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História Meu vizinho - Você não aceitaria esse tipo de jogo, não é?


Escrita por: MinniePower e jiminoppa

Notas do Autor


Como eu tô vivendo pra essa fic, acho que vou postar com essa frequência de 3 ou 4 dias, se, não atrapalhar minha concentração na faculdade ^^

Capítulo 12 - Você não aceitaria esse tipo de jogo, não é?


Fanfic / Fanfiction Meu vizinho - Você não aceitaria esse tipo de jogo, não é?

HanBin levantou a cabeça, fitando-a com os olhos enevoados de desejo.- Por quê?


- Porque eu... - SoRi se interrompeu com um gemido, quando HanBin pousou a mão em concha sobre um de seus seios.


- Eu te quero, SoRi - sussurrou ele, junto ao ouvido dela. - E sei que você me quer.


- Sim, mas... - Ela abriu e fechou as mãos sobre os ombros dele, lutando contra a onda de desejo que a estava invadindo. - Há certas coisas que não me permito fazer por impulso. Sinto muito, mas essa é uma delas.- SoRi exalou um suspiro trêmulo. HanBin estava muito perto, pensou, observando os detalhes daquele rosto bonito. Perto demais.- Não se trata de um jogo, HanBin.


Ele arqueou uma sobrancelha, surpreso por ela haver sido tão perspicaz em deduzir seus pensamentos.- Não? Não - afirmou em seguida, entendendo o que ela quisera dizer. - Você não aceitaria esse tipo de jogo, não é?


Alguém aceitara antes dela. E provavelmente magoara HanBin por isso, deduziu ela, lamentando por ele.- Não sei. Nunca agi assim antes.- Ele deu um passo atrás e se afastou, parecendo recobrar o controle enquanto ela ainda continuava trêmula.- Preciso de um tempo antes de me sentir suficientemente segura para compartilhar minha intimidade com outra pessoa. Fazer amor é uma espécie de presente que não deve ser banalizado. Pelo menos na minha opinião.


As palavras de SoRi o tocaram de alguma maneira e, por motivos que nem ele mesmo conseguiu entender, levaram-no a se acalmar.- E ouvir isso de você significa que devo recuar? - perguntou HanBin, enfiando as mãos nos bolsos, para conter a vontade de voltar a tocá-la.


- Significa que eu quero que você entenda por que estou dizendo "não", mesmo estando morrendo de vontade de dizer "sim", sendo que ambos sabemos que você poderia facilmente me levar a dizer "sim".


A chama de desejo se reacendeu nos olhos dele.- Sua sinceridade chega a ser perigosa, sabia? - - disse a ela.


- Você precisa que eu lhe diga a verdade. - SoRi nunca conhecera alguém que precisasse tanto ouvir a verdade. - E não minto para alguém com quem eu esteja pensando em compartilhar minha intimidade.


HanBin fitou-a nos olhos, parecendo surpreso com o que ouvira. Tinha noção de que poderia seduzir SoRi, mas usar esse artifício só serviria para arruinar algo que nem ele mesmo ainda estava seguro de que existia.- Você precisa de tempo - HanBin afirmou. - Tem idéia de quanto?


Ela exalou outro suspiro trêmulo, mas acabou curvando os lábios em um sorriso incerto.- Não posso dizer com certeza. Mas garanto que você será o primeiro a saber quando eu estiver pronta.

- Então, por enquanto, vamos ficar apenas com isso...


SoRi se surpreendeu quando ele se aproximou e roçou os lábios nos dela. Ela manteve os olhos abertos, esforçando-se para não se render às sensações. Porém, foi impossível ignorar a onda de calor que invadiu seu corpo.- Hum... Sim, acho que, provavelmente, isso vá funcionar - respondeu.


- Vamos esperar uma semana - sugeriu HanBin, aprofundando o beijo ao ponto de levar SoRi a se afastar subitamente. 

Ao fazê-lo, ela levou a mão ao peito dele.- Duas semanas - disse a ele.


A última coisa que HanBin esperava fazer em um momento de desejo tão intenso era começar a rir.- Não sei se aguentarei, mas poderei tentar - respondeu.


- Otimo.- Enquanto SoRi se esforçava para recuperar o fôlego, ele pegou novamente a cerveja.- Bem, com toda essa... - Ela gesticulou, esforçando-se forçando-se para encontrar as palavras certas. - Não sei se preparo alguma...


- Comida? - sugeriu HanBin, lisonjeado pela maneira como seu beijo a afetara.


- Comida, isso mesmo. Bem, pensei em preparar...


HanBin ficou esperando que SoRi terminasse a frase, mas ela se limitou a levar as mãos às têmporas e olhar para o fogão.- O jantar?


- Isso. Isso mesmo, o jantar. Engraçado como as palavras nos escapam de vez em quando, não? Vou preparar o jantar. - Virou-se para a pia, mas logo em seguida voltou a se dirigir a ele. - Quer ficar para o jantar?


HanBin tomou um gole de cerveja e encostou o quadril na pia.- Posso vê-la cozinhar?

- Claro. Pode se sentar ali e até me ajudar a picar alguns legumes, se quiser.


- Está bem. - Pensando na visão interessante que teria, HanBin deu a volta pelo balcão e sentou-se em um banquinho, diante dela. - Você cozinha muito?


- Sim, acho que sim. Gosto de cozinhar. Para mim, cozinhar é um processo inesperado, com todos aqueles ingredientes envolvidos, o calor e o tempo corretos, a mistura de aromas, texturas e sabores...


- Alguma vez já cozinhou nua?


SoRi estava inspirando o aroma de um maço de manjericão, mas parou de repente.- HanBin, isso foi uma piada? Se foi, não imagina quanto estou orgulhosa de você. Nunca o vi fazer uma piada.


- Não, não foi piada. Estou falando sério.


Ela riu, surpreendendo-o ao se inclinar e dar-lhe um beijo estalado nos lábios. Aquela imprevisibilidade de SoRi era o que mais o enfeitiçava. Tanto que o levou a sorrir.- E então? Costuma fazer isso?


- Nunca quando estou dourando pedaços de frango, que é o que pretendo fazer.


- Tudo bem. Tenho uma ótima imaginação.

Ela riu novamente. Mas limpou a garganta ao notar o brilho de sedução nos olhos de HanBin. - Acho que quero um pouco de vinho. Você quer? - Ao vê-lo levantar o copo de cerveja, murmurou: - Oh, claro.- Em silêncio, tirou a garrafa de vinho da geladeira e voltou-se para ele, rindo. - Terá de parar com isso. 


- Parar o quê?


- De me fazer sentir como se eu estivesse nua. Vá pôr uma música no aparelho de som, para ouvirmos - sugeriu, indicando a sala com um gesto. - Oh, e também abra uma janela, porque está meio quente aqui. Depois me dê algum tempo para voltar a pensar direito e poder pensar em algo para dizer.


- Você nunca teve problemas para falar.


- Sei que quer fazer isso soar como um insulto para mim, mas não é. Considero-me uma perita na arte da conversação.


- Ah, então é assim que passaram a chamar os tagarelas agora?


- Ora, está mesmo muito engraçadinho esta noite, não?- E nada poderia tê-la deixado mais satisfeita, , concluiu SoRi, em pensamento.


- Deve ser a companhia - respondeu HanBin, indo até a sala. Então arqueou uma sobrancelha, enquanto examinava os CDs. - Tem um ótimo gosto para música.

Com um sorriso, SoRi recomeçou a picar os legumes que seriam servidos com o frango.- Durante um período da adolescência, até fiz parte de uma banda, sabia? -disse a ele.


- É mesmo? - HanBin se surpreendeu, enquanto colocava Nell para tocar.


- Hum-hum. Eu fazia o vocal principal e tocava guitarra. - Ela sorriu para ele, que voltou a se sentar junto ao balcão da cozinha.


- Você tocava guitarra? - HanBin riu. SoRi era mesmo uma constante surpresa.


- Sim. Uma Fender vermelha, linda de morrer. Minha mãe ainda a guarda no lugar que antes era meu quarto, junto com sapatinhos da época em que eu ainda era bebê, meu kit de química, os desenhos que eu fazia quando costumava dizer que ia ser designer de moda e também os livros sobre animais que eu colecionava antes de descobrir que, para me tornar veterinária, teria de fazer experiências de laboratório com os bichinhos.- Começando a cortar cenouras, acrescentou:- Tudo isso fez parte da minha busca.


HanBin estava encantado. SoRiera mesmo fascinante.- Guitarras vermelhas e kits de química fizeram parte de sua busca?


- Eu não conseguia decidir o que ia ser. Tudo que eu começava a fazer parecia muito divertido no início, mas logo eu me cansava daquilo. Sabe cortar cenouras em cubinhos?

- Não. Nunca pensou que acabaria fazendo o que faz hoje em dia?


SoRi suspirou, começando a cortar a cenoura em cubinhos.- Não - admitiu ela. - Mas gosto muito do que faço, embora eu tenha muito trabalho. De qualquer maneira, é muito divertido. Você não gosta de escrever?


- Não completamente.

SoRi olhou para ele, surpresa.- Então por que faz isso?


- Porque não consigo me imaginar fazendo nenhuma outra coisa. Essa é minha única busca - respondeu HanBin.


Ela assentiu com um sorriso. Entendia-o muito bem.- Também é assim com minha mãe – disse a ele. - Ela nunca pensou em fazer outra coisa, exceto pintar. Às vezes, quando fico olhando ela trabalhar, noto quanto é doloroso para ela ter uma visão e ter de se esforçar ao máximo para conseguir retratar na tela aquilo que ela quer comunicar. Mas quando ela termina um trabalho, quando este se mostra suficientemente bom, ela se realiza. A satisfação, ou talvez o choque de ver o que ela é capaz de fazer, é que surte esse efeito nela. Deve ser assim com você também.- SoRi levantou a vista, então notou que HanBin a estava observando com um olhar perscrutador.- Sempre se surpreende quando demonstro saber algo a respeito de um assunto que você não esperava, não é?


Dizendo isso, colocou a tigela com os legumes picados sobre o balcão. HanBin segurou-lhe o pulso, antes que ela pudesse de virar.- Se isso ainda acontece, é porque sou eu quem não consegue entendê-la, SoRi. E é provável que eu continue a magoá-la por isso.


- Mas é ridiculamente fácil me entender!


HanBin riu.- Era isso que eu pensava antes, mas estava enganado. Você é um labirinto, SoRi. Com dezenas de caminhos e curvas inesperadas.


Um belo sorriso se insinuou nos lábios dela.- Esta é a coisa mais bonita que você já me disse.


- Não sou do tipo que vive se derramando em gentilezas. Teria sido melhor me manter fora de sua vida, deixando que eu continuasse trancado no meu apartamento.


- Acho que até eu mesma já me convenci disso - admitiu ela. - Porém... -Pousou a mão no rosto dele, com gentileza. - Você parece haver se tornado minha nova busca.

- Até ela deixar de ser divertida e você deixá-la de lado?- A expressão de HanBin se mostrou muito séria. Ele parecia preparado demais para acreditar no pior.


- HanBin, você está falando demais e trabalhando de menos. Sabe cortar batatas em formato de palitos?


- Não tenho a mínima idéia de como fazer isso.


- Então olhe e aprenda, querido. Da próxima vez, quero que você prepare o jantar. - SoRi pegou uma batata descascada e cortou-a com destreza,formando palitos. Então arriscou um olhar para ele. - Ainda estou nua?


- Você quer estar?


Ela riu e tomou um gole do vinho que deixara ao lado. Levava muito tempo para preparar um simples jantar quando se era distraída por uma conversa agradável, por olhares provocantes e toques sedutores. Levava muito tempo para comer uma simples refeição quando o perigo de se apaixonar e a vontade de fazer amor com o homem sentado à sua frente se tornavam cada vez mais evidentes. SoRi reconheceu os sinais: as batidas aceleradas de seu coração, o insistente calor pelo corpo acumulando-se deliciosamente entre suas pernas... Tudo isso aliado a sorrisos irresistíveis e a suspiros incontidos era um forte indício de que seria muito fácil se entregar ao amor.Imaginou como seria se deixar levar. Provavelmente maravilhoso. Levava muito tempo para se despedir quando se era arrebatada por longos beijos provocantes à porta de seu apartamento. E mais tempo ainda para conseguir pegar no sono quando seu corpo ardia de desejo e sua mente se encontrava repleta de imagens eróticas. De fato, só conseguiu dormir quando o som vindo do outro apartamento finalmente cessou. Somente então se entregou ao sono. E com um sorriso nos lábios.



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