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História Missão: Accio - Capítulo Único


Escrita por: SKOOKIE

Notas do Autor


Olá Leitores!
Essa é uma One-shot com uma mistura entre o mundo mágico de Harry Potter e do grupo incrível de K-pop, Exo.
E estou dizendo muito obrigado a @Baekenho do PrismEdits por fazer minha capa, ela é muito linda.
Então, aproveite!

Capítulo 1 - Capítulo Único


 

Era uma tremenda de uma sorte ter o caminho mais rápido para a cozinha perto de onde você dorme, apenas precisava sair da sala comunal e seguir reto no corredor escuro como breu e fazer cócegas em uma pera. Por mais estranho que isso possa parecer, atrás de um quadro sem graça esta a mina de ouro de toda Hogwarts. Muitos pensam em milhares de galeões, outros em tesouros escondidos mas não, não é dinheiro e sim comida.

Se procurasse no meu mini guia de bolso encontraria que é um dos pontos turísticos mais famosos de se visitar. O lar de elfos que nasceram com a benção da Mãe Diná, porque sem eles não teríamos todas as maravilhas suculentas que fabricam naquele espaço sagrado. Pergunte pra quem quiser. Ou simplesmente leia o guia, lá tem umas três páginas inteiras sobre o que se deve fazer antes de pisar no solo sagrado.

E escondido em algum capítulo perdido desse guia, escondido porque Minseok disse que não posso incluir aquilo como conteúdo importante, tem o motivo para a cozinha ser meu lugar favorito de Hogwarts. E o motivo tem nome, sobrenome e casa.

Park Chanyeol, Grifinória.

Nó nos conhecemos em um dia tranquilo do meu quinto ano. Eu, como sempre, estava me arrastando (literalmente) pelo chão até a cozinha. Havia sido o dia dos Nom's, eles eram uma das provas mais importantes para nós estudantes de bruxaria. Para mim era apenas mais uma prova chata e só para provar que é chata respondi qualquer coisa em Herbologia, e com qualquer coisa quero dizer planta. Ainda não entendo como me deram nota baixa por escrever que era planta, tecnicamente não estava errado.

Depois que a bendita prova acabou tive vontade de comer algo, e como disse fui me arrastando de tanto cansaço. O grande problema era que minha mão estava doendo de tanto escrever com as penas e não conseguia fazer cócegas na porcaria da pera. E foi tudo um dilema: me esforçar ou me jogar no chão e esperar. Já deve ter dado para perceber qual escolhi.

Então eu havia deslizado no chão, me recusando a sair até ver aquela pera desistir. Eis que surgira minha salvação, Park Chanyeol. Eu não era seu amigo naquela época, apenas o conhecia de nome por ser o jogador estrela de Quadribol. Achava que por um minuto ele fosse passar reto, ignorando minha forma lutando para se restabelecer e não fazer papel de bobo na frente de um grifinório. Lufanos como eu não gostam de ser motivo para piada. Mais fora uma grande reviravolta quando ele agitou seus dedos sobre a maldita pera, voltou para onde eu estava e sem mais nem menos me carregou pelos braços até um canto. Concluindo, ele salvou minha vida.

E desde aquele dia eu, Byun Baekhyun, estava com uma queda do tamanho da torre de astronomia por ele — e aquela porcaria de torre é alta.

O que leva ao dia de hoje. Manhã de algum dia de fevereiro, confuso demais para saber corretamente qual, estou atualmente no meio do dormitório da Lufa-lufa. Decidi que tentaria dar um passo e falar com Chanyeol, o que não deu certo. No café-da-manhã tentei falar com ele, mas acho que não me viu ou me ignorou de propósito.

Prefiro acreditar que estava muito ocupado conversando com seus amigos para me notar.

Meus pensamentos estavam nublados pela voz do professor de feitiços, aquela voz baixa e sombria. Alguns alunos o comparam com um dementador. Acredite, se visse ele você sairia correndo gritando, o velho estava praticamente morto por dentro e por fora. Meu palpite para ele agir assim é porque tiveram que subornar-lo para dar aulas. Você entenderia se tivesse que gastar sabe-se-lá quantas horas por dia da sua vida para ficar com crianças que nem tratar você bem tratam. 

Certo, Baekhyun concentração. Respire e expire.

— Accio, Chanyeol!

Esse feitiço era um dos meus favoritos pessoalmente. Às vezes, testo ele em travesseiros ou a coberta que cai sempre da cama. Segundo o professor, ele deveria atrair qualquer coisa desde que você pense com muita força de vontade. Uma facilidade já que força de vontade para ver Chanyeol não faltava. Porém, como todos os meus esforços para qualquer coisa que não seja respirar ou comer, esse fracassou terrivelmente.

Nada. Nada aconteceu, não teve nenhum garoto coreano entrando pela minha porta. Nenhum vestígio dos cabelos negros e bagunçados. Absolutamente nada.

Depois de mais uma dúzia de tentativas, eu finalmente me irritei. É, irritei ao estilo bombarda. O que não foi uma boa ideia, já que acidentalmente acertei a cama ao lado da minha. Era uma vez uma cama, espero que descanse em paz no céu.

— AH! Pelas barbas de Merlin, o quê você fez?!

Essa era a bela voz de um dos meus colegas e amigo de quarto, Minseok, que estava me encarando pior do que a professora de Herbologia quando eu não entregava os trabalhos a tempo.

— Foi mal, a varinha escorregou da minha mão. — E o prêmio de maior cara de pau do mundo bruxo vai para: Byun Baekhyun. Pegue seu prêmio e depois morra nas mão de um querido amigo.

— Tinha uma caixa com sapos de chocolate escondido lá! — Minseok me olhava como se eu tivesse xingado a mãe dele.

— Que tipo de pessoa esconde doces em baixo das cobertas?

— O tipo que tem medo do escuro e muita fome de noite.— Ele pegou sua varinha e começou a recitar feitiços para arrumar a "pequena" bagunça que fiz. — Sabe, continuo perguntando o que aquele chapéu tinha na cabeça ao mandar você para a Lufa-Lufa.

— Ele fumou Pó de Flu.—  E com essa piada, nós estávamos bem de novo. Era assim que nós, lufanos, resolvíamos nossos problemas de inimizade. Com piadas horríveis sobre chapéus fumadores e depois com um mega abraço simbolizando nossa amizade eterna; tá não teve abraço. Só um tapinha nas costas, somos homens e não garotinhas.

— Certo, agora o que você estava tentando fazer? — Ah, sabe fazendo coisas normais. Estudando e tentando invocar meu crush da Grifinória. Normal.

— O que você pensaria de mim se eu dizer que sei de uma forma de trazer minha paixão de longa data até aqui?

— Pensaria que você bebeu Whisky de Fogo de novo.

Certo, aqui vai uma pequena história. Uma vez um dos amigos do Chanyeol, Oh Sehun, deu uma festa na Sala Precisa para comemorar a vitória deles em um jogo de quadribol — e quando alguém diz festa aqui todos entendem como bebida grátis —, Min achou legal e me arrastou para lá. Agora a versão resumida do que eu me lembro daquela noite: eu, Whisky de Fogo, uma mesa e muitos corvinos vendo um garoto sem camisa. Ah! E tinha fotos, muitas delas acabaram na mão da diretora e essa foi a outra história de como eu ganhei uma detenção por tentar corromper estudantes da Corvinal.

— Estava tentando trazer Chanyeol até aqui.

— E você conseguiu? — Às vezes eu amo muito a inocência do meu querido amigo, mas isso foi além da burrice.

— Claro, você por acaso está vendo ele em algum lugar? — Subi na cama balançando meus braços em volta, indicando o quarto. — Talvez ele esteja brincando de esconde-esconde em baixo da minha cama.

Agora aqui vai uma lição de vida. Lufanos são conhecidos por simbolizar a amizade, lealdade e tudo que esteja nessa categoria, e — não sei porque — escolheram um texugo para nos caracterizar. Talvez a nossa querida fundadora, Helga Hufflepuff (que ela descanse em paz), tenha pensado na hora de escolher um animal: " Ah, texugos são tão bonitinhos e adoráveis". Sinto muito minha tia, eles não são tão adoráveis e fofinhos assim. Tenho com muita convicção que se você chegar perto de um deles e estender a mão ele vai arrancá-la, e foi por esse motivo que Minseok acabou de entrar no modo texugo. É, a santa criatura acabou de me jogar da cama.

Tá vendo Helga, dá próxima vez escolhe um bichinho mais pacífico, tipo uma minhoca. Elas não tem um modo agressivo-passivo escondido como o meu amigo aqui.

— Seu filho de um trasgo! — Foi mal mãe do Min, saiu.

— Vou ignorar isso — declarou enquanto se sentava no chão. — Como você estava tentando trazer o Chanyeol até aqui?

— Accio. — E foi seguido dessa palavra que Minseok me olhou como se tivesse ouvido da minha boca que eu vi o professor de feitiços dançando no Salão Comunal. O que seria uma visão e tanto.

— Agora entendi porque você não passou para a Corvinal. — Agora estou ofendido. Não precisava jogar na cara. — Por que diabos você achou que um feitiço para atrair objetos funcionaria com pessoas?

— Não custava tentar. E se funcionasse?

— Aposto que não. — Meu caro, você não deveria ter pronunciado isso.

— Quer fazer uma aposta, então? — Ele apenas balançou a cabeça meio incerto. — Se o feitiço funcionar você vai ter que me dar cinco galeões e falar com Jongdae.

— Não podê ser apenas o dinheiro? — Ah, nem pensar coisinha. Se eu vou me confessar e com certeza pagar um mico daqueles, você vai junto. Aparentemente lufanos sofrem de quedas de amores por grifinórios, já que Jongdae anda com a camarilha de dourado e vermelho do Chanyeol.

— É pegar ou largar.

— Por que não posso só pagar e não me humilhar? — Porque não é assim que a banda toca. — Sabe, eu não to tão desesperado que nem você.

Acho que agora sei porquê aquele chapéu me mandou pra cá. Foi por causa dá minha enorme paciência em aturar gente que me ofende e nem se desculpa, porque sabe eu podia ser um sonserino que teria tacado uma avada e dito que foi acidente.

— Minseok, desde que ano mesmo você sofre de paixonite aguda por ele? — Ele enterrou a cabeça na ponta dos lençóis e murmurou um número. — Fala mais alto que os morcegos das masmorras não escutaram. — Se der acho que ele murmurou mais baixo ainda. — Grita caramba.

— QUARTO! — Certo, agora eu irritei ele. — TÁ FELIZ?! NÃO CONSEGUI FALAR COM ELE DESDE O QUARTO!

É pobre Min, além de cego grita mais que uma mandrágora. Cego, porque na verdade ele foi notado sim, e desde o quarto ano.

Isso começou na aula de Herbologia do quarto ano, que era compartilhada com a Grifinória, onde Jongdae vigiava meu amiguinho. Ele achava que ninguém percebia, mas estava errado! Já que eu, com meus dois olhinhos que conseguiam diferenciar os sabores de torta a distância, havia pego ele com sua atenção centrada no  meu companheiro com bochechas de bebê. Acho que era por isso que eu nunca tirava notas boas em Herbologia, mas era por uma boa causa.

E eu contei para ele? Mais é claro que não, queria fazer mistério. Veja bem, para mim, observar os dois era um mini hobby que faço quando não estou procurando Chanyeol. Mais não achem isso estranho, em comparação ao meu passatempo o da maioria das garotas é ler histórias sobre dois bruxos mortos juntos.

A " Grindelwald e Dumbledore: O romance proibido" é uma coletânea de contos sobre esses dois bruxos poderosos do passado que um aluno misterioso decidiu escrever. 

Como isso começou? Aparentemente, quando muitos alunas tiveram que fazer uma redação sobre bruxos antigos e famosos para a aula de História da Magia, elas acharam jornais e livros falando sobre a amizade que esses dois tinham e do nada todas as garotas da escola estavam falando sobre o romance proibido deles, já que ninguém naquela época via isso muito bem.

E um dia no ano passado, burburinhos espalharam pela escola, muitos deles falando que um aluno da Corvinal espalhou pela sala comunal que existia uma caixa no canto do Corujal, uma caixa onde as alunas poderiam colocar ideias e em alguns dias ela estaria a mostra na biblioteca. A bibliotecária — tenho a certeza — sabe deles e acho que ela lê também.

Mais não vou mentir, a pessoa que escreve isso tá de parabéns. Não que eu já tenha lido; talvez um ou dois capítulos. 

Com um forte aperto de mãos, eu tentei de novo fazer o feitiço, porém não deu certo. Novamente.

— Você precisa ser mais específico — pronunciou Minseok, após a quinta tentativa.

— E onde eu vou ser mais específico? Já disse nome e sobrenome.

— Tenta a casa. — E agora entendemos porquê você também não veste azul e bronze. — Talvez tenha que descrevê-lo.

— Quantos Park Chanyeol da Grifinória, alto que nem uma vassoura e com orelhas enormes existem?

— Sei lá. Vai de ele tenha um gêmeo em casa que seja trouxa.

Por favor alguém avise o ministério que eu me entrego e não precisam enviar um dementador atrás de mim, porque depois dessa eu vou matar Kim Minseok, e não me importo de passar meus anos de vida em Azkaban. Se bem que eu não ficaria tão bonitinho naqueles trapos branco e preto que eles usam.

— Quer saber? Eu desisto, isso nunca vai funcionar. — E com muita relutância, enfiei minhas mãos dentro da mala aos pés da cama e tirei cinco galeões, entregando-os ao garoto saltitante. Que junto com suas novas adições bancárias, agradeceu e fechou as persianas da minha cama. E de novo é apenas eu.

                                                                                          ***

Caminhar não é uma das minhas atividades favoritas para se fazer quando estou entediado, nem quando não estou entediado, mas não tenho nada melhor para fazer além de pensar como posso fazer para falar com Chanyeol. Sentando no final do corredor eu tiro uma pequena lista feita em um pergaminho:

Accio? Não funciona.

Poção do Amor? 

Bom, eu não preciso de uma poção do amor e sim apenas de sorte. Próxima parada, banheiro da Murta-que-Geme!

Pelas lendas nesse banheiro, residente no segundo andar, uma garota chamada Elizabeth-das-quantas foi morta em mil novecentos e bolinha, e desde esse dia seu fantasma assombra o local e a maioria dos banheiros onde garotos bonitos possam tomar banho — esse último fato foi comprovado por mim. Mais no começo do ano dois garotos começaram a vender coisa ilegais lá. E não, não são drogas, mais sim Felix Felicis, a Poção da Sorte.

Para muitos o uso e fabricação é proibido, contudo um estudante da Grifinória e outro da Corvinal juntaram-se para fazer um contrabando de poções feitas pelo próprio corvino. E como sou um santo e quase nunca faço nada errado, tá na hora de tentar conseguir uma.

Porque com minha cara de inocente eu consigo tudo. Ou foi o que eu pensava, no caminho para lá fui parado pelo Monitor da Lufa-Lufa, já que afirmando ele: "eu não gosto da sua cara". Tá vendo como sou injustiçado? Mais continuei assim mesmo.

Passando pela soleira da porta do banheiro feminino avistei logo de cara o espectro transparente, também chamado de Murta-que-Geme.

— Olá, Baekhyun. Você voltou para terminarmos nossa conversa? — O fantasma flutuou logo acima do chão parando ao meu lado. Nunca tive medo de fantasmas, nem mesmo do Barão Sangrento, mas ela me assusta até o último fio de cabelo castanho que tenho.

— Que conversa? Eu não chamaria aquilo de conversa.

— E do que você chamaria, Baekhyunzinho? — Sua falsa voz fina me dá raiva por saber que ela estava adorando a situação. Essa fantasma era sinistra.

— Assédio Sexual.

Meu desentendimento com ela ocorreu algumas semanas atrás. Era de noite e eu tinha convencido um garoto — eu implorei e tive que dar muitos galeões da minha mesada para ele —, a descobrir a senha do banheiro requintado dos monitores. Teria sido um banho calmante se a Murta não tivesse invadido e praticamente começou a falar como era sorte dela eu estar lá. Tá vendo que fantasminha abusada?

— Ah, Baekie, você é tão mal. — Ela começou a fazer biquinho e soltar seus sons característicos. — Adoro os malvados.

A sorte dessa fantasma de araque é que eu não posso matar algo que já está morto, se não ela seria uma morta ainda mais morta. Sério, talvez no futuro eu vire um bruxo das trevas, em menos de um dia já pensei em matar muitos seres. Se bem que, ser chamado de líder e ter pessoas fazendo as coisas para você não seja má ideia. Qualquer dia descubro o método que Voldemort usou para isso, qualquer forma para fazer isso será aceita.

Serei conhecido no futuro como: "Byun Baekhyun, o cara que tinha medo de se declarar então foi desenterrar o capiroto." Minseok dará um ótimo criado para cavar.

— Sai daqui! — Um garoto vestido de vermelho e dourado bateu seus braços no meio do corpo translúcido da Murta, tentando espantá-la. — Temos clientes.

— Kai, pare de aterrorizar a pobre garota. Esqueceu que o banheiro é dela? — Um garoto sentado de pernas de índio reclamou do chão, enquanto agitava com fervor uma concha sobre um caldeirão, fazendo com que suas vestes azul ficassem mais exibidas pelo movimento.

— Kyungsoo! — O garoto alto ao meu lado proclamou. Pelo jeito ele não gostava que brigassem com ele. — Ela começou. Nós nunca temos clientes e agora que recebemos um ela quer espantá-lo.

— O que você quer? — O corvino perguntou em um tom baixo e sombrio.

— Preciso dos seus dotes mágicos emprestados, Senhor. — Me ajoelho a sua frente. Se vamos fazer um comércio acho que devo parecer mais sério.

— Não me chame de Senhor. — Seus olhos enormes rolam até o alto e voltam. Sério, eles me dão medo, são iguaizinhos a da coruja da minha família, e aquele animal é assustador. — Que tipo de poção você precisa?

— Felix Felicis. — Não sei porquê mais sussurrei o nome da poção como se fosse um segredo, vai que a Murta volta e espalha por ai.

Os olhos absurdamente grandes de Kyungsoo olharam para Kai e ele alcançou uma maleta do canto do banheiro, seu braço mergulhou até onde não podia  mais ser visto e tirou de lá um pequeno frasco dourado.

— Vinte e cinco galeões.

Vinte e quanto? Agora entendi porque eles não têm clientes recorrentes.

— Vocês não podem me dar um desconto? — Os dois mexeram a cabeça negativamente. — Tão brincando, né? Por vinte e cinco eu mesmo faço a poção. — Nem os ingredientes para essa poção são tão caros. Por mim eu venderia ela por cinco galeões e faturava mais. Bom, azar deles, já que eu não vou comprar nada que não custe menos de dez.

E também, eu já havia gastado todo meu dinheiro no último passeio a Hogsmeade e os últimos resquícios dele estavam nas mãos do meu amigo.

Acho que falei algo errado para eles, já que no minuto em que falei sobre o preço os braços do grifinório estavam em volta de mim, me levantando e quando vejo estou estatelado do lado de fora da porta, deixado com um coro de:

— Volte sempre.

Nota mental: Nunca mais voltar aqui.

                                                                                     ***

Accio? Não funciona.

Po̶ção̶ ̶d̶o̶ ̶a̶m̶o̶r̶? NENHUMA POÇÃO!

Desistir e ir tomar um sorvete? Talvez depois.

Parar de ser um marica e ir pessoalmente até o Chanyeol? Quando os porcos voarem.

Tentar novamente feitiços? Com certeza.

 

Local: Perto do campo de Quadribol.

Situação atual: Tentado levemente a quebra minha varinha.

Era impossível. Não adiantava, tudo o que conseguia atrair com o feitiço foram galhos e pedras — elas bateram na minha cara —, ainda não tinha tentado o feitiço com nomes de humanos. E agora aqui estou eu, com fome, frio, e querendo chutar o gato idiota do zelador, que está me encarando a um bom tempo.

— Some daqui. — O gato com olhos vermelhos apenas ficou me encarando, era assustador. — Vai, pode rir de mim, sei que quer. Por que tenho que ser tão mão de vaca?

Baekhyun, pare de falar com o gato. Isso só faz você parecer mais louco do que já é. Mais é isso que estou parecendo agora, um louco. Louco por achar que daria certo, acho que vou apenas desistir, ir até a cozinha e pegar baldes de sorvete para afogar minhas mágoas, e depois vou mandar um carta para minha mãe mandando ela me inscrever em um convento nas férias, porque se não consigo falar com um garoto imagina no futuro. Vou acabar sentado na varanda da minha futura casa com uma pilha de gatos gordos — igualzinho a minha tia.

Parando para pensar, ela deve ter muito amor de sobra. Dezenas de animais para amar você, cuidar e ser cuidado. Mas e se minha tia morrer e não tiver ninguém para descobrir seu corpo? Ia sobrar para os gatos devorarem ela na falta de comida.

— Accio, Park Chanyeol! — Por favor funcione! Eu não quero morar num convento, nem ter que viver com gatos. Essa é a única coisa que peço. Mas nada veio, nem uma pedra se mexeu por acidente. Acho que vou desistir e deitar no chão, talvez chorar um pouco ou tentar fazer amizade com esse gato, afinal preciso de prática se criarei dezenas como esse. 

O gato pareceu até aceitar essa condição, está até experimentando o futuro alimento de meus amiguinhos.

— Ei! Você tá bem ai? — Encarei o gato a minha frente.

— Você aprendeu a falar?

— Aqui em cima! — A voz se fez presente e mais alta do que antes. Olhando para cima eu não achei que iria encontrar o próprio Chanyeol parado como um Deus em cima de sua vassoura. — Precisa de ajuda? — Ele desceu do objeto voador e se aproximou mais de mim.— Da última vez que vi você estava precisando muito de uma ajuda, será que precisa de outra? 

  —  É... —  Sim! Sim! Mil vezes Sim! — Acho que posso precisar de uma forcinha para chegar até o dormitório, sabe eu estava perseguindo esse gato e acho que machuquei o tornozelo. — Uma mentirinha nunca matou ninguém.

 — Ah — ele respondeu, olhando para o gato que peguei com pressa nos braços, ignorando suas garras fincadas na minha pele.— Ok, acho que posso levar vocês e acho que uma parada na ala hospitalar vai cair bem. 

  — Claro, porque não! — Prepare-se Minseok, esses galeões voltarão para mim!  



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