História Minhas canetas (poesias) - Inferno

Eu vivo numa floresta de cimento,
E posso dizer que sem as cores,
a cidade ganha vários tons de entrestecimento.

E somente vejo uma escala do preto ao branco,
Uma cidade sem vida!
Uma cidade que passou à ser esquecida.
 
Uma cidade sem cor, á qual todas as pessoas são atarefadas,
Esquecida pelos próprios habitantes!
Á qual todas as pessoas não sabem o que é ser amadas.

Onde eu moro ninguém sabe o que é o amor,
O individualismo é o que predomina...
Ninguém se dá valor!

Cada um tem o seu lugar!
Na minha cidade as casas são regadas por sangue,
Basta apenas você se cuidar.

Todos se dizem muito ocupados para prestar atenção em bobagens,
Sem cor, sem vida,
Acham que as cores são futilidades.

Onde eu moro as pessoas se tornam facilmente monstros,
Monstros que transformam cabeças em degraus,
Apenas pelo tão miserável dinheiro.

Onde eu moro os adultos são miseráveis,
E as crianças começam a seguir o rumo dos pais,
Onde eu moro, pessoas são como copos descartáveis.

Já usaram, então deverá ser jogado fora,
Os seres humanos estam acabando com á própria raça!
E você que é fraco, vendo essa minha realidade chora.

Você é livre para chorar,
mas ninguém garante que suas dores, o choro irá curar,
Você vai somente extravasar.

Onde eu moro é como um inferno,
Ao qual pessoas se matam por matar,
E elas com seu lado puro irão acabar.

A polícia vem aqui para matar ou morrer,
Nesse tiroteio, ninguém garante que você vai viver,
Mas os bandidos e habitantes, não tem nada a perder.

E é nessa assim que eu começo a sentir cada vez mais vergonha,
De ser humana,
E de também querer dinheiro.

Espero ter fama, sucesso e riqueza,
Sem pisar em ninguém,
Sem tirar a cor e a alegria da minha vida.

Me envergonho por querer fama,
Mas é o meu sonho,
O sonho que eu almejo tanto realizar.

E de novo me vejo presa nessa cidade,
Sem cor, sem vida, sem alegria,
Apenas com monstros á caça do dinheiro, essa é a minha realidade.