História Minhas canetas (poesias) - É que eu gostaria de me apaixonar...

É que eu nunca me apaixonei,
É que eu nunca senti meu rosto queimar,
Eu nunca namorei,
E eu nunca pensei tanto em alguém a ponto de odiar.

Porque dizem que a paixão é isso,
Pode até ser fictício,
Mas o antônito,
Acaba virando sinônimo.

Eu nunca tive esse sentimento,
Esse que almejo tanto ter,
Nunca pude viver num vale cheio de encantamentos,
Nunca pude alguém assim  querer.

É que do amor eu tenho receio,
É que eu tenho minhas dúvidas,
Como já dizia Malévola não existe amor verdadeiro,
Mas eu não acredito plenamente nesse fato.

Fazer o que, sou uma romântica,
Mas que odeia casais melosos,
Só é bonito pelo lado poético,
E por serem uns com os outros, carinhosos.

Meu problema seria então não amar?
Ou por eu, um amor perfeitamente clichê imaginar?
Porque essa experiência eu gostaria de vivenciar,
Apesar de que do clichê, Eu odiar.

Talvez eu seja muito nova para isso pensar,
Talvez eu seja muito nova para saber o que é o amor,
Talvez eu seja apenas mais iludida a acreditar,
Que pela felicidade eu não ligo de sentir dor.

Essa questão é tão problematica,
Ao mesmo tempo tão clara,
Ela é terrivelmente trágica,
E ao mesmo tempo as mágoas sara.

É que eu gostaria de sentir as borboletas no estômago,
É que eu gostaria de com certa pessoa gaguejar,
É que eu gostaria de por um simples elogio, corar,
Mas quando algo faz isso comigo, tudo eu estrago.

Mas por não corresponder,
Eu tenho culpa?
Eu sou culpada por fazer as pessoas sofrer?
Mas eu nem mesmo fiz por querer.

Então se estivesse enganando alguém seria melhor?
Eu não quero esse tipo de relacionamento,
Isso, para a outra pessoa não seria pior?
Pelo menos eu odiaria esse tipo de sofrimento.

De ser enganado,
De imaginar ser correspondido,
Quando na verdade servia apenas de título para namorado,
Era apenas iludido.

É que eu quero sentir meu coração acelerado,
Tudo aquilo descrito nas histórias,
Meu ser ainda mais atrapalhado,
E depois ter boas memórias.

É que eu não quero participar de uma farsa,
Eu não quero ser uma traidora,
E que se um dia essa hipocrisia, eu faça,
Podem me chamar de uma impostora.

É que eu acredito que o amor é paz,
Que guerra traz,
Que o bem faz,
E o mal satisfaz.

É que eu acredito que nele,
Que é importante,
Que cada vez se torna mais interessante,
E que cada vez me torno mais uma iludida, escrava dele.