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História Miss me (TWD/Bethyl) - Apart


Escrita por: PatyNinde

Notas do Autor


Este capítulo foi dividido em cenas. Espero que não tenha ficado confuso.<br />Boa leitura, amores!

Capítulo 7 - Apart


O garoto de pele suja e ferida, caminhava desanimado, os pés se arrastando pelo chão e as mãos nos bolsos, tateando alguma coisa redonda e irregular. Uma chupeta.

Carl sentia dores horríveis nos calcanhares, estava caminhando há algumas horas com seu pai, que mais parecia um conjunto de trapos sujos, e representava um peso morto, pois não conseguia sequer se sustentar sobre as próprias pernas.

Eles estavam andando a esmo, com a alma e o corpo feridos, a dignidade no chão.

A sensação de perder tudo era horrível, e Carl estava experimentando na pele a dor de perder tantas pessoas, como se a invasão na prisão estivesse acontecendo naquele momento. Como se ele estivesse vendo a cabeça de Hershel caindo no chão, e o sangue de sua irmã, tingido o pequeno carrinho.

Michonne seguia logo atrás. Ela havia insistido para que Rick ficasse descansando, mas ele se negou a fazer isso. Havia dito que se sentia menos imprestável quando ajudava nas rondas mais próximas.

— Rick, você está bem ?— Michonne perguntou, preocupada com a palidez excessiva do homem. — Venha, é melhor  entrar e deitar  um pouco. Carl e eu assumimos daqui.

— Não, Michonne... Eu consigo! Eu só preciso... —  um acesso violento de tosse interrompeu os protestos de Rick. E Michonne o empurrou, delicadamente, para dentro da casa branca, com janelas de madeira, muito resistentes. Rick não fez grandes objeções, mas não pode deixar de notar uma sombra de decepção nos olhos do filho, e isso doía muito mais do que todas as costelas quebradas ou escoriações.

Carl continuou do lado de fora, girando sua arma e colocando-a no cinto da calça, logo em seguida. O garoto recostou-se no pilar que sustentava a casa, e suspirou, batendo a cabeça repetidas vezes na madeira robusta.

Quando já estava cansado o suficiente, e, com dor o suficiente, Carl abriu os olhos e ficou contemplando o perímetro.
Até que reparou uma movimentação suspeita na floresta que ligava o bairro em que estava  a uma linha de trem, pela qual eles deveriam seguir se resolvessem sair dali. Uma cortina de fumaça se erguia no céu, e mortos não faziam fogueiras.

Sem mais delongas, o garoto pôs-se em pé e entrou na casa, precisava avisar Michonne.
Quando encontrou-a, ela estava limpando sua espada, o os olhos fixos na lâmina, que há muito tempo já estava limpa.

— Michonne... — a mulher assustou-se, e vendo o olhar de alerta do garoto, empunhou a arma e se preparou para o pior. Carl sinalizou para que ela abaixasse a espada, pois não estavam correndo perigo. — Você precisa ver isso.

Michonne seguiu Carl, que parecia ansioso em compartilhar a descoberta com ela.

— Veja. É fumaça! — Com uma excitação  mal contida, ele apontou na direção da floresta. — você acha que alguém dos nossos pode estar ali?

— Não.

Por um momento Carl pensou que está seria a única resposta. Curta e seca. Mas Michonne  continuou.

— Mas pode ser alguém perigoso. — os olhos dela se estreitaram, e uma fina ruga surgiu em sua testa. —De qualquer forma, precisamos buscar suprimentos amanhã, e poderemos analisar melhor o lugar, sem, é claro, chegar muito perto.

Carl confirmou, num resmungo inaudível, algo como um "tudo bem".
Ele esperava uma busca imediata, algo que lhe ocupasse a mente, pois olhar para seu pai moribundo o estava deixando louco.

Michonne, porém, não disse mais nada, apenas voltou para a cozinha, e ali ficou, na tarefa útil de limpar sua espada.

x

A manhã chegou e logo o combinado estava sendo posto em prática. Michonne e Carl buscariam comida e água, enquanto Rick descansaria. Na volta, vasculhariam a região onde subia a fumaça, sem, no entanto, serem notados.

— Tomem cuidado! E voltem depressa... — Rick falou, olhando para Carl e Michonne com um semblante contrariado. Ele não estava satisfeito com a decisão de irem tão longe em busca de comida. Nem Carl, nem Michonne haviam contado que iriam verificar a possibilidade de existirem pessoas vivas pelas redondezas,isso só pioraria a situação.

— A gente precisa ir, Rick. E não me olhe com essa cara. Você precisa de remédios e ataduras, não dá pra te cobrir com pedaços de lençol.

Rick não disse nada, aparentemente aceitando o argumento de Michonne, olhando para o filho, preocupado.

— Tudo bem, Carl?  — o homem dirigiu-se ao filho, tentando encarar o garoto que insistia em desviar o olhar.

— Eu vou ficar bem... Pai — Carl respondeu, dando uma piscadela.

As coisas estavam se acertando, ou pelo menos começando a tomar um rumo.

Já na estrada, a caminhada se mostrou bastante longa, e durante o percurso, Carl quase se arrependeu da ideia de ver o que estava acontecendo. Naquele momento não parecia mais fazer sentido uma busca numa região tão distante,  correndo o risco de ser atacado e levar Michonne consigo.

— Estamos a uns cem metros do local, se você quiser, pode vasculhar até ali. — Ela apontou para uma casa amarela de pintura descascada, com algumas ferramentas espalhadas pelo chão. — não mais do que isso. Entendido?

— Certo...

Embora houvesse prometido que não sairia dali, Carl não pôde conter a curiosidade e a pequena e teimosa fagulha de esperança que queimava dentro de si. Acreditava, pelo menos em parte, que ali no meio da densa floresta, pudesse estar algum de seus amigos, afinal, o grupo já havia se separado antes, havendo um reencontro logo em seguida. Desta vez poderia ser assim também.

Então, após vasculhar os comércios e as casas vazias, apanhando tudo aquilo que pudesse ser útil, Carl rumou para fora do bairro, indo em direção à floresta.

Embrenhando-se entre as folhas, Carl estranhou a ausência de mortos-vivos. Fora os que havia matado em sua procura por alimentos, nenhum outro entrara em seu caminho.

Porém, quanto mais se aproximava do local, uma trilha de cadáveres ia se revelando aos seus olhos. Cerca de oito corpos em decomposição, com facadas nas cabeças.

Alguém passara a noite tentando salvar a própria pele, e conforme os olhos passeavam pelo local,  Carl notou um corpo menor, inerte e um pouco desleixado — provavelmente caíra de qualquer jeito, por força do cansaço da batalha.

Uma garota, coberta de vísceras e um sangue negro e fétido.
Restava saber se estava camuflada ou morta.

X

— Ei! Seu nome é Beth, certo?

— Sim — a jovem olhou desconfiada, enquanto vistoriava o local com os olhos.

A construção era muito bem cuidada, pelo menos internamente. Tivera alguns pesadelos enquanto dormia, dentre os  quais ela figurava como um cadáver e matava todos os seus amigos do colégio. Olhando as paredes brancas e os aparelhos emitindo um som característico dos quartos de hospital, ela teve certeza de que ali não era o céu, ou qualquer coisa do gênero.

Uma poltrona verde musgo, do lado de sua cama, parecia destoar se toda a morbidez hospitalar, como se uma criança houvesse jogado um balde de tinta nela e alguém a tivesse mantido ali para guardar a lembrança.

Beth gostaria de saber onde estava, e por ora, o garoto de pele bronzeada e cabelos longos era o seu único companheiro. Talvez devesse socializar um pouco, afinal de contas, ele não parecia tão desequilibrado quanto a irmã. Se trabalhassem juntos poderiam sair dali.

— Sou Jason. Muito prazer. — o garoto de olhos puxados e sorriso largo, estendeu a mão para Beth, os cabelos caindo sobre a testa. — não tivemos tempo de nos apresentar...

— Não sei se estamos no melhor lugar para isso, mas, muito prazer, Jason. — Beth retalhou, um pouco irritada, a fala do garoto. Sabia que precisava se unir a ele para buscar uma saída, mas não seria tão fácil esquecer o incidente na casa do cemitério.

— Eu sei que começamos da forma errada, entenda: minha irmã é meio impulsiva e precipitada. Antes de vocês chegarem ali, nós tínhamos passado por maus bocados na estrada. E quando eu digo "maus bocados", acredite, não estou exagerando.

O garoto tinha um olhar bastante preocupado, por certo pensando na irmã, que ficara para trás.

— Não se preocupe, eu posso imaginar o que vocês passaram. Nós, eu e o Daryl — Jason estremeceu levemente ao ouvir o nome do homem, e Beth notou — estávamos há poucos dias na estrada, tínhamos acabado de sair de um lugar seguro, que nos foi roubado. Nós vivíamos em um grande grupo, numa prisão.

— Vocês perderam muitos? — ele indagou, interessado.

— Muitos... Eu perdi minha família: Pai e irmã. Mas não só isso, perdi também amigos que amava muito; eram como minha família também. — Beth disfarçou a voz embargada com um suspiro profundo, e continuou olhando para Jason, que sabia de coisas que ela desejava muito entender. Ele, a irmã e  Daryl, se conheciam. Beth precisava saber de onde. Não era a melhor forma de se quebrar o gelo, mas, dane-se. Eles estavam numa droga de apocalipse, não era momento para formalidades ou respeito às convenções sociais.

— Escute, Jason — o garoto dobrou a atenção quando ouviu Beth chama-lo pelo nome. —  pode não parecer, mas eu percebi que, quando Daryl se apresentou , algo em vocês mudou. Sabe... Eu não sou de bisbilhotar este tipo de coisa, mas, eu conheço Daryl. Temos bastante, é... Afinidade, um com o outro e...

— Você gosta dele e quer saber sobre o passado dele. É isso? —  Jason cortou Beth, e ela não pode evitar uma nota de surpresa na própria voz.

— Bem, as coisas são mais complicadas do que parecem, acredite. Mas basicamente é isso. Você poderia me contar, ou sei lá, dar alguma dica? Ele é algum tipo de amigo de família,  parente desaparecido?

O garoto ajeitou-se, visivelmente desconfortável, em sua cama. O cheiro de éter e água sanitária distraindo sua mente, lhe provocando uma dor fina e insistente na cabeça.

— Não para a primeira pergunta. Sim para a segunda, porém com algumas informações adicionais. — Jason  já não olhava mais para Beth.

— Ele é alguém que partiu quando você mais precisava... — Beth concluiu, enquanto tocava o braço do garoto, tentando mostrar-se amigável.

— As coisas são mais complicadas do que parecem, Beth, acredite. — Jason repetiu a expressão por ela utilizada e  fitou-a longamente, com um sorriso triste. —

— Se tudo estiver tão bem encaixado com eu acho que está. Sendo a descrição dele a mesma que minha mãe um dia fizera, e, tendo ele o gênio tão forte quanto o de Cathy. Bem, ele pode ser meu pai.

X

A garota, que poderia ter a idade de Carl, estava muito fraca e machucada. Os sapatos estavam esfolados e os dedos em carne viva, e a boca estava tão ressecada, que lascas de pele se soltavam e se misturavam com a poeira e as cinzas sob as quais ela estava deitada.

— Quem é você? Vá embora daqui. Eu estou armada.  — a garota falou após um ou dois pigarros. A garganta seca não permitia mais do que três frases. 

— Meu nome é Carl Grimmes, e eu não vou te fazer mal. Me deixe te ajudar... Como você se chama?

— E de que isto importa, se eu estou morrendo? — a voz falhou mais um vez.

— Ora, não seja maluca, garota... Você só precisa de água e comida, eventualmente alguns curativos. Seu drama é desnecessário.

— Já perdeu pessoas importantes, Carl Grimmes? Quantas pessoas você já deixou morrer? Isso é morrer aos poucos. Eu não me refiro à minha condição física, mas à minha alma.

Carl ficou em silêncio. Ajudaria a garota e depois deixaria ela ir, logo, não precisaria lhe dizer mais do que o necessário.

— Venha, eu te ajudo.  — Ele estendeu a mão calejada e ela aceitou, apoiando o peso do corpo extremamente desnutrido, no corpo magro de desajeitado do garoto. Ao sentir o toque da pele dela, Carl notou que ela estava febril, provavelmente estivesse delirando levemente.

Ambos começaram a se arrastar até uma árvore frondosa, de tronco resistente e bastante largo, apta a esconder ambos, se fosse necessário.

Sem esperar muito, Carl rasgou um pedaço de sua camisa e umedeceu-o com água de uma garrafa que já estava no fim, passando nos lábios da garota com suavidade, e limpando os ferimentos mais aparentes.

Quando viu que ela estava menos apática, deu-lhe a água e algumas barras de cereais que havia pegado antes de sair.

— Obrigada, Carl Grimmes. — a garota disse, apertando a mão de Carl, como se fossem dois adultos fechando um negócio importante.

— Apenas Carl...E, não foi nada...— ele continuou sustentando o aperto de mão. Era bastante quente e macio. — Mas eu não sei como chama-la. Não posso trata-la por " garota maluca" o tempo todo.

— Eu gosto de "garota maluca", é o que me tornei desde que toda essa merda começou. Mas pode me chamar de Catherine.

Um barulho de folhas se mexendo aguçou os sentidos de ambos, e Catherine posicionou-se atrás de Carl, para que pudesseme estar protegidos em ambos os lados.

— Carl! Mas que merd...!— Michonne saiu do meio das grandes folhas, e deu um salto ao vislumbrar dois adolescentes caminhando em sua direção, quando havia deixado no local apenas um. — O que você está fazendo com essa garota? Quem é ela?

— Eu posso explicar, Michonne. Não é como se fosse uma longa história.

Então Carl contou como havia encontrado Catherine à beira da morte, e como seria desumano deixa-la ali.

Michonne continuou desconfiada, mas não teceu maiores comentários. Ajudou a garota a se posicionar de forma confortável e com algumas ataduras e pomadas, que havia buscado para Rick, fez um curativo nos pés dela.

— Obrigada.

Foi a única coisa que Catherine falou, enquanto, internamente, torcia para não estar se metendo com pessoas perigosas.

X

— Oh! Mas que merda! — Beth tampou a boca logo após a interjeição. Ela era esperta o suficiente para entender o que Jason estava tentando dizer, mas não conseguia colocar em palavras.— me desculpe, Jason! Não me entenda mal, mas, para mim, Daryl não faz o perfil "papai do ano".

Jason sorriu, voltando a deitar em sua cama, apoiando a cabeça nos braços. Beth percebeu que ele sempre sorria, mesmo que seus sorrisos possuíssem mil variações.  E imaginou, enquanto o observava, que, se o mundo não estivesse destruído, ele poderia ter um futuro brilhante, assim como ela.

Após um breve momento de silêncio, Jason falou:

— Não posso dizer que discordo, não depois que tive a oportunidade de ser refém dele. Mas a verdade é que nem eu, nem Cathy, sabíamos quem ele era até nossa tentativa de fuga. Estávamos procurando um homem chamado Daryl Dixon, mas esperávamos encontra-lo mais adiante, e não sermos encontrados por ele... A vida é mesmo muito irônica, não é?!

Beth acenou com a cabeça, não sabia o que mais gostaria de saber. De repente as coincidências da vida fossem algo bom, algum sinal de que haveria esperança. Naquele momento a sua esperança era reencontrar Daryl.

— Precisamos sair daqui, Jason — Beth falou, determinada. — não sei onde estamos e nem porquê fomos trazidos até aqui, mas precisamos sair deste lugar.

O garoto confirmou, seu sorriso era determinado. Beth sabia que poderia contar com ele.

O som do trinco da porta de mogno alertou a ambos. Com um salto bastante ágil, Jason levantou de sua cama e fez sinal para que Beth o acompanhasse até a porta. O garoto lançou na direção dela  um bibelô redondo e maciço de porcelana, enquanto ele enrolava o lençol da própria cama como se fosse uma corda.

A porta foi aberta e ambos avançaram em direção aos seus sequestradores, com ferocidade e fúria. Mas foram barrados por dois homens e uma mulher, aparentemente policiais.

Uma voz feminina se fez ouvir, e Beth e Jason pararam de se debater para prestar atenção no que a mulher dizia.

— Acalmem-se! Nós salvamos suas vidas. Estamos aqui para ajuda-los. — ela começou, tinha a voz fria e autoritária.

Um homem, que estava vestido como médico, de cabelos loiros e óculos de aros finos, se aproximou da mulher que segurava Beth, tocando-lhe o pulso com suavidade.

A mulher de cabelos negros e olhos verdes inquisidores, também vestida com uniforme da polícia, pediu que os companheiros policiais, soltassem Jason e Beth e se retirassem, ficando somente ela e o homem com roupa de médico.

— Este é o Dr. Steven Edwards, que cuidou dos seus ferimentos. E eu sou  Dawn Lerner. Vocês estão no  Grady Memorial Hospital. Considerem aqui sua nova casa.

x

— De onde você vem, Catherine? — Rick questionou, olhando nos olhos de Catherine, provavelmente buscando alguma atitude suspeita.
— De muito longe, senhor... Estive caminhando por quatro dias. Perdi muitas pessoas ao longo do caminho. — a garota estava sendo concisa, e tateando o terreno com cuidado. Não conhecia aquelas pessoas, precisava agir com cautela.
— Quantos mortos-vivos você matou? — Rick lançou a pergunta padrão.
— Muitos. Um número grande demais para se contar.
— Certo. E quantos “vivos” você matou?
Catherine não esperava esse tipo de pergunta. Era algo que ela vinha evitando desde o dia em que fizera aquilo. Não conseguia dormir lembrando-se dos gritos de dor e dos urros.
— Apenas um.
— Por quê?
— Porque eu não poderia deixar minha mãe se transformar numa daquelas coisas...
Um silêncio desconfortável se instalou no quarto abafado. Carl não pôde deixar de olhar para a garota com uma boa dose de solidariedade, afinal, ele, melhor do que ninguém, poderia saber o que ela estava sentindo.
— Eu sinto muito, Catherine. Você então não tem família? — Rick continuou, em suas feições também estava presente um pouco de compaixão.
— Eu estive sobrevivendo com meu irmão, mas ele se foi —  Catherine olhou para uma estante abarrotada de livros, tentando em vão sufocar a dor da incerteza. Não sabia quem tinha levado Jason, tampouco se o veria novamente. — Ah! Eu descobri recentemente que tenho um pai, acho que isso conta como família, certo?

X
Poeira, cansaço, sono e fome. O desânimo era só uma parte das muitas sensações horríveis que tomavam conta do organismo e da alma de Daryl. Correra a noite inteira, atrás de quem quer que fosse. Se encontrasse Catherine no caminho a convenceria a voltar, se encontrasse o carro misterioso, faria questão de quebrar dente por dente do raptor de Beth. Mas não encontrou ninguém, apenas alguns mortos-vivos aleatórios, caminhando como se estivessem, mesmo mortos, mais certeza do próximo passo do que tinha Daryl, que estava vivo.
— BETH! CATHERINE! — era a milésima vez que chamava por elas, inutilmente, ele sabia, mas era como aliviar a tensão que amarrava seu peito.
No meio da estrada, com os pés cansados e a sensação, até então desconhecida, de estar desamparado, ele afundou o rosto entre as mãos e em sua cabeça a imagem de Beth, serena e desinibida, sua fala macia e seu sorriso timido, não paravam de atormenta-lo. A culpa atigiu-o em cheio, levando tudo com ela.
E ele percebeu, que, tendo ela partido, a falta que fazia era imensa.
E por este motivo, precisava continuar sua busca.


Notas Finais


Teve pouco Daryl né?<br />Mas acalmem-se, no próximo ele terá maior destaque.<br />A história vai seguir a série em alguns pontos, mas em outros, vou me distanciar.


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