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História Miserável - Capitulo 19


Escrita por: Kiwi-Voador

Notas do Autor


olá...
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.entao... desculpa....
tipo... mesmo!

mas certo, nao vou me demorar muito nessas notas, entao vou apenas me explicar rapidamente e dar alguns avisos.
eu estou demorando a postar porque meu tempo nao existe, eu nao tenho tempo pra mim mesma. tenho que estudar pro vestibular e ENEM, fazer os trabalhos pra escola, e chego em casa cansadissima e só penso no chuveiro e na cama, mais nada. sinto muito mesmo em dar problemas assim.
outra coisa tb, foi que meu computador queimou, e que eu estava escrevendo pelo celular, já que é conectado com o one drive entao eu nao perdi nada, mas escrever pelo celular é... convenhamos, é uma bosta.
entao eu escrevia muito pouco pelo celular, e estava apenas esperando o pc voltar do concerto ( o que demorou).
enfim....

OUTRA COISAq
queria agradecer a todos, pelo apoio e carinho.
muito obrigada pelos comentarios e favoritos, voces nao tem ideia de como isso me anima e me ajuda a nao desistir de postar, pq eu ando relmente cansada.
entao continuem assim <3

peço desculpas por esse cap nao ser exatamente uma grande compensaçao pela demora em postar, mas eu realmente me esforcei no pouco periodo que eu tive pra escrever, entao espero que fiquem satisfeitos...

enfim, sem mais delongas, boa leitura <3

e pra nao perder o habito <3 COMENTEM E FAVORITEM!!1 LEITORES FANTASMAS APAREÇAM!! E ME DEMFORÇA!!!

BEIJOKAS

Capítulo 19 - Capitulo 19


Minato corria pelos corredores, esforçando-se em evitar esbarrar em qualquer coisa que estivesse em seu caminho, fosse ela pessoa ou objeto.

-Perdão! – exclamou para uma mulher sem se virar, e continuou a correr pelo túnel.

Seguindo uma informação mal dada de um dos companheiros de turno, ia em direção ao telhado e esperava ansiosa e desesperadamente que ele estivesse lá.

Algo em seu peito se apertava a cada passo, um medo e um prazer misturados em uma emoção confusa. Os cantos de seus lábios se repuxavam de leve em um minúsculo sorriso azedo. Tinha vontade de rir com força até seus pulmões explodirem, e uma vontade desesperadora de cair ali mesmo em meio ao cimento e poeira, socar as paredes enquanto gritava e chorava.

Como que os garotos iriam reagir assim que soubessem que na verdade tinham pais? Na verdade, será que eles tinham algum conhecimento sobre o que é uma família?

Fugaku se recusou a segui-lo assim que soube de seu papel nessa história toda. Pelo o que havia observado junto da chefe, o homem não pareceu demonstrar nenhum interesse ao descobrir que tinha um filho perdido. Mas conhecendo-o como o conhecia, tal atitude não era nem de longe uma surpresa.

Subiu as escadas de dois degraus em dois, os olhos no chão para não cair e as mãos no corrimão à sua direita. Chegou ao topo ofegante, apoiou as mãos nos joelhos e fechou a boca, inspirando fortemente pelo nariz. Fechou os olhos e relaxou antes de abrir a grande placa de metal à sua frente.

-Minato? – Kakashi se postou à sua frente, curioso e até meio surpreso.

O loiro não respondeu de imediato, observou o arredor com os olhos semicerrados pelo sol forte.

-Onde eles estão? – perguntou.

-Lá em baixo. – Sakura apontou para as árvores ao longe.

-Vocês os deixaram sair? – Minato arregalou os olhos e se aproximou da beirada do prédio.

-Eles vão voltar – Sai disse com calma, sentado no chão e escorado no dorso peludo de Akamaru – não se preocupe.

-O que faz você ter tanta certeza, garoto? – mas apenas recebeu um chacoalhar de ombros em resposta.

-Minato, acalme-se – Kiba que já estava de pé ao seu lado, apertou-lhe o ombro e foi se postar ao lado de Sakura.

Minato sentou-se na margem do edifício e enterrou o rosto nas mãos. Desolado.

Kakashi se aproximou e sentou-se ao seu lado, permitindo-se a repousar uma das mãos no joelho do outro. Há tempos atrás, Minato fora o mestre de Kakashi antes deste se tornar um jounin completo. Compartilharam de vários momentos juntos, tratava-se de uma grande e forte amizade entre aluno e professor.

-O que houve? – perguntou o homem de máscara.

-Na verdade – começou – eu ainda não tenho certeza...

-Quer que eu os chame para você?

Minato virou o rosto e o encarou nos olhos antes de dar um sorriso fraco. Balançou a cabeça em negação e voltou a olhar para as árvores e arbustos mais além, imaginando o que as duas criaturas poderiam estar a fazer.

-Dê-lhes um tempo para se acostumarem – disse Minato – não acho que já provaram disso tudo – e sem deixar que seu pequeno sorriso sumisse, indicou a paisagem com a cabeça.

Kakashi sorriu por detrás do tecido em seu rosto, satisfeito com a atitude  seu antigo mestre.

-Acho que devíamos voltar Sasuke.

Sasuke suspirou pesadamente e sua cauda se contorceu preguiçosamente ao seu lado.

Depois de seu pequeno e não muito tímido ato de carinho, Sasuke se recusou a voltar para o prédio tão prontamente. Ao invés, escorou-se em um tronco de árvore e se deixou escorregar até o chão, ignorando a seiva viscosa e dura que grudava em seus cabelos e roupas.

-Apenas mais alguns minutos Naruto – disse com os olhos fechados, aproveitando o pequeno feixe de luz que banhava seu rosto.

Naruto suspirou e abaixou as asas em um claro sinal de cansaço, não queria argumentar com ele. Se aproximou de Sasuke e sentir-se a lado, sendo cuidadoso em não deixar que as penas tocassem a pasta verde oliva que escorria pelas fendas entre as cascas da árvore.

-Eles devem estar pensando que fugimos Sasuke... – suspirou, mas não parecia estar exatamente preocupado.

-Nós já vamos Naruto – grunhiu de olhos fechados.

O loiro suspirou novamente e desistiu. Abriu as asas e se embrulhou nelas, como um casulo. Sem olhá-lo nos olhos, Naruto deixou o corpo cair para o lado, apoiando os ombros cobertos em penas no peito do outro e encaixando o rosto em seu pescoço extremamente branco.

Sasuke sorriu de leve, sem mostrar os dentes e, se inclinou para beijar-lhe o topo da cabeça.

-Fico feliz que tenha voltado a enxergar – disse Naruto.

Sasuke grunhiu em concordância e abriu as asas enormes, descansando-as no chão e expulsando-as da sombra para pegarem sol.

-Eu gosto daqui… - comentou Sasuke.

Naruto sorriu de leve mas não disse nada.

Sakura andava de um lado para o outro perto do parapeito, se inclinando pela amurada uma ou outra vez para checar se havia qualquer sinal das criaturas.

-Vocês acham que eles fugiram? – perguntou se virando para os outros.

Kakashi deu de ombros, sem um pingo de preocupação. Kiba e Sai simplesmente continuaram aninhados nos pelos de Akamaru, que dormia profundamente. Apenas Minato parecia estar compartilhando de sua aflição enquanto roía as poucas unhas que tinha.

-Acho que já está na hora de chamá-los... – o começo de um sentimento de desespero transparecia em sua voz.

-Concordo – disse Sakura.

Sai suspirou profundamente e se levantou, chateado por ter sido tirado de sua área de conforto no dorso de um cão gigante. Se encaminhou até o parapeito e se inclinou, com os dois dedos mindinhos posicionados dentro da boca e pressionando a parte interna da bochecha, fechou um pouco os lábios assoviou. Um som agudo que crescia continuamente e, machucava os ouvidos.

Minato se aproximou do muro meio receoso, com o nervosismo a flor da pele e olhou para a paisagem com os olhos semicerrados pelo sol.

Akamaru levantou a cabeça e soltou um alto latido de boas vindas. Kiba sorriu para o cão com afeição e procurou pelas duas criaturas no céu. Viu dois pontos médios na imensidão azul, que aos poucos cresciam e tomavam forma. Viu linhas que eram suas asas, subindo e descendo um ou outra vez para manterem o nível.

O primeiro a alcançar o parapeito foi Naruto, pousando com a suavidade de um anjo, ironicamente falando. Recolheu as asas imediatamente, evitando de lançar sombra sobre os outros abaixo dele e pulou do pequeno muro antes de se virar para receber o amigo.

Sasuke não se preocupou em parecer gracioso ou delicado. Pousou como lhe convinha melhor, agachado no muro com as asas semiabertas – idêntico à uma gárgula – ignorando o fato de estar a esconder o sol com as mesmas. Os cabelos negros se enrolavam nos chifres, e a cauda serpenteava calmamente atrás de si.

-Sim? – perguntou assim que desceu do parapeito e fechando as asas, ignorando o revirar de olhos do amigo para a cena que havia feito.

Minato engoliu em seco e olhou para Kakashi com receio antes de se aproximar de Naruto.

Sasuke se retesou, mas não fez movimento algum para parar o homem. Seus batimentos não eram nada ameaçadores, mas sim acovardados. Rápidos demais para alguém que queria fazer mal à alguém. Naruto estreitou os olhos confuso e esperou.

-Será que eu poderia conversar com você? – perguntou Minato, olhando-o nos olhos.

Naruto observou o homem, ainda mais confuso. Mas assentiu a cabeça lentamente.

-Em privado... – Naruto retesou o corpo e evitou olhar para o lado onde estava Sasuke. Não queria se afastar dele... – por favor...!

Era possível ouvir o desespero que ele tentava esconder em sua voz, e ele sentiu pena do homem por estar com medo, do que ele pensava ser dele. Então para mostrar ao outro de que não era nenhuma ameaça, deu um passo para frente e assentiu firmemente.

-Muito bem, vamos. – disse. Viu os ombros de Minato relaxarem instantaneamente e sorriu de canto.

Kakashi se aproximou da porta de metal e a abriu para que pudessem passar sem problemas. Naruto se virou para Sasuke, meio surpreso pelo outro não fazer qualquer tentativa de mantê-lo ali com ele. Mas o outro estava de costas para ele, com os olhos fechados a apreciar a brisa e o sol. O loiro suspirou baixinho e se virou sem dizer nada, encaminhando-se até a porta.

Minato deu um rápido tapa firme nas costas de Kakashi antes de seguir para o arco. Mas quando estava prestes a atravessá-lo, um vulto alto apareceu ao seu lado, impedindo-o de passar.

Sasuke abriu um pouco as asas, deixando os dois embaixo da penumbra feita pelos raios que atravessavam as membranas e se inclinou na direção dele para que o que quer que dissesse não fosse ouvido por Naruto mais abaixo.

Aproximou a boca de seu ouvido e sussurrou suavemente:

-Faça algo que não deva papai, e eu lhe devorarei...vivo. – e sem olhá-lo nos olhos ou esperar por qualquer resposta, abaixou as asas e voltou para perto do parapeito.

Minato mais pálido do que o normal e tinha os olhos arregalados.

“Como ele sabe?!”, pensou alarmado.

 Notou que as mãos tremiam e rapidamente as escondeu nos bolsos da calça, os pelos da nuca e dos braços estavam em pé, e uma estranha necessidade – que nunca havia sentido antes – de se encolher em um canto assomava-lhe o corpo. Ouvira que aquela criatura era rápida e perigosa e, que apenas um punhado de palavras vindas de sua boca conseguiu aterrorizar sua chefe. Apenas o pensamento lhe dava calafrios, mas agora, ao presenciar tal atitude, notou que o que falavam por ai não era nada comparado à realidade. Aquilo com certeza não chegava perto da palavra ‘humano’.

-Minato? – o homem se virou em direção à voz.

Kakashi estava sério, e o olhava nos olhos. A máscara preta passava um certo ar de maturidade e a sua postura estava relaxada. Balançou a cabeça de leve, em apoio ao outro e indicou que passasse pela porta.

-Peço que me desculpe por estar tirando você de perto do seu amigo... – disse timidamente Minato.

Naruto deu de ombros, as asas acompanhando seu movimento graciosamente.

-Não tem problema, desde que eu volte para ele no mais tardar, está tudo bem. – e sorriu de leve.

-Certo... – hesitou.

Naruto estacou no lugar e se virou para ele com as sobrancelhas arqueadas.

-Você vai me levar de volta, não vai?!

-Sim! Claro! – exclamou, lembrando-se repentinamente das palavras de Sasuke.

Naruto relaxou um pouco e voltou a andar. Estavam caminhando pelos corredores, com um rumo indefinido. Cruzavam portas e corredores, sempre evitando outras pessoas.

-Qual sua relação com ele? – perguntou o homem.

-Hm?

-Com o outro...

-Sasuke? – disse.

-Sim... – assentiu timidamente.

Naruto levantou os braços e os cruzou atrás da nuca, e inspirou preguiçosamente. Surpreendentemente confortável com a situação.

-Sasuke é um amigo e um irmão – começou distraidamente - ele cuidou de mim durante toda minha vida, sempre me pondo em primeiro lugar antes dele mesmo.

Minato observou o chão em movimento enquanto pensava nessas palavras. Não parecia ser difícil imaginar o quão protetor o moreno era para com ele, bastava lembrar-se das palavras sussurradas em seu ouvido e das que corriam pelos corredores, de boca em boca.

-Isso parece ser bom... ele se importa bastante... – comentou.

-Nem sempre, pelo menos não na maioria das vezes... – suspirou Naruto, deixando os braços caírem. – digo... ele não dá a mínima para ele mesmo – explicou distraído com suas palavras – ele saia machucado na maioria das vezes, sempre tentando me proteger...

“Pelo o que essas crianças passaram?”, pensou Minato, tinha medo de saber tudo.

-Mas sobre o que você queria falar comigo? – desviou Naruto.

Minato diminuiu o passo até parar por completo. Mexia os dedos dentro dos bolsos, nervoso. A criatura olhou-o confuso e esperou pacientemente.

-Você alguma vez já se perguntou quem são seus pais? – perguntou.

-Meus pais? – repetiu mais confuso ainda.

Minato assentiu e o olhou nos olhos. A íris azulada que ele mesmo tinha o encantava, e novamente sentiu aquele sentimento familiar.

-Antigamente, eu me perguntava muito – Naruto riu de leve com a lembrança e desviou do olhar  – eu me perguntava isso quase todos os dias, e Sasuke ficava muito irritado com essa palavra.

-Pais? – perguntou.

-É. – Naruto riu novamente, mas então o sorriso foi sumindo de seu rosto com o decorrer da fala – ele dizia que não havia sentido em gastar meu tempo fazendo perguntas como essas. “Quem são meus pais?” ou “por que eu fui abandonado? Será que eu fui um menino ruim?”, “eles não gostam mais de mim?”... e eu dizia que era bom se distrair com alguma coisa, mesmo que não fizesse nenhum bem para mim... – explicou distraidamente – eu passava horas e horas imaginando como seriam meus pais, e refazendo essas mesmas perguntas infinitas vezes por dia na minha cabeça. Por anos... mas Sasuke tinha razão, de nada servia tudo aquilo – suspirou – eu apenas me afogava mais ainda na mágoa que tinha aqui dentro – apontou para o próprio peito e fechou os olhos suavemente. – doía, muito, e aumentava a cada vez que eu me fazia a pergunta novamente “o que eu fiz de errado para acabar aqui?”. Então eu fiz o que Sasuke me disse para fazer há muitos anos, esqueci. Ignorei.

Minato olhou para seus próprios pés e sorriu para o chão. Um sorriso forçado e triste, dolorido. Não se importou em limpar as lágrimas que lhe escorriam pela face, marcando uma trilha úmida pela sujeira grudada em sua pele. Abraçou o próprio corpo em meio aos soluços e se deixou escorregar até o chão.

-Ei...! – chamou Naruto, caindo ao seu lado. As asas se esparramando às suas costas – por que está chorando?

Minato se limitou a balançar a cabeça violentamente, os ossos do pescoço.

-Você está machucado? – o desespero começando a transparecer em sua voz – algum lugar dói?

-Me desculpe... – soluçou baixinho, a voz nasalada abafando as palavras.

-Oi? O que disse? – aproximou o ouvido – devo chamar ajuda?

Minato tossiu com força, sem se preocupar em esconder o sofrimento que sentia no momento. Os braços a pressionar suas laterais, e o peito a se apertar a cada soluço que escapava de sua garganta.

-Minato! Por favor me ajude, eu não sei o que fazer!! – exclamou desesperado.

-Está preocupado com seu amigo? – perguntou Sakura.

-Que tipo de pergunta é essa? – Sasuke grunhiu irritado.

Logo após saírem do terraço, Sakura fora encaminhada de levá-lo de volta para seu aposento. Kiba e Akamaru foram os primeiros a se separar do grupo, seguindo em direção à ala de veterinária – onde trabalhavam. Kakashi foi logo em seguida, se despedindo com um breve aceno de mão e sumindo no próximo corredor, sem dizer para onde estava indo. Sai simplesmente deu um rápido ‘adeus’ e deu meia volta, alegando estar indo até o aquário alimentar Kisame.

-Estou apenas tentando puxar assunto... você não é muito de falar... – suspirou chateada.

Sasuke amaldiçoou o fato de ela estar ali com ele. Já havia memorizado todos os lugares por onde havia passado, poderia muito bem voltar sozinho. Bufou irritado.

-Sim, estou. – disse simplesmente.

Sakura olhou para ele, tentando ler sua expressão, mas ele não demonstrava nenhuma. Era como uma pedra.

-Não há motivo para preocupação – disse calma – Minato é uma boa pessoa, nunca faria nenhum mal ao seu amigo.

-Naruto.

-Desculpe? – Sasuke virou o rosto e a olhou nos olhos.

-O nome dele é Naruto. – Sakura arregalou os olhos pelo olhar penetrante que o outro lhe lançava, e pelo carinho palpável que emanava de sua voz quando dizia o nome do outro.

Sasuke desviou o olhar e apressou o passo, virando à direita na bifurcação à frente e deixando-a para trás, estonteada.

Kakashi virou na próxima esquina, se dirigindo até o refeitório. Um punhado de pessoas o cumprimentou ao longo do caminho, e ele apenas lhes respondeu com um aceno da cabeça.

Tinha as mãos enfiadas nos bolsos laterais de seu colete verde musgo, um presente precioso de seu antigo professor e andava a passadas preguiçosas.

“Então foi só agora que o tolo percebeu que ele tem mais um filho...”, pensou.

Kakashi não era idiota, sabia desde o principio que havia alguma conexão entre Minato e Naruto, eram muito parecidos – tanto fisicamente quanto mentalmente – para serem ignorados. Mas era surpreendente o quanto as pessoas eram distraídas e não percebiam esses detalhes. Duvidava que qualquer outra pessoa que estava naquele grupo suspeitasse de qualquer laço de parentesco entre os dois. Estúpido como Kiba era, realmente não tinha duvidas de que a ideia nunca cruzaria sua mente.

Mas Kakashi sabia que ele não era o único que já estava a par desse fato – exceto seus superiores. O jeito que Sasuke agiu assim que Minato se dirigiu à Naruto, não foi exatamente o que todos esperavam. Kakashi esperava por algo mais violento e possessivo, esperava que o lado selvagem da criatura aparecesse e aterrorizasse as pessoas em volta. Apenas se contentou em mandar um simples aviso à Minato, que fora muito bem ouvido pelo seu aluno.

As atitudes ousadas e intimidadoras de Sasuke continuavam a surpreendê-lo, e não apenas à ele mas à todos. A última pessoa que se portava dessa maneira foi...

“Obito...”, pensou tristemente, mas com um suave sorriso no rosto.

O antigo amigo e parceiro de equipe, alguém que Kakashi admirava com todas as suas forças e, que agora não estava mais ali.

Sasuke lhe lembrava Obito, em como sua atitude mudava completamente quando se tratava das pessoas que amava. E principalmente, quando se tratava de Kakashi.

Pode-se dizer que ambos eram amigos e parceiros de equipe, treinados juntos pelo mesmo mestre. Mas no fim tornaram-se mais do que isso, a proximidade entre eles era tão grande que o rumor de que houvesse algo romântico corria pelos cantos. Tratavam-se com carinho e ameaças, risadas e gritos de raiva, desafios e alianças. Eram o equilíbrio um do outro, a metade um do outro.

Amava-o. Apenas isso.

Mas ele se fora.

E não voltaria mais.

-Bom... chegamos... – Sakura parou em frente à porta do quarto que as duas criaturas compartilhavam.

-Sim – Sasuke esticou a mão para girar a maçaneta e abriu a porta para entrar.

-Não vai agradecer? – Sakura parecia decepcionada e ao mesmo tempo, indignada.

Sasuke virou-se para olhá-la e levantou uma sobrancelha, curioso. Ele tinha que dizer alguma coisa?

-Você quer que eu agradeça? – ela assentiu uma vez, com firmeza – por me trazer até meu quarto? – novamente assentiu.

-Faz parte da educação de um ser humano, sabia? – colocou as mãos na cintura e continuou com a expressão dura.

Sasuke arregalou um pouco os olhos surpreso, para então começar a rir de leve. Um riso de deboche. Ela tinha alguma ideia do que havia acabado de dizer?

As bochechas da garota adquiriram rapidamente um tom rosado de vergonha, e ela abriu a boca para dizer algo. Mas rapidamente à fechou assim que viu algo se mexendo pelo canto do olho.

-Ah...! – suspirou.

Naruto vinha em sua direção, e parecia distraído.

Caminhava calmamente, a cabeça pendia de leve sobre os ombros e as asas balançavam a cada passada que desse. Os cabelos dourados estavam grudados na testa devido ao suor, e a gola de seu moletom cinza estava escurecido por algo molhado.

-Sente-se, vou buscar uma caneca com café.

Minato caiu na cadeira com um baque surdo e sem dizer uma palavra, observou Fugaku contornar o balcão de pedra sabão. Sentia seus olhos inchados e sensíveis à luz daquele ambiente. Tinha vontade de pegar o objeto mais próximo de si e jogar contra o interruptor ao lado da porta da sala.

Havia chorado, e muito. Chorou de uma maneira semelhante apenas quando descobriu que sua esposa tinha desaparecido – raptada.

Sentiu o cheiro forte de café sendo coado e fechou os olhos, apreciando o aroma amargo e meio acido da semente moída. Hipnotizado pelo som suave e meio abafado da água quente caindo sobre o pó e derramando-se sobre o recipiente de vidro.

-Por que estava criando um rio no meio do corredor logo na hora do almoço? – perguntou Fugaku, tirando os olhos sobre o que estava fazendo e deixando a água quente fazer seu trabalho.

Minato ainda de olhos fechados, deu um sorriso fraco e inspirou pelo nariz, procurando as palavras certas para explicar toda a humilhante situação em que fora encontrado há alguns momentos atrás.

-Eu tinha ido procurar pelo Naruto, e lhe explicar tudo o que Tsunade havia nos contado...

-Isso eu já imaginava – respondeu e veio lhe entregar o copo com o líquido escuro e quente – você saiu correndo do escritório dela... sua esposa ficou plantada lá, sem a mínima ideia do que estava acontecendo...

-Me explicarei à ela depois – disse simplesmente, sem um pingo de preocupação na voz.

-Pois bem, me explique então, o que aconteceu? Eu pensei que aquela coisa tinha te atacado quando eu vi de longe...! – Minato abriu os olhos e o encarou irritado.

-Ele não é uma coisa, Fugaku – grunhiu. – ele é meu filho.

O outro arregalou de leve os olhos, não tão surpreso pela frase que havia acabado de sair pela boca daquela pessoa.

-Seu filho? – tossiu Fugaku, um notável tom de deboche estampado na voz.

Minato mirou-o irritado e deu um gole na bebida quente.

-Sim, meu filho. – afirmou.

-Minato, veja bem – Fugaku se inclinou para frente e entrelaçou as próprias mãos – não se precipite em suas decisões... você acabou de conhecer a criatura...!

-Mas isso não o torna menos meu filho.

-Você realmente acha que ele vai acreditar que tem um pai? Ele foi criado em cativeiro, Minato!

-Essa decisão é minhas Fugaku, não se intrometa – grunhiu com a boca na caneca, tentando se concentrar no café e se acalmar.

-Não tem como homem! Você apenas acabou de descobrir que deu vida à um monstro! – exclamou - você nem sabia que ele existia!

-Fugaku...! – pediu Minato, um aviso de que aquele não era um bom assunto. Mas foi ignorado.

-Essa coisa nasceu em cativeiro e foi criada como um animal! Você por acaso não notou as gigantescas asas dele? Ou os chifres e a cauda daquele outro?! – meio berrava e meio falava, o tom elevado aumentando cada vez a ênfase em cada frase – eles não são humanos Minato!

-Você está incluindo seu próprio filho nisso? – berrou Minato, enraivecido.

-Ele não é meu filho!

-Não? O que você acha que sua adorável esposa diria sobre isso Fugaku?!

-Não meta minha mulher nesse assunto Minato. – avisou com um tom sombrio.

-Não?! Então me deixe lhe contar um pouco sobre o que acabei de descobrir sobre meu filho, e que inclui principalmente o seu.

-Não estou interessado. – cortou. Afiado como uma faca.

-Aliás, por gentileza, me lembre de agradecer ao Sasuke apropriadamente. – disse  o loiro.

Fugaku endireitou a postura e estreitou os olhos.

-Posso saber o motivo?

-Ora, pensei que não estivesse interessado sobre assuntos que diziam a respeito de seu filho. – comentou – apenas me lembre, pois minha cabeça está doendo muito agora.

-Ei! – Sakura pulou assim que Sasuke chamou por Naruto ao seu lado, distraída pelo fato de que o loiro realmente parecia e se portava como um anjo.

O loiro levantou a cabeça e encarou o outro. Os olhos brilhando automaticamente, a expressão confusa em seu rosto desaparecendo assim que seus olhos se postaram sobre ele.

Sakura viu pelo canto do olho a cauda de Sasuke se remexendo inquieta, ondulando graciosamente em um ritmo perfeito.

Naruto parou em frente aos dois, quieto.

Sasuke estreitou os olhos para ele e girou, entrando na habitação.

Naruto se virou para ela e lhe deu um doce sorriso, completamente diferente da maneira que a havia tratado anteriormente.

-Obrigado por trazê-lo até aqui. – mal terminou a frase e ambos ouviram uma risada vinda de dentro do quarto.

O pequeno pareceu confuso, enquanto a garota apenas abaixou a cabeça envergonhada e passou por ele. Seguindo reto pelo corredor, indo para não se sabe onde.

Naruto estreitou os olhos confuso, mas deu de ombros e seguiu cruzou a porta, entrando no cubículo mal iluminado e com um cheiro abafado. Mas não que isso o incomodasse, muito pelo contrario, era até mesmo reconfortante.

-O que foi isso? – perguntou para o amigo assim que fechou a porta atrás de si.

-Isso o quê? – Sasuke se dirigiu até a cama e afundou de cara no colchão, uma das asas se esticando para fora da cama.

-Você sabe muito bem – grunhiu.

-Ela apenas me trouxe de volta para cá, nada de mais...!

-Você nunca ri...

-Mas é claro que eu rio – Sasuke usou a asa encolhida como alavanca e endireitou as costas, afundando-as nos travesseiros atrás de si.

-Mas...

-Como que chamam isso? – Sasuke perguntou, para si mesmo – os carcereiros viviam perguntando se eu ficaria com... com alguma coisa... – fechou os olhos, tentando se lembrar – se eu sentiria não sei o que caso eles fizessem alguma coisa caso fizessem algo com você...

-Raiva? – chutou.

-Também, mas tinha mais uma coisa... – a cauda ao seu lado se encolhia e se esticava distraída.

-Sasuke? – Naruto se aproximou da cama e sentou-se na beirada.

-Ciúme! – exclamou satisfeito consigo mesmo.

-Ciúme? – levantou uma sobrancelha, olhando para o amigo com curiosidade, além do mais, o que significava essa palavra?

Sasuke deu de ombros e disse:

-Ignore, um dia eu te explico

-Detesto quando faz isso... – suspirou frustrado.

Naruto deitou ao lado de Sasuke e encarou o teto. Rachaduras se formavam nos cantos e o mofo cobria uma ou outra parte da argamassa.

-Como foi? – perguntou Sasuke, se referindo ao rápido passeio de Naruto e Minato.

Naruto ficou calado por um momento, pensativo. Não tinha certeza sobre o que realmente havia acontecido. Em um momento, contava para o homem parte de sua historia e de repente, o mesmo caia em prantos. Mas o pior não havia sido vê-lo chorar, e sim não saber o que fazer para ajudar. Nunca esteve em uma situação parecida, nunca tinha visto outra pessoa que não ele mesmo, chorando. Sasuke sempre teve um emocional de pedra, corajoso e destemido. Chorar não estava na sua lista de afazeres.

-Eu não tenho certeza... – começou – ele perguntou sobre meus pais.

Sasuke virou o rosto para olhá-lo, mas Naruto tinha o rosto virado para o outro lado, escondendo qualquer expressão que estivesse fazendo.

-E o que você respondeu?

-A verdade. – suspirou, algumas madeixas acompanharam o sopro e se levantaram – disse-lhe que costumava pensar nisso sempre, e que você me pediu que parasse.

Sasuke se apoiou no cotovelo e levantou parte do tronco.

-Eu nunca pedi que você parasse de pensar em seus pais – protestou – apenas disse que não ia mudar em nada, e que não valia a pena.

Naruto virou-se e observou seu rosto. Os olhos negros de Sasuke se concentraram nos do outro, afundando naquela pequena e linda poça azul clara.

-Mas insinuou várias e várias vezes... – disse sem quebrar a conexão.

Naruto desceu os olhos e pousou-os na boca de Sasuke. Os lábios finos estavam entreabertos e podia ver as minúsculas pontas dos caninos à mostra...

-Meus olhos são aqui em cima, Naruto... – zombou.

O loiro fechou os olhos e sacudiu a cabeça, tentando clarear seus pensamentos.

-Então ele começou a chorar, a ponto de cair de joelhos no chão – Sasuke levantou uma sobrancelha, não tão surpreso. – então eu tentei acalmá-lo, mas ele não parava de chorar – apontou para o próprio moletom, onde havia uma mancha escura feita por Minato.

-Ele disse alguma coisa? Antes disso? – perguntou o moreno. Queria saber se o homem tinha dito que ele era seu filho, por que além do mais, por qual outro motivo o pobre coitado parecia estar tão nervoso e acovardado?!

-Não exatamente... ele mencionou você...

-E o que ele disse?

-Qual o meu relacionamento com você. – disse simplesmente. – aliás, falando em você...

-O que? – levantou um pouco o pescoço para observar o rosto do outro.

-Você está bastante falante hoje! – terminou a frase com um sorriso bobo no rosto.

Sasuke estreitou um pouco os olhos, raciocinando o que havia acabado de ouvir. Realmente, não tinha percebido isso...

-Aconteceu algo muito bom para você estar assim? – disse Naruto em um tom brincalhão.

Sasuke abaixou os olhos até encontrar os seus e, decidiu entrar na brincadeira.

-Por que não me diz você? – disse enquanto as lembranças daquele dia voavam pela sua mente. O primeiro vôo de verdade em sua vida, o estranho e delicioso beijo que haviam dado na campina...

-Não acho que eu precise te lembrar de nada... – Naruto abaixou os olhos novamente, focando-os nos lábios do outro.

-Hm... – Sasuke sorriu de leve, mostrando parte dos caninos. A visão arrepiando os pelos da nuca do outro.

-Será q-que... – Naruto hesitou, o rosto adquirindo uma cor avermelhada de vergonha – podemos...?

-Podemos o que? – Sasuke falou debochado. Já sabia o que o outro queria dizer, não era bobo, além do mais, ele também queria aquilo.

-A-Aquilo... – suspirou Naruto.

-Hm...o que? – e lambeu os lábios, lentamente. Provocador. Outro arregalou os olhos e estremeceu.

Naruto se impulsionou um pouco para cima e colou seus lábios nos de Sasuke, os dentes batendo e provocando um som surdo. Ignorou a dor na gengiva e movimentou a cabeça de um lado para o outro.

Sasuke soltou uma risada nasalada antes de fechar os olhos e acompanhar o movimento. Virou um pouco de lado, facilitando o encaixe de suas bocas.

Naruto abriu um pouco os olhos, observando as feições de Sasuke, enquanto esse plantava vários estalos em sua boca.

“Como é lindo...”, suspirou mentalmente.

-Naruto? – Sasuke murmurou contra sua boca. Interrompendo o beijo.

-Hm? – então o moreno abriu os olhos e o encarou diretamente.

-Pare de ficar me olhando em um momento como esse.

Naruto arregalou os olhos, a vermelhidão tomando seu rosto rapidamente. As orelhas e o alto das bochechas esquentaram, e ele se afastou do amigo.

-D-Desculpe...! – desviou o olhar, envergonhado.

Por que se sentia tão embaraçado com uma situação dessas? Será que é porque ele não tinha a menor ideia do que estavam fazendo?

Na verdade, todo esse toque e carinho que estavam tendo, era muito parecido com o que faziam há anos em cativeiro. Mas de alguma maneira...parecia absurdamente diferente! Mais íntimo...mais caloroso.

-Ei. – levantou os olhos e fitou os de Sasuke sem dizer uma palavra – abra a boca.

Novamente arregalou os olhos. Mas fez o que lhe foi mandado assim que o outro se inclinou sobre ele novamente.

Entreabriu os lábios assim que sentiu sua boca sendo pressionada pela dele e fechou os olhos com força quando sentiu algo úmido cutucar seus dentes.

Ah! Ali estava aquele sentimento estranho novamente. Aquela corrente elétrica que subia e descia por sua coluna, arrepiando os pelos dos braços e da nuca. Era estranho, era embaraçoso...mas ele gostava.

E ele queria mais.

Naruto se apoiou nos cotovelos e se impulsionou para cima, forçando uma maior aproximação entre os dois. Sua mente estava enevoada e concentrada na luta quente e úmida que acontecia dentro de sua boca.

Sasuke rosnou contra sua boca, a cauda serpenteando às suas costas, excitada. Levou a mão direita ao quadril de Naruto e o puxou para cima de si, ficando deitado de costas e com as asas ao seu lado.

O loiro não protestou, mas ofegou de surpresa com o repentino movimento, abrindo os olhos assustado e quebrando o contato.

Estava sentado sobre a barriga de Sasuke, as mãos pousadas em seu peitoral e as asas semiabertas às suas costas.

-Por que parou? – Naruto abaixou os olhos, espantado. O timbre daquela voz... nunca havia ouvido.

Sasuke estava ofegante e levemente avermelhado ao redor de seu pescoço, as guelras abriam e fechavam discretamente e, as pupilas – que mal se viam na íris escura – estavam dilatadas.

-Você sabe como estão seus olhos agora? – perguntou Sasuke, o mesmo tom de voz de antes. Rouco, baixo e sem fôlego. – estão vermelhos.

Naruto desviou o rosto, envergonhado. Detestava quando isso acontecia, odiava os vários lembretes em seu corpo que lhe diziam constantemente que ele era uma aberração.

Sasuke pousou a mão esquerda no pescoço de Naruto e o puxou para baixo bruscamente, colando seus lábios novamente. Forçou sua língua a abrir os lábios do outro e atacou sua boca, faminto.

-Hmpf! – Naruto fechou os olhos e apertou os ombros de Sasuke, surpreso.

Sasuke sorriu mentalmente e aprofundou o beijo, impedindo ambos de respirarem corretamente. Sentiu seu pescoço ser laçado pelos braços do outro e se permitiu cair de volta no colchão, tendo-o deitado por cima de si. Sasuke cravou os dedos na nuca de Naruto e a outra mão na base da espinha, puxando-o mais para si, apreciando cada vez mais o fato de que seus corpos se encaixavam.

Naruto balançou a cabeça com força, interrompendo o beijo em busca de ar. Sasuke ignorou o apelo de seus pulmões e ainda com a mão em seu pescoço, virou sua cabeça num movimento rápido e atacou sua jugular. Fazendo o mesmo que havia feito em sua boca, agora se concentrando na sensível pele, roçando os dentes de leve e para depois lamber o local irritado. Divertia-se em ver os pelos da nuca do outro levantar e de sentir suas costas tremendo contra a palma de sua mão.

-S-Sasuke... – suspirou perto de seu ouvido, perdido da sensação quente da língua em seu pescoço e nas suaves cócegas que a respiração do outro provocava contra sua pele irritada.

Naruto havia mergulhado completamente naquele estranho prazer. Deliciando-se com a calentura que descia por seu peito e costas até a ponta dos pés.

Sasuke agarrou a bainha do moletom de Naruto e a levantou, enfiando a mão por debaixo do tecido e sentindo a pele macia e quente. Sorriu de leve quando o outro arqueou as costas pelo repentino contato e contraiu os pulsos, revelando as garras negras. Roçou-as de leve na linha da espinha, de cima à baixo, provocando arrepios no outro.

-Ahm – Sasuke estacou assim que o som alcançou seu ouvido sensível.

Afastou a cabeça e fitou o rosto de Naruto, arregalando os olhos com o que viu.

As maçãs do rosto estavam vermelhas, os lábios haviam inchado, os olhos semicerrados e a íris vermelha brilhava através dos cílios. Era possível ver o prazer e o estranhamento brilhando em sua face.

“Oh...!”, Sasuke abriu um pouco a boca, em um perfeito e pequeno ‘O’, fascinado com a visão que estava tendo, “belo...”, pensou. Nunca antes havia visto Naruto fazer tal expressão. Apertou novamente as garras contra suas costas, desenhando um pequeno círculo no meio da espinha, divertindo-se em senti-lo se contorcendo encima de si.

-N-Não...! – Naruto suspirou contra seu ouvido. A leve respiração quente e a voz rouca e fraca mandaram uma corrente quente por todo o seu corpo, indo se concentrar em uma área especifica entre suas coxas.

Em um bruto impulso, Sasuke se sentou rapidamente, mantendo Naruto apertado contra si para que não perdesse o equilíbrio. Ouviu-o ofegar de surpresa contra seu pescoço. Grunhiu quando sentiu todo seu peso caindo de supetão contra aquela quentura que se concentrava no meio de suas pernas. Ignorou as penas esvoaçando à sua frente e se afastou o apenas o suficiente para voltar a colar seus lábios com ferocidade nos do outro. Mantendo as mãos coladas no quadril do outro, se inclinou para frente e sugou a língua de Naruto.

-Hmn!!

Naruto sentiu novamente aquela corrente elétrica percorrer por seu corpo e se contorceu deliciado. Não tinha a menor ideia de o porquê de estar reagindo àquela maneira, mas de maneira alguma desgostava. Sentia a parte da frente de sua calça apertando-se contra seu membro e, sentia que o mesmo se passava com o de Sasuke – pois estava sentado em cima deste. Mas era algo diferente dessa vez, algo completamente diferente de quando acordavam em certas manhãs com seus pênis eretos e firmes – coisa que desde o princípio sabiam ser uma reação normal de seus corpos.

-Naruto? – Sasuke rosnou contra seus lábios – tem alguma coisa estranha.

O loiro se limitou a assentir e, consequentemente movimentar sua boca contra a do outro. Sentia o sabor de Sasuke em sua boca, e por algum motivo curioso, gostava muito. Sasuke grunhiu e mordeu seu lábio inferior com um pouco de força. Naruto sibilou de dor e prazer, surpreendendo-se em como a combinação dos dois podia ser tão prazerosa.

-S-Sasube?! – o nome saiu mal pronunciado, pois a pequena quantidade de sangue que escorria agora de sua minúscula ferida estava sendo apreciada pela língua do outro. – bocê extá...

-Sim – Sasuke se afastou e olhou-o nos olhos, paralisando Naruto. – estou do mesmo jeito que você, e não sei por quê.

 Naruto não disse nada, estava ocupado submerso no olhar selvagem de Sasuke. Suas pálpebras estavam semicerradas em frustração, a íris castanho escura estava negra, possa por um novo sentimento, um estranho desejo que lhe assomava o corpo inteiro, de uma maneira sinistra, quase que...animalesca.

Por algum motivo, sentiu seu pênis reagir àquele olhar e uma vontade súbita de abaixar sua mão e esconder a sua virilidade.

Sasuke, rápido com um gato, levou a mão à frente de sua calça e curiosamente apertou, fazendo Naruto arquejar de susto e por reflexo de defesa, depositar a própria mão por sobre a do outro.

-E-Ei! – gaguejou assustado.

Sasuke ignorou o apelo do outro e apertou novamente. Naruto comprimiu os lábios e exalou fortemente pelo nariz, reagindo ao toque.

-Olha só o que temos aqui... – brincou Sasuke com um sorriso brincalhão no rosto.

Naruto abriu os olhos, irritado, o vermelho sangue brilhando sinistramente. Arreganhou os dentes e exibiu os pequenos caninos brancos; e ao mesmo tempo em que lhe dirigia um rosnado baixo, enfiou a própria mão por debaixo da de Sasuke e apalpou o monte duro entre suas pernas. Exibindo um sorriso satisfeito ao ver o outro ofegar e cerrar os dentes com surpresa. Mas o sorriso rapidamente se desmanchou assim que Sasuke movimentou a mão, decidindo tirar proveito do outro e inserindo a mão dentro da calça, agarrando seu pênis com firmeza.

Naruto arqueou as costas, apoiando a cabeça no ombro de Sasuke e suspirou entredentes.

“O que está acontecendo?!”, pensou afobado. A mão que tinha na calça de Sasuke estava quieta, todos os seus nervos agora concentrados naquela região entre suas pernas que estava sendo estranhamente estimulada.

-Por que está tão molhado e escorregadio? – abordou Sasuke curioso enquanto alisava-o.

Fechou os olhos e deixou que o tato lhe guiasse. Escorregou a mão até a ponta do pênis e com o polegar, cutucou a pequena fenda por onde saia aquele líquido viscoso e com um cheiro...diferente. Sentiu Naruto estremecer contra seu ombro e continuou com o trabalho. Circulou a cabeça do membro com o indicador, deslizando o dedo por dentre o períneo.

-S-Sasuke... – lamuriou. Sasuke abriu os olhos e olhou de esguelha para o outro, vendo seu rosto vermelho e sem fôlego; por algum motivo isso apenas enviou uma descarga à mais até seu membro debaixo da mão de Naruto.

-É bom? – perguntou.

Naruto estremeceu novamente e assentiu de leve, esfregando o rosto no moletom do outro. Sasuke sorriu consigo mesmo e começou a movimentar a mão para cima e para baixo, tirando proveito do líquido que saia dali. Ouviu-o soltar baixos gemidos em sua orelha sempre que aumentava o ritmo de sua mão, e não demorou muito para sentir aquela parte inchar de leve.

-S-Sasuke! – balbuciou contra seu ouvido, arrepiando os pelos do outro. – t-tem alguma c-coisa estranha acontecend-do...! – gaguejou, distraído com o imenso prazer que percorria seu corpo inteiro.

-Uhum... – Sasuke enfiou o rosto no pescoço de Naruto e beijou-lhe a pele, sentindo o gosto meio salgado de seu suor junto com a poeira acumulada durante o vôo.

Apertou de leve o pênis do loiro e aumentou o ritmo, sentindo-o retesar o corpo em seu colo e a prender a respiração antes de soltar tudo em uma baforada só, junto com um gemido entrecortado de prazer. Sentiu o membro em sua mão estremecer e dar pequenos espasmos, e depois Naruto desabou sobre seu ombro; a respiração descompassada e exausta. Notou algo molhado e quente escorrer pelo seu pulso e retirou a mão de dentro da calça do loiro, vendo-a coberta de um liquido viscoso meio branco-perolado. Aproximou o rosto e cheirou, tinha um odor meio ácido e esquisito.

Esfregou a mão contra o lençol da cama com força.

 

 


Notas Finais


ENFIM???
O QUE ACHARAM?
beijos,
comentem, favoritem!
p.s: vou demorar de novo alias, sorry mas ja expliquei o pq entao...
srry de novo]

LOVE U


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