História Miracles in december - Prólogo

*Flashback on*

Era uma bela noite de abril. Uma linda jovem caminhava voltando para casa após ter terminado as aulas de sua faculdade de direito. Era sempre a mesma coisa, acreditava que seria apenas mais um final de tarde comum, jamais imaginaria que um ser tão nojento cruzaria seu caminho .
Ela fazia o mesmo trajeto todos os dias, mas hoje seria diferente. E quem diria que algo tão traumatizante daria a ela um belo presente.
Enquanto andava com passos “apertados” esbarrou em um homem de olhar vazio e com pensamentos asquerosos.
- Me desculpe! Estava distraída – exclamou a jovem.
- Tudo bem gatinha.
Por mais que tenha sido estranho o adjetivo aplicado a ela vindo de um estranho, acabou ignorando e voltando a caminhar. A partir daquele momento, imaginou que nunca mais veria aquele homem novamente, mas infelizmente estava enganada, ele estava seguindo-a de longe apenas esperando por uma rua vazia, um lugar mais reservado. Para o contentamento daquele ser repugnante, a moça curtia cortar o caminho de casa por um pequeno beco, um lugar perfeito.
- Hey, hey, hey gatinha – o senhor se pronunciou após chegarem ao local.
Espantada, a jovem olhou para trás e deu de cara com o senhor de mais cedo, e antes que dissesse algo, ele partiu para cima dela e começou a tirar a roupa da mesma. Ela gritava desesperadamente, mas ninguém ouviria, ninguém viria ao seu socorro.
- Quietinha gatinha, não vai doer tanto, prometo!
Era nojento o modo como ele a tratava como um nada, um objeto. E, como era de se esperar, ele abaixou sua calça e iniciou seu objetivo desde que tinha posto os olhos no corpo da garota a uns dias atrás.
Naquela altura do “campeonato” ela já não tinha forças para gritar ou agir, se sentia suja, não havia escapatória, ela apenas desejava morrer.
Finalmente aquilo tinha acabado, assim que levantou a calça, ele foi embora com um sorriso sádico no rosto, se sentindo realizado por ter cumprido o que desejava. Deixou-a naquele beco escuro e gelado, em posição fetal, nua. É tão nojento pensar que havia pessoas que poderiam fazer algo do gênero.
Enfim, a moça levantou-se, vestiu-se e voltou a fazer o caminho de casa mecanicamente. Estava em choque, não sabia muito bem o que fazer, mas, como tinha as ideias no lugar, logo decidiu que iria contar para sua mãe, e com ela decidiria o que faria depois.
- Que bom que chegou filha, já está anoitecendo e... Querida, o que houve, está tão abatida? – disse sua mãe preocupada.
- Um homem... – começou ainda em estado de choque.
- Sim? O que aconteceu?
- Ele... Eu... Mamãe, ele me... – não aguentou e desabou em prantos.
- Meu Deus filha, não diga mais nada. Vamos a delegacia agora! Isso não vai ficar assim, acharemos aquele monstro e ele terá o que merece!
E foi o que fizeram, chegaram na delegacia, relataram o ocorrido, depois dos exames necessários voltaram para casa com a esperança de que aquilo seria vingado.
Um mês depois, a moça ainda traumatizada pelo ocorrido, começou a sentir estranha, passava mal e vivia com tonturas e cansaço em excesso. E após perceber que estava atrasada, surgiu a dúvida sobre uma possível gravidez, e não tinha nenhuma dúvida de quem seria. E para sua infelicidade havia dado positivo.
Conversou com sua mãe, a pessoa que estava sempre lá para ela. Depois de uns minutos de palavras trocadas com sua mãe, decidiu que seria madura para ter aquela criança, já que aquele pequenino ser não havia culpa do ocorrido. Havia vindo de uma situação terrível e num momento inoportuno, mas criaria ele ou ela com todo seu amor.

*Flashback off*