História Minhas canetas (poesias) - Borboleta

Sou como uma borboleta que se perdeu do jardim,
Que nunca mais conseguiu voltar,
Uma borboleta azul que ainda está a se transformar,
E perdida estou, no meio da metamorfose, assim.

Assim, onde apenas reflito inconstância,
Onde apenas sou uma tola,
Aquela que acredita que voltará a ser criança,
Aquela que sua essência se perdeu.

Oh! Nunca mais voltarei,
Meu jardim de inocência e pureza,
Oh! Dele eu me perdi e nunca mais acharei,
Agora estou numa floresta que apenas me dá medo e tristeza.

E eu como uma borboleta vôo para bem longe,
Na tentativa de voltar,
Mas na verdade, essa borboleta só se esconde,
Para nunca o incerto futuro ter que encarar.

Isso seria possível?
A borboleta voa em seu caos,
À busca de tentar se encontrar,
Mas só na destruição ela conseguiu voar.

A borboleta se prendeu,
Seu jardim agora há apenas árvores queimadas,
Agora há apenas frutas amargas,
E nesse jardim triste ela viveu.

Morta de fome e cansaço ela fugiu,
Mas foi caçada,
Se igualou agora a borboleta preta,
E sumiu enquanto ainda era tempo de não ser aniquilada.