“So pour me a drink, oh love
Let's split the night wide open…”
Como já era de se esperar eles dormiram durante o filme, mas que ótimos amigos eu fui arrumar não é mesmo?! Bufei olhando pro teto.
Deixei as belas adormecidas na sala, fui pra mesa da cozinha terminar de editar um ensaio, aproveitando a deixa pra pensar e organizar o de amanhã.
Tinha pausado o filme, então assim que terminei as fotos, deixei o computador em cima da mesa e voltei para o sofá. Chegando lá, os garotos estavam um em cada canto do móvel, então deitei minha cabeça no colo do Chris e apoiei os pés no Júlio. O filme que tinha escolhido era o meu favorito, então sabia de todas as cenas, percebi que estava terminando e eu já lutava com meu próprio sono quando sinto a mão do Júlio se fechar em torno do meu tornozelo.
— Quer me matar de susto?! Seu maluco.
— Ah! Você acordou bem na hora que ia encher seu pé de cócegas – ele começou a rir e que inferno de sorriso bonito.
— E quem te disse que eu estava dormindo? – questionei-o enquanto o encarava.
— Daqui tinha certeza que você estava dormindo, meu plano falhou – rimos da situação.
Júlio se levantou e foi juntando suas coisas para ir embora, decidimos deixar o Chris dormindo depois de todo o trabalho que demos pra ele ontem.
Estávamos no meu portão, ele se aproximou e num ato contínuo abriu os braços para ofertar-me um abraço e foi o que fiz logo em seguida.
Ficamos ali, encaixados um nos braços do outro, deleitando-nos de nossas presenças e antes de nos separamos definitivamente, Júlio abaixa a cabeça, aproximando-se do meu ouvido:
— Sinto que só eu tenho essa conexão física quando estamos assim, próximos.
Eu sorri e olhei em seus olhos, sem me dar a chance de resposta ele me deu um beijo no rosto, virou-se e foi em direção ao carro.
Voltei pra casa e enxotei o Chris do sofá, ordenando que fosse pra cama, assim fomos dormir, tínhamos o ensaio amanhã e o dia seria cheio.
Dormi tão pesado que acordei desnorteada na manhã seguinte. Chris já estava no banho, cantando a todos pulmões, então fui arrumar minhas coisas.
Já estávamos na mesa, tomando nosso café inclusive quase terminando, quando Christian ainda se olhando na câmera do celular, me pergunta:
— Estou bem? Apresentável? Bonito?
— Mano, larga de besteira e ansiedade boba, pelo amor!
— Estou entrando em colapso e você me manda ficar calma, bela ajuda Elizabeth, bela ajuda.
Terminei meu pão e já fui apanhando as chaves do carro.
— Vamos logo antes que você tenha um ataque.
Fomos para o estúdio e o ensaio fluiu muito, muito bem. Eles estavam em sintonia, eles tinham uma química boa para as fotos, espero que na vida real também seja assim.
Senti uma lâmpada imaginária ascender-se em cima de mim. Eu sou uma gênia, ou melhor uma cúpida incrível. Mal posso esperar pra pegar meu celular e convocar geral pro meu role.
Assim que consegui uma brecha, chamei os meninos para me ajudarem, mandei-os comprarem as coisas e pedi pro Júlio ir buscar minhas chaves para darmos início ao meu plano.
Ele foi no estúdio busca-las e já contei pra ele toda minha ideia, até a parte que a gente finge incidentes e todos saem lá de casa deixando os dois sozinhos durante o jantar.
Terminado o ensaio, chamei a Flávia para jantar conosco e o Christian quase teve um infarto ali mesmo, foi hilário. Deixei os dois conversando e prossegui com o plano.
Já em casa, estava tudo arrumadinho e aconchegando, os garotos realmente se empenharam, acho que todos torciam muito pra isso acontecer.
O jantar fluiu bem, mas antes de efetivamente terminarmos, começamos a inventar desculpas pra sairmos e deixá-los à sós.
Saímos eu, Júlio, Lucas e Mauro rindo como crianças que haviam feito uma travessura, os meninos foram embora e ficamos eu e Júlio na sorveteria que havia ali perto. Engatamos numa conversa boa e leve, quando ele começa com suas gracinhas:
— Quando a gente vai se pegar mesmo? Só pra eu anotar aqui na minha agenda – fazia que foliava algo.
— Quando você quiser gato – disse entrando na brincadeira enquanto ria.
— O dia que eu te agarrar de verdade, quero ver você continuar me levando na brincadeira Lia – ele me olhava com profundidade nos olhos.
— Ai Júlio, como se desse pra te levar a sério – disse tentado desviar o assunto.
— Vou te mostrar que da pra me levar a sério sim Lia.
Foi a deixa pra ele se aproximar e me beijar.
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