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História Minha última chance - Encontro de dorama


Escrita por: AndyCardoso

Notas do Autor


Essa fic foi criada como um presente para a minha querida MandyBaozi.

O plot já sofreu tantas variações que eu não sei onde ele vai parar.

Espero que dê tudo certo. Kkkkk

Boa leitura!

Capítulo 1 - Encontro de dorama


Fanfic / Fanfiction Minha última chance - Encontro de dorama

Sehun estava caminhando sem rumo, triste por mais um possível fracasso em sua vida.

Já tinha se formado há dois anos e ainda não conseguira um emprego na área. Enviou inúmeros currículos e participou de diversas entrevistas porém, nunca foi contratado.

Sua atual ocupação era ajudar os pais no petshop da família. O Vivi's Kingdom era um ótimo local para trabalhar. Sehun adorava animais e se divertia no cuidado deles. Apesar disso, não queria desperdiçar anos de dedicação à faculdade. 

Após servir o exército por dois anos, dos 18 ao 20 anos, fez vestibular e entrou para a tão sonhada faculdade de jornalismo. Seu sonho era noticiar grandes descobertas.

Com o diploma em mãos conseguiu alguns trabalhos freelancer em um jornal local. Tudo o que queria era um emprego fixo.

Havia saído de mais uma entrevista, achava que não tinha ido bem e estava abatido. Seus pais nunca o recriminaram por ter diploma e não ter emprego, mas ele já se considerava um estorvo por aos 26 anos ainda depender dos pais. Considerando que seu salário era pago por eles.

Olhou para o céu e perguntou as estrelas porque a sorte não lhe sorria. Uma estrela brilhou como se piscasse para si. Olhou para a frente e viu uma fonte dos desejos, bem abaixo da estrela amiga.

Procurou em seus bolsos uma moeda para jogar. Encontrou 5 centavos, era tudo o que tinha. Podia não ser muito, mas tentaria mesmo assim.

Jogou a moeda e desejou: "Que eu encontre a felicidade que busco". Pensava em seu futuro emprego quando ouviu alguém falar:

--- Tentando a sorte, Hunnie?

Desejava a felicidade e o que apareceu foi o filho stalker da vizinha, Junmyeon.

--- Pelo jeito a fonte não funciona --- responde carrancudo.

--- E o que você pediu? --- pergunta curioso.

--- Se eu contar, ele não se realiza.

--- Ué, não foi você mesmo que disse que ela não funciona? Então, não tem problema em me contar.

"Até nisso ele quer se meter. Preciso me livrar logo dele."

--- Tá perdido ou tá me seguindo de novo? --- pergunta direto, o encarando.

--- Eu deixei de te seguir quando conclui o ensino médio. Não dava para focar na faculdade e te seguir ao mesmo tempo. --- respondeu rindo.

"Mas que cara de pau. Confessando que era stalker na minha cara."

O mais velho observa o rosto chocado de SeHun e diz:

--- Nunca foi segredo para ninguém que eu tinha interesse em você.

SuHo se senta na beirada da velha fonte e faz sua proposta:

--- Eu queria ter um encontro com você --- levanta a mão pedindo para que o mais novo o escute até o fim. --- Essa pode ser a última chance que eu tenho. Eu sempre quis sair com você, só que você nunca quis nem a minha amizade. Eu não sei se tem medo de mim ou raiva por todo mundo da escola ficar comentando sobre os meus sentimentos por você ou sei lá... O que quer que sinta por mim. Eu só peço uma chance, a minha última chance, me deixa ter um encontro com você. Eu juro, juro, que nunca mais vou aparecer na sua frente. Eu prometo.

Sehun se encostou em uma árvore. Suas pernas estavam fracas. Nunca pensou que escutaria essa declaração vinda do menor. Passou, sim, anos da sua vida escolar ouvindo os comentários maldosos sobre os olhares de Junmyeon para ele. Além da escola, também tinha que cruzar com ele todos os dias no caminho de volta para casa. O menor nunca puxou conversa, a não ser em reuniões de família. Suas mães eram muito amigas. Sempre foram apenas as suposições e os olhares. Talvez por isso tenha se alistado tão jovem. Para fugir.

Agora que estava ali não sabia o que fazer. Sabia que ele era stalker, que lhe olhava sorrateiramente quando visitava sua casa. Às vezes, o mais novo até gostava de se exibir para saber como sua aparência estava, principalmente em dia de entrevista. Os olhos de seu stalker sempre brilhavam quando passava, vestido impecavelmente, por ele.

Mas não era apaixonado por ele. Seu coração nunca acelerou por ele, a não ser quando surgia do nada, ao seu lado, como um fantasma.

Havia passado alguns minutos e Junmyeon esperava pacientemente a resposta de seu Hunnie. Enquanto seu exterior aparentava calma, o seu interior enlouquecia esperando que a resposta fosse "sim".

Sehun respirou fundo e se aproximou do menor. Precisava manter o controle da situação.

--- Ok. Uma única vez. Mantenha sua promessa. E se tentar me agarrar, é um homem morto.

O mais velho sorriu como se estivesse no paraíso. Só não abraçou seu amor, por ter sido ameaçado.

--- Você pode escolher o local, Hunnie --- propôs enquanto se abaixava para amarrar o cadarço do maior. --- Você deve dar dois nós para prender o tênis. Esse cadarço é muito comprido, você pode acabar pisando e caindo ou pode perder o tênis pelo caminho.

Sehun ficou estático pela aproximação. O menor já havia dito as mesmas palavras dez anos antes em frente a sua casa.

--- Você propôs o encontro, então escolhe o local --- disse se afastando rapidamente.

--- Ei, se eu vou escolher o local, não seria você a me seguir? --- disse SuHo em tom brincalhão, correndo para alcançar SeHun.


Andaram dez minutos sem um destino definido, até Junmyeon ter uma ideia.

--- Você é viciado em doramas. Vamos ter um encontro baseado em doramas!!! --- propôs alegremente.

Sehun sorriu, realmente gostava de doramas e todos os seus clichês: o mocinho e a mocinha que brigavam, a cena do guarda-chuva onde o mocinho sempre protegia a amada, a cena do protagonista preparando o jantar (Sempre quis ter um cara em sua cozinha preparando o jantar. Se não fosse sua mãe, jantaria ramem instantâneo todo dia), a cena do protagonista mostrando os abs debaixo do chuveiro...

Se pegou pensando no abs de Junmyeon que havia visto sem querer quando o mesmo se refrescava no quintal de casa.

Balançou a cabeça para que o pensamento sumisse.

--- Eu não vou para a sua casa! --- determinou.

--- O que faríamos na minha casa? --- respondeu um inocente SuHo. --- Não tem nada na geladeira e eu sou um péssimo cozinheiro. Você deve se lembrar que eu quase toquei fogo na cozinha da minha mãe tentando fazer o almoço dos meus irmãos.

O mais novo sorriu com a lembrança. Nesse dia teve que ser um bombeiro e resgatar as crianças enquanto o mais velho apagava o fogo e alagava a casa.

--- Prefere ramem na loja de conveniência ou frango frito e soju na barraquinha da esquina?

--- Depende do dorama que estamos encenando --- respondeu um cauteloso SeHun.

--- Vamos de ramem. Não quero acabar bêbado e estragar nosso encontro. --- decretou Suho, virando em direção a loja de conveniências.


Enquanto esperava a comida esquentar, SuHo se deixou levar pela música vinda dos autofalantes da loja, Red Flavor, e começou a fazer a coreografia.

Para evitar que o outro pagasse mico, SeHun resolveu segura-lo. Por causa do susto Suho acabou se desequilibrando. O maior vendo que o hyung iria cair o segurou apoiando-se na bancada, num meio abraço.

Seus rostos ficaram próximos. Uma proximidade nunca antes sentida. Ficaram hipnotizados nessa posição até o alarme do microondas soar.

Se desvencilharam pedindo desculpas um ao outro e sentaram-se a mesa olhando apenas para o próprio ramem. Não notaram as bochechas coradas e os meio sorrisos.


Terminaram o jantar silencioso e SuHo teve a ideia de irem para o karaokê. Precisava animar o encontro após o jantar, a seu ver,  mal sucedido.

Passaram três horas cantando (Suho no vocal e SeHun fazendo rap), bebendo, conversando e rindo.

Descobriram coisas em comum. Na verdade, SeHun descobriu. O mais velho sempre soube mais do caçula do que ele de si.

Quando o dinheiro acabou tiveram que ir embora.

Caminhavam tranquilos a caminho de casa. SuHo iria se despedir da mãe e aproveitava os últimos minutos de encontro.

No meio do caminho começou a chover.

Sehun cobria a cabeça com as mãos e reclamava com Suho.

--- Caramba, Suho. Você queria um encontro de dorama, mas precisava da chuva? Nem guarda-chuva trouxe.

SuHo gargalhou enquanto tirava o casaco.

--- Eu consigo fazer várias coisas. Controlar a chuva não é uma delas. Vem aqui para debaixo, seu bebê chorão --- disse enquanto cobria SeHun com seu casaco.

O mais alto notou que a intenção de SuHo era apenas cobrir a si. Não poderia deixá-lo na chuva após um encontro tão divertido. O menor poderia ser estranho, mas não era mal.

Sehun aproximou os corpos e passou o braço por sobre os ombros de Junmyeon colocando o casaco sobre suas cabeças. Caminharam assim até a porta da casa do mais novo.

A chuva havia passado e eles não tinham se separado.

Ficaram parados em frente ao portão por meia hora. Nenhum dos dois queria encerrar o encontro.

Uma mensagem no celular do mais velho quebrou o encanto. Trouxe-o de volta a realidade.

Em um último ato, segurou o casaco sobre suas cabeças e deu um beijo cálido em SeHun. 

Sehun não queria abrir os olhos. Queria incentiva-lo a continuar. Nunca pensou que fosse gostar do toque daqueles lábios nos seus.

O menor segurou suas mãos e disse com os olhos marejados:

--- Obrigado por esse encontro maravilhoso. Foi como eu sempre sonhei. Nunca vou me esquecer.

O mais jovem sentiu os lábios de seu hyung tocarem suas mãos ainda unidas e as lágrimas caírem de seus olhos.

Entre sorrisos tristes e confusos o viu indo embora.

Foi a última vez que o viu.



Notas Finais


Calma, Mandy. Não me mate.
O capítulo dois tá vindo.

Agradeço a Mozi pela capa linda e por me ajudar com o presentinho da Mandy. Mesmo ficando curiosa igual ela.


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