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História Meu vizinho - Planos pra nós dois!


Escrita por: MinniePower e jiminoppa

Notas do Autor


Agoooora vai começar a ficar bom!!!!

Capítulo 14 - Planos pra nós dois!


Fanfic / Fanfiction Meu vizinho - Planos pra nós dois!

- Posso entrar agora? - sussurrou YuRa colocando a cabeça no vão da porta entreaberta do estúdio de SoRi.


- Ah, meu Deus, YuRa. O que vou fazer aqui? - Aturdida, SoRi colocou um segundo lápis atrás da orelha, derrubando o primeiro sem nem parecer se dar conta disso. - Pensei que não iria haver nenhuma conseqüência. Quer dizer, o que há de mal em se deixar levar pelo encantamento de um homem bonito, atraente e irresistível?


- Deixe-me pensar... - YuRa sentou-se diante da mesa de trabalho da amiga. - Nenhum mal! Absolutamente nenhum mal.


- E se você acabar se apaixonando um pouquinho por ele, isso fará parte do jogo, certo?


- Absolutamente certo.


- Mas o que fazer quando você vai um pouco além do limite?


YuRa franziu o cenho, preocupada.- Você foi além do limite?


- Acabei de fazer isso - SoRi respondeu.


- Oh, querida. - Em um gesto carinhoso, YuRa deu a volta pela mesa e abraçou a amiga. – Tudo bem. Acabaria acontecendo, mais cedo ou mais tarde. 


- Eu sei, mas sempre pensei que aconteceria mais tarde.


- Todos nós pensamos isso.


- HanBin não vai gostar de saber que eu me apaixonei por ele. Vai ficar aborrecido com isso. - Apoiando a cabeça no ombro da amiga, SoRi exalou um suspiro trêmulo. - Também não estou muito contente com isso, mas acabarei me acostumando.


- Claro que sim. Coitado do JungMin. - Com um suspiro, YuRa afagou o ombro da amiga e se afastou um pouco. - Ele nunca a interessou de verdade, não é mesmo?


SoRi balançou a cabeça negativamente.- Sinto muito.


- Ora. - YuRa dispensou seu primo preferido com um gesto de mão. - O que vai fazer?


- Ainda não sei. Para ser sincera, estou pensando em sair correndo e me esconder em algum lugar - confessou, forçando um sorriso.


- Isso é para covardes.


- Tem razão. Seria uma atitude covarde. E que tal dar tempo ao tempo e ver se isso passa?


YuRa balançou a cabeça, rindo da ingenuidade da amiga.- Sua boba. Quando se é atingido pela flecha de cupido, meu bem, a cura não vem assim, tão facilmente.


SoRi respirou fundo.- Então, que tal irmos fazer compras?


- Agora, sim, começou a falar com sensatez. - Com um breve gesto de comemoração, YuRa se encaminhou para a porta. 


- Vamos só esperar minha irmã voltar e pegar o YoungNam, então enfrentaremos esse problema como mulheres de verdade.


SoRi comprou um vestido novo. Um modelo preto, básico e discretamente colado ao corpo que fez YuRa revirar os olhos e dizer:- Ele está perdido.


SoRi também comprou um bonito par de sapatos pretos com saltos altos, finos e transparentes. Ah, e lingerie também, claro. Do tipo que uma mulher usa quando espera ser admirada por um homem e que o faça sentir vontade de tirá-la. De fato, sentiu um arrepio pelo corpo, ao imaginar HanBin deslizando aquelas mãos firmes sobre seu corpo,retirando-lhe a lingerie com vagarosa sensualidade. Escolheu um conjunto de lingerie branca para usar sob o vestido preto. Era excitante a idéia de surpreendê-lo. Depois escolheu flores, velas para o candelabro e um ótimo vinho. Ingredientes delicados para despertar um outro tipo de apetite. Um apetite primitivamente voraz. Quando chegou em casa, estava mais esperançosa e bem mais calma. 

Havia algo a ser feito, e pelo menos isso incutiu um foco a seus pensamentos. Sim, queria passar o restante do dia preparando cada detalhe, porque a noite teria de ser perfeita. Escreveu um bilhete para HanBin é enfiou-o por baixo da porta do apartamento dele. Depois trancou-se em seu próprio apartamento e respirou fundo, antes de deixar alguns itens na cozinha e levar os outros para seu quarto.Arrumou as flores nos vasos e os distribuiu por lugares estratégicos. Depois ajeitou as velas no candelabro e o colocou sobre a mesa, junto ao vasinho com flores frescas. Em um outro canto da sala, acendeu uma vela perfumada, para ir perfumando o ambiente com um aroma agradável, enquanto ela terminava de preparar a mesa.Desembrulhou dois elegantes cálices de vinho e colocou-os junto aos pratos, lembrando-se de que precisava pôr o vinho para gelar. Ao chegar ao quarto e olhar para a cama, hesitou. Puxar os lençóis até o pé da cama pareceria uma sugestão muito evidente? Pensando nisso, riu consigo. Havia sentido ter pudores daquele tipo àquela altura dos acontecimentos? Quando terminou os preparativos, parou um instante para admirar o resultado. De fato, tudo estava no lugar onde ela gostaria que estivesse. Satisfeita, providenciou os últimos detalhes para o jantar. Manteve os ouvidos apurados, na esperança de ouvir o som do apartamento vizinho tocar. Sempre que ouvia HanBin ouvindo música, era como se parte dele estivesse ali com ela. No entanto, o apartamento em frente continuou silencioso. Com cuidado, escolheu alguns CDs estratégicos e os deixou ao lado do aparelho de som. Em seguida, foi para o quarto e, com um arrepio de expectativa, estendeu o vestido novo sobre a cama juntamente com a lingerie provocante, imaginando como seria usá-los. Com certeza, o efeito seria poderosamente sedutor. Com outro arrepio de expectativa, dessa vez seguido por um calor inesperado em seu âmago feminino, foi tomar um banho relaxante. Antes de entrar na banheira, acendeu outra vela perfumada e serviu-se do vinho que costumava deixar ali, para quando estivesse relaxando na banheira.  Ao sentir a água quente sobre o corpo, fechou os olhos com um suspiro. Então imaginou as mãos de HanBin sobre sua pele, em vez da água cheia de espuma. Quase uma hora depois, espalhou pelo corpo uma leve camada de creme hidratante perfumado, até sua pele se tornar acetinada e agradavelmente perfumada.

-x- 

Enquanto ela fazia isso, HanBin lia o bilhete encontrado à porta de seu apartamento: "HanBin, tenho planos. Depois nos veremos. SoRi." Planos? SoRi tinha planos sendo que ele passara o dia inteiro em meio a um verdadeiro turbilhão emocional por causa dela? Leu o bilhete mais uma vez, furioso consigo mesmo por haver passado o dia inteiro pensando em quanto seria prazeroso passar outra noite ao lado dela. Deus, comprara até flores para ela! E não se lembrava de comprar flores para uma mulher desde... Droga, como ela pudera fazer isso?, pensou, amassando o bilhete quase sem perceber. Por outro lado, o que mais ele poderia esperar? As mulheres sempre determinavam o curso de um relacionamento segundo seus próprios interesses. Ele sabia disso, aceitara isso e se, em algum momento, esquecera-se de que em relação a SoRi, não tinha ninguém mais para culpar a não ser ele mesmo. Pelo visto, ela decidira entrar em outro jogo. Mas ele não era obrigado a morrer de angústia por isso. Afinal, sabia muito bem quanto as mulheres eram perigosas em questões de jogos sentimentais. Com um suspiro, foi até a cozinha e deixou o buquê de lilases sobre a pia. Não entendera direito o motivo, mas aquelas flores o haviam feito se lembrar de SoRi. Ao voltar para a sala, pegou sua mochila e saiu, determinado a amenizar sua ira no Kwon's. 

-x-

Exatamente às sete e meia da noite, SoRi tirou do forno o assado que havia preparado. A mesa estava arrumada para dois, com mais velas e mais flores precisamente arrumadas. Uma salada de colorido exótico, feita com abacate e tomates gelava juntamente com o vinho. Assim que eles degustassem a entrada, pretendia surpreendê-lo com crepe de marisco. E se tudo saísse de acordo com o planejado, terminariam a refeição com champanhe gelado acompanhando framboesas frescas com creme. Na cama.


- Muito bem, SoRi.- Dizendo isso, tirou o avental e foi até o espelho para checar seu visual. Então calçou os sapatos novos, aplicou algumas gotas de perfume em pontos estratégicos e sorriu para seu próprio reflexo.- Vamos capturá-lo.


Atravessou o corredor, tocou a campainha do apartamento de HanBin e ficou esperando, com o coração acelerado. Segundos depois, tocou mais uma vez.- Como tem coragem de não estar em casa? - protestou em voz alta. - Como ousa? Não leu meu bilhete? Claro que deve ter lido. Eu não deixei bem claro que iríamos nos encontrar depois?


Com um resmungo, bateu a mão fechada contra a porta. Em seguida, respirou fundo e endireitou as costas.- Eu disse que tinha planos. Ah, meu Deus, você não entendeu, não é, seu cabeça-dura? Planos para nós dois! Oh, droga.


Sem hesitar, trancou a porta de seu apartamento e, na falta de uma bolsa para guardar a chave, colocou-a dentro do sutiã. Então começou a descer a escada com passos firmes, em direção à saída do prédio.

-x-

- Está com algum problema afetivo, amor?


HanBin olhou para Anne, parando um instante para tomar um gole de água.- Não estou com nenhum problema, muito menos afetivo.


- Ei, está falando com Anne, lembra-se? Sua velha amiga. Ao longo dessa semana, em todas as noites em que o vi tocar, percebi que você estava tocando como se estivesse pensando em uma mulher. Hoje apareceu mais cedo, e está tocando como um homem que teve problemas com uma mulher. Por acaso discutiu com aquela garota?


- Não. Ambos temos mais o que fazer do que ficar discutindo.


- Ela ainda o está tirando do sério, não é? - Anne riu. - Algumas mulheres exigem um pouco mais de romance do que outras.


- Isso não tem nada a ver com romance.


- Talvez seja justamente esse o seu problema. - Anne circundou o braço sobre os ombros dele, afagando-o com carinho. - Já comprou flores para ela? Disse que ela tem olhos lindos?


- Não. - Droga, já havia comprado flores para SoRi. Mas o receio de se desapontar o levara a se conter. - O que sentimos um pelo outro é apenas atração física. Não tem nada de romântico - completou.


- Oh, amor. Se quiser realmente conquistar uma mulher como SoRi, terá de ser romântico, por mais que deteste a idéia.


- Por isso mesmo é que quero ficar bem longe dela. Quero continuar com minha vida simples. - Pegando o microfone, arqueou uma sobrancelha. - Agora vai me deixar cantar, ou quer me dar mais algum conselho a respeito da minha vida amorosa?


Anne balançou a cabeça negativamente, dando um passo atrás.- Quando você realmente tiver uma vida amorosa, meu caro, pensarei em lhe dar conselhos.


HanBin recomeçou a cantar, enquanto ouvia a música em sua mente. Em seu sangue. No ritmo de sua pulsação. Como sempre, cantou a música com todo seu sentimento, mas não conseguiu impedir-se de continuar pensando em SoRi. Talvez acabasse se acostumando com isso, pensou. Com aquela constante fixação em querer saber o que ela estaria fazendo e pensando. As suas letras continuaram a sair feito o lamento de um homem desesperado. Então ela passou pela porta.

Seus olhos, cheios de segredos, encontraram os dele através da neblina do ambiente. O modo como ela lhe sorriu ao se sentar à mesa, fez as mãos de HanBin começarem a suar. Ela umedeceu os lábios e deslizou o dedo indicador sobre a frente do vestido, em um gesto sensual. HanBin ficou olhando, hipnotizado, enquanto, com movimentos provocantes, ela cruzava as pernas esguias cobertas por sensuais meias de seda fumê. Depois, a maneira como ela deslizou a mão do joelho até o quadril era designada justamente a fazer o olhar de um homem acompanhar o movimento. E foi o que ele fez, com a respiração alterada. Ela continuou ouvindo a música e mantendo aquele brilho provocante no olhar. Quando as últimas notas ecoaram no ambiente, ela passou a língua sobre os lábios cobertos por um intenso batom vermelho. 

Então SoRi se levantou e, sem desviar os olhos dos dele, passou a mão pelo quadril, girou sobre aqueles saltos arrasadores e se encaminhou para a saída. Antes de passar pela porta, porém, virou-se uma última vez para ele e lançou-lhe um convite silencioso com um mero arquear de sobrancelha. O murmúrio que escapou dos lábios de HanBin, quando ele afastou o microfone dos lábios, foi de absoluta reverência.


- Não vai fazer nada, meu amigo?


HanBin começou a arrumar sua mochila.- Por acaso pareço idiota, JinHwan?


- Não. - O namorado de Anne riu e continuou tocando o piano. - Definitivamente não.



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