História Minhas canetas (poesias) - Lágrimas que não caem

A cada música,
A minha vontade de chorar aumenta,
Mas as lágrimas não caem,
Eu consigo ser tão cínica?

Imediatamente a tristeza me invade,
A minha mandíbula dói,
Esses foram os efeitos da realidade?
Por que isso me corrói?

Eu não consigo mais chorar,
Sou fria a esse ponto?
Eu só não consigo mais me decifrar,
Acho que estou com parafusos soltos.

Eu não me compreendo mais,
Sinto constantes dores,
O mundo já não me satisfaz,
Sinto como se fosse um porão de rancores.

Eu virei isso?
Mas como?! Estou louca?
As vezes eu só quero tomar um chá de sumiço,
Mas isso significa que estou maluca?

Não tenho mais vontade de ficar na sala,
Conversando com as pessoas,
Eu não tenho mais coragem de me expressar,
Eu não consigo mais falar!


Nessas quatro paredes,
Tudo permanece escuro,
Me sinto como uma borboleta presa na rede,
E por mais que seja inútil, tento escapar pelos minúsculos furos.

Estou presa!
Me salvem antes que seja tarde,
Eu preciso encontra a minha felicidade,
Eu preciso me encontrar!

Me sinto fraca,
Me sinto fria,
Me sinto inútil,
Me sinto como um nada no mundo.

Eu estou depressiva?
Preciso ser internada?
Mas eu sou inofensiva,
Não passo da mais um fardo na vida dos outros.

Eu só quero me sentir bem,
Quero saber a resposta para o que sinto,
Não quero ficar nesse vai e vem,
Como a brisa do mar.

Quero ser importante!
Quero ser alguém no mundo!
Não ser irrelevante,
Como nas ruas, aqueles seres imundos.

Eu importo para você?
Eu faço alguma diferença?
De mim, os outros irão se esquecer,
E essa é a minha sofrencia.

Esse é o meu caos,
Essa é minha vida,
Mas eu não vou desistir!
Eu não vou apelar!