1. Spirit Fanfics >
  2. Meus amigos não me amam como você. >
  3. Capítulo 19

História Meus amigos não me amam como você. - Capítulo 19


Escrita por: AllyciaRosate

Capítulo 19 - Capítulo 19


Então ela foi fazer o hoje. Não se importou com a festa, com sua irmã ou qualquer consequência que isso daria. Ela faria o hoje antes que fosse tarde demais.

Entrou no seu carro e acelerou. Não ligando para carros e sinais de trânsito. Ela precisava sair de Boston e chegar o mais rápido possível em Los Angeles. Mas para seu azar as ruas estavam lotadas. Nem tudo é tão fácil. Katya tentou ser paciente. Ela sabia que conseguia, ela sabia. Correu o máximo que pode com seu carro para chegar em Los Angeles. Já era noite quando finalmente chegara.

Ainda vestia a mesma roupa que saiu de casa, não trocou e muito menos se importou em trocar.

Ela estacionou a um metro da casa de Trixie. Tentou sair do carro mas quando viu Trixie passar pela janela com telefone no ouvido e rindo com a ligação. Katya desistiu. O hoje não ia ser hoje.

Ela ligou o carro novamente e não notara que o barulho do motor fez Trixie estranhar o carro parado em frente sua casa. Até Katya voltar a dirigir.

— Katya? — Trixie olhava pelo vidro da janela. Não podia ver muito bem o carro, era noite e estava frio. As neblinas não ajudavam.

— Katya? Do que você está falando?

— Pearl... Eu acho que vi a Katya ou eu tô ficando louca.

— Tracy, já se passou da hora de você dormir.

— Não, não. Era ela. Era ela! 

Desligou o telefone sem se importar com que Pearl poderia dizer em seguida. Correu imediatamente para porta, abrindo-a com toda sua esperança.

— KATYA? — Trixie começou a gritar pela varanda de sua casa. — KATYAAAAA? — Correu até a rua, olhando todos os cantos, não havia mais nenhum carro parado ali. Ela estava ficando louca. — Katya? — murmurou e sentou-se na calçada rua. — Não...

(...)

Era tão óbvio que Katya não voltaria, era tão óbvio que Trixie achava hilário o fato de ter sido tão boba. Estava ficando louca, louca por amor. Ela viu Katya... Mas era dentro de sua cabeça?

Quinta-feira.

Trixie riscou o número no calendário. O que aquilo significava? O dia. O dia dela e de Katya. Talvez tivesse sido isso que a deixou louca, a véspera de mais um mês de namoro.

Encarou o calendário e sacudiu sua cabeça.

— Estúpida.

Sentou-se para tomar seu café. Lendo todas os comentários em suas fotos e alguns retweets em seu twitter enquanto mastigava seus waffles o telefone de sua casa tocou. Trixie se levantou para atender.

— Alô?

— Trixie. Sou eu... Courtney.

— Courtney? O que foi? O que houve?

— Katya está aí?

— Katya? Não. Não vi Katya. — Talvez tivesse visto, mas não sabia se era verdade.

— Ela sumiu. Deixou um bilhete em cima da mesinha do meu quarto dizendo que ia no aniversário de sua sobrinha e voltaria a noite. Mas até agora nada e eu não faço ideia de onde ela pode ter ido senão foi atrás de você.

— Como assim um bilhete? Vocês dormiram juntas?

— Trixie largar de ser mimada. Isso não é hora de ter ciúmes. Katya dormiu aqui mas não foi com ela com quem transei. Era festa, uma festa comigo, Bianca, Adore... E tanto faz quem, a questão é se você viu Katya ou não.

— Talvez ela... — Tomou um tempo para pensar. — tenha dormido na casa dos pais, ou talvez ela tenha... Eu não sei, Courtney. Não quero me preocupar com isso. Desculpe!

Colocou o telefone no gancho e trouxe memória da noite passada em sua cabeça. Katya tinha voltado mas também foi embora.

Trixie encarou o celular em cima da mesa. Por mais que ela não quisesse se importar com Katya isso não era possível. Discou o número de Katya que só chamava e caia na caixa postal.

— Merda, droga! Filha da mãe, atende!

A ligação foi em vão mas Trixie não desistiu. Ligou para a casa dos McCook, sabia que Patricia a atenderia. Ela sabia.

Então o telefone chamou uma única vez e foi atendido.

— Alô? — era uma voz de criança. A sobrinha de Katya!

— Ei, oi... Qual seu nome, docinho?

— Milly. Milly Rose. — respondeu a menina, um pouco hesitada.

— Muito bem, Milly. Milly Rose. Eu me chamo Trixie e eu por favor com um monte de coraçõezinhos poderia falar com a Patricia?

— Vovó não está em casa. Ela saiu. Cedo.

— Onde ela foi? Pode avisar que eu liguei?

— Ela disse que... — Trixie ouviu alguns gritos e a criança largar o telefone.

— Alô, quem fala? — agora era a voz de uma mulher. Mas não Patricia.

— Trixie. Eu poderia falar com a Pat?

— Ah, olá Trixie. Como vai? — houve um entusiasmo na voz que logo sumiu. — Não importa! Você partiu o coração da Katya. Não ligue para cá novamente, ouviu? Não ligue!

A ligação dessa vez foi perdida.

— NÃO! DROGA, DROGA!

Discou o número de Courtney.

— Onde está a Katya?

Trixie tentara ligar para Katya mais de dez vezes e não adiantava. Era realmente Katya quem ela viu? Procurou Katya pela vizinhança talvez ela estive realmente lá. Talvez ela estivesse lá.

Mas procurar pela vizinhança não era o suficiente. Não adiantaria nada procurar por Katya ali, se ela foi embora era claro, o talvez seria totalmente isento e ela não estaria ali.

Ela esperou por Courtney ligar com boas notícias ou algo assim. Ela estava apavorada e não sabia o que fazer. Procurou por Katya ligando para Bianca, Alyssa, Adore, e seja lá quantas pessoas, nenhuma delas viu Katya. Por que ela estava tão apavorada?

(...)

Acabou se conformou com a ideia que Katya estava bem. Ela enganou sua mente com isso. Era óbvio que nada estava bem. Ela passou metade do dia desesperada sem entender nada do que estava acontecendo. Mas se convenceu de que Katya estava bem.

Trixie estava deitada em seu sofá, observando o ponteiro do relógio girar e girar. Tic toc dentro de sua cabeça.

"Nunca pensei que você fosse me amar... As vezes me parecia tão fora da realidade, e eu me sentia muito idiota. Mas amigos não dormem na mesma cama e amigos não me tratam como você, amigos não me amam como você."

Ela podia ouvir claramente a voz de Katya dentro de sua cabeça.

— Sinto muito... — Trixie apertou os olhos deixando algumas lágrimas escorrerem.

A campainha tocou. Duas vezes.

Trixie se levantou rapidamente, acreditou que poderia ser Courtney que viera ajudá-la a encontrar Katya. Abriu a porta e era Katya. Com um buquê?

— Katya? — estranhou até Katya dar um sorriso torto. — Katya! — Abraçou-a com todo o amor e medo de perde-la que estava dentro de Trixie.  — Onde você estava? Eu ligarei para você.

— Eu sei... — Afastou Trixie de seu corpo e ergueu o buquê. — me desculpe por não atender. Não fazia parte do plano.

— Plano? Que plano? — Segurou o buquê com todo cuidado. Trixie amava rosas vermelhas. Era tão clichê mas tão adorável.

Katya estava com sorriso estranho no rosto que Trixie não conseguia compreender. Mas estava a observar o que Katya fazia.

As mãos da loira foi até o bolso de seu casaco roxo e Katya retirou de dentro uma caixinha vermelha aveludada.

Trixie ficou estagnada. Não era exatamente o que ela estava esperando receber naquele fim de tarde, na verdade, ela esperava uma ligação de Courtney dizendo que Katya estava bem.

— O que é isso? — ela indagou.

— Você não é tão ingênua assim. — Katya se ajoelhou.

— Não... não. Não faz assim.

— Shi, não estraga meu momento.

Trixie soltou um ar de riso.

— Trixie, Tracy, Tracey, Trix, bom, todo o pacote... Eu sei que você me deixou, mas eu sou bem desobediente para isso e então eu vim aqui com todo o amor que você me fez sentir, com todo medo de te perder, com tudo que aconteceu e com tudo que me fez notar que sem você eu não posso ter um futuro. — Havia lágrimas nos olhos de Trixie. — Então eu estou aqui para fazer o hoje ser nosso futuro. Com todo meu amor por você, eu quero saber se você aceita se casar comigo?

Katya abriu a caixinha vermelha. O anel não era um anel clichê. Era um lindo anel com uma pedrinha de ruby vermelha. O olhar de Trixie era tão terno. Todas aquelas palavras eram tudo que ela precisava ouvir. Quem diria que a pouco tempo atrás ela odiaria o fato de amar Katya?

Então ela assentiu.

— Eu aceito me casar com você.

Katya sorriu estonteante. Colocara a aliança no anelar de Trixie e a beijou com todo amor, medo, saudades que estava sentido por ela.

(...)

Katya estava vivendo um dos seus momentos mais felizes e talvez, o mais estranho que já imaginou acontecer em sua vida. A ideia de Trixie deixá-la era tão confusa e perturbadora que casar-se deixou de ser essa maneira.

Ela sabia que teria que mudar muitas coisas sobre ela e sobre a relação entre as duas mas ela estava fiel que isso seria moleza ao que passaram em todo tempo juntas.

Ela voltara para casa de Trixie. Mas já estavam planejando mudarem-se para uma casa com a cara das duas. Katya ainda sentia a mesma energia densa quando estava na casa de Trixie.

As duas estavam animadas, Trixie esquecera até de All Stars 3. Por mais que esse tenha sido o motivo do motim, ela não se preocupou mais. Desta vez, ela sentiu a confiança que pediu para Katya todo esse tempo, e não duvidou mais que a amava.

Algumas semanas foram passando com calma. Katya e Trixie já estavam loucas para serem oficialmente casadas. Compraram antecipadamente a casa nova.

Começaram a preparar todo o processo de casamentos clichês. Papéis, salão de festa, bufê, flores e tudo mais. Mas o vestido Trixie fez questão de levar apenas Pearl e Courtney para ajuda-la. — até o tempo fez Trixie entender o que Courtney lhe disse.

— O que vocês acham? — ela saiu do provador com um vestido branco, sem muitos detalhes com mangas longas até seus punhos.

— Horrível. Parecia vestido que minha vó casou. — disse Courtney, a Pearl concordou sacudindo sua cabeça.

Trixie revirou os olhos. Voltando para trocar o vestido.

— E agora? — Ela girou sorridente.

Finalmente achara o vestido que lhe caiu bem. Levemente rosados, com a silhueta de uma boneca e um corte evasé, ajustado até a cintura e abrindo suavemente em formado de triângulo, criando a ilusão de uma letra A.

Ela parecia realmente uma noiva dessa vez.

Courtney e Pearl sorriram que condizia que era aquele o vestido.

(...)

Trixie não falara nada para Katya sobre o vestido. Apesar de todos os dias ouvi-la implorar para somente saber como era grinalda. Se quer havia grinalda.

As duas juntas fazia as pessoas acreditarem no amor, o fato de tudo que pode dar errado não era para sempre.

Como Pat dizia: Não deixe para o amanhã o que você pode fazer hoje.

E era isso que Katya estava fazendo não deixando para o amanhã para amar Trixie, ou deixando o amanhã para pensar no seu futuro.

Ela estava certa que o seu hoje dependia de Trixie para o seu amanhã.

(...)

Havia uma mesa farta de comida. Todos amigos familiares de Katya estava Trixie estavam no quintal da casa nova. Eles riam, comiam e se divertiam. Enquanto Katya estava parada sobre a porta da cozinha que ligava para a entrada do quintal. O cigarro preso nos lábios ela estava refletindo. Sua irmã passou rapidamente com uma bandeja de biscoitos e logo atrás vinha Trixie com algumas sacolas nas mãos.

— Sai da frente, Katya! — Gritou sua irmã por causa do peso dos biscoitos ainda quente.

Katya deu espaço para que ela pudesse passar. Enquanto Trixie deixou as sacolas sobre o balcão.

— O que foi, hein? O que você tem? — Indagou Trixie. Retirando os alimentos das sacolas.

Katya soltou todo fumo de seu cigarro pelas narinas. Seu olhar fluído sem uma direção fixa.

— Estava lembrando...

— Do que?

— Quando nos encontramos novamente, depois de todos aquele tempo. Eu sentia tanta raiva de você...

Trixie parou o que fazia e se direcionou até Katya.

— Eu odiava todas as vezes que você tentava me beijar. Era como se você estivesse jogando comigo.

— E eu estava. — Katya deu risada.  — As coisas mudaram rápido. — suspirou.

— Quem diria?!...

Katya sorriu satisfeita. Depositou um leve beijo sobre os lábios de Trixie que retribuiu o ato.

(...)

Amigos e familiares de Katya e Trixie estavam sentados numa roda com as duas dentro. Era típico de todo chá de panela algumas brincadeiras para descontrair.

A brincadeira condizia em quem conhecia melhor Trixie e Katya. Quem acertasse mais respostas ganharia um brinde especial ao contrário quem errasse, pagaria uma prenda escolhida por Katya. O que fez todos ali rezarem para que ela tivesse piedade.

Katya começou lendo uma pequena anotação sobre Trixie. Era um pouco óbvia mais alguns poderiam não saber.

— Qual é a cor preferida de Trixie?

Todos levantaram as mãos. Mas por irônico que seja Pearl havia sido a primeira.

— Rosa! — ela respondeu.

— Que mentirosa! Que mentirosa que a cor preferida dela é a cor da boca da Katya! Você nem sabe. Dá zero pra ela, Katya!

Adore gritou. Fazendo Katya cair na gargalhada.

Trixie então ergueu sua anotação e leu o que havia lá.

— Katya além de ser idiota ela também é?

Todos riram mas ninguém levantou a mão. Katya apenas lançou para Trixie um sorriso forçado e cada começou a gritar.

"Louca"

"Maluca"

"Cheirou areia quando era criança".

"Passadora de trote."

"Sofredora pela Trixie."

Riram.

No meio de brincadeiras e risos todos se divertiam, mas ninguém mais do que o casal. Katya e Trixie pareciam uma pessoa apenas vivendo em corpos diferentes.

Ela abraçou Katya enquanto sua irmã as fotografam, encarou seus olhos claros. Aqueles malditos olhos que levaram tudo aonde de estava era seu maior ponto fraco e agora era o motivo de seus suspiros.

— Eu amo você.




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...