Três dias depois:
Pov. Joana Zacherl:
Minha vida parecia ter acabado eu não vivia mais, eu sobrevivia. Três malditos dias separam o céu do inferno, a minha alegria da mais profunda tristeza, a três dias me separaram de Peter.
- Come Jô... você precisa se alimentar. – Bastian insiste.
- Eu não quero Basti, obrigada. – digo.
Ele coloca o prato na cômoda ao lado da cama e se senta ao meu lado.
- Amor... não vai adiantar nada ficar sem comer, sem querer sair... parar sua vida desse jeito vai ser ruim para você. – ele diz.
- Eu sei Bastian, mais eu não consigo seguir quando um pedaço de mim foi arrancado. – digo.
A cada segundo eu lembrava das risadas de Peter, do quanto nos divertíamos, dos planos que eu estava fazendo para a nossa vida.
- Não chora... – Basti pede e passa o polegar no meu rosto.
- Parece que tudo acabou, Basti... tudo por causa daquela maldita festa... – digo sem segurar o choro.
- Shiu... não fala isso... – ele diz e me abraça.
O aperto contra mim e desato a chorar.
- Seu pai está tentando controlar tudo, ele já deu explicações e... – o interrompo.
- Eu sei que nada disso vai funcionar... – digo.
Doía mais ainda saber disso, porque as possibilidades de ficar com Peter estavam escapando das minhas mãos.
Pov. Bastian Schweinsteiger:
Ver todo o sofrimento que Joana estava passando, estava acabando comigo. Cada vez que ela apertava o abraço ou chorava era como se ela anunciasse o seu fim.
- Eu sei que nada disso vai funcionar... – ela diz.
Infelizmente eu também sabia que as coisas não estavam funcionando.
- Eu não deveria ter bebido daquele jeito... – ela se culpa.
Isso que é estranho, eu não vi ela enchendo a cara, o que eu vi foi ela bebendo algumas canecas mais nada que fizesse aquilo.
- Jô, me diz uma coisa... – peço.
- Hum...
- Você acha que alguém teria motivo para fazer alguma coisa contra você? – pergunto.
Ela se afasta de mim rapidamente.
- Muita gente. – ela diz.
Será que alguém teria essa coragem?
- Por que perguntou isso Basti? Você pensou em alguma coisa? – ela pergunta.
Não quero alarmar nada.
- Foi besteira. – minto.
- Basti, me fala, por favor... qualquer possibilidade é valida... eu preciso ter Peter de volta. – ela diz nervosa.
Ela tinha razão.
- Será que alguém batizou sua bebida? Quer dizer... eu vi você bebendo, mais não acredito que tenha sido o suficiente para você ficar daquele jeito. – digo.
Ela parece pensar no que eu disse.
- Basti, me empresta seu celular. – ela pede apressada.
Ele estava na cômoda e eu o pego e entrego a ela.
Ela disca e depois coloca no ouvido.
- Pai, me escuta. – ela diz.
Será que ela vai contar isso a ele?
- Bastian estava conversando comigo e ele levantou uma possibilidade... alguém pode ter colocado alguma coisa na minha bebida. – ela fala.
Ela batuca os dedos sem parar.
- Claro que eu não sei quem... até porque se soubesse essa pessoa já teria pedido para morrer. – ela diz.
Ela não pareceu brincar.
- Tenho algumas ideias mais prefiro não falar com você.
Ela olha para cima.
- Levante os nomes dos funcionários que trabalharam na festa e peça para Leticia trazer aqui na casa de Bastian. – ela diz e finaliza a ligação.
Ela levanta da cama, pela primeira vez sem nenhuma insistência.
- Basti, você não tem noção do quanto isso que você me disse vai me ajudar. – ela diz.
Ela parecia ter ganhado um sopro de vida com essa possibilidade mais isso não me deixa mais tranquilo, porque caso não seja isso o tombo será enorme.
- Se botaram alguma coisa na minha bebida deve ter substancia no meu sangue... – ela fala mais para ela do que para mim.
- Podemos chamar uma equipe e fazer um exame daqui mesmo. – sugiro.
- Isso Basti. – ela diz animada.
- Eu posso solicitar com o Bayern.
- Não, eu quero sigilo. – ela diz.
- Mais o Karl é seu amigo... – ela me interrompe.
- Não vamos colocar os carros a frente dos bois...
- Eu não acho que ele faria isso. – opino.
- Quem eu acho que tentou me ferrar deve ter seus métodos para saber de tudo, então vamos manter isso em completo segredo. – ela pede.
- E quem seria? – pergunto curioso.
- Klaus... um acionista minoritário que quer assumir a empresa. Meu pai não se toca da cobra que criou e foi por isso que eu não contei a ele. – ela fala.
Esse cara só pode ser louco.
- Eu só preciso desse exame de sangue para ter certeza... ah... e no momento que isso se confirmar... Klaus está fodido. – ela diz séria.
Ela mudou completamente em apenas alguns minutos.
Meu celular toca e eu vejo o numero de Leticia, então já sei que é para Joana.
- Oi Leticia. – ela atende.
Ela anda de um lado para outro.
- O que o Klaus anda fazendo? Eu preciso de algo comprometedor contra ele... tenho um plano em mente. – ela diz e roí a unha.
- Já conseguiu os nomes? Você é demais. – ela diz sorrindo.
Apesar de sorri, não é aquele sorriso que eu estou acostumado.
- Traz aqui e coloca alguém para seguir aquele infeliz... ele com certeza deve ter uma amante e a mulher deve vai adorar saber disso.
Agora eu estou conhecendo um lado de Joana que eu nunca imaginei que ela tivesse.
- Não comenta isso com ninguém, nosso plano tem que está bem seguro. – Joana fala.
Ela se despede de Leticia mais continua elétrica.
- Jô... você não acha que pode está se precipitando? – pergunto a ela.
- Não Basti, eu tenho certeza disso... isso tudo é a cara do Klaus, essa não é a primeira vez que ele apronta para cima de mim. – ela diz.
- Se você diz...
Ela vem até mim e segura o meu rosto.
- Eu irei lembrar disso para sempre capitão e sempre serei grata a você. – ela diz e me beija.
Me surpreendo com tal ato, já que ela estava acabada até cinco minutos atrás e já que ela teve uma melhora eu decido perguntar o que estava me deixando curioso.
- Jô... já que agora você está um pouco melhor... – começo.
Ela espera eu concluir.
- Você disse que essa é a segunda vez que perde um filho, que história é essa? – pergunto.
O semblante dela muda na hora.
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