões. Só quero que saiba que meu amor por você não acabou e que está mais forte que nunca, mas eu amo o Jongdae e escolhi ficar com ele. Eu sinto muito. 

Sua pequena garota. 

Fiquei me perguntado onde eu entraria nessa história, será que realmente Soo casou comigo por causa de sua mãe ou por causa dessa garota? Eu ao menos sei seu nome para quem sabe perguntar se ela ainda ficaria com ele. Eu cederia isso a ela se ele fosse feliz. Eu já não pensava mais em mim eu pensava nele, era tudo por ele. 

Depois de alguns dias com Kyung eu aprendi algumas coisas sobre ele:

1- Ele gosta de preto. 

2- Ele ama doramas e animes. 

3- Ele odeia o fato de eu julgar as cenas tristes de doramas e filmes. 

4- Ele odeia minha comida. 

5- Ele ama a sua comida. 

Sei que não são muitas coisas, mas acho que dá para comprar um presente de natal com essas informações. Em mais um dia de trabalho para Kyungsoo eu convidei Kai para ir ao Shopping comigo. Fui em várias lojas, calçados, roupas, DVD e nada de encontrar o presente perfeito. 

- Kai eu desisto estou pensando seriamente em fazer um prato de comida que ele realmente goste ou posso comprar de seu restaurante preferido.

- Ele vai amar isso. Disse Kai pegando as sacolas de roupas que eu tinha comprado para mim. 

- Ou isso! Apontei para um camisa preta na vitrine de um loja.

- Tem certeza? 

- É a cara do Soo, vou comprar!

Convidamos minha família e a de Soo para passar o natal em nossa casa e estava tão anciosa para ver a reação de Kyung com o meu presente que nem prestei atenção nas conversas de família. 

- Querida estou falando com você! Diz minha mãe chamando minha atenção. 

- Desculpe, pode repetir? 

- Como foi seu ano com Kyung? Perguntou curiosa. Molhei minha boca com um pouco de vinho de minha taça e encarei Soo que sorriu quando me olhou. 

- Foi bom, eu nem sei porque disso mas acho que foi o melhor ano da minha vida. 

- Lógico que sabe o porque filha, você o ama e quando a gente ama começamos a notar somente as coisas boas. Isso explica o ano bom que você teve. 

E foi com essas palavras que eu percebi que estava completamente apaixonada por Kyungsoo e que estava perdida nos meus sentimentos. 

- Sim deve ser por isso mãe! Dei mais um gole em meu vinho e levantei da cadeira pois era a minha vez de dar os meus presentes. 

Os primeiros presentes foi para meus pais, dei uma batedeira a minha mãe já que ela pedia tanto todas as vezes que me ligava. Para meu pai dei um rádio novo para seu carro já que ele vivia reclamando do dele e para minha irmã dei um vestido. 

Já para a familia de Soo eu fiquei com certo receio de dar algo, pois meus pais eram simples e ficavam felizes com qualquer presente. Mas para mãe de Soo eu lhe dei um par de brincos e para minha sorte ela simplesmente amou, para seu pai eu dei uma gravata já que ele sempre andava de terno. Para Kai eu dei uma coisa que ele vivia pedindo a Soo todas as vezes que ele nos visitava, dei um par de tênis de sua marca preferida. Ele me agradecia contente me deixando confiante do meu último e pior presente o de Kyungsoo. 

- Espero que realmente goste Soo. Disse entegando a caixa de presente em suas mãos. Rapidamente ele tirou o embrulho e pegou a camisa, ele encarava e ria sem parar. - Você não gostou né? droga eu sabia que deveria ter te dado comida. Disse e todos riram. 

- Não é isso eu adorei, só que ontem eu fui comprar roupas e... Ele tirou a jaqueta e eu fiquei extremamente brava. Ele vestia uma camisa igual a que eu tinha acabado de dar. 

- Aigoo eu não acredito! Sentei no sofá brava e cruzei os braços. 

Ele guardou o seu presente e sorriu, todos já haviam entregados seus presentes inclusive Kyung que nem fez questão de me presentear. Estava super chateada, não de fato por não ganhar nada e sim por não conseguir agradar o mesmo. 

Depois que comemos Kyung sentou ao meu lado e cochichou no meu ouvido. 

- Não fique brava, eu realmente amei tanto a camisa que nem faço questão de trocar eu quero ter duas. 

Sorri para o mesmo que deu uma piscadinha. Assim que nossas famílias foram embora eu e Soo lavamos as louças e conversamos como nunca. 

- Você acha que sua mãe gostou do presente que eu dei a ela? Perguntou Kyung. 

- Com certeza Soo, ela gosta de vestidos longos. 

- Que bom. Terminamos as louças e eu estava indo em direção ao meu quarto. - Onde vai?

- Vou dormir Kyung estou cansada. Tirei meus sapatos e já estava subindo as escadas quando Soo chama a minha atenção.

- Espere, eu preciso te dar seu presente. 

- Tudo bem Soo, eu não ligo! sei que é corrido para você. 

- Ta falando do que?

- Ué do meu presente, sei que não comprou. 

- Pare de ser boba. Disse me entregando uma caixa. - Espero que goste. 

- Por que não me deu antes? 

- Eu queria ver sua reação sozinho, e porque queria ver sua cara ao saber que eu não comprei nada. 

- Que engraçado. Sorri irônico fazendo ele rir. Assim que abri eu não acreditei. - Isso é sério?

- Claro que é, não gostou da capa?

- Eu adorei. Soo tinha me dado em mãos meu segundo livro pronto. Eu não queria mas acabei chorando. 

- Por que o choro? Ele diz pegando eu meus ombros. 

- Eu eu não esperava por isso. Sinto suas mãos na minha cintura me puxando para um abraço longo. - Obrigada mesmo Soo. 

- Você merece! 

Eu e meu marido nos aproximamos muito no final de ano, era como dois melhores amigos. Ele brincava comigo e eu com ele sem medos ou receios. Na virada de ano passamos juntos na casa de praia de seus pais em Siesta Beach, Flórida. Infelizmente Kai não pode ir pois passaria com seus pais biológicos (Pode ser estranho mas ele ainda mantém contato com eles, é uma relação muito linda), então fomos eu, ele e seus pais. 

- Quer ligar para sua família? Disse Soo antes de sairmos para praia. 

- Tudo bem, eu já liguei. 

Assim que deu meia noite eu desejei feliz ano novo a sua mãe e depois ao seu pai, quando eu e Soo ficamos de frente ele sorriu e eu o abracei. 

- Feliz ano novo Soo, obrigada por ter feito meu ano ser maravilhoso eu não tenho palavras para descrever o tamanho da minha felicidade. 

Depois que disse ele ficou em silêncio mas ainda sim continuou me abraçando. Depois de um tempo me separei dele e ele me encarou.

Seus pais já não estavam mais alí, deveriam estar no começo do mar juntos como todos os casais exceto eu e Kyung. 

- Seus pais sumiram Soo. 

- Tudo bem. Eu o encarei novamente e ele se aproximou. - Sei que eu prometi que não iria fazer isso mas não posso perder essa oportunidade, eu não posso deixar esse dia ser como os outros.

Kyung em um rápido ato puxou meu corpo contra o seu e selou nossos lábios. Iniciou um beijo calmo como os outros dois que demos, mas depois que cedi a passagem de sua língua a minha boca eu percebi que Kyungsoo me deu o melhor presente de ano novo. 

Ele me deu esperanças de que ele possa estar realmente gostando de mim!