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História Minha doce flor de cerejeira - A linguagem do Amor


Escrita por: Thewhitewitch

Notas do Autor


Continuem acompanhando a história e obrigada por chegar até aqui!

Capítulo 4 - A linguagem do Amor


Fanfic / Fanfiction Minha doce flor de cerejeira - A linguagem do Amor

O dia nasceu e os raios quentes de sol invadiram o quarto, as cores aconchegantes do cômodo espelhavam a personalidade de Sakura, e as sombras geravam formas inusitadas na parede. Minha garota dormia um sono profundo agora, seu semblante era calmo, tranquilo, Sakura trazia paz ao meu espírito tempestuoso. O sol agora batia diretamente sobre as suas pernas esguias que agora escapavam do lençol, e aqui e ali podiam-se ver nuances do seu corpo lindo e jovem. O seu peito subia e descia, sua respiração era profunda e lenta, os lábios entreabertos e os cabelos jogados sobre os olhos: a imagem da perfeição.

Não sei bem se ela sentiu que estava sendo observada, mas se mexeu de leve rolou de lado e encontrou meu peito, ela me envolveu com os braços e inspirou profundamente. Será que ela sentia metade da atração que eu sentia por ela? Impossível, mas, ainda assim, Sakura sorriu um sorriso preguiçoso e deliciado, como uma criança que acaba de descobrir um novo esconderijo, afundou o rosto e se enroscou no meu corpo como se fôssemos um.

- Acho que eu posso me acostumar com esse bom dia.

E ela me presenteou com mais um dos seus sorrisos enormes e cheios de sentimento.

- Não esqueceu de alguma coisa?

Ela me beijou timidamente, mas eu estava me segurando há muito tempo. Eu a beijei como se ela fosse o ar para respirar, mas não queria assustá-la ou pressiona-la só porque seu pai estava ausente. Me levantei num pulo e desci as escadas até a cozinha, Sakura me seguiu.

- Vamos tomar café? Hoje é por minha conta.

- Não! De jeito nenhum, você é meu convidado.

O olhar de Sakura era tão adorável, cheio de horror com a possibilidade de ser descortês. Me aproveitei de seu descuido e dei um beijo na curva de seu pescoço, a cor vermelha que se espalhou pelo seu rosto era simplesmente a coisa mais linda para ser vista assim, logo de manhã.

- Sente-se aí ou vai ter mais.

Sakura se sentou lentamente na mesa da cozinha como se estivesse ligada a outro mundo. Eu nunca admitiria, mas adorava saber que podia causar esse tipo de sensação nela. Comemos e estávamos lavando a louça juntos, as mãos se tocam aqui, os corpos se esbarram ali, eu podia sentir a tensão no ar.

- Meu amor, se você quer um beijo é só pedir.

Tentei gracejar para desanuviar o ambiente, mas o efeito foi o contrário, Sakura bateu na quina da pia, escorregou ao tentar se equilibrar e não conseguia sequer olhar nos meus olhos.

- Por que você está tão tensa? O que eu fiz de errado?

- Você não fez nada.. eu sou uma boba.

- Você não é boba, você é linda.

Toquei seu rosto de leve e levantei seu queixo de forma que pudéssemos nos olhar diretamente.

- Você sabe que pode contar comigo, que pode me dizer qualquer coisa não é?

Silêncio.

- Eu não vou saber o que há de errado se você não falar.

E então as palavras jorraram dela como um fluxo de água.

- Nós ficamos tanto tempo longe um do outro, tantas ligações, cartas, tanta saudade e privação.. quantas coisas você perdeu, quantas vezes eu queria que você estivesse ao meu lado, seja por ser um momento feliz ou de profunda tristeza. Você é meu melhor amigo, mas eu só conheço a parte que você permite. Não sei quais são suas fraquezas, incertezas e medos, você parece tão confiante e seguro o tempo todo parece que eu não te afeto em nada, enquanto eu pareço completamente incapaz de andar em linha reta quando você está por perto. Tenho tanto medo do que eu sinto por você, é tão incompreensível, grandioso. Minha mente fica nublada e cheia de pensamentos sobre você, enquanto você parece tão tranquilo.

Era isso que ela pensava sobre mim? Tomei suas mãos nas minhas.

- Sakura, você é cega? O tempo todo eu sinto medo de que você não sinta o mesmo que eu. Sinto tanto medo de te perder pra um babaca qualquer que pode estar do seu lado. Sinto raiva, amor, frustração, tanta coisa.. mas não posso me deixar levar por isso ou vou te machucar. Eu a quero tanto, tanto, seu eu pudesse guardaria você num cristal e nunca deixaria que ninguém pudesse te ver, te tocar, você seria só minha. Eu sou egoísta e meu amor chega a ser monstruoso de tão mesquinho, mas os meus sentimentos são a minha redenção. Você é minha paz, minha religião, é o ar que eu respiro, eu a quero tanto que meu corpo dói. Sei que mesmo falando, você nunca poderá chegar a entender a complexidade dos meus sentimentos por você, mas eu espero que ao menos eu tenha a oportunidade de demonstrá-los.

Levei suas mãos aos meus lábios e beijei a ponta dos seus dedos, envolvi suas mãos em concha no meu rosto e senti a maciez da sua palma. Beijei seu pulso e senti Sakura enfraquecer ao toque, ela se rendia aos poucos, os olhos fechados, a cabeça pendia, o corpo em forma de arco, sustentado apenas por meu braço. Tomei-a nos braços e subi as escadas, ela nunca tirava os olhos dos meus.

- Confia em mim?

Ela fez que sim com a cabeça.

Coloquei seu corpo esguio na cama delicadamente, como uma peça frágil e preciosa. Respirei seu perfume floral, beijei suas pálpebras fechadas, seus lábios, o lóbulo da orelha, a curva do pescoço. Deixei meus lábios passearem pelo seu corpo, mal tocando a superfície da sua pele. Um suspiro.

- Tem coisas que não podem ser ditas em palavras. Eu te amo..

Abro um botão.

- Eu te amo.

Liberto Sakura de sua blusa.

- Eu te amo..

Tiro minha camisa e levo suas mãos ao meu coração que batia acelerado.

- Tão quente..

Ela balbuciou.

- Você é linda.

Observo os lindos contornos de Sakura e aquela linda peça delicada de renda emoldurando o quadro. Beijo seus ombros e sua pele de alabastro, me aproximo de seu ouvido.

- Eu sou seu para você fazer o que quiser, minha vida é sua, meu coração e meu corpo são seus. Eu venderia minha alma por você Sakura. Esse é o tamanho do meu amor.

O olhar de Sakura se dividia entre medo e adoração.

- Não tenha medo, minha vida está ligada à sua há muito tempo, nossa linha do destino é uma só e eterna.

Sakura se aconchegou no meu peito e nossa pele se tocava diretamente, o seu cheiro se misturava ao meu e eu podia sentir sua respiração acelerada. Quando meus dedos tocaram suas costas, vi sua pele se arrepiar. Senti Sakura se mexer, e ela então se libertou do sutiã – para minha grande surpresa.

- Por favor, não pare.

Ela sussurrou baixo no meu ouvido. Meu coração parecia ter parado e o tempo não obedecia mais a física. Lá fora eu podia ouvir os pássaros avisando que a manhã chegara e os sons ordinários do seu bairro não deixavam crer que dois amantes estavam presos nessa redoma. O mundo não penetrava nesse lugar sagrado e por um momento nos entendíamos perfeitamente. Tanta coisa pra ser transmitida, tanto pra dizer, pra ser perdoado. Não existem palavras o suficiente para traduzir os sentimentos, mas há um entendimento incompreensível aos olhos e ouvidos humanos, só essa espécie de apaixonado podia entender essa linguagem de toques e pele.

O sol já estava alto e mais um dia nascia para Tomoeda.

 

 

 


Notas Finais


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