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História Meu Adorável Chefe Kyungsoo. - O Terceiro Ano.


Escrita por: EXOfics

Capítulo 8 - O Terceiro Ano.


Fanfic / Fanfiction Meu Adorável Chefe Kyungsoo. - O Terceiro Ano.

 

Então a gente nasce, cresce, conhecemos pessoas e as desconhecemos, amamos e cuidamos para que no final das contas tudo morra. Eu deveria ser forte e eu queria ser e ouvia as pessoas dizendo que eu estava sendo, mas eu não fui. 

O terceiro ano ao lado de Kyungsoo me trouxe muita dor, mas também muitos sorrisos e o melhor de tudo o conforto, eu finalmente me senti confortável o bastante para me descobrir. 

Começamos o ano separados, eu na casa da minha mãe e ele viajando a negócios. Certa tarde eu estava ajudando minha irmã a fazer os deveres de casa quando ouvi o telefone tocar, levantei para atender mas minha mãe pegou o telefone antes. 

- Sim eu mesma. O que? Como isso aconteceu? Estou indo agora mesmo. 

Ela desligou o telefone e me encarou e foi nesse momento que meu mundo desabou. Meu pai tinha sofrido um acidente de carro e estava em estado grave no hospital. Fomos até o local e passamos a noite lá, minha mãe queria que eu cuidasse de minha irmã, mas eu queria ajudar, queria ser útil e confortar minha mãe. Deixamos minha irmã na casa da vizinha e eu liguei para Kai, sim estava muito brava a ponto de não querer ligar para Soo. 

- Você deveria ligar para ele, quer que eu vá aí? Dizia Kai no outro lado da linha. 

- Não precisa mesmo, eu só queria desabafar. 

- Você precisa contar Chae, ele está preocupado. 

- Eu vou ficar bem Jongin mas por favor, não conte nada a ele. 

- Aish você sabe que não consigo mentir para Soo.

- Você não vai mentir, vai apenas ocultar a verdade. 

Depois de convencer Kai eu voltei a ficar com minha mãe. Estava sentada fazendo cafuné na minha mãe que acabara de dormir quando sinto a presença do doutor ao se aproximar. 

- Senhora Son? Sua cara era péssima, minha boca ficou amarga e as lágrimas se formaram em meu rosto. 

Acordei minha mãe que me olhou confusa, apontei para o homem a minha frente e rapidamente ela se ajeitou e o encarou. 

- Sim Doutor?

O meu mundo desabou, as palavras saiam de sua boca e me machucavam do pior modo. Naquela noite de quinta-feira meu pai faleceu. Eu não sabia o que falar, não sabia o que fazer e nem como acalmar minha mãe. De fato eu não tinha aprendido nada da vida.
Passamos a madrugada toda assinando papeladas e recebendo ligações de parentes dizendo que sabia o que estávamos passando e blá blá blá. Posso parecer chata mas ninguém nunca vai saber como dói em mim. Acredito que as dores se manifestam de um jeito para cada um. Ninguém nunca vai saber a intensidade de sua dor. 

Olhar para minha mãe me fazia lembrar de Kyungsoo de certa forma. E eu não queria pensar nele. Resolvi tomar um ar no estacionamento do hospital. Sentei em um banco e chorei. Chorei tudo que segurei na frente da minha mãe. Eu queria ser forte por ela, eu precisava ser forte. 

- Eu sinto muito Chaeyoung! Senti uma mão encostar em meu ombro e me virei. Lá estava ele, me encarando triste me fazendo chorar ainda mais. Eu só queria abraçar-lo mas algo me impedia, fiquei por um tempo pensando o porque de tudo aquilo, toda aquela intriga e xingamentos. Kyungsoo me puxou para uma abraço me fazendo esquecer de tudo que estava pensando em segundos atrás. Eu me senti segura outra vez. 

Ele esteve segurando minha mão durante todo o velório. Sua família nos apoiaram me proporcionando segundos de felicidade pela força que estavam nos dando. Foi a primeira vez que vi Kyung chorar. Ele e meu pai eram grandes amigos e se falavam direito, na verdade ele ligava mais pare ele do que para mim que sou sua filha, mas eu não me importava eu só queria Soo perto de mim e de certa forma ele estava. 

- Filha quero que vá para sua casa com Soo, eu e sua irmã ficaremos bem. Vamos dormir na casa de sua tia. Diz minha mãe ao se aproximar. 

- Não mãe, vou ficar com vocês. 

- Filha por favor, ele precisa de você e você dele. Não se preocupe conosco, estamos recebendo muito apoio. 

- Tudo bem se a senhora quer assim. 

Do e eu ficamos o percurso todo em silêncio, quando ele parava no sinal eu sentia seus olhares sobre mim que apenas observava as ruas pela janela. Assim que entramos em casa eu fiquei um tempo parada olhando o lugar, me senti bem e mal ao mesmo tempo. Por um momento eu senti em casa novamente. 

- Algum problema? Disse Soo se aproximando. 

- Não eu só estou pensando. Digo ainda encarando as paredes daquela sala.

- Pensando? 

- Eu sinto muito mesmo Soo. Disse e o encarei. 

- Posso saber o motivo?

- Eu não cumpri o acordo durante 4 meses e você ainda sim me trás aqui. 

- Não pense nisso agora. Vem vamos apenas comer alguma coisa. Diz o mesmo me puxando para a cozinha. 

- Estou sem fome. Digo quando ele coloca o prato na mesa. 

- Mesmo assim tem que se alimentar.

Kyungsoo estava sendo um ótimo amigo, não conversávamos muito mas sua presença me fazia ficar melhor. Na hora de dormir as lembranças vieram e junto com elas os arrependimentos. Eu deveria ter dito o quanto eu amava o meu pai, deveria ter abraçado mais e beijado mais. Só que não fiz nada disso e a única coisa que eu sabia fazer naquele momento era chorar tanto que fez com que Kyung batesse em minha porta. 

- Desculpe incomodar, mas quero te ajudar. Eu posso fazer algo para você? Um chá? Disse o mesmo com a porta ainda aberta.

Neguei com a cabeça fazendo o mesmo fitar o chão decepcionado.

- Eu só quero que fique aqui comigo, não me deixe sozinha. 

As lágrimas desciam sem parar, ele me encarava triste. Começou a andar até minha cama e deitou ao meu lado me puxando para um abraço apertado. 

- Eu nunca vou deixar você, só se quiser isso. Fiquei surpresa com as palavras ditas por Soo e quando vi um sorriso já estava plantado em meu rosto. 

Eu e ele nos aproximamos muito depois da morte de meu pai. A noite ele ficava conversando comigo até eu pegar no sono, pois ele sabia que se me deixasse só eu ia acabar chorando muito. Minha mãe e minha irmã passaram um tempo em casa e depois Kyung fez questão de comprar um apartamento novo para as duas, mesmo depois que eu implorei que não precisaria já que eu tinha dinheiro guardado. 

- Esse dinheiro é seu Chae, foi com seu suor e trabalho. Dizia bravo enquanto falava comigo no meu quarto. 

- Mas ela é a minha mãe, eu não posso deixar você pagar. 

- Ela é a mãe da minha esposa. Você sabe que esse dinheiro não vai fazer falta para mim. 

- Sei não Soo. Dizia pensativa.

- Eu realmente gosto da sua família e quero muito ajudar, por favor me deixe fazer isso. 

- Você realmente não vai desistir? 

Ele negou com a cabeça me fazer rir, ele era ainda mais teimoso que eu o que me deixava bem irritada já que com ele eu não conseguia fazer o que eu queria e sim o que ele decidia. 

- Tudo bem, mas quero te pagar de alguma forma. 

- Você pode me pagar sorrindo todos os dias para que eu tenha certeza de que está bem. 

- Aish Kyung, eu digo de outra forma. 

- Eu sou aceito assim. Reviro os olhos e faço um careta engraçada. 

- Você me deixa tão brava. 

- Eu sei. 

Os meses foram passando e eu me aproximava mais e mais dele e de sua família novamente. As festas de fim de ano chegaram me trazendo muitas lembranças o que de fato me colocou para baixo já que todas elas tinham o mesmo destino lembrar-me de meu pai. Mas eu tinha que ser forte por mim e pela minha família sem esquecer Do.

Estávamos todos reunidos na sala de Kyungsoo por ser natal abrindo os presentes enquanto Kyung tirava a comida do forno. 

- Soo querido cade seus presentes? Perguntou sua mãe ao sentir falta de alguns presentes. 

- Estão no meu quarto, Chae será que tem como você pegar-los para mim? 

- Claro. Digo já subindo as escadas, nunca entrei em seu quarto e estava bem curiosa.

Assim que entrei notei logo de cara seus presentes no chão, mas eu queria curiar mais o lugar. Mexi nas suas roupas e encontrei a blusa preta que eu lhe presenteei no natal retrasado, sorri com as lembranças. Olhei para a cômoda ao lado da cama e algo me chamou atenção. Lá tinha um caderno com a capa preta de veludo. Pensei que poderia ser as anotações importantes dele, mas algo dizia que eu deveria abrir. Então assim fiz, comecei a ler a primeira página.

"Hoje conheci uma garota no café, ela é realmente incrível e muito bonita. Fiquei com seu caderno de anotações e ela pensa as mesmas coisas que eu, sua escrita é muito boa."

Passei então a página lendo assim a segunda folha. 

"Encontrei com ela novamente, ela é linda! Pensei em ligar para ela, mas não sei se posso ser tão egoísta em querer viver uma aventura para esquecer meus problemas." 

Li a terceira página. 

"Eu a contratei, ela nem ao menos lembra de mim! Acho melhor esquecer-lá. Ela é tão inteligente e sincera, tem um brilho especial em seu rosto. Um dia quem sabe Chaeyoung me note novamente." 

Minha boca abriu automaticamente, meu coração acelerou e quase saiu pela boca quando escutei sua voz. 

- O que está fazendo mexendo nas minhas coisas?

Me virei dando a visão do livro em minhas mãos para ele que arregalou os olhos assustado.

- Você lembra Kyung, você sempre soube. 

- Você leu? O mesmo se aproxima e eu me levanto ficando cara a cara com ele. 

- Eu lembro de você Kyungsoo. 

- Nossa, eu achei que não lembrasse. 

- Por que não disse?

- Você não disse, eu achei que não se lembrava. 

- Eu não disse pois você me olhou frio como se não me conhecesse. 

- Agora você sabe. Ele abriu um sorriso e seus olhinhos brilharam. 

- É agora eu sei. 

Toquei seu rosto com minhas mãos e ele a minha cintura me aproximando dele, nossas respirações estavam próximas me fazendo arrepiar. Seu cheiro era viciante. Selei nossos lábios iniciando um beijo calmo sem pressa. Soo pediu passagem com a língua e eu cedi, ele explorou cada canto de minha boca e de meu corpo com sua mão. Com uma mão no meu rosto e a outra em minha cintura ele me apertava, parecia que queria ter certeza de que aquilo era real. 

Foi mais que real, quando paramos por falta de ar ele sorriu me abraçando e beijando meu pescoço.

- Acho melhor irmos antes que eles venham atrás de nós. Disse ele pegando as sacolas de presente e me entregou uma junto a um selinho antes de descermos. 

O jantar foi bom apesar de alguns comentários sobre a falta que meu pai fazia naquela mesa com suas piadas. Depois que entregamos os presentes conversamos bastante e fizemos planos para o próximo natal em família. Já era madrugada quando eles foram embora. Soo trancou a porta e me encarou bebendo o resto de vinho da minha taça. Sorri arrancando dele um suspiro. 

- Agora somos só nós dois Chaeyoung. 


 



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