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História Meu querido diário - Meu querido diário - Editora Aprel


Escrita por: JeChaud

Notas do Autor


Olá meus amores, como estão nesse dia lindo?
Venho aqui com mais um capítulo cheinho de emoções, novas emoções... :X
Espero do fundo do coração que gostem ♥
Muito obrigada de verdade por serem tão sensacionais, pelo carinho que depositam nos comentários e por acompanharem ♥
Amo vocês ♥

Capítulo 48 - Meu querido diário - Editora Aprel


Fanfic / Fanfiction Meu querido diário - Meu querido diário - Editora Aprel

- Gatos, gatos, gatos – Ela comentou baixo.

- Falei – Clara sussurrou sumindo no meio da multidão rindo.

Uma musica alta rolava, e comidas e bebidas eram distribuídas em um food truck apelidado de UOPzão.

Senti uma mão cutucar meu ombro e virei instantaneamente para checar.

- Opa, prazer linda, meu nome é Mauricio, mais conhecido como DC, e o seu? – Um garoto alto, forte, de cabelos e olhos pretos me cumprimentou sorrindo.

- Prazer... O meu é Monica – Respondi animada sob o olhar de aprovação da Magali.

--

Aquele dia foi um memorável, de uma hora para outra resolvemos esquecer que as aulas começariam ao amanhecer e decidimos aproveitar a festa sem pensar em mais nada. Arrisco dizer que conhecemos quase todo mundo dos arredores do nosso prédio, o pessoal no geral era sensacional, e de repente, num piscar de olhos se tornaram nossos grandes amigos, considero que foi ali onde tudo recomeçou para mim.

Atrasos em aula, noites mal dormidas, bagunça na praça do Por do Sol, dentre outras coisas passaram a fazer parte da minha rotina e da Magali também, não tinha nada a ver com a escola, mas também não era fácil, as preocupações e trabalhos dobravam, e a responsabilidade por nota era incomparável. 

Os professores eram surreais, um melhor do que o outro, o método de ensino, a forma de lidar com a sala, realmente a UOP fazia por merecer, carregava esse troféu de faculdade modelo simplesmente por mérito.

Não foi difícil fazermos amizades, como disse antes, as pessoas eram simplesmente espetaculares e super sociáveis, em pouco mais de um mês já tínhamos um grupo definido.

Mesmo assim, o primeiro ano foi o mais difícil na questão adaptação, algumas vezes meu pai e irmão me visitaram, mas por ser muito longe ficava realmente cansativo e trabalhoso para ir e vir, também por isso eu não voltei pra São Paulo nenhuma vez no começo, nem a Maga, mas por noite choramos de saudades juntas, lembrando das pessoas que deixamos ou das coisas mal resolvidas que ficaram para trás.

--

Qualquer dúvida ou fraqueza a respeito de voltar para São Paulo foi embora quando o segundo ano de faculdade entrou, não que as matérias ficaram mais fáceis, longe disso, mas foi ali que recebi uma das melhores oportunidades da minha vida, lembro como se fosse hoje, foi uma semana pesada, e três redações foram pedidas pelo mesmo professor, virei duas noites inteiras com a Maga fazendo e refazendo cada palavra, era importante, nosso professor mais severo, e também diretor de um jornal nacionalmente conhecido, aguardava incessantemente. Finalmente, uma semana depois que a entrega ocorreu, recebemos uma proposta irrecusável, não só eu e a Maga, no total fomos quatro escolhidos para começar a estagiar pela Folha, uma coluna inteirinha do jornal para cada um de nós.

Não preciso nem dizer que daí por diante minha vida realmente mudou, comecei a trabalhar em Home Office (de casa) e uma vez por semana comparecia a sede da empresa para participar de reuniões e receber os feedbacks. Era incrível e conquistar isso junto com a Magali foi melhor ainda.

Cada um desenvolveu melhor um tema, então por isso mesmo cerca de dois meses depois, eles dividiram a gente por assunto, o que separou também nossos dias de comparecer as reuniões, mas isso já não tinha problema algum, aos poucos fomos conhecendo outros jornalistas e pegando o jeito.

Dali por diante, foram só maravilhas, tudo vinha dando certo, aprendemos as manhas da faculdade, a convivência na republica estava cada vez melhor, eventos do jornal começaram a acontecer e nosso nome começou a ser reconhecido pelo meio empresarial do ramo.

Como quase não tinha mais tempo para parar em casa, consequentemente comecei a conversar cada vez menos com o pessoal de São Paulo, aos poucos o grupo de whats com meus amigos foi ficando cada vez mais silencioso, não que eu não me lembrasse deles, pelo contrário sentia muita saudade, mas não conseguia acompanhar as conversas, no fundo eu sabia que eles entendiam, também estavam ocupados e quando raramente nos falávamos o amor continuava  o mesmo.

 Nunca mais havia escutado absolutamente nada sobre o Cebola, e pra falar a verdade meu sentimento havia se esvaído, talvez estivesse trancado, esquecido, não fazia mais diferença, eu estava vivendo o meu sonho, e aquele sentimento não tinha mais força alguma para me impedir de seguir em frente.

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As coisas melhoraram mais ainda, quando em uma noite, enquanto já estávamos deitadas para dormir, percebi minha antiga caixa de e-mail lotada, nem lembrava mais daquela conta, mas ainda assim abri curiosa, com um susto vi milhares de mensagens a respeito da minha história postada há dois anos, tentei abrir o maximo de e-mails que consegui, e uma emoção tomou conta instantaneamente do meu corpo. Comentários atrás de comentários surgiram na tela do meu notebook, todos positivos, todo mundo elogiando a história que o Cebola insistiu para eu postar, depois de tudo que aconteceu naquela época eu tinha esquecido totalmente de checar qualquer coisa que fosse relacionada.

Quando estava quase parando de ler, decidida a continuar apenas no dia seguinte, vi o assunto de um que me chamou atenção, “ENTRE EM CONTATO – EDITORA APREL. Meu coração deu um salto, e junto com ele eu me coloquei sentada na cama, assustando a Magali que me olhou atenta.

Abri tremula o e-mail e li sem parar para respirar.

“Prezada Mel Sousa, é com prazer que pedimos que entre em contato com nossa editora, recebemos algumas recomendações a respeito de vossa história, e temos interesse em tratar de negócios.

Atenciosamente,

Editora Aprel.”

Senti que desmaiaria assim que conclui o e-mail, mas a Magali em um pulo já se colocou do meu lado para me segurar, leu a noticia animada e com lágrimas nos olhos eu a abracei não acreditando no que estava acontecendo.

Entrei em contato no dia seguinte, e recebi uma bomba em mãos, teria três meses para criar uma história nova, com novos personagens e um novo enredo, caso fosse aceito teria meu livro publicado. Quase gritei ao telefone, não saberia dizer se por pânico de ter apenas três meses ou de felicidade pela oportunidade.

Foi assim que minhas noites em claro começaram a aumentar, alem do dever da faculdade, dos trabalhos, projetos e da minha coluna na Folha, eu tinha que pensar num roteiro novo.

A Magali se prontificou de me ajudar, mas também quase não tinha tempo estava ganhando mais espaço no jornal então quando conseguia me dava uma idéia ou outra, que eu anotava mas não conseguia desenvolver nada.

No meio da madrugada de uma noite de quarta feira, um pânico e uma vontade de chorar começaram a aparecer sorrateiramente, era a oportunidade da minha vida e eu não conseguia ter tempo pra pensar em nada, resolvi pegar uns livros para eu ler, ver se me ajudavam no desenvolvimento de algo, e foi ali que tudo mudou mais uma vez.

Assim que puxei uns exemplares de cima da estante do armário, derrubei quase tudo matando a Magali de susto, ela apenas reclamou e se virou para o outro lado, agachei com pressa para guardar e me deparei com um especial, que fez minha nostalgia atingir em cheio. Era o meu diário.

Abri um sorriso marejado, e sentada no chão mesmo comecei a folheá-lo, parei de escrever quando comecei a não ter mais tempo, no meio do ano passado, mas ele continuava lindo, intacto. 

Abri em uma das partes do meio e instantaneamente sorri com as lembranças nele descritas, era a noite na qual o Cebola havia descoberto tudo, lembrava claramente o quando havia sofrido naquele dia, o quanto foi triste tudo ter terminado da forma que aconteceu. Entretida continuei a ler sem ver o tempo passar, só parei quando uma idéia tão forte passou na minha cabeça que tive que levantar pra começar a por em prática na hora, eis a inspiração.

Faria uma história baseada no que vivi, era isso, escrever sobre o que passei, com domínio de causa, era uma idéia incrível.

Imediatamente sentei em frente a penteadeira, apoiando o meu notebook, ligando a lanterna e começando a trabalhar, vi o dia amanhecer, mas não importava, meu primeiro livro estava a caminho e as idéias começaram a borbulhar em minha cabeça. Seu título seria Meu querido diário.

--

E assim em uma tarde agitada, menos de um mês após eu completar meus 23 anos, fui informada sobre minha volta, sim, depois de 5 completos anos longe de São Paulo, teria que retornar para minha cidade, onde tudo havia começado. Não foi fácil conseguir a transferência temporária para a Folha local, mas a Magali eficiente como sempre, conseguiu colocar tudo em ordem a tempo.

Fazia um ano que tinha se tornado minha assessora, desde que nos formamos, na verdade tudo começou como uma brincadeira, logo depois do lançamento do meu primeiro livro o “Meu querido diário”, as vendas começaram a bombar e junto com elas meu nome começou a ser valorizado, em pouco tempo, meu celular não parava mais de tocar, e minha agenda a lotar de compromissos, sendo assim ela resolveu me ajudar. No começo brigou comigo falando que jamais cobraria para auxiliar uma amiga, mas as coisas começaram a tomar o tempo integral de nós duas, e a guinar a carreira dela também, então propus a oferta e ela resolveu aceitar. Desde então vinha dando certo.

Continuamos ambas a escrever pela Folha, porém viramos donas de paginas inteiras, não mais apenas colunas, eu estava com um contrato na editora Aprel, e dia sim dia não era chamada para palestrar e participar de eventos diversos, tudo fluía extremamente bem, minha carreira estava exatamente do jeito que eu havia sonhado.

Minha volta para São Paulo se deu por vários fatores, mas o principal foi o comitê de lançamento de dois novos livros meus, ambos de romance, um sairia no meio, outro no final daquele ano. Por conta disso, Magali marcou diversos eventos, palestras e distribuições de autógrafos na cidade, seria um ano cheio, uma vez que meu segundo livro seria carro chefe da inauguração da nova sede da Aprel no local, o que de certa forma me faria permanecer ali, de todo jeito.

Meu sotaque ainda estava embargado, e meu costume com a agitação de São Paulo ainda estava morno, mesmo assim a ansiedade de rever meus amigos, pais, meu cachorro e de lançar meus livros, fazia tudo valer a pena.

Por falar em familia, minha mãe me visitou algumas vezes lá em Ouro Preto, ficou inclusive na república com a gente, mas continuava a trabalhar em Paris, havia recebido visto definitivo, então andava se ajeitando por lá mesmo. Meu pai e o Titi estavam bem, fazia tempo que não os via também, mas sempre que possível eles iam me visitar, já eu fui uma ou duas vezes no máximo para São Paulo em todos esses 4 anos de faculdade mais 1 ano de moradia em Ouro Preto, meu tempo andava realmente preenchido, e fazer uma viagem fora da programação da Maga, era quase impossível.

Pensando nisso que senti o avião posar e com um sorriso olhei para poltrona do meu lado, havíamos chegado.

Desci com meus óculos de Sol, checando o relógio em meu pulso, que marcava 14h00, continuei a caminhar sorridente, e com um susto imensurável eu parei onde estava, fazendo com que todos ao meu lado parassem também.

Vi a Denise vindo correndo em minha direção e com um ato impensável soltei a mala no chão e corri para abraça - lá.  

- Não acredito que esta aqui – Ela gritou me apertando forte.

- Que saudade, amiga, que bom te ver – Limpei a lágrima dos meus olhos assim que nos soltamos.

- Continua chorona não é? – Ela riu abraçando a Magali.

- A mesminha, não mudou nada – Magali brincou sorrindo.

- Como vocês estão lindas – Denise elogiou emocionada.

- Você também amiga – Respondi reparando em uma Denise totalmente diferente, seus cabelos antes amarrados, agora pendiam soltos pelas suas costas, seu rosto de menina havia sido trocado por um de mulher madura.

- Quem é o bofe? – Ela perguntou vendo que um homem um tanto quanto forte, de sorriso bonito, cabelos arrepiados, se aproximava de nós trazendo malas. – É algum empresário seu? Porque já gostei.

- Denise – Magali a deu um tapinha rindo e percebendo assim como eu que somente a aparência dela havia mudado, o jeito continuava igual, sempre brincalhona.

- Ueh que foi – Denise reclamou sorrindo também.

Dei risada juntamente a elas, que assim como eu reparavam nele que se aproximava, vestia uma calça de sarja bege, uma pólo preta e sapatênis igualmente escuro, seu óculos de Sol preto selava como uma cereja no bolo, seu estilo impecavelmente lindo.

- Denise esse é o Mauricio – O apresentei assim que ele parou ao meu lado – Meu noivo.

- Pode me chamar de DC, prazer - Ele a cumprimentou sorridente, fazendo sua aliança dourada reluzir sob a Luz do dia.


Notas Finais


Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥ ♥ ♥
Se puderem deixem seus comentários, são super bem vindos, e lidos com muito carinho ♥
... Não me batam ♥
Beijãooo e até o próximo capítulo ♥


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