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História Meu Canalha Encantado! - Você está preparada para uma aventura?


Escrita por: EriMor

Notas do Autor


Oi... Espero que gostem ♥

Capítulo 5 - Você está preparada para uma aventura?


Deitada na minha cama fico repassando todos os acontecimentos que tinha acontecido hoje, os pensamentos não me deixam dormir, fico sonhando acordada, nunca imaginei que mesmo com a briga que tive minha mãe eu teria motivo para sorrir a noite.

Logo depois de sair do hospital avistei meus amigos me esperando, lá estavam a Maria, Tainá, Eduardo e o mais novo membro do grupo Bruno Nunes. Mesmo aos prantos tentei o máximo que pude conter o choro é não demonstrar que estava abalada, meus amigos não tinham pra que se preocupar com meus problemas. Eu teria conseguido se não tivesse uma amiga que me conhecesse melhor que eu mesma.

_Você brigou com a sua mãe de novo? Questionou a Maria assim que olhou para minha cara.

Lancei um olhar de reprovação para ela, não iria falar sobre isso na frente dos meninos, é mesmo se quisesse não poderia pois sabia que se começasse a falar acabaria banhada em lágrimas, é isso era tudo que eu não queria.

_ Como foi que vocês conseguiram sair da escola? Perguntei, para que pudéssemos mudar de assunto.

_ Bom, a Maria nem voltou para a escola, eu é o Bruno fingimos que estávamos doente, já o Dudu foi expulso mesmo! Respondeu a Tainá.

_ Você foi expulso? Mas como? Por quê? Questionei assustada.

_ A nojenta da dona Carla jogou o pincel na minha cara, então eu fui tirar satisfação com ela, mas você sabe né?! Na nossa escola o errado é sempre o aluno, a direção me deu três dias de suspensão. Informou o Dudu, claramente irritado.

_ Mas por quê a dona Clara jogou um pincel na sua cara? Eu não tinha acompanhado o que o Dudu tinha dito pois ainda estava tentando entender essa parte.

_ Por que ele estava conversando! Esclareceu Bruno.

_Mas mesmo assim, eu sei que o Duduzinho estava errado por estar conversando durante a aula mas mesmo assim a dona Clara não tinha que ter feito isso. O pincel poderia ter machucado ele. Falou Tainá acariciando o rosto do Eduardo como se ele tivesse mesmo se machucado.

_ Olha... Começou a Maria. _ Por incrível que pareça, eu concordo com a Tainá! Sabe, eu nunca gostei de como as coisas são na nossa escola. É por causa de coisas assim que eu acabo me desmotivando. Professor é uma profissão tão desvalorizada, tão complicada de se exercer, isso todo mundo sabe, mas parece que ultimamente tem se erguido um muro entre os alunos e educadores, cada vez mais divididos, como em dois lados de uma guerra. Onde cada um dos lados culpa o outro, e no final ninguém faz nada. Sem apoio de nada, a educação no Brasil fica cada vez mais precária.

_ É  também tem aqueles que se dizem professores, mas que sem o livro é as anotações não são nada. Não vê seu Luiz, em três anos de ensino médio eu nunca aprendi o que era química! Lembrei a todos.

_ Ele pode ser nada sem os livros, mas é irmão da secretaria de educação da cidade, o que foi suficiente para ele ganhar o emprego. Recordou Maria.

_ Se os jovens são o futuro da nação, Deus que nos ajude, por que a merda aqui está grande! Brincou Eduardo.

Todos rimos, apesar de todas as coisas ruim que minha mãe disse por um momento meus amigos me fizeram esquecer, eles sempre estavam ali para me fazer rir. Continuamos a falar de como eram as coisas na nossa escola, até que a Tainá e o Eduardo saíram para se pegar em algum lugar, e a Maria tinha saído para procurar água, foi quando o Bruno veio falar comigo.

_Luíza, eu sei que a gente acabou de se conhecer, mas eu gostaria de perguntar em que posso lhe ajudar? Seja o que você precisar eu estou aqui! Afirmou o Bruno, o que me deixou surpresa.

Ele não perguntou se eu estava bem, ou me olhou com pena, ou fez qualquer coisa que as outras pessoas faziam quando me viam nessa situação. Ele realmente estava disposto a ajudar, dava para perceber isso em seu tom de voz. Minha resposta também surpreendeu, pois foi a coisa mais sincera que eu disse em toda a minha vida.

_ Eu quero que tudo acabe, eu quero ir embora e que todos os meus problemas sumam. Eu quero para de sentir o que sinto, é quero parar de me importar com pessoas que eu sei que não estão nem aí para mim. Soltei de uma vez.

Encarei o Bruno, estava com medo que ele me olhasse como se eu fosse uma louca, mas não houve reação alguma em seu semblante. Ele ficou pensado por algum tempo sem falar nada, me observando fixamente. Eu já estava começando a ficar preocupada quando finalmente ele falou.

_ Já sei, vamos dar o fora daqui! Você está precisando respirar um pouco de ar fresco. Vêm, eu conheço um lugar ótimo. Falou já se levantando.

_EI! Pera... aí, vocês vão... aonde? Perguntou a Maria, ela estava ofegante e estava com três garrafas de água na mão.

_Eu e a Luíza vamos dar uma volta na minha moto, ela precisa de um pouco de paz. Não é mesmo, Luli? Respondeu Bruno ainda me encarando.

_ Mas Luli, aonde você vai? Sua irmã precisa de você aqui! É se a sua mãe ficar preocupada, é se....

Bruno interrompeu a Maria antes que ela pudesse concluir, é olhando bem no fundo dos meus olhos perguntou.

_ Aonde você quer ir Luíza? Seja onde for eu te levo! Falou com a voz rouca e a cara a centímetros da minha, o que me fez arrepiar dos pés à cabeça.

Eu sabia que a Maria estava certa, sabia que minha mãe poderia precisar de mim, é mais importante, que a Alice poderia precisar de mim. Também sabia que eu tinha conhecido o Bruno hoje, é que ele estava me oferecendo para ir para um lugar desconhecido só nos dois é eu podia muito bem ser assassinada lá. Mas como todos sabem que o coração nunca segue a razão as únicas palavras que saíram da minha boca foram...

_ Te vejo amanhã Maria! E fui com o Bruno para onde quer que ele estivesse me levando.

A Maria continuou gritando, mas já estávamos muito longe, saímos correndo do hospital de mão dadas. Não sei porque aceitei ir com ele, mas eu sentia que pedia confiar nele. Talvez seja pelo fato de que eu realmente quisesse fugir, eu queria nunca mais voltar para aquele mundo, para aquelas pessoas. Eu queria viver uma aventura, é eu sabia que o Bruno poderia me levar para lá.


Notas Finais


Críticas construtivas são muito bem-vindas, devemos sempre estar buscando melhor!


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