História Minhas canetas (poesias) - ...

Em sua cabeça, somente caos,
A gritaria causada por seus pais, ecoavam em seus ouvidos,
Ela não gostava de ver seu lar sendo destruído,
E o amor de seus pais sendo corroído.

A relação deles provavelmente, começava a se desgastar,
E ela disso muito bem sabia,
Mas do término temia,
Porque talvez ela sabia que eles ainda iriam de novo se  apaixonar.

Quando questionava ao seu pai sobre seus sentimentos,
podia ver seus olhos brilharem,
podia ver seus lábios sorrirem,
E falava como sua mulher lhe causava um imenso encantamento.

Quando questionava à mãe sobre o que sentia,
Ela de súbito sorria,
Sua aúria se enchia de alegria,
E sobre seu amor com ternura dizia.

Porém,  a cada instante que os dois se viam,
Era somente discussão,
Eles somente brigavam e brigavam,
Culpando o outro, pela sua frustração.

Quando ela ía para o outro inferno,
O qual muitas pessoas chamavam de escola,
Naquele lugar ela era um problema eterno,
Todos a chamam de estranha, porque ela do mundo se isola.

As pessoas não gostam dela, apenas por chamar atenção,
As pessoas humilham ela, apenas por a considerarem fraca,
As pessoas julgam ela, apenas por gostar da solidão,
E por isso,  por motivo nenhum, ela é humilhada facilmente então.

O maior problema, é que na verdade,
Ninguém a conhece,
E ninguém já tentou conhecê-la,
É por isso que ninguém merece sua sinceridade.

E ela que mal conhece o mundo,
E que mal conhece a vida,
Já a considera uma porcaria,
Apenas pelo fato de viver num vazio profundo.

Ela que está entrando agora na puberdade,
Que nem conhece a maldade,
Quer crescer e ser alguém com dignidade,
Não como as pessoas que à humilham de forma tão covarde.