Senti que Jimin queria falar algo, mas, ficou quieto me encarando com um olhar de: "o que houve?".
– Jimin... Olha...
– Eu quero ir para casa, JungKook. – abaixou a cabeça.
– Não, por favor... Eu... Eu posso te explicar tudo... Mas...
– Mas...?
– Não sei se... Continuaria comigo, aqui. Não sei se olharia mais para a minha cara.
Ficamos quietos.
– Não precisa me contar se não quiser... Eu também escondo algo, se lembra?
– Claro... Nunca esqueço... – suspirei – sobre o que aconteceu lá em baixo... Bom, ele está bêbado, Jimin, não se lembrará do que fez amanhã.
– Por um momento achei que morreria ali... Ainda mais quando aquele cara te segurou – dei uma risadinha. – que foi?
– Se ele tentasse algo a mais, eu o mataria. – ele me olhou surpreso – sabe... Independente destes nossos segredos que escondemos um do outro, quero que saiba que... Que sempre irei estar aqui para você – me levantei – eu nunca pensei que alguém, um estranho fosse me deixar tão... Tão sem rumo, sei lá! Eu sinto que preciso de você, comigo!
– JungKook... Eu... Eu só... Tenho medo...
– Eu também tenho medo.
– De que?
– De estar me "declarando" para alguém que talvez não goste de mim, como gosto dela... – ele se levantou e ficou em minha frente.
– Eu gosto de você, eu... Eu sem querer já o amo. Mas é por te amar, que quero protege-lo, quero mante-lo a salvo, JungKook.
– Não preciso que me proteja.
– Precisa, e precisa muito... – abaixou a cabeça. – aah! Eu não posso fazer isso! Eu preciso ir embora! – tentou se afastar de mim, mas segurei seu braço. – por favor... JungKook.
– Se você me ama mesmo, e me quer por perto, fique aqui e do resto eu cuido, senhor Park. – o puxei para perto de mim, fazendo com que seus lábios ficassem à poucos centímetros dos meus – fique... – disse baixo segurando em sua nuca e em sua cintura me aproximando mais, podendo sentir seu hálito quente próximo aos meus lábios. – apenas fique... – sussurrei, e...
TOC TOC TOC
– JUNGKOOOOOK?!
MALDITO SEJA KIM TAEHYUNG! FILHO DA... AAAAAAAAAHH!!!!
Fechei os olhos e mordi os lábios com raiva. Lentamente soltei os cabelos de Jimin que estavam entre meus dedos e fui atender a MALDITA PORTA.
– Falei para não me perturbar! Eu falo o que? Grego?
– Bom... Coreano...
– Fale logo o que você quer!
– Você não pode falar assim comigo! Eu sou seu Hyung!
– Foda-se! Fale logo!
– Jin quer explicações, quer ver esse cara.
– Por quê?!
– Se eu fosse você, iria logo e não me faria perguntas! Ele sim é o mais velho, sabe que o deve respeito!
– Sim sim, eu sei... Diga que estou indo... – Fechei a porta em sua cara.
– JUNGKOOK! RESPEITE OS HYUNGS! – revirei os olhos e fui até Jimin.
– Aish...
– Algum... Problema? – me olhou.
– Não. – cruzou os braços – tá... Talvez. Jin quer te ver, te conhecer, te interrogar... – suspirei – droga...
– Vamos lá. – o olhei surpreso.
– Pensei que depois do que houve, não queria mais vê-los.
– Seja lá o que eles quiserem comigo, eu ficarei firme, e você estará lá comigo.
Senhor Park é incrível...
– Às vezes esqueço de que você é dono de uma empresa e tem um jeito autoritário... – ele riu.
– O que isso tem a ver?
– Não sei... Acho que... Sei lá, você saberá lidar com eles... Eles devem estar pensando que você é do tipo quieto e completamente sonso. – ele me olhou. – só acho... – rimos.
– Podemos ir?
– Você deve ser de outro mundo...
– De um mundo chamado Jeon JungKook.
– Jeon JungKook? – sorri de canto, meio confuso.
– Jeon JungKook é o meu mundo.
Naquele momento, pela primeira vez na vida, fiquei sem palavras. Sou do tipo que sempre tem uma resposta na ponta da língua, mas desta vez, não tinha nada a dizer. Apenas sorri um pouco tímido, e com um meu jeito de: "o que eu faço?". Ele estendeu sua mão para mim, e eu a segurei. Juntos, descemos as escadas e todos nos esperavam no sofá.
– E Namjoon? – pedi – em sono profundo?
– Em sono profundo. – confirmou TaeHyung.
– Olá. – disse Jin dando um sorriso. – não... Não tenha medo de nós, ok?
– Eu não estou com medo. – Disse Jimin enquanto nos sentavamos no sofá.
– Como veio parar aqui? – perguntou Hoseok curioso. – nunca recebemos novas pessoas, nunca mesmo.
– Primeiramente, queremos saber seu nome. – diz Jin.
– Park Jimin. – ele respondeu com aquele jeito formal, que me encanta.
– Park? Park Jimin? – Jin ficou surpreso. – não me diga que você é o don...
– Sou o dono de umas das maiores empresas da Ásia.
– Woow... – disse TaeHyung.
– Mas vi que ela decaiu um pouco e...
– Se um dia ela decaiu, não me lembro, pois estamos melhores do que nunca. – e mais uma vez, Jin ficou surpreso, e eu apenas observava, pensando: "TOMA ESSAA!!!".
Eu amo esse garoto...
– Bom... É... Estes são Jung Hoseok, Kim TaeHyung, e eu me chamo Kim SeokJin. – cruzou as pernas – agora sim, nos conte como chegou aqui? Como conheceu JungKook?
– Eu quase o atropelei à um mês, e...
– Não precisa saber destas coisas, Jin, como nos conhecemos e como ele veio parar aqui não é problema seu!
– Pensa que pode me enfrentar, JungKook? – me encarou.
– Esta casa é mais MINHA do que SUA! Eu comprei isso tudo, eu os trouxe para cá!
– Porquê lhe demos emprego!
– Chama o que faço, de emprego?
– Não queremos outra discussão aqui, não é? Jin está alterado como Namjoon, nós bebemos muito – diz Hoseok – vamos conversar amanhã cedo, quando todos nós estivermos em nosso "verdadeiro eu", sobre nenhum efeito de álcool. _ todos nós assentimos sem dizer uma palavra.
Jimin pegou seu celular e começamos a subir às escadas novamente.
– Boa noite. – Hoseok sorriu para nós.
– Boa noite... – Jimin e eu dissemos juntos.
Meu coração está acelerado demais, eu estou nervoso. Jimin percebeu isso e me abraçou. Fechei os olhos e retribui aquele abraço aconchegante, dei um longo suspiro afundando meu rosto na curvatura de seu pescoço enquanto ele passava sua mão em meus cabelos os bagunçando um pouco.
– Você me faz bem... – disse baixo. – promete que não vai me deixar...? – ele ficou quieto por um tempo.
– Só se... Se você prometer não me deixar também.
– Eu prometo. – o abracei mais forte.
– Eu também, Jeon...
Ficamos abraçados por um longo tempo, até que lembro de uma coisa...
– JungKook? – ele separa o abraço. – você... An...
– Se eu vou dormir com você? – adivinhei, era sobre isso que eu iria falar.
– É...
– Bom... Depende de você, senhor Park, você quem manda aqui.
– Não coloque isto para cima de mim, senhor Jeon! – cruzou os braços de maneira fofa - o quarto é seu! A cama é sua!
– Senhor Jeon? – o olhei –gostei... E: o quarto é nosso, a cama é nossa!
– Não fui eu quem a comprou!
– Não complique as coisas, senhor Park! – começamos uma "discussão" engraçada. – você e sua mania de complicar o simples...
– Mania? Eu? – me olhou – então dê um jeito e facilite isto, senhor Jeon!
– Está bem! Dormiremos juntos! E caso encerrado!
Depois da nossa discussão que não era uma discussão, ficamos sérios por um tempo e depois caímos na risada. O abraçei e selei sua testa.
– É tão inacreditável como você pode fazer com que eu me esqueça de inúmeros problemas em segundos... – disse Jimin.
E MAIS UMA VEZ VOCÊ NÃO SABE O QUE DIZER, JUNGKOOK!
Trocamos olhares, e em seguida nos arrumados para dormir. Ele se deitou primeiro, e eu apaguei as luzes e me deitei também.
– Senhor Jeon não faz nada direito...
– Por quê? Como assim? – tentava vê-lo naquela escuridão.
– Está frio, e você não fechou a porta da sacada.
– Não está tão frio hoje, até a neve cessou um pouco.
– Mas eu sinto frio.
– Então eu lhe esquento.
–E desde quando você é um cobertor? – ri.
– Por você eu viro até uma xícara, só para os seus lábios tocarem em mim.
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