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História Minha nada doce vida - Panquecas e conversas


Escrita por: Rosa_de_prata

Notas do Autor


Olá humanos, espero que gostem❤

Capítulo 2 - Panquecas e conversas


Fanfic / Fanfiction Minha nada doce vida - Panquecas e conversas

  Acordo sentindo minha cabeça pesada e meu corpo totalmente dolorido, tenho dificuldade até mesmo de abrir os olhos e quando consigo percebo que estou deitada com Marcus. Não lembro nem ao menos de ter vindo para cá.

- Acorde belo adormecido.

O sol inconveniente entrando pelos traçados da persiana, minha ressaca está gritando.

- Não está muito cedo pra você estar conciente já?- seus olhos permaneceram fechados mas sei que já está muito acordado.

- Você tem que ir pra faculdade lembra?

Imediatamente um sorriso se forma em sua cara de babaca/ gostoso /amigo.

- Não tenho aula hoje, desde quando virou minha mãe?.

-Não digo mais nada - Digo fingindo estar magoada.

- É brincadeira Vick, também me preocupo com você .

Meu rosto é acariciado levemente, Marcus sempre foi legal comigo então isso era normal. Mas ele não precisava saber que eu gostava.

- Para com essa porra - Seguro seu pulso rindo.

- Desculpa Victória Walter Clark.

- Nossa você só disse o meu nome completo no dia que me conheceu.

- Quando te salvei daqueles caras - sua expressão muda, foi a única vez que vi realmente Marcus com raiva.

- Foi uma noite muito louca - Falo tentando fazer o clima voltar ao normal.

- Qualquer noite é muito louca com você.

Quando iria abrir minha bela boca escuto uma música, que por acaso é o meu toque de celular. Levanto da cama devagar, não estou nada empolgada para falar com alguém.

- Só o que faltava... - digo vendo quem teve a ideia me ligando essa hora, respiro fundo e atendo - O que quer?

- Bom dia pra você também Victória - eu sabia que pelo seu tom de voz era ironia - Preciso que cuide de Nicole, a babá faltou.

- Não pode ficar em casa um dia não? - pergunto me apoiando na parede - Eu tenho que ir para o trabalho.

- Você só trabalha à tarde pode muito bem ficar com sua irmã agora pela manhã.

- E você também poderia, mas tudo bem não vou deixar ela sozinha, estou chegando - então deligo acabando com a conversa.

- Era a bruxa? - Perguntou assim que volto para cama.

- Era, Tenho que ir cuidar da Nick.-Deito abraçando o travesseiro,o meu sono vai voltando.

- Então é melhor se apressar mocinha, levante - Ganho um maravilhoso tapa na minha bunda.

- Eu sei, amo a Nick mas a mãe dela deveria cuidar melhor dela...

- Bom é a sua mãe também - Marcus faz questão de me lembrar - Bom podemos cuidar dela juntos e te levo para o trabalho depois.

- Não, já abuso demais dormindo aqui quase sempre e sem ajudar.

- É pra isso que serve os amigos , doidinha.- Ele comenta.

- Vou aceitar a carona, mas Natalie iria ser um problema.

- Por quê sua mãe me odeia? Ela me chama do que mesmo? Cafetão! Isso nem é um xingamento digno.

- Eu não costumo usar o termo mãe ao que se aplica sobre ela...

Se crueldade fosse um esporte olímpico Natalie teria recorde mundial.

- Sabe que pode sair daquele apartamento não é? Vir morar aqui, por um tempo ou sei lá, para sempre - Sugere.

Por um momento cogito a ideia, iria ser divertido e bem mais tranquilo me "esconder" aqui. Mas duvido que Natalie deixaria Nick vir aqui, e a deixa-lá com a nossa progenitora... É uma péssima atitude.

- Não posso

- Nicole?

- Ela é minha família.

- Acha que a megera seria capaz de impedir que vocês se vissem? Como uma ditadora?

Natalie é uma ditadora, é por isso que preciso proteger minha Irmãzinha dela. Se nosso pai estivesse aqui...

- Victória?

- Ainda não estou com a cabeça no lugar - Explico - Culpa do excesso de álcool.

Talvez eu tenha o dom da mentira, não tem nada haver com o álcool. Bom estou de ressaca, mas na verdade o que me perturba é algo bem mais significativo do que qualquer vodka que ingeri.

........... ............ .............. ........... .............

Me despeço de Marcus, o saguão esta vazio, não é novidade... As vezes tenho certeza que não tenho vizinhos. O elevador demora mais do que o esperado, mas me recuso a usar escada, subir quatorze andares não é o meu forte.

- Achei que não iria mais aparecer, estou atrasada - recebo essa ótima recepção assim que entro no meu nada doce lar. Eu tenho uma ótima resposta para ela mas fico calada.

Natalie me olha, me analisando.

- Dormiu com o cafetão novamente?

- Marcus é meu amigo, ele se importa comigo, mamãe - Falo friamente.

- Não seja ingrata.

- Ingrata? O que faz além de tentar controlar minha vida?

- Se cuidasse melhor de você mesma, não precisaria de mim - Ela segura firme o meu pulso.

Achei que iria ocorrer aquelas típicas brigas, onde ela diz o quanto sou fracassada, mas me surpreende indo embora.

Preciso de alguns instantes para recuperar um pouco do meu bom humor, vou até o segundo andar e rapidamente chego até o quarto da minha irmãzinha, desvio de todos os jogos espalhados pelo chão. O passatempo de Nick é vídeogames, e é muito boa nisso.

- Hora de acordar, você tem aula - Aviso.

Nick me olha e passa algum tempo em silêncio, acho que sua mente está reiniciando.

- Victória?

- Sou eu mesma, carne, osso e sono, levante pequenina.

- Não sou pequenina, tenho dez anos.

- Nossa desculpa velhinha,levanta vai - puxo a sua coberta até cair no chão.

- Vai fazer panqueca? - Pergunta com aqueles olhinhos lindos e brilhantes, sou muito mole mesmo.

- Sim, mas primeiro tome um banho, parece que não acordou totalmente... Ficou acordada jogando não é?

- Talvez.

O primeiro jogo foi presente meu, no primeiro Natal depois da morte do nosso pai. Natalie foi viajar, passamos as festas de final de ano comendo doces e jogando.

- Vai ficar comigo? O dia todo?

- Acho que não posso estudar com você, mas até te levar para a escola vamos ficar juntinhas.

- Sinto sua falta - Sua expressão triste desmancha meu coração - Mamãe não fica em casa.

-Por isso espanta as babás? Quantas vieram aqui nos últimos cinco meses? Seis? - Questiono.

- Elas não aguentam algumas brincadeiras.

- Colou a bolsa de uma delas na parede.

- Foi divertido.

Sei exatamente porque faz essas "brincadeiras". A rejeição da nossa progenitora causa uma dor imensa nessa pequenina, Natalie nunca demonstra nenhum sentimento por ela, a menos quando imploro que faça o mínimo pelo menos.

- Natalie é fria, mas é por causa da empresa, precisa parecer durona, mas ama você.

Estou mentindo? Bom tenho dificuldade de acreditar que ela tenha sentimentos profundos, mas se tem, sem dúvida é por Nicole.

- Papai era assim?

- Não, papai era o melhor pai do universo. Quando você nasceu ele ficou todo bobo, levou fotos suas em cada viagem

Um pai maravilhoso, mas que tirei de você...

- Queria lembrar mais dele - Sinto a sua tristeza em cada palavra pronunciada.

    Anos atrás cometi um erro, minha fraqueza acabou afetando tudo. As vezes acredito que irei pagar por ela  pelo o resto da vida, talvez seja o que eu mereça.



Notas Finais


Então o que acham da victória fofa? Ela é um amor não acham? Comentem o que quiserem


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